Pokémon Mythology RPG
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Ato 01 — O início.

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Com os ouvidos atentos, Nicholas ouviu a história de Emma. Como já suspeitava, nasceu em uma família abastada financeiramente, dona de indústrias têxteis na região de Kalos. O loiro não reconhecia muito sobre aquelas terras, tampouco ouvira falar sobre o lugar enquanto trabalhava em Viridian; eram terras misteriosas para o loiro, e sabe-se em que dia o treinador poderia explorá-la. Emma pareceu até mesmo dar de ombros ao lembrar a indiferença de seus pais quando ela viera esquadrinhar as terras tropicais de Hoenn.

Nico não entendia muito bem sobre uma vida tão boa. Teve de estudar e trabalhar em Viridian para auxiliar nas contas em casa, já que seus pais eram trabalhadores com salários diminutos: seu pai executava trabalhos braçais na região e sua mãe era auxiliar de limpeza no laboratório de Oak. O casebre na rota 101 lhe era, de certa forma, até nostálgico — a não ser pelo estado pútrido da madeira. Sua casa era pequena, com poucos luxos.

Apesar disso, foi compreensivo com a garota. Não tê-los ao lado era pungente para o treinador. Nico queria se tornar um treinador para melhorar as condições de seus pais e a própria; não a julgava, sua história era clichê também — ainda que fosse mais dura.

Os olhos da treinadora encontraram os de Nico, tal como o sol encontra o oceano no pôr-do-sol em um beijo de despedida a seus esplendores, dando boas vindas à luz lunar ao mundo. Agradecia ao loiro por tê-la salvado do Rocket, dizendo que se não fosse por seus esforços, ela seria capturada por aqueles homens e, quem sabe, morta. Emma não estava aumentando: Nicholas realmente lutou com suas energias ao máximo por conhecer a reputação daqueles vermes. Ele jamais se perdoaria por deixar a treinadora partir com aquele homem.

Sua mão alva pousava sobre a perna do treinador, no aguardo de Nico repousar sua mão canhota sobre ela. Proferia palavras reconfortantes ao treinador, enfatizando o desejo dele de proteger a todos, usando Mightyena, agora resfolegando sobre o mesmo. Os olhos aéreos de Nico ainda corriam pela parede pútrida adiante, tentando buscar mais sobre si mesmo. Nada adiantava. Apenas aceitava as gentis palavras de Emma.

— Obrigado — era o que apenas dizia. Sua mão entrelaçava-se com as de Emma, tal como as energias primordiais se encontraram e se expandiram, formando tudo o que existe, criado a partir de um beijo cósmico de energia infinita.

Pressionava a mão da treinadora suavemente. Cerrou os olhos, respirando fundo, apreciando o filme que passava em flashes em sua memória. O astro era ele mesmo, e o roteiro, tudo o que acontecia desde sua chegada a Hoenn. No fundo, era grato por tudo o que ocorrera até os momentos atuais — salvo as situações melindrosas, como o ataque a Mightyena e a queda de Emma. Pousava sua vista nos olhos de oceano da treinadora mais uma vez, esboçando um sorriso sucinto como o de costume.

— Descanse, assim como Charmander — correu os olhos no lagarto que repousava sobre o colo da treinadora, puxando levemente a mão da mesma, oferecendo seu ombro como travesseiro. — Eu ficarei de guarda até que a chuva passe e vocês recuperem suas energias.

Fitava, agora, o teto. Absorto, cerrava os olhos, deglutindo todos os acontecimentos ao focar nas polidas palavras de Emma.

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Ato O1 — O início.


O som da tempestade do lado de fora do casebre trazia consigo uma calmaria já intrínseca aquele momento vulnerável entre os dois treinadores: com os dígitos entrelaçados, era como se ambas almas se envolvessem em união, agradecidas pelo destino ter colocado um ao outro em seu caminho. É o que dizem, não é? Arceus escreve certo por linhas tortas.

Emma aceitava a oferta do rapaz: encostou sua cabeça no quente ombro de Nicholas e cerrou os olhos após um longo suspiro, sem dizer uma única palavra. As mãos, ainda juntas, foram posicionadas gentilmente sobre o colo da loira, que deu um breve sorriso antes de relaxar o corpo. Charmander continuava em seu sono profundo e, bom, para completar o equilíbrio cósmico que ressonava naquele casebre, Mightyena também acabava dormindo no colo do loiro.

Sozinho com suas memórias, tanto recentes quanto antigas, restava ao loiro relaxar um pouco e aproveitar o som da chuva caindo — dentro e — fora da cabana de madeira; engraçado como algo tão maltratado e esquecível acabara se tornando um porto seguro para ambos treinadores diante de uma situação como essa. Trovões agora começavam a se manifestar na tormenta, os quais acabavam acordando o pequeno lagarto, que parecia não entender muito bem do que se tratava — apesar disso, somente esticava seu corpo e tornava a adormecer, talvez cansado demais para tentar compreender o que acontecia. A quase palpável inocência de Charmander era algo que Nicholas deveria nutrir enquanto podia, já que provavelmente não durará muito: temo em dizer a impossibilidade que existe em mantê-la viva, ainda mais conforme o pequeno vivencie o mundo Pokémon como é. Triste, mas, infelizmente, a realidade.

