Re: #003? - Na trilha do ouro.

por **Cunha** Seg Fev 17 2020, 00:21

Eu não entendia muito de jurisdição mas sabia reconhecer assédio quando via um. Olha, eu tinha de controlar aquela situação rapidamente antes de virar meme, ou... De Mirajane perceber a merda que estava acontecendo. Sim, a irmã de Lisanna era ainda mais assustadora do que qualquer coisa que se podia pensar. Mas não era essa toda a questão.

Enquanto caminhávamos, estávamos a completa mercê daqueles dois imbecis e eu juro que nunca senti tanta vontade de bater em alguém quanto eu tive de socar aqueles dois imbecis. Repirei fundo e continuava a caminhar. E, enquanto fazia, continuava a conduzir Kathryne pelo pulso de seu braço, levemente, enquanto estava do seu lado. Freneticamente era o ritmo de balançar da minha cabeça enquanto procurava algo pelas ruas de Mountrock e aqueles dois imbecis nos perseguiam: Um escritório de advocacia.

Um processo bem faria aqueles dois sossegarem, e, de quebra, nos renderia uma certa indenização. Veja, eu não tinha medo daqueles dois, mas era praticamente suicídio de carreira permitir que eles abusassem da minha imagem daquela maneira. Se encontrasse um escritório de um advogado, pularia para dentro dele e tentaria falar com um para interromper aquele ato imoral.

Por fim, precisava só avisar Keyron do que acontecia.

- Olha, estou apenas procurando um escritório de advocacia. No primeiro que aparecer, a gente entra e tenta desenrolar um processo contra eles. Podemos impedir de nossa imagem vazar, e, de quebra, ganharia uma quantia considerável. - Dizia, enquanto sussurava nos ouvidos da garota todo o meu plano.

por **Sleepy** Seg Fev 17 2020, 08:17

De fato havia me livrado da multidão, agora era hora de ficar aliviada, não é? Na verdade não, acabei "saltando da frigideira diretamente para o Fire Blast." Estavamos sendo seguidos pela repórter e pelo câmera, tudo isso estava sendo transmitido ao vivo. Não conseguia ficar bem com o fato de inúmeras pessoas estarem vendo isso. Imagino meu pai vendo que a sua filha o deixou sozinho para isso. Em resumo, era terrível.

- Umm... me desculpe. Se eu não tivesse falado com ela, não estaríamos nessa situação. - Dizia para Daisuke. Para variar, sentia que aquilo era culpa minha, o que pode até ser verdade, pois a repórter não estaria interessada se eu não tivesse começado a falar e Daisuke tendo que me interromper depois.

Eu só queria me virar para a repórter, falar seja lá o que for que ela queira para ver se ela ia embora. Mas, antes que eu pudesse fazer essa provável besteira, Daisuke me contava um plano: procurar um advogado. Respondi rapidamente com um "sim", o que era algo incomum para mim, eu ficaria mais hesitante em tomar decisões como essa, mas precisava me livrar daquele problema, que naquele ponto já devemos ter chamado a atenção de toda Hoenn e virado meme.

- Acho que teremos mais sorte se procurarmos mais pela zona comercial da cidade, mas tem a chance de estar bloqueada pelos manifestantes e conhecendo minha sorte, provavelmente está.- Respondia o plano de Daisuke enquanto me soltava do braço dele e voltava a andar por mim mesma. Também dava uma olhada para trás.

Enfim, quem diria que eu iria começar o dia processando uma emissora de TV? Eu não e aposto que você leitor também não.

por **Victoria** Seg Fev 17 2020, 15:14

Se queriam dinheiro, aquele era um caminho certo. Todos sabiam que aquele processo era ganho; todos, até quem não entende nada de direito como eu. Caminharam contornando a multidão, ainda seguidos da câmera, até conseguirem se afastar "demais" do foco central. Aquela era uma boa notícia; logo mais nossos repórteres iriam desistir, certo?! Pois é, parece que sim. Andaram por mais um quarteirão e, se olhassem para trás, nem Chico nem Renata estava por ali mais; ao menos não visível. Seria este o mísero momento de sorte dos nossos treinadores?! Parecia que sim. Tamanha era sorte que, ao fim do bloco, bem na esquina, um prédio alto se erguia! Olhá-lo de baixo-para-cima causava vertigens e o pouco que podiam expressar sobre sua magnitude era um curto "uau" deslumbrado. Ao menos era isso que a maioria dos turistas faziam ao vê-lo!

