#2 - Lucky Future

Então o grupo seguia pela direção que Deerling estava indicando. Ao perceber a "interferência humana" no local, Kath começava a ficar assustada, parecia ter chegado em algum tipo de esconderijo, com todo aquele equipamento. - Que lugar é esse? Estou ficando assustada.- Kath falava, se aproximando mais de Marg.

Quanto mais prosseguiam no túnel, Kath ficava ainda mais assustada, ao encontrar o depósito cheio de sangue e objetos letais. Anduin era quem tomava a iniciativa de abrir as gavetas, encontrando coisas bem desagradáveis, parando na segunda gaveta, quando encontra as roupas ensanguentadas de Kurama.

O grupo então se encontrava numa situação similar à vez quando encontraram o braço de Kurama. Kath estava chocada, aquela cena era traumatizante para ela, que estava silenciosa, com o medo cada crescendo ainda mais. Ela cai de joelhos no chão e chama Marg: -O que será que tem na última gaveta então?- Kath estava tremendo -Você consegue dar uma olhada lá?

Estava assustada demais para olhar a gaveta por si mesma, mas queria saber o que tinha lá. Antes de saber a resposta de Marg para o seu pedido, a abraçava e finalmente as lágrimas saiam de seus olhos: -Esse é o seu primeiro dia de jornada? Se sim, isso tudo deve ser muito para você.- Kath soluçava entre as palavras: --Vou com você olhar aquela gaveta então.

Suspirava profundamente e então tentava dar mais uma olhada nos arredores e tinha sua atenção direcionqda para uma porta no fim de uma escada: -Aquela porta. É o único caminho que da pra seguir daqui. Seria uma saída?- Kath se sentia um pouco melhor e conseguia falar mais fluidamente: -Anduin não está se sentindk bem, acho que deveriamos tentar então. Se voltarmos de onde viemos, temos o risco de sermos encontrados por aquelas pessoas.

O grupo se encontrava completamente abalado. Kath queria verficiar o que tinha na última gaveta, mas ninguém parecia ter forças, até que Anduin se esforçava para abrí-la. Felizmente não havia nada lá e o grupo se recompunha para ir em direção à porta.

-Vamos com cuidado, não podemos perder mais ninguém.- Ainda assustada com toda a situação, via Anduin tomar a liderança no caminho. Kath preferia apenas seguí-lo, mas estava preocupada com ele: --Você tá bem mesmo? Qualquer coisa eu vou na frente.

Passando pela porta, estranhamente o grupo se encontra em uma casa, mas era um lugar bem longe de ser confortável. Kath se sentia enjoada naquele lugar, com sua respiração ficando pesada enquanto sentia o fedor e olhava aquele cenário grotesco.

Saindo daquela cozinha horrorosa, o grupo explorava os outros comodos. A sala de jantar estava "arrumada" mas não havia ninguém por lá, o que deixava Kath intrigada. Olhando os outros cômodos, Kath percebia que seria mais fácil se dividir para investigá-los.

-Acho que tem mais coisas aqui na cozinha, mas não me sinto bem por aqui.  Vamos para a sala de jantar daí vemos o que tem por lá e qualquer coisa nos separamos para investigarmos melhor, mas se um de vocês preferir olhar aqui na cozinha mesmo, tudo bem.  Concordam?- Ao observar atentamente a sala de jantar, Kathryne nota que a saída da esquerda dá para dois quartos e então gesticula para mostrar que ia em um deles.

Com todo mundo concordando em se separar, Kath dava apenas uma acenada para o grupo e então seguia seu caminho pela ala esquerda. Passava pelo banheiro, mas não estava com animo de entrar em outro lugar sujo e então seguia mais em frente encontrando um dos quartos, mas decidiu seguir o corredor ao final, para ver o outro quarto, esse que acaba por ser o mais suspeito, com "armas brancas" espalhadas pelo local e uma bagunça no geral, o que fez Kath entrar sem pensar duas vezes, pois aquele era o lugar em que encontraria algo de importante.

-Imagina se um deles me encontra aqui e me acerta com uma dessas.-Seus pensamentos saiam em voz alta enquanto olhava para as facas e de fato ela tinha uma certa preocupação, mas estava bastante engajada a investigar o quarto. Desviando o foco dos objetos letais, a garota nota fotos espalhadas e levada pela curiosidade, junta algumas em suas mãos para olhá-las com mais atenção. Ainda com as fotos em mãos, Kath vai em direção a estante e procura checar as gavetas.