Alguns minutos se passavam e os raios continuavam, agora ainda mais constantes, em perfeito contraste com o temporal que continuava a apertar. Apesar do grande barulho que a mãe natureza decidia trazer para a rota cento-e-um, um estranho ruído começava a assolar a cabana: era como se algo afiado — faca, canivete, garra — fosse arrastado pela pútrida madeira, mantendo-se assim e dando voltas pelo casebre.

O que diabos poderia ser?



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- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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Tal como as gotas estatelavam contra o solo, e chocava-se contra o mesmo e o telhado desgastado da cabana, memórias nostálgicas invadiam o loiro. Vislumbres de sua vida cotidiana enquanto Kanto não estava à mercê catástrofe aquática que a assolara. Foi o seu lar. Todavia, ele sempre ouviu — principalmente de seu patrão e viajantes — que a melhor definição da palavra “lar” era onde você se sentia bem. Em qualquer que seja o lugar que te aceite, sem julgamentos, e, sobretudo, aqueça-lhe o âmago.

As alvas mãos de Emma, pouco a pouco, aqueciam sua gélida mão após andarem por algum tempo na chuva. A tranquilidade dos movimentos de inspiração e expiração provocados pelo diafragma da garota acalentava suas torpes memórias. Ao primeiro ciclo de respiração da mesma se encerrar, iniciando outro em seguida, meditou nas palavras acerca do significado de lar. Agora, tudo tinha sentido para Nicholas; não seria mais como noutro tempo, em que sempre tinha um lugar para voltar. Seus pokémons seriam seus amigos, tendo apenas o destino mutável e a estrada como guia e limite. Não obstante, o laço que criaria com as pessoas que cercariam suas emoções. Tivera a prova viva do que é ser um aventureiro dentro de pouco tempo. Encontrou, também, um porto seguro, de madeixas loiras e voz branda.

Fitou também o espasmo de Charmander, que tornou a dormir. O porto onde um barco desgovernado atracou assim que chegara a terras desconhecidas. O lagarto era uma extensão do corpo de Nicholas materializada na forma de uma adorável criaturinha. Sua ingenuidade persistia em muitas de suas ações, contudo, a vida faria questão de, pouco a pouco, lapidar a consciência do réptil acerca da real merda que o mundo é. Ele teve vislumbres disso ao fitar Mightyena padecendo antes de atingir-lhe um poderoso Dragonbreath. Sabe-se por quanto tempo ainda o loiro poderia cultivar todo aquele jeito afável.

Ora, sabe-se lá o que seria de ambos ao terminarem a exploração na rota primeira de Hoenn. Nicholas apenas aproveitava aquele momento pacato, afinal, é impossível prever as correntezas do destino — por mais que hora ou outra Nico ousasse fazê-lo.

Em meio ao arrocho da torrente e maior ocorrência de trovões, um barulho pareceu incomodar aos tímpanos do loiro que, até então, apenas usufruía da calmaria que permeava aquele antigo casebre. O ruído era de algo que lanhava o casebre em todo o seu perímetro, tal como um predador quando avista a sua presa. A memória instintiva de Nicholas já ligava o alerta, acordando a todos os presentes, e assim que tomassem consciência de estarem despertados, colocava seu indicador entre seus lábios, pedindo silêncio para que ouvissem também. Taciturno, tentava acompanhar o som melindroso daquilo, temendo o pior.

— Pessoal, escutem — murmurou a todos, esperando, que estivessem alerta. — Se escondam aqui nesse cômodo fora da visão de qualquer buraco ou janela, e prestem atenção na porta. Emma, se alguém esquisito passar pela porta e tentar nos fazer mal, aja imediatamente, entendeu? Charmander, eu e você ficaremos de olho em qualquer outro lugar que tentarem nos surpreender.

Era uma situação delicada. A mobilidade era reduzida não apenas pela tempestade que reduzia o poder de Charmander, mas também por estarem presos ao casebre: se saíssem, seriam surpreendidos por seja lá o que for ao exterior. Restava, apenas, aguardar o desenrolar da situação delicada que era arremessada à dupla por forças superiores.

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Ato O1 — O início.


Perspicácia: está aí uma característica que Nicholas provavelmente não sabe que possui em demasia. Não era como se o barulho fosse um iminente perigo, aliás, o loiro sequer sabia do que se tratava, mas acordou a todos calmamente para que explicasse a situação. Emma se assustou um pouco, mas manteve-se em silêncio, atenta a tudo que o loiro dizia. Mightyena, por outro lado, já se levantava rapidamente e demonstrava seu estado de saúde: estava melhor, as feridas já haviam cicatrizado e parecia disposto a defender nossos heróis a qualquer custo, posicionando-se defensivamente na direção da porta. Charmander levantava aos poucos bocejando, mas também se colocava ao lado de Nicholas para lidar com o que quer que acontecia do lado de fora.

O barulho continuava. E continuava. E continuava. Permaneceu assim por poucos minutos, rodeando o casebre, mas nada que pudesse ser visto por suas duas altas e pequeninas janelas quebradas. De repente, cessou. Não demorou muito e Mightyena ergueu sua cabeça, logo em seguida chamando atenção de Nico com sua pata dianteira esquerda para que olhasse também: no teto e completamente molhado estava um pequenino Natu, psíquico voador característico da região, conhecido por não conseguir voar mas ser capaz de saltar alturas enormes.

