Missão de Recrutamento - Sckar Quer Ser Um Ranger

Sckar

O homem estava um pouco desconfiado da abordagem de Sckar. Não que houvesse algo errado com ela, mas sobre a pergunta do incêndio. Ninguém nunca mais havia perguntado sobre o incêndio. Parecia que todos haviam dado o caso como encerrado, independente do resultado. Mas o jovem respondeu, parecia não ter medo das perguntas, nem nada a perder.

— O incêndio? Hum... No dia no incêndio tivemos a festa de aniversário das crianças da fazenda. Geralmente pegamos um feriado para parar a fábrica e fazer uma confraternização. Foi a festa da minha filha e mais algumas outras crianças. Teve show de mágicos, Pokémons, fantasias e tudo mais. Não reparamos muito no incêndio, só depois de ele já estar bastante no auge, sentimos o céu escurecer com a fumaça e aí ligamos a televisão, e vimos a notícia... - Comentou pacificamente. Logo após, apontou para a senhora que estava sentado embaixo da árvore. - Aquela ali é a Dona Lorna. Ela já é muito idosa. Nem tanto na verdade. Mas como trabalha bastante, está em seu horário de descanso...

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Sckar

O homem colocou a mão no queixo e olhava para o céu. Estava nitidamente pensativo, parecia querer associar com precisão em que ordem dos eventos havia acontecido, e como eles se encaixavam mesmo à kms, de distância.

— Bom. Fazemos esse tipo de festa de vez em quando. Além da maioria das crianças fazer aniversário naquele mês, estávamos comemorando várias coisas positivas que aconteceu conosco. Uma confraternização. Nós daqui mesmo providenciamos quase tudo. Utensílios, comida, decorações, e nós mesmo preparamos. As coisas que vieram de fora foi o show dos mágicos e dos Pokémons. E o pessoal fantasiado que veio entreter as crianças. Curiosamente contratamos três princesas e dois heróis. Mas vieram quatro atrizes. Uma bem mais velha, fantasiada quase inteiramente, não reconheci a personagem. A empresa diz que ela não era uma funcionária, e que não havia ido com eles. E quando recepcionei eles, realmente não a vi, somente depois, ela apareceu, brincou um pouco com as crianças e sumiu. Como não deu nenhum problema, nem sumiu nada, deixamos por isso mesmo. - Comentou como se tivesse uma leve suspeita disso. - Minha filha disse que ela deu um bolinho com uma fruta pra que ela desse pra amiguinha dela, que é a filha do caseiro. Acho que foi um acidente, não tinha como ela saber, né? Foi bem nesse momento que a filha do caseiro passou mal. Ele estava sozinho cuidando da fazenda, não pôde ficar conosco. Então ele veio buscá-la e levá-la para o pronto socorro no centro da cidade. Foi aí que o incêndio aconteceu. Já era mais de tardezinha, sabe? - Pareceu finalizar por aqui.

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O homem pegou seu dispositivo eletrônico, e após verificar um pouco, conseguiu o nome da empresa que contratou e entregou para Sckar.

— Aqui está. Espero ter ajudado. Mas eu tenho que voltar a trabalhar. Mas antes... Você tem alguma suspeita? - Perguntou curioso. Mesmo parecendo óbvio que Sckar diria Carl, ou que Sckar não dissesse nada, arriscou. - Ah! Já que está fazendo investigação. A fazenda de seda mais próxima aqui, do Senhor Morgat, fica naquela direção. Bem longe, mas acho que você tá bem acompanhado. - Olhou para Charizard. - Não que tenha nada relacionado, eu acho. Mas tem o rumor de que um caminhão de produtos dele foi saqueado. Estamos preocupado com isso pois não sabemos se podemos ser alvos... - Comentou.

O homem estaria disponível para qualquer dúvida a mais, e poderia, caso quisesse partir agora para a fazenda Joltik do Senhor Morgat. Sckar poderia assim, riscar dois locais dos cinco maiores produtores de seda. Encontraria a resposta para algo nos próximos?

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Sckar

O homem pensou, e respondeu a pergunta de Sckar da maneira que conseguia.

— Acho que ela tinha por volta de 1,60 de altura. Não sei de detalhes, mas ela parecia ser bem mais velha que as outras. Por volta dos quarenta? Talvez... Mas ela estava inteiramente caracterizada com um vestido azul e uma máscara, então, não sei dizer mais que isso... E não vemos nada fora do comum aqui... - Terminou. - E não temos o número deles... Bem. Tínhamos o da fazenda, mas, incendiava, não sobrou nada. O número pessoal dos proprietários acredito não ter. Mas quem sabe na próxima fazenda você consiga...

Por fim, Sckar poderia ir para a próxima fazenda. Senhor Morgat e seus Joltik. Diferente dessa, a desse senhor era mais... Mal acabada. O tempo não havia feito bem, já que parecia uma fábrica abandonada, porém que tinha uma produção à todo vapor. Design, coordenação e organização não era o ponto principal deles. Muito menos a limpeza.

Um senhor gordinho de baixa estatura parecia coordenar o território, andando para lá e para cá apenas dando broncas. Não parecia amigável... Seria o tipo de pessoa que incendiaria uma fazenda?

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Sckar

O homem se surpreendeu com a presença de Sckar, mas continuou de cara fechada. Porém, seu olhar para Charizard ia muito mais além do desprezo por ter invadido seu terreno.

— Para a sua informação eu sou o dono e proprietário daqui. E você quem é? - Dizia com o mesmo tom ranzinza na voz, porém o jeito que falava era acelerado. Hábito... - Ora ora. Já não era sem tempo. Vocês Rangers são muito atrasados. Quase resolvi o caso eu mesmo. E você não é nada jeitoso pois já veio até a mim a informação de que você está perambulando por aí pelas fazendas de seda. Mas... - Olhou novamente para Charizard com a mesma malícia de antes. - Só vou dizer o que tenho a dizer quando eu sentir que fui derrotado. POLI! - Imediatamente uma criatura aparecia correndo, e tomava a sua frente. Com um olhar desafiador tanto para Sckar quanto para Charizard.


O desafio estava lançado para Sckar. Ele aceitaria, ou não?

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