De fachada moderna, parede espelhada e portaria 24h, o prédio em questão era um "Central Bussiness" da vida, uma espécie de Wolrd Trade Center de Mountrock. Com sessenta e quatro andares, o prédio batia recordes e recordes de altura em prédio comercial e, como imaginado, altura total de construção não-turística. Era um polo de negócios e escritórios; completamente lotado de escritórios de países e empresas multinacionais. Ali tínhamos o centro de empresas de jogos, de itens, de serviços de streaming, de emissoras, de setores juristas e outras tantas! Mas é claro que, onde tem embate de pessoa-jurídica, há andares e mais andares de escritórios de advocacia. Não seria difícil processar uma empresa ali: além do inimigo estar só à alguns andares de distância, estariam também a mercê de toda a necessidade jurídico ali por perto.

Logo na entrada, três seguranças bem mal-encarados. Ao fundo uma pequena planilha de lugares; completamente digital. Um telão que mais parecia um espelho projetava as especialidades dos andares e cobrava do usuário a atenção total! Ali, bem naquele painel extramemente sofisticado, trínhamos a informação que precisavam: escritórios de advocacia ocupavam o quinquagésimo andar até o quinquagésimo oitavo.

por **Cunha** Seg Fev 17 2020, 23:28

FINALMENTE! Foi a primeira palavra que ecoava na minha cabeça ao som do solo de We are the champions... Bem, não que a gente merecesse muita coisa, no fim das contas, ainda... Não tínhamos feito nada! Mas já nos livrávamos de dois estorvos bem enjoados. Sorri ao ver a construção, e, como muito bem indicado pela moça que me acompanhava, a zona comercial nos atenderia perfeitamente! Me tornei para ela e vi que ainda estava com a expressão tímida, então tentava, mais uma vez, aumentar o astral da garota.

- Não tem que se desculpar! Graças a você achamos o prédio, e, no fim das contas, aqueles dois eram malas. Iam encrencar com a gente de todo jeito. - Disse, abrindo um sorriso e dando um tapinha de leve no ombro de Kathryne. - Aliás, isso me faz lembrar uma coisa. Para de pedir desculpas toda hora, faz parecer que ta se desculpando por existir. Você é legal, só relaxa. - Disse, notoriamente sem graça e esfregando a mão esquerda na minha nuca.

Por fim, chamei-a para entrarmos na construção e tudo aquilo lá dentro era ainda mais incrível do que do lado de fora. Tinham alguns seguranças na porta, mas, se deixasse que entrássemos, apenas entraríamos sem qualquer problema e pediria à recepção uma recomendação de algum advogado especialista em direitos de imagem ou algo do gênero. Apostava alto nisso, quase tanto quanto apostava que a loira ficaria ainda mais sem graça com meu comentário, mesmo que eu torcesse para que isso não acontecesse.

Mas fazer o que, isso não dependia muito de mim, certo?

por **Sleepy** Ter Fev 18 2020, 11:33

A repórter e o câmera aparentemente já foram, mas infelizmente o estrago já tinha sido feito. Mas agora estavamos a caminho de compensar esse estrago e encontramos o lugar perfeito para isso e dei um suspiro de alívio por não termos encontrado o caminho bloqueado. Um prédio enorme que já conseguia me deixar distraída só pelo lado de fora.

Minha distração ia-se embora rapidamente quando Daisuke me chamou a atenção. Eu pedia desculpas demais? Talvez isso seja verdade mesmo, nunca parei para prestar a atenção nisso: - Talvez você esteja certo mesmo. Umm... me des...- Cortei a minha própria fala, quase pedi desculpas por pedir desculpas. Acho que ele está certo mesmo. Me desviava da conversa desconfortavel, olhando para o chão e depois voltando a me distrair com o prédio.

Uma coisa me chamou a atenção: o paínel guia. Tinha um total de nove andares com escritórios de advocacia. Quando Daisuke falou com a recepcionista, eu fiz um breve comentário, ainda sem graça pelo o que ele falara anteriormente: - Acho que até isso é um critério vago para um prédio desse tamanho.- Pensando nisso, noto algo um tanto óbvio que não tinha percebido: - Você é maior de idade, huh. Eu devia ter percebido quando você falou para procurarmos um advogado. Hehe.- Se existia algo em que eu era terrível, isso era adivinhar idades.

por **Victoria** Ter Fev 18 2020, 13:00

Era claro que nossos protagonistas não iriam parar por ali. Entraram no prédio lógico e logo foram recebido com olhares. Ok, eles eram treinadores. Ok, eles também eram novos. Isso era mais que o suficiente para que grande parte do corpo de segurança ficasse com um pé atrás; o que esses pirralhos querem por aqui?! Ouviram a indagação de Daisuke com um misto de desconfiança e graça; um deles ao fundo até esboçou um sorriso careta que deixou escapar. Era claro que o mais à frente era também o mais sério. Ele que ouvira toda a súplica e respondeu... a altura? Definitivamente não, ainda assim, uma resposta:
- Para que?! - Fora a primeira pergunta do homem, até ouvir a afirmação da moça ao fundo, que parecia não só mais elegante como também mais esperta - De fato, é vago. Se quer processar alguém por propaganda, ou ainda uma empresa por plágio, você está no lugar certo mas... digamos que qualquer um pode fazer isso por vocês. Se não me explicar porque estão aqui, fica difícil ajudar.