— Se-será que era ele? — Emma dizia baixinho ao se dar conta do Pokémon — E... olha. — apontou para o pequenino, que parecia bater suas pequeninas asas em nervosismo, olhando para o lado de fora e de volta para dentro algumas vezes seguidas — Será que... Quer nos dizer alguma coisa?

E, bom, psíquicos são conhecidos por duas coisas no Mundo Pokémon: utilizarem seus poderes mediúnicos contra ou a favor de quem encontra em seu caminho. Os negros olhos da pequena esfera voadora esverdeada se arregalaram ao olhar para o lado de fora novamente e, com um único e estridente grito — que por sua vez soava como um aviso — saltou para longe do campo de visão dos nossos heróis.

— Nico... Eu acho que tem alguém vindo pra cá. — a loira se levantava, já sacando a esfera de Jigglypuff e liberando a rechonchuda ao seu lado — Não podemos mais ficar aqui. — Mightyena começava a rosnar na direção da porta e, com um único impulso, Emma abriu-a completamente — A chuva está complicada, mas não vejo outra saída.

A loira já se preparava para sair da cabana, dando seu braço direito para Nicholas e ajeitando sua bolsa no ombro esquerdo. Pensando em como seria difícil para a fada caminhar em meio à lama e folhiço molhado, retornou Jigglypuff de volta para sua esfera metálica.

— Acho melhor você retornar o Charmander, essa chuva não vai fazer bem a ele. — respirou fundo, acenando com a cabeça na direção de Mightyena que ainda rosnava na direção da chuva — E quanto a ele? O que faremos? Acho que gostou muito de você. — sorriu dentre o nervosismo e assim que a frase deixou seus lábios, Mightyena cessou o som para voltar sua atenção para Nicholas; sentou no chão e estendeu sua pata direita ao mesmo — Viu? Que bonitinho.

O que viria a seguir derrubou a expressão da garota e, bom, daria calafrios a qualquer um: alguns assobios começaram a ecoar dentre os trovões e a tempestade. Era possível ouvir ao norte — de onde vieram anteriormente — vozes à distância, dente elas, uma já característica a nossos heróis... Sim, se tratava do ruivo Rocket que encontraram anteriormente.

— Cadê voceeees!? — assobiou novamente dentre a frase dita — Eu disse que nos veríamos na floresta! — disse algo inaudível logo em seguida, parecia estar conversando com outra pessoa — Não se escondam... Vou achar de qualquer jeito!

Com o malfeitor e possivelmente outros comparsas vindo do Norte, que direção nossos heróis tomariam?



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O ruído cessara após longos minutos que atormentavam a todos os presentes. Nico aguardava que alguma hostilidade viesse em qualquer abertura da cabana, e então, pensou em uma contra-ofensiva contra os invasores. Nada. Pensou, de início, que alguém ouvira o que tinha falado aos demais seu plano de reação; contudo, descartou a hipótese. O lobo erguera a sua visão, sinalizando com sua pata esquerda de que, em um buraco no teto, havia alguém tentando se comunicar com a dupla.

Era um Natu. O pássaro rechonchudo tremelicava seu corpo compacto, com os olhos esbugalhados, olhando ora para dentro, ora para fora da cabana. Aquilo foi o suficiente para a perspicácia de Nicholas entrar em ação: estava vindo algo na direção do casebre abandonado. Ele não sabia se era o falado pokémon indômito que fez o loiro explorar os confins da rota 101 com Emma ou era aquele maldito porco ruivo. Uma coisa era nítida: de bom não era nada. Em meio aos alertas do psíquico, o garoto tomou um momento ínfimo para arquear sua pokédex, assestando-a a criaturinha.

“Natu, o pokémon pequeno pássaro. Embora ainda não consiga voar, seu poder de saltar é excelente. Ele pula para as árvores e arranca os brotos dos galhos.”


Guardou-a. Posteriormente, o pássaro apenas debandou do telhado após emitir inúmeros alertas. Estava assustado, até mais do que deveria. Seu bater de asas derradeiro para longe foi o suficiente para que Emma dirigisse a palavra ao loiro, dizendo que deveriam deixar o casebre o mais rápido possível. Libertava sua rechonchuda fada, fazendo ponderações à tempestade; enquanto isso, Mightyena rosnava na direção da porta. Por sua vez, Nico arrumou seu corpo, levantando-se apressadamente, correndo os olhos ao cômodo averiguando se não deixara nada por ali.

Escancarando a porta, o braço alvo de Emma esticava-se na direção de Nicholas. Vislumbrando a situação de que estaria o caminho pelo qual pisariam, a garota decidiu recolher Jigglypuff para a esfera bicolor. Alertou para que o garoto fizesse o mesmo com o réptil, que sem pensar duas vezes, acionou o feixe de luz vermelho-sangue para retornar Charmander à sua pokébola. O loiro, por mais que achasse que ter o inicial ao seu lado era essencial — para auxiliar em combates surpresas e auxiliar no reconhecimento do recinto —, não o manteria naquela chuva que perigava apagar a chama em seu rabo. Feito isso, segurou na mão da treinadora novamente.