Esperava ter tempo para conseguir olhar os outros cômodos, mas também queria se certificar de que não deixou nada passar e então pensa em olhar debaixo das camas em um gesto de "Por que não?". Se Anduin e Marg não precisarem de Kath, ela iria para o outro quarto, dar uma rápida vasculhada.

Não deixava de estar desconfortável naquele lugar, por mais que estivesse curiosa, ela tinha medo de algo acontecer com ela ou com os amigos, as vezes se distraindo tentando ouvir sons estranhos e checando o corredor de volta. Ela definitivamente não imaginava se encontrar em uma situação dessas e nunca sentiu tamanha sensação de perigo na maior parte de sua vida, o que acaba por piorar essa sensação de preocupação.

Kath esperava que aquele quarto seria mais suportável que o banheiro, mas pelo visto estava enganada, mas permaneceu ali pois era de longe o local mais suspeito da casa. Sua respiração ficava mais pesada naquele local sujo.

As fotos foram a primeira coisa que a garota analisou e eram bem interessantes. Se assustava ao ver a aparência do que suspostamente seriam pessoas que estavam nas fotos e ao notar o homem de jaleco Kath faz uma ligação dos fatos em sua mente: "Faziam algum tipo de experimento bizarro nesse lugar?", pensava a garota, assustada com o que descobria.

Então olhava na estante e ficava aliviada apenas encontrar roupas, mas ao olhar mais a fundo encontrava o que aparentava serem máscaras, o que já a deixava trêmula. Quando pegou uma delas em suas mãos, ao sentir o sangue, começava a se sentir ainda mais assustada e então via o formato do rosto e ficava completamente em choque.

Ver aquilo havia feito o medo de Kathryne atingir o pico, fazendo com que saísse correndo do quarto, ainda com a máscara nas mãos, corria para reencontrar os amigos, queria saber se estavam bem, pois após ter certeza de ter perdido Kurama, ela temia ainda mais por eles. O medo crescia dentro dela enquanto corria chorando e ofegante pela casa.

Parou ao chegar na sala de jantar, caiu de joelhos e deixou a "máscara" finalmente cair no chão. Suas pernas estavam fracas e estava ofegando muito e então tentava gritar pelos amigos: -Marg, Anduin, me digam que vocês estão bem! Achei algo horrível!- Sua voz não saia tão alta quanto queria e era interrompida pelo choro: -Estou com medo. Quero voltar para casa.- Falava soluçando com a voz ainda mais baixa.

Kathryne não conseguia processar o que estava acontecendo em sua mente, apenas corria esperando ficar segura com a companhia dos amigos. Mas não chegou até eles e então se sentiu na beira da loucura quando viu Kurama, em um estado horrível avançando para cima dela, que caia no chão.

Então abria os olhos e ao ver Anduin e Marg, fica aliviada. Respirava fundo para se recompor e tentar lembrar do que estava acontecendo. Quando tudo ficou claro em sua mente, Kath dizia algo para Anduin: -Me desculpe por ter feito você ver aquilo.- Se referia ao pedaço do rosto de Kurama que carregava antes de desmaiar. -Deixei vocês preocupados, mas eu não aguentei quando vi aquilo.

De volta a si mesma, Kath ouvia atentamente o que Marg tinha a dizer. Ela ficava chocada com cada detalhe e surpresa como deu de cara com uma parte desse grande esquema. O tipo de coisa que ela só lia nos livros, mas estar tão perto daquilo a causava arrepios.

A atenção do trio foi desviada para o som de um carro se aproximando e então pensavam no que fazer: -Tem uma grande chance de serem os nossos "inimigos" e se nos encontrarem aqui, sabe lá o que acontece.- ainda soluçava bastante -Vamos embora daqui.O que acham de tentarmos sair pela janela da cozinha? Melhor do que voltar por onde viemos.

Antes de saírem de lá realmente, Kath sugere algo: -Acho que devemos reportar essa casa às autoridades. Vamos levar algumas fotos e jornais.- Ficava mais pensativa: -Algo horrível pode acontecer com as pessoas daqui, que no fundo não tem culpa de nada mas elas são ameaça para aventureiros que passam por aqui, como já vimos o que aconteceu com Kurama.- Era um dilema ético, não sabia o que a polícia podia fazer com aquelas pessoas que foram vítimas da usina, mas não podia deixar outros jovens terem o mesmo destino de Kurama.