Era estranha a forma não receptiva que o segurança-recepcionista se portava. Seu braço cruzado denunciava um jeito pouco aberto de conversar e a fala por si só não fora muito convidativa. Não fora ríspido ou enxotara nossos dois amigos, ainda assim, não ajudara em absolutamente nada. Talvez após um esclarecimento, tudo fique mais simples, não é?!

Bem, nenhum outro membro do grupo moveu um dedo sequer para mudar a situação. Não pioraram e nem ajudaram; aquele era um movimento responsivo, ao menos na cabeça deles. Se fossem agir, seriam mediante à questões desnecessárias. Antes disso, apenas coagiriam a distância, com risos e múrmuros bastante incômodos.

por **Cunha** Ter Fev 18 2020, 22:42

Okay, eu estava me excedendo hoje. Acho que, pela adrenalina da "perseguição", aquela multidão lá fora que condenava meu estilo de vida, e a ausência de Lis, Mira e Elfman me deixava um pouco... Fora de mim? Eu não costumava ser tão apressado e... Mal educado. Por deus, eu nem cumprimentei o cara, e fui retribuído com igual falta de educação. Kathryne era sensata ao menos, sabia o jeito certo de contornar aqueles buracos que eu, por vezes, quase nos metia, até mesmo conseguia contornar qualquer eventual clima ruim.

Respirei fundo. Precisava me acalmar. Ajeitei a postura, olhei de relance para a loira, e sorri. É claro que eu estava sendo vago demais. Só não pude responder de imediato aquela sua súbita pergunta sobre minha idade, imagino eu, que fosse para amenizar sobre o comentário idiota de suas inúmeras desculpas. Recuperada minha compostura, lancei um olhar simpático ao segurança em minha frente.

- Mil desculpas. Primeiro, onde estão meus modos, não é? - Disse, enquanto ria meio sem graça e prosseguia. - Bom dia, senhor. Eu sou Daisuke e essa é minha amiga, Kathryne. Fomos perseguidos por alguns repórteres na rua, que insistiam em nos pedir uma entrevista da qual nos fomos especialmente claros que não queríamos dar. Não bastasse isso, ainda nos perseguiram por alguns metros até pouco antes de chegarmos aqui. Tem uma boa recomendação para nos ajudar?

Agora, eu imaginava que tudo ficasse melhor com o segurança. Já para Keyron, a encarei rapidamente antes de sorrir levemente e fechar os olhos num gesto rápido. Em seguida, abria os olhos de novo e me atentava para responde-la adequadamente.

- Sim, eu sou. Tenho 19 anos. - Parei por um tempo e pensei um pouco, em seguida, lancei para ela minha pergunta. - Aliás, isso me faz pensar que a única coisa que sei sobre você é seu primeiro nome... - Disse, ao fechar os olhos e coçar a lateral da cabeça com o indicador direito, de leve e... Sem jeito? Meu irmão sempre dizia para tomar cuidado com isso quando fosse treinador, já que a primeira impressão contava tanto e, por Deus, eu estava colecionando erros idiotas agora!

por **Sleepy** Ter Fev 18 2020, 23:17

Daisuke estava agitado, não o culpava, também estou agitada mas demonstrando do meu jeito "reservado", ficando mais retraída. Eu deixava o comentário que ele tinha feito sobre mim para lá, havia aceitado que tinha que melhorar minhas habilidades sociais. Com uma ajudinha minha, nos acertavamos com os seguranças, o que me fez soltar um suspiro de alívio.

Eu não tinha nada para acrescentar na explicação, Daisuke já fizera o suficiente. Agora era só torcer para que compreendessem a nossa situação. Apenas estava de observadora naquele momento, mas com o olhar focado em no ruivo e retribuía o sorriso dele antes do mesmo responder minha pergunta.

Então ele tem 19 anos. Sempre fui acostumada a estsr com alguém mais velho cuidando de mim: meu pai, Margaretha e agora Daisuke. Pensei até em fazer um comentário sobre isso, mas não achei muito apropriado e até porque depois o jovem me fazia uma pergunta. Acabei de perceber que realmente havia dito apenas meu primeiro nome.

- Meu sobrenome é Keyron e eu não lembro de você ter me falado o seu sobrenome também. Se você já tiver falado, bem, me desculpe. - Aquele pedido de desculpas saia com um risinho, eu estava de fato pedindo desculpas, mas imaginava a reação de Daisuke. - Depois podemos compartilhar nossas histórias, hehe.

