Vilarejo de Verdanturf, manhã de maio, céu ensolarado com poucas nuvens.
Nesta manhã contraditória, três coisas importantes aconteceriam com Nakeisha. Além de ser seu aniversário de quinze anos, também era o dia em que a escola os levaria para visitar Verdanturf onde teriam uma aula de campo com o Professor Birch.
Tudo havia começado mal, pois o que tradicionalmente costumava ser um dia especial, com uma manhã em família em torno da mesa e um café da manhã especial se resumiu a apenas duas pessoas: Kiki e o irmão mais velho, também professor da Escola de Treinadores e tutor de uma das turmas que iriam ao passeio.
Contrariada pela situação atípica, principalmente em uma data especial, a garota manteve-se apática e distante ao longo de todo o roteiro turístico no vilarejo. Nem mesmo a presença de Birch capturava sua atenção por muito tempo. Distraía-se com facilidade, principalmente porque Verdanturf lhe lembrava a antiga Violet, cercada de verde, com ar limpo e fresco.
– Professor, se me permite, gostaria que conhecesse minha irmãzinha, Nakeisha. Hoje ela faz aniversário. – a voz do irmão e sua aproximação chamaram atenção – Além disso, arrisco dizer que é uma fã sua. É bem capaz de ela saber recitar “A coexistência de Pessoas e Pokémon” de traz pra frente, pelo tanto que leu seu livro.
– Hahaha, um título muito filosófico, posso dizer. – vinha o professor, sorridente.
Vê-lo foi uma surpresa, porque Kiki não esperava encontra-lo tão casual em seu shorts e chinelo. Até ela, com seu jeans preto rasgado, camiseta florida e jaqueta roxa parecia mais formal que ele.
– É um prazer, querida. – estendeu-lhe a mão – Espero que nos procure em breve, quando estiver pronta.
– Pronta? Para o que? – questionou por reflexo.
– Começar sua jornada, é claro.
– Posso? – falou mais para o irmão do que para o professor.
– Arh... erh... Ótimo, professor, que tal a gente reunir as crianças e...
– Claro que pode. Eu adoraria! Afinal, qualquer jovem que tenha se disposto a ler um dos meus livros e gostado deve ser um bom curioso e treinador em potencial. Além disso, eu preciso muito de gente que me ajude com as observações dos Pokémon e...
– Professor, ficamos lisonjeados, procuraremos o senhor assim que... – o irmão ia interrompe-lo.
– Me deixaria aceitar hoje? Digo, é meu aniversário, eu posso, não é?
– Kiki! Não!
– Sim! Claro! Ora, por quê não?!
– Professor! Não! – desconcertado, o irmão titubeou para se acertar – Quero dizer... Imagina, não precisa ser hoje... O senhor nem está no seu laboratório com os equipamentos todos para os novatos, e tal... ?!
– Você tem razão. – pareceu refletir – Mas isso não é problema, eu quase nunca estou no laboratório afinal, então preciso estar sempre preparado, certo?! Meus assistentes com certeza têm tudo que precisamos aqui. Um momento... – e se retirou, entusiasmado.
Na ausência do professor, Nakeisha e o irmão travaram um diálogo intenso. Ela finalmente ansiosa por alguma coisa positiva. Ele culpado pela situação, mas mais do que tudo tentando cobrir decisões que não eram suas, mas sim dos seus pais, sobre a irmã. No fim, o silêncio os dividiu sem uma decisão conclusiva. Sentados em um banco, distante da multidão, cada um contemplava um ponto da paisagem. Kiki com os olhos vidrados em um Taillow voando longe.
– Eu preciso fazer alguma coisa. – sua voz suave quebrou o silêncio – Tudo e todo mundo mudou muito depressa, menos eu. – olhou para ele, os olhos em súplica – Me deixa mudar... Ao menos conhecer o mundo, como a mamãe. Vocês não podem me prender em casa pra sempre...
– Verdade. – ele tinha um sorriso no rosto – Só quero que entenda que eu tô tentando pensar como ela e o papai... Digo, como vou convencê-los que fui eu quem deixou você ir?!
– A decisão não foi sua. Simples. – olhou para o professor ao longe – Mamãe vai entender se você mencionar ele – apontou o homem com um movimento de cabeça – O papai vai entender quando me ver feliz. E ele vai ver. Vocês vão. Eu prometo. – um sorriso dos dois lados pareceu selar o acordo.
– Então, acho que você vai precisar do seu presente de aniversário mais cedo do que eu pretendia. – dizia remexendo a própria mochila – É um presente meu e da mamãe, na verdade. Temos planejado isso desde que passei a dar aula na sua escola e... enfim, todas as coisas que aconteceram.