Antes de sair, saudava Mightyena. Quando pensou em açodar do casebre, viu a imagem do dócil lobo erguendo sua pata direita em sua direção. Flashes de momentos recentes vieram à mente do loiro, desde o ataque no início até a redenção, ajudando-o a curar seus ferimentos. Nico não sabia se era inocência por parte da criatura ou agradecimento por tê-lo salvado de ferimentos delicados; o que sabia era que o monstrinho gostava de companhia. Por segundos, fitou os olhos negros do lobo. Pensou, então, em levá-lo consigo.

Soltou os braços de Emma gentilmente, andando até o lobo. Agachava-se, então, mantendo os olhos no mesmo nível que a criatura. Ergueu sua mão direita para a cabeça do canídeo, afagando-o.

— Eu peço desculpas de novo pelo ataque mais cedo, e vou me redimir disso — com a mesma mão destra, viajou até o bolso de sua camisa, tomando em mãos a miniatura da esfera bicolor, vaga de qualquer pokémon. Pressionou o botão, aumentando as dimensões da mesma, deixando-a na visão de Mightyena. — Quero que venha comigo, e eu prometo que irei te proteger, custe o que custar.

Um sorriso convidativo emergiu no semblante do loiro. Em um movimento suave de como se fosse separar a esfera, o mesmo feixe de energia carmim rodeava o corpo de Mightyena, envolvendo-o naquele tom. Por fim, era como se o corpo quadrúpede da criatura se desmaterializasse em energia, recolhendo-o à respectiva pokébola. A última coisa que Nicholas viu fora a mesma expressão jocosa de quando ele lhe erguera a pata.

Sua primeira captura fora um sucesso.

Sentiu-se satisfeito. Não era apenas uma soma à sua equipe; era também alguém que poderia confiar a partir daquele momento. Nico sentia-se em dívida com Mightyena por tê-lo ferido, e estava disposto a fazer o que for preciso para mantê-lo ao seu lado. Ao final de tudo, todos saíam satisfeitos.

O momento fortunoso mudou bruscamente. Uma voz rouca rasgava os ares, fazendo frente às águas caindo e aos trovões. Nicholas volteara na direção do som, e não tardou para que o autor de um ruído — intragável aos seus ouvidos — surgisse do interior da floresta: o Rocket. Bramia aos ventos, esperando que os treinadores fossem de encontro a eles, e sempre as mesmas provocações toscas.

Algo chamava a atenção do loiro: ele balbuciava algo que lhe era impossível de distinguir. A imagem do homem com aquele rádio piscava em suas lembranças. Que merda, aquele porco ainda chamava reforços para tentar lidar com Nicholas e Emma.

Por um momento, o loiro pensou em enfrentar seja quem fosse que aparecesse em sua frente, apenas para conseguir tempo o suficiente para que Emma escapasse. Era inútil: por mais que a treinadora descansou, era provável de que seus ferimentos ainda não estivessem bons o suficiente para não prejudicar a sua mobilidade. E o pior de tudo: ela, solta em uma densa floresta, era um alvo fácil, por infindáveis motivos.

Sem titubear, segurou no braço de Emma, puxando-a para a direção oposta de onde vinha a rouca voz do ruivo. Deixava a garota ir à frente enquanto ele cobria a retaguarda da treinadora. Em caso de ataque surpresa, pensou que reagiria mais rápido que ela, portanto, julgou o mais correto no momento.

Hora ou outra, pressionava com mais força o braço de Emma. Aquele filho da puta proferira ameaças de levar a inocente treinadora para o covil dos porcos. O devaneio das ameaças assombrou as lembranças de Nico, que balançando a cabeça, se livrara de seus pensamentos negativos em um instante.

— Independente do que acontecer, eu te protejo — exprimiu o loiro, engolindo em seco. — Se eles cercarem a gente e só tiver uma única brecha, quero que fuja enquanto eu ganho tempo. E não se preocupe comigo — fitou os olhos anis da treinadora. — Só que só se não tivermos saída, ok? Até lá, seguiremos juntos.

Sorria sucintamente para Emma. Não delongando, tornou a focar na corrida, olhando de relance para trás algumas vezes apenas para certificar de que a ameaça estava longe.

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Ato O1 — O início.


A captura fora um sucesso e Mightyena se tornava a primeira aquisição de Nicholas para seu time de monstrinhos. Mais uma vez, o treinador desafiava o status quo: geralmente os novatos somente capturam Pokémon pelo número ou, no máximo, por sua força e beleza. Com Nico era diferente, o canídeo já significava algo para ele e adicioná-lo à sua equipe fora um escolha puramente emocional. Mightyena aceitou a captura tão tranquilamente que, sim, era capaz do monstrinho saber que agora fazia parte não só de um time, como também de uma família.

E, então, o perigo iminente surgiu como um pesadelo daqueles que não se pode acordar: o Rocket estava de volta e, possivelmente, com companhia. De fato o ruivo havia cumprido com sua ameaça. Não havia muito o que fazer diante daquela situação, o essencial era correr o mais rápido que podia contra a direção de onde a voz se manifestava. Emma parecia nervosa, talvez até mesmo um pouco desorientada, mas logo recorria às janelas cerúleas e à terna voz de Nicholas para se acalmar, fitando o rapaz enquanto o mesmo dizia sua estratégia, mais uma vez protetiva, à ela.

