Com os ouvidos atentos, Nicholas ouviu a história de Emma. Como já suspeitava, nasceu em uma família abastada financeiramente, dona de indústrias têxteis na região de Kalos. O loiro não reconhecia muito sobre aquelas terras, tampouco ouvira falar sobre o lugar enquanto trabalhava em Viridian; eram terras misteriosas para o loiro, e sabe-se em que dia o treinador poderia explorá-la. Emma pareceu até mesmo dar de ombros ao lembrar a indiferença de seus pais quando ela viera esquadrinhar as terras tropicais de Hoenn.
Nico não entendia muito bem sobre uma vida tão boa. Teve de estudar e trabalhar em Viridian para auxiliar nas contas em casa, já que seus pais eram trabalhadores com salários diminutos: seu pai executava trabalhos braçais na região e sua mãe era auxiliar de limpeza no laboratório de Oak. O casebre na rota 101 lhe era, de certa forma, até nostálgico — a não ser pelo estado pútrido da madeira. Sua casa era pequena, com poucos luxos.
Apesar disso, foi compreensivo com a garota. Não tê-los ao lado era pungente para o treinador. Nico queria se tornar um treinador para melhorar as condições de seus pais e a própria; não a julgava, sua história era clichê também — ainda que fosse mais dura.
Os olhos da treinadora encontraram os de Nico, tal como o sol encontra o oceano no pôr-do-sol em um beijo de despedida a seus esplendores, dando boas vindas à luz lunar ao mundo. Agradecia ao loiro por tê-la salvado do Rocket, dizendo que se não fosse por seus esforços, ela seria capturada por aqueles homens e, quem sabe, morta. Emma não estava aumentando: Nicholas realmente lutou com suas energias ao máximo por conhecer a reputação daqueles vermes. Ele jamais se perdoaria por deixar a treinadora partir com aquele homem.
Sua mão alva pousava sobre a perna do treinador, no aguardo de Nico repousar sua mão canhota sobre ela. Proferia palavras reconfortantes ao treinador, enfatizando o desejo dele de proteger a todos, usando Mightyena, agora resfolegando sobre o mesmo. Os olhos aéreos de Nico ainda corriam pela parede pútrida adiante, tentando buscar mais sobre si mesmo. Nada adiantava. Apenas aceitava as gentis palavras de Emma.
— Obrigado — era o que apenas dizia. Sua mão entrelaçava-se com as de Emma, tal como as energias primordiais se encontraram e se expandiram, formando tudo o que existe, criado a partir de um beijo cósmico de energia infinita.
Pressionava a mão da treinadora suavemente. Cerrou os olhos, respirando fundo, apreciando o filme que passava em flashes em sua memória. O astro era ele mesmo, e o roteiro, tudo o que acontecia desde sua chegada a Hoenn. No fundo, era grato por tudo o que ocorrera até os momentos atuais — salvo as situações melindrosas, como o ataque a Mightyena e a queda de Emma. Pousava sua vista nos olhos de oceano da treinadora mais uma vez, esboçando um sorriso sucinto como o de costume.
— Descanse, assim como Charmander — correu os olhos no lagarto que repousava sobre o colo da treinadora, puxando levemente a mão da mesma, oferecendo seu ombro como travesseiro. — Eu ficarei de guarda até que a chuva passe e vocês recuperem suas energias.
Fitava, agora, o teto. Absorto, cerrava os olhos, deglutindo todos os acontecimentos ao focar nas polidas palavras de Emma.
Nico não entendia muito bem sobre uma vida tão boa. Teve de estudar e trabalhar em Viridian para auxiliar nas contas em casa, já que seus pais eram trabalhadores com salários diminutos: seu pai executava trabalhos braçais na região e sua mãe era auxiliar de limpeza no laboratório de Oak. O casebre na rota 101 lhe era, de certa forma, até nostálgico — a não ser pelo estado pútrido da madeira. Sua casa era pequena, com poucos luxos.
Apesar disso, foi compreensivo com a garota. Não tê-los ao lado era pungente para o treinador. Nico queria se tornar um treinador para melhorar as condições de seus pais e a própria; não a julgava, sua história era clichê também — ainda que fosse mais dura.
Os olhos da treinadora encontraram os de Nico, tal como o sol encontra o oceano no pôr-do-sol em um beijo de despedida a seus esplendores, dando boas vindas à luz lunar ao mundo. Agradecia ao loiro por tê-la salvado do Rocket, dizendo que se não fosse por seus esforços, ela seria capturada por aqueles homens e, quem sabe, morta. Emma não estava aumentando: Nicholas realmente lutou com suas energias ao máximo por conhecer a reputação daqueles vermes. Ele jamais se perdoaria por deixar a treinadora partir com aquele homem.
Sua mão alva pousava sobre a perna do treinador, no aguardo de Nico repousar sua mão canhota sobre ela. Proferia palavras reconfortantes ao treinador, enfatizando o desejo dele de proteger a todos, usando Mightyena, agora resfolegando sobre o mesmo. Os olhos aéreos de Nico ainda corriam pela parede pútrida adiante, tentando buscar mais sobre si mesmo. Nada adiantava. Apenas aceitava as gentis palavras de Emma.
— Obrigado — era o que apenas dizia. Sua mão entrelaçava-se com as de Emma, tal como as energias primordiais se encontraram e se expandiram, formando tudo o que existe, criado a partir de um beijo cósmico de energia infinita.
Pressionava a mão da treinadora suavemente. Cerrou os olhos, respirando fundo, apreciando o filme que passava em flashes em sua memória. O astro era ele mesmo, e o roteiro, tudo o que acontecia desde sua chegada a Hoenn. No fundo, era grato por tudo o que ocorrera até os momentos atuais — salvo as situações melindrosas, como o ataque a Mightyena e a queda de Emma. Pousava sua vista nos olhos de oceano da treinadora mais uma vez, esboçando um sorriso sucinto como o de costume.
— Descanse, assim como Charmander — correu os olhos no lagarto que repousava sobre o colo da treinadora, puxando levemente a mão da mesma, oferecendo seu ombro como travesseiro. — Eu ficarei de guarda até que a chuva passe e vocês recuperem suas energias.
Fitava, agora, o teto. Absorto, cerrava os olhos, deglutindo todos os acontecimentos ao focar nas polidas palavras de Emma.