Eu ainda não sabia nada sobre Daisuke e ele provavelmente também sobre mim. Eu estava prestes a a começar a ficar distraída mas me lembrei de algo e dei voz a minha preocupação: - Você acha que podemos pagar? Esse lugar parece grande coisa.- Uma resposta de qualquer um dos presentes no local seria bem vinda.

por **Victoria** Qua Fev 19 2020, 10:31

A explicação de Daisuke desarmou nossos seguranças. Fora simples, coeso e com sentido; não havia muito mais o que impedir ou questionar. O recepcionista até abrira a boca para fazer algum tipo de recomendação mas fora interrompido por completo! Um homem ao pé da porta, de terno preto e gravata rosa-até-demais entrara no ambiente. Em uma de suas mãos, uma caneca de café escrita "e agora, quem poderá nos defender?!" e, na outra, uma pasta com três ou quatro folhas avulsas.

O homem não interrompera a conversa só com sua presença bastante chamativa ou seu passado pesado, que faria qualquer um olhar; ele fizera questão de ser notado e incisivo; e também de expor o necessário sobre si:
- Olha só!! Vocês dois estão em todo o canto da internet - E falou, inclinando-se um pouco e gargalhando, deixando algumas gotículas de café escaparem do copo - Meu deus, eu imaginei que fossem procurar um advogado, mas não achei que seriam tão rápidos... Sorte de vocês me encontrarem aqui. Vamos, vamos, ao meu escritório.

Fora então que o segurança abriu um largo sorriso e enfim disse o que falaria outrora, mas fora interrompido pela cena bastante egóica:
- É... como eu ia dizendo... não há um advogado ruim nesse prédio e todos te atenderão com maestria - E introduziu; junto disso, desenvolveu - Inclusive o Doutor Marconi, né doutor?! - E finalizou.
- Certamente Jeff... Pode deixar eles passarem, a partir de agora estão comigo - A fala fora um aval que já havia sido dado; a catraca fora completamente liberada e Jefferson (o nome no uniforme o denunciava) chamou-os para o elevador que ficava logo ali.

por **Cunha** Qua Fev 19 2020, 23:20

Finalmente uma dentro Daisuke! Não é que ser educado funciona? Antes que qualquer coisa acontecesse novamente, respondi Kathryne, que voltava a se desculpar. Talvez, não fosse, mas eu via aquilo como uma bela provocação, e uma bela duma farpa também. Não é que ela tinha um excelente senso de humor?! Revirei os olhos, com um sorriso do qual não fiz questão nenhuma esconder e depois a respondi.

- Não, realmente não disse. Acabei me esquecendo. - Dizia ainda com o sorriso no rosto. - Mas é Fernandez, Daisuke Fernandez. Ah, e por favor! Adoraria ouvir suas histórias. Aprendi que uma semana pode ser um período de tempo bem longo numa jornada.

Assim que eu terminava de responder, chegava a figura do advogado, um tal de Dr. Marconi. Olha, que coincidência! Parece até que tem um incrível ser místico, trabalhando para escrever um belo desenrolar de uma história para gente. A ideia era muito mirabolante, mas, estranhamente, ela me pareceu completamente aceitável. Seria eu um religioso?

Enfim, depois desse vago questionamento sobre minha fé, fomos apresentados ao doutor em questão e ele nos chamava para ir até seu escritório. Eu não hesitei, apenas dei de ombros e fui até onde ele nos chamava. Mas, antes de entrar no elevador e segurá-lo para Keyron, a respondi, sussurrando para ela.

- Acho que o pagamento deles é uma parcela dos lucros ganhos com o processo. De qualquer jeito, podemos acertar isso depois quando formos estabelecer o contrato. Acho... - Dizia, meio incerto, mas torcendo para estar certo.

Depois de entrar no elevador, se a loira entrasse, o soltaria, em seguida, me daria conta de que não havia respondido o advogado, então, o cumprimentaria adequadamente.

- Ah, me desculpa. Esqueci de te responder. - Disse, meio sem graça. - É, eu não pensei em outra coisa. Podia ter chamado a polícia por terem me perseguido, mas acho que eles usariam da força... - Então suspirei e voltei a falar. - E, honestamente, se fosse para usar da força, eu mesmo teria feito. Enfim, eu me chamo Daisuke Fernandez e essa é minha amiga, Kathryne Keyron. Você já deve ter visto o que aconteceu, acho... - Fazia uma cara de pensativo, e depois dava de ombros. - Então, como a gente procede?

Depois da minha pergunta, prestaria atenção no que ele tinha para dizer, olhando fixamente para trás de sua cabeça para evitar de prestar atenção em seu traje chamativo.

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