— Você sabe que deve se preocupar com seu próprio bem-estar também, né? — a chuva torrencial continuava a cair e suas madeixas já estavam completamente encharcadas — Aliás, não. Pode deixar... — um sorriso despontou de seu rosto, suas bochechas coraram e, em ímpeto, aproximou seu torso do loiro e lhe deu um terno beijo na bochecha — Se você cuida de mim, eu cuido de você. — disse em sussurro; o sorriso agora tornava-se sem graça e Emma se afastava rindo, apontando para a perna machucada — Não que eu esteja servindo de muita coisa. — segurou em uma árvore próxima, apoiando-se para continuar a caminhar — Acho que devemos nossas vidas aquele pequeno passarinho...

E, sinceramente? Talvez devessem mesmo. Se não fosse pelo pássaro psíquico, era capaz de saberem que os Rockets se aproximavam tarde demais. Nunca se sabe se estavam atrás de Nicholas e Emma para roubá-los ou para cumprir com as ameças anteriormente proferidas... De qualquer maneira, era perigoso demais para lidarem sozinhos, ainda mais em meio ao temporal. Sabe-se lá quantos aliados o malfeitor tinha com ele, certo?

Emma continuava guiando o caminho, andando a frente e observando tudo agora com bastante determinação, porém um pouco lenta devido sua perna debilitada. Atrás, Nico observava a retaguarda: parecia que conforme andavam, os assobios e vozes dos Rockets caminhavam junto com eles, o que significava que estavam sendo seguidos... É impossível dizer como os malfeitores conseguiam seguir os passos de nossos heróis em meio a chuva, mas de alguma maneira acontecia. A voz do ruivo mais uma vez ecoava dentre a tempestade:

— Vou te encontrar, loirinha! Já tenho até um lugar especial para te levar!

A treinadora engolia seco, parando por alguns segundos e fitando Nicholas mais uma vez. Mesmo molhada dos pés à cabeça, era possível ver o pavor estampado em seu rosto: suas orbes azuladas enchiam d'água brevemente, lágrimas que logo mesclavam-se às gotas de chuva que escorriam de seus alongados cílios. Suspirou, voltando a caminhar sem dizer uma única palavra.

O terreno começava a ficar cada vez de mais difícil locomoção: a área da floresta que adentravam possuía diversas árvores conhecidas por suas enormes raízes aéreas, que combinadas com a tempestade e o lamaçal do folhiço, acabava criando uma espécie de mangue que exigia um pouco mais de força para caminhar sobre.

— ... Merda. — Emma reclamou, tentando tirar um dos pés da funda terra molhada, mas demorando um pouco para fazê-lo — Dói. Demais. — apoiou-se em uma das raízes — Vai embora, Nico. Não tem jeito. — tornava a fitar o rapaz, agora com uma séria expressão estampada em seu rosto — Por favor. — respirou fundo, limpando um pouco da água da chuva que escorria sobre seu rosto — Vai embora!



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A chuva parecia um fator externo comparado à química da dupla. O loiro estava disposto a apenas ganhar tempo — mesmo sem ter o poder necessário para enfrentá-los — afim de que a garota fugisse e, quem sabe, clamasse às autoridades locais. Ela, por sua vez, exprimiu de que ele deveria tomar mais cuidado de si. Suas bochechas, outrora alvas, coloriam-se de um carmim de nervosismo, aproximando-se do rosto de Nico, beijando-o. Murmurava dizendo que também cuidaria do mesmo, ficando sem graça.

Nicholas não era do tipo de garoto que sabia reagir a essas situações. Sempre taciturno, analisando tudo ao redor, o loiro não tinha habilidades sociais tão desenvolvidas. Suas bochechas coraram como as de Emma, e em um riso sem jeito, fitava os olhos da treinadora. Vislumbrou, por milésimos, o momento em que suas mãos uniam-se, compartilhando daquele calor que nem mesmo a ciência arrisca a dizer como funciona. Era inexplicável, e tão aprazível, que Nico apenas deixou fluir. O momento pareceu quebrar ao ver a perna da loira, prejudicando sua mobilidade.

Apoiaram-se em uma árvore próxima, citando a ajuda de Natu. Ao galgar para longe, fugindo da presença hostil dos bandidos, deu tempo o suficiente para debandarem o casebre e iniciar a fuga. Soma-se isso ao imbecil gritar aos quatro ventos onde estava; não era possível saber se era psicopatia ou burrice, ou um emaranhado dos dois. De qualquer modo, por pouco, a dupla conseguiu adentrar outro ponto da floresta.

Conforme adentravam, Nicholas, ao vigiar o ponto cego da treinadora, ouviu a voz do ruivo rasgar os ventos, chegando ao ouvido de ambos, proferindo suas provocações. Ao encarar o semblante de Emma, era nítido ver a sensação de pânico percorrer a espinha da mesma. E aqueles malditos flashes invadiram a memória do garoto, dizendo que apenas deixá-lo-iam só, para que a culpa corroesse seu âmago.

