[Battle Tower] Terceira Fase Amadora: Luta B1

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Aquela talvez fosse a batalha de chave com a atmosfera mais pesada até então. Ambas as duplas competindo vinham de uma sequência de derrotas horripilantes mas, naquele campo, aquilo estava para mudar - afinal, obrigatoriamente, uma das duas teria que ganhar, não é verdade? Outro detalhe em comum era que os participantes não se conheciam lá há muito tempo, porém, haviam resolvido unir forças para seguir por toda aquela competição: Fosse para ter um ombro amigo durante cada resultado, fosse ele bom ou não, ou simplesmente para tentar se distrair (e dividir!) a pressão dos inúmeros olhares da plateia que focavam não só em suas pessoas, como também em seus pokémons.

Em pouco tempo, os nomes de cada um deles foram anunciados pelos auto-falantes, convidando-os à entrar em campo com uma animação singular. Naquele momento, a torcida se dividia - todos mereciam "levar para casa" pelo menos uma vitória nos ombros e, bem, considerando que aquela era a última batalha de chave antes que enfrentassem a poderosa Anabell, provavelmente também seria a última chance para o fazerem, o que inevitavelmente poderia trazer um peso até, hm, sinistro, de responsabilidade sobre os garotos. De qualquer jeito, o momento não poderia ser adiado mais. Com o telão mostrando suas fotos e respectivas escolhas, todos aguardavam ansiosamente por suas entradas e, mais importante, pelo início do combate que estava prestes a se desenrolar.

Após os devidos cumprimentos, era enfim iniciada a batalha talvez não tão esperada, mas de certo modo necessária, por e para ambas as duplas de competidores. Como já era esperado, a cadela bicolor foi a primeira a se movimentar, emitindo uma tempestade de raios na direção de Lunatone que, incapaz de desviar a tempo, foi acometida por uma terrível paralisia, sentindo a estática percorrer por seu corpo, travando-lhe as células aos poucos, devagar. Agindo em conjunto com sua parceira, Rox apressou-se em formar uma esfera multicolorida instantaneamente disparada contra a psíquica, acertando-lhe bem no meio do pontudo nariz e, além do que a monstrinha já enfrentava, ainda teve de lidar com o atordoamento causado.

Era chegada a vez da dupla adversária - e, por conta da dificuldade de movimento que a rochosa enfrentava, Dandara acabou tomando a dianteira que lhe era de direito. Com um rápido salto na direção de Manectric, a azulada imediatamente encheu-lhe de tabefes, antes de recuar com a mesma velocidade e, felizmente, antes de ser atingida pela estática que rodeava perigosamente o corpo da canídea. Parecia que finalmente seria a hora de Ritha brilhar e, concentrando ao máximo todas as suas energias, a psíquica se envolveu por uma áurea rosa, inclinou-se um pouco para trás e... ...Desceu o corpo com tudo num ângulo quase perfeito de 180º, enterrando sua ponta superior no campo e se ferindo no processo, coitadinha. Felizmente, ela logo recobrou os sentidos e, apesar de se balançar de um lado para o outro ainda meio desnorteada, pareceu se recuperar da tontura que a afligia - pela pancada, talvez? Bem, há males que vêm para o bem.

Viremos a mesa: É hora das quadrúpedes outra vez. A desnomeada agiu primeiro, erguendo o focinho para o céu e emitindo um latido altíssimo; Como que atendida pelo próprio Zeus, um raio fortíssimo desceu em direção à arena, acertando e eletrocutando a pobre Dandara, que emitiu um guincho de dor diante do poderio de Manectric mas, felizmente, não sucumbiu à paralisia. Não houve muito tempo para comemorar, porém, visto que uma das esferas multicoloridas foi novamente atirada pela canina de fogo e, num acerto em cheio, atordoou-lhe. Ao contrário de Ritha, porém, Azumarill não parecia disposta a ser parada por um movimento que sequer causava danos e, ao recuperar o fôlego do golpe elétrico e imersa em uma fúria invejável, a orelhuda correu mais uma vez na direção do elétrico, dando-lhe bofetadas extremamente agressivas e, incrivelmente, críticas! Não obstante, ainda teve a sorte de se livrar da tontura a tempo de sair sem sofrer com a habilidade da quadrúpede, que ficava à ver navios com toda aquela violência da rechonchuda monstrinha, além de ter tido impactos severos em sua vitalidade. Que adversária perigosíssima!

Após todo esse circo, era enfim chegada a vez da pokémon celeste. Aquele era um momento que seria necessário extremo cuidado, e Ritha parecia reconhecer a delicadeza da situação: Então, por um instante, fechou os olhos e respirou profundamente. Mais uma vez, uma aura rósea cristalina começou a rodear seu corpo, aos poucos, e cresceu de maneira gradual. À certo ponto, quando seu corpo já se tornava praticamente uma enorme lua cheia se levada em consideração a energia que a consumia, o satélite abriu os olhos de uma só vez e, então, o poder que se acumulava ao seu redor se estilhaçou em milhares de fragmentos. Com um levíssimo gesto para frente, os cacos se voltaram na direção de Manectric e avançaram com velocidade assustadora, espetando-se e perfurando seu corpo antes de desaparecer através dele sem sequer deixar vestígios de ferimentos para trás. Isso não impediu que a elétrica sofresse com um poderosíssimo choque cinético, que a levou ao chão de uma só vez, com um ganido sofrido de dor.

Quantas reviravoltas, hmm?