Nico estendia seu braço, pousando a mão no ombro direito da garota, sorrindo. Queria transmitir que estaria ao seu lado, independente do que houvesse — e se fossem pegos, Nicholas era quem seria a pedra de tropeço dos Rockets.

Pouco a pouco, conforme avançavam, a movimentação seria prejudicada demasiadamente. Era necessário fazer mais força para levantar seus pés do lamaçal no solo, graças à torrente. No momento crucial, Emma delongou mais que o costume, reclamando das dores em seus membros inferiores. Lágrimas, gradualmente, emergiam de seus olhos, pedindo para que o loiro deixasse-a a sorte com aqueles porcos soltos. Nico aproximou-se da garota, sem desviar o olhar em um nenhum momento, tentando penetrar seu âmago o máximo possível na tentativa de acalentá-la. Suas mãos pousaram sobre seu pescoço, inclinou o seu torso e retribuiu o beijo de outrora — apesar de mais longo que o da treinadora.

— Você fala muito — murmurou, abrindo um sorriso sucinto. — Não vou te deixar aqui nem por mil demônios.

Afastou-se devagar próximo do ouvido da garota. Suas mãos foram em direção ao seu bolso, buscando a esfera bicolor que continha a hiena. Em um movimento como se fosse parti-la, um feixe de energia liberou o Mightyena recém-capturado.

— Mightyena, tente usar o seu faro para ver se eles estão próximos da gente, e como você é daqui, tente nos guiar por algum caminho para fugir dos Rockets — e sem delongas, ergueu o corpo de Emma, pegando-a pelo colo. — Quanto a você, senhorita — riu. —, liberte Jigglypuff para que ele nos vigie a retaguarda. Ainda temos esperança.

Agindo movido — apesar de raro — pela emoção, para não perder a treinadora de jeito nenhum, foi a única saída que Nicholas pensou naquele momento tão crucial. Restava, apenas, torcer para que os ventos violentos da tempestade soprassem a favor do destino dos novos treinadores.

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Com a impossibilidade de Emma prosseguir pelo caminho em sua frente, Nicholas precisava pensar rapidamente em uma solução para o problema. A loira até tentava manter uma feição fechada, tentando transmitir seriedade no que disse anteriormente, mas após o recíproco beijo na bochecha, simplesmente não conseguia esconder o sorriso que se formou no rosto.

— Teimoso... — reclamou, cruzando os braços — Se sairmos dessa vivos você vai ver só.

Mightyena, então, era liberado de sua esfera metálica, assim como Jigglypuff, com ambos monstrinhos servindo para vigiar os entornos dos treinadores. Após ser pega no colo, a loira envolveu seus braços no pescoço de Nico, deitando a cabeça logo em seguida sobre o ombro direito do rapaz. O canídeo, por sua vez, começava a ficar cada vez mais agitado conforme o tempo passava, mostrando seus dentes em raiva constantemente, por mais que estivesse olhando para frente junto com seu treinador, guiando-os para algum lugar seguro.

E assim caminharam dentre o lamaçal. Sem dúvidas, graças ao peso extra, Nicholas precisava fazer muito esforço para retirar seus pés do lodo, o que diminuía o ritmo de nossos heróis consideravelmente. Em um determinado momento, a feição de Emma se tornara assustada e assim que abrira sua boca para dizer um sonoro "não!", algo golpeava nosso herói pelas costas, fazendo com que caísse junto com a loira em cima do mangue. Assim que olhasse para trás, o loiro veria que Jigglypuff tentou tomar o golpe em seu lugar: a pequena fada jazia desmaiada e machucada, o que significa que o golpe fora forte suficiente para atravessá-la e ainda assim os atingir.

— Jiggly!
— Emma gritou, retornando-a quase que imediatamente -- apesar da queda, abraçou Nicholas mais uma vez — Você está bem? Se machucou? — limpou um pouco da lama que caíra sobre o rosto do rapaz — São eles, Nico... E agora?

De fato os malfeitores haviam conseguido alcançá-los: Mightyena rapidamente tomava às costas de seu treinador e começava a rosnar na direção das árvores, de onde, poucos segundo depois, saía não só o ruivo que já conheciam, como também mais dois malfeitores em seus uniformes Rocket.

— Eu não disse que encontraríamos os pombinhos rápido?
— debochou, enquanto os demais riam do que o ruivo dizia -- ao lado dos malfeitores estavam o já conhecido Drillbur, como também um Sandshrew azulado e um imponente Wormadam-Trash Cloak — E agora? Onde está toda aquela bravura toda? — continuou rindo, agora com sua atenção voltada para Nicholas e Emma — Vamos acabar logo com isso... Não tem para onde fugir.

Ato 01 — O início. - Página 5 DrilburAto 01 — O início. - Página 5 Sandshrew-alolaAto 01 — O início. - Página 5 Wormadam-trash



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Repentinamente, Nico estatelou no chão. Antes de cair, lançou somente o seu corpo ao chão, tentando deixar a treinadora livre de mais ferimentos. Ao volver sua cabeça para trás bruscamente, a rechonchuda fada já se esgotara com um avassalador e único ataque. E durante a caminhada da dupla na rota, somente um pokémon fora capaz de fazê-lo: Drilbur. Levantando-se, aos poucos, Nicholas já mandava o ruivo ao inferno — mentalmente, é claro. Preferira não responder à Emma ao esta indagar sobre seus ferimentos, a situação agora não era a melhor para curar os danos de uma simples queda.

Os atentos olhos do loiro voltaram-se para onde Mightyena rugia. A hiena mostrava suas presas para os bandidos que calcorreavam na direção dos novatos, surgindo por detrás das árvores. Com as mesmas colocações ásperas e risadas enervantes, o ruivo voltara agora com seus aliados. Sua estratégia seguia da mesma: penetrar na mente do loiro, fazendo-o o pender à raiva e não pensar antes de suas ações, como de costume. Seus orbes inexpressivos pousaram nas figuras que agora se apresentavam hostilmente.

A mesma toupeira de outrora, um conhecido de Kanto: Sandshrew e outra criatura poucas vezes vista — Nicholas sequer ouviu falar dela. Não podia sequer recorrer à pokédex para obter informações que lhe fossem úteis na batalha. O tatu chamou a atenção de Nicholas: sua coloração era excêntrica. Ao invés do trivial amarelo, o tom de seu corpo era azulado. Rangeu os dentes, perguntando-se como aqueles miseráveis tiveram acesso a tal raridade — mesmo ele mesmo sabendo que, provavelmente, roubaram ou compraram no mercado negro.

Não soltaria a garota de seu colo, pois os homens aproveitariam de seu maior número para emboscar o loiro e Emma debilitada. Naquela situação, preferiu permanecer junto a ela — e literalmente. Pensou, taciturno. E não tinha outra saída, a não ser enfrentar aquela batalha em desvantagem numérica. Titubeou em lançar Charmander para combater no temporal, mas que outra saída tinha? Arqueou, com dificuldades, a esfera bicolor do lagarto, libertando-o. Assim que o réptil pousara no chão, rangeu seus dentes em sinal de cólera, desferida toda contra a pessoa do ruivo.

Olhou, de um lado para o outro. Em um temporal, cercado por árvores e nenhuma ajuda aparente. Nico também não deixaria aqueles homens encostarem a mão na treinadora; estava disposto a dar tudo de si para defendê-la. Fitou os olhos cerúleos de Emma mais uma vez, aproximando-se de seu ouvido, murmurando em um volume inaudível para os malfeitores:

— Assim que Drilbur cair, liberte Ralts para ajudar na batalha. Vamos transformar essa desvantagem em vantagem.

Erguia-se aos poucos. No meio do percurso, seus lábios foram de encontro às bochechas, em um leve roçagar. Pela primeira vez, agira por ímpeto. Queria passar segurança à garota, e talvez aquele gesto a fizesse se sentir mais segura. Não obstante, rendia-se à beleza de Emma: ora, por mais frio que fosse, era inegável que a treinadora havia lhe cativado, conforme mostrado no casebre. Ainda era cedo para dizer que Nicholas aflorava algum sentimento pela mesma, todavia, sentia-se bem ao lado dela. Bom, quem sabe ela não sinta o mesmo.

Era contraditório para a sua personalidade. Por natureza, o loiro sempre pendeu à racionalidade, tentando arquitetar cada passo para que tivesse controle do seu próprio destino. Contudo, as palavras de seu patrão eram mais reais do que nunca: os laços eram um dos principais combustíveis de uma aventura. Em tão pouco, aqueles dois — por mais opostos que sejam — equilibraram uma balança sentimental conjunta. Tal sol e lua. Quente como o sol, Emma conseguira iluminar as veredas de Nicholas por um lado que ele não conhecia muito: do sentimento; sempre afetiva e aprazível, a treinadora encaixara uma parte do quebra-cabeça que constituía o âmago do treinador. Por outro lado, Nico parecia ensiná-la a dosar seus raios esplendorosos, sendo mais fria em determinados momentos; como o crepúsculo, o garoto nunca emitira tanto calor. Muito pelo contrário, sabia muito bem quando emitir o comprimento de onda correto dependendo da ocasião.

Sem delongar, com seus monstros já apostos encarando a equipe inimiga, Nico comandara o primeiro ataque sem delongar:

— Mightyena, Howl e Bite no Drilbur. Charmander, duplo Dragonbreath em Drilbur.

O Howl lançado pela hiena não tinha o sentido de apenas melhorar o ataque do mesmo, pensou o loiro. Quem sabe, com o uivar da criatura, algum aliado aparecesse. Nicholas torcia para que o grunhir fosse alto o suficiente para trazer algum auxílio; e caso não viesse, apenas o aperfeiçoamento de danos físicos era o suficiente.

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Off :


Ato O1 — O início.


Apesar do iminente perigo e uma situação nada favorável a nossos heróis, Nicholas conseguia pensar em uma estratégia dentre o turbilhão de nervosismo que enublava sua mente: movido pelo carinho que cultivou por Emma, dizia para a loira se abster por enquanto, mas que no momento certo liberasse sua fada remanescente em combate...

Tudo muito bom na teoria, mas será que na prática seria possível?

A treinadora ouviu e consentiu atentamente a cada palavra que deixava os lábios do garoto; suas janelas cerúleas já tomadas pelo medo e naufragadas pelas medrosas lágrimas fitavam o garoto com esperança, algo que muitos na mesma situação já teriam deixado para trás no momento a desvantagem numérica em combate se tornou verdadeira. As ameaças do Rocket continuavam, tão pretensiosas e grosseiras que naquele instante íntimo entre Emma e Nicholas sequer eram traduzidas por seus tímpanos: ambos encaravam um ao outro, segurando na crença de que o afeto poderia sim derrotar os malfeitores de uma vez por todas.

— Drilbur, duplo Rock Slide!
— o ruivo dizia, deixando as risadas de lado por um momento; parecia ter aprendido com o combate anterior a importância de prestar atenção no que acontecia em embate — Já perdemos tempo demais aqui.

— Sandshrew, Fury Cutter no Mightyena! — uma voz masculina ecoava do oculto, ainda não sendo possível ver o semblante que lhe pertencia — Duplo!

— Wormadam, duplo Bug Bite no lobo! — agora se tratava de uma voz feminina, também imersa às sombras — Caso ele caia com o primeiro, foque o outro.

Por algum motivo os golpes dos malfeitores pareciam estar perfeitamente sincronizados: sabe-se lá se treinaram anteriormente a isso ou se já estão tão acostumados a fazê-lo que seus monstrinhos se adaptaram. Sandshrew e Drilbur caminhavam pelo lodo como se o terreno sequer fosse desnivelado ou movediço e Wormadam desviava flutuando até mesmo das folhas que caíam de repente da copa das árvores.

E assim o embate se iniciou. Mostrando suas presas extremamente irritado, Mightyena conseguia diminuir um pouco o poder de ataque dos adversário; não somente isso, já que graças sua velocidade atacou primeiro, aproveitando para uivar no processo e aumentar ainda mais seu poder de ataque - aliás, não somente o seu, como também o de Charmander, que parecia tão irritado quanto o canídeo com os Rockets.  

O lagarto de fogo sequer se importava muito com a chuva ou com o súbito terreno escorregadio e movediço que encontrou-se subitamente: sua atenção estava toda voltada para os adversários, permanecendo focado o tempo inteiro em cada movimento que faziam. Por mais que quisesse, ao ver Drilbur lançar suas rochas em sua direção e na de seu aliado, o timing para escapar seria perfeito se não fosse pelo lodo que impediu de se mexer um único segundo antes, o que fez com que recebesse o golpe diretamente sobre seu corpo. Charmander até tentou: buscou a Oran Berry que possuía guardada, mas suas forças se esvaíram antes mesmo que pudesse comê-la. Quando sentiu que não conseguiria, somente fitou Nicholas o máximo que pôde, desmaiando logo em seguida. Mightyena também recebia o golpe, que o machucava, mas não tanto por não ser super-efetivo.

Agora as coisas complicavam: Sandshrew deslizava pela lama como se fosse gelo e aproveitava do momento de fraqueza do canídeo para acertar suas garras diretamente sobre o rosto do Pokémon de Nicholas. Wormadam seguia, fazendo o mesmo que seu aliado de Alola, só que agora acertando sua mordidas de inseto, também super-efetivas.

Mightyena já começava a demonstrar sinais de cansaço, mas ainda assim se mantinha de pé. Emma observava tudo com bastante atenção, esperando a situação que Nicholas dissera acontecer. Sua mão direita já buscava a esfera de Ralts, mas aguardava para seguir exatamente as ordens do loiro...

... Mas talvez aí fosse tarde demais.

O canídeo até acertava sua mordida crítica em Drilbur, mas logo era enxotado de perto do terrestre com as pedras de Rock Slide. Ainda no ar, Sandshrew aproveitava para saltar e acertar um ainda mais poderoso Fury Cutter no noturno, que caía sobre a lama extremamente exausto. A cereja do bolo veio com Wormadam, que mais uma vez utilizava sua Bug Bite e terminava de derrubar o time de Nicholas.

Emma até fazia menção de lançar Ralts, mas era interrompida pelo susto de um repentino grito do ruivo:

— Rápido, Drilbur! Não deixe! Rapid Spin na garota!

O terrestre se envolvia tão rápido na centrífuga de suas garras que desviar não era uma possibilidade, principalmente para Emma que já estava debilitada. Sem qualquer Pokémon para segurar o golpe e sem tempo suficiente para Ralts sair de sua esfera bicolor, será que Nicholas defenderia Emma como prometeu de verdade?

Mesmo se isso significasse abrir mão de seu próprio bem-estar?



Mightyena :
Fainted
Charmander:
Fainted
Hold Item 1:

Hold Item 2:
Oran Berry
Trait 1:
Intimidate
Trait 2:
Blaze

lv18 Mightyena


00/53
lv15 Charmander


00/36
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lv17 Drilbur


11/47
lv16Sandshrew


42/42
lv20 Wormadam


54/54
Trait 1:
Sand Rush
Trait 2:
Snow Cloak
Trait 3:
Anticipation
Hold Item 1:

Hold Item 2:

Hold Item 3:

Drilbur:
-1 Atk;
Sandshrew:
-1 Atk;
Wormadam:
-1 Atk;

Campo: Terreno coberto de lama, similar a um mangue movediço (-1 de Speed para todos Pokémon presentes).
Incessante chuva (Rain Dance 2/?).

Progresso da Rota :



_________________
Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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