Nakeisha recebeu nas mãos uma caixinha alaranjada com um bonito lacinho branco e dourado. Dentro havia uma pokebola, sem nenhuma pista de seu conteúdo. Ela não teve tempo de abri-la para descobrir, pois no mesmo instante o professor Birch já estava voltando. Carregava nos braços o kit que tradicionalmente entregava aos iniciantes. Ofereceu-lhe um dos iniciais também, mas, determinada, Kiki recusou-os, apostando suas fichas no que o destino lhe deu. E, respirando fundo, contemplou o céu limpo e ensolarado de Verdanturf. O ar fresco lhe abraçou, por dentro e por fora. Por um instante, lembrou de casa e, naquele curto instante, o que era um sentimento triste se transformou numa saudade agradável. Uma transformação importante acabava de acontecer...
Nesta manhã contraditória, três coisas importantes aconteceriam com Nakeisha. Além de ser seu aniversário de quinze anos, também era o dia em que a escola os levaria para visitar Verdanturf onde teriam uma aula de campo com o Professor Birch.
Tudo havia começado mal, pois o que tradicionalmente costumava ser um dia especial, com uma manhã em família em torno da mesa e um café da manhã especial se resumiu a apenas duas pessoas: Kiki e o irmão mais velho, também professor da Escola de Treinadores e tutor de uma das turmas que iriam ao passeio.
Contrariada pela situação atípica, principalmente em uma data especial, a garota manteve-se apática e distante ao longo de todo o roteiro turístico no vilarejo. Nem mesmo a presença de Birch capturava sua atenção por muito tempo. Distraía-se com facilidade, principalmente porque Verdanturf lhe lembrava a antiga Violet, cercada de verde, com ar limpo e fresco.
– Professor, se me permite, gostaria que conhecesse minha irmãzinha, Nakeisha. Hoje ela faz aniversário. – a voz do irmão e sua aproximação chamaram atenção – Além disso, arrisco dizer que é uma fã sua. É bem capaz de ela saber recitar “A coexistência de Pessoas e Pokémon” de traz pra frente, pelo tanto que leu seu livro.
– Hahaha, um título muito filosófico, posso dizer. – vinha o professor, sorridente.
Vê-lo foi uma surpresa, porque Kiki não esperava encontra-lo tão casual em seu shorts e chinelo. Até ela, com seu jeans preto rasgado, camiseta florida e jaqueta roxa parecia mais formal que ele.
– É um prazer, querida. – estendeu-lhe a mão – Espero que nos procure em breve, quando estiver pronta.
– Pronta? Para o que? – questionou por reflexo.
– Começar sua jornada, é claro.
– Posso? – falou mais para o irmão do que para o professor.
– Arh... erh... Ótimo, professor, que tal a gente reunir as crianças e...
– Claro que pode. Eu adoraria! Afinal, qualquer jovem que tenha se disposto a ler um dos meus livros e gostado deve ser um bom curioso e treinador em potencial. Além disso, eu preciso muito de gente que me ajude com as observações dos Pokémon e...
– Professor, ficamos lisonjeados, procuraremos o senhor assim que... – o irmão ia interrompe-lo.
– Me deixaria aceitar hoje? Digo, é meu aniversário, eu posso, não é?
– Kiki! Não!
– Sim! Claro! Ora, por quê não?!
– Professor! Não! – desconcertado, o irmão titubeou para se acertar – Quero dizer... Imagina, não precisa ser hoje... O senhor nem está no seu laboratório com os equipamentos todos para os novatos, e tal... ?!
– Você tem razão. – pareceu refletir – Mas isso não é problema, eu quase nunca estou no laboratório afinal, então preciso estar sempre preparado, certo?! Meus assistentes com certeza têm tudo que precisamos aqui. Um momento... – e se retirou, entusiasmado.
Na ausência do professor, Nakeisha e o irmão travaram um diálogo intenso. Ela finalmente ansiosa por alguma coisa positiva. Ele culpado pela situação, mas mais do que tudo tentando cobrir decisões que não eram suas, mas sim dos seus pais, sobre a irmã. No fim, o silêncio os dividiu sem uma decisão conclusiva. Sentados em um banco, distante da multidão, cada um contemplava um ponto da paisagem. Kiki com os olhos vidrados em um Taillow voando longe.
– Eu preciso fazer alguma coisa. – sua voz suave quebrou o silêncio – Tudo e todo mundo mudou muito depressa, menos eu. – olhou para ele, os olhos em súplica – Me deixa mudar... Ao menos conhecer o mundo, como a mamãe. Vocês não podem me prender em casa pra sempre...
– Verdade. – ele tinha um sorriso no rosto – Só quero que entenda que eu tô tentando pensar como ela e o papai... Digo, como vou convencê-los que fui eu quem deixou você ir?!
– A decisão não foi sua. Simples. – olhou para o professor ao longe – Mamãe vai entender se você mencionar ele – apontou o homem com um movimento de cabeça – O papai vai entender quando me ver feliz. E ele vai ver. Vocês vão. Eu prometo. – um sorriso dos dois lados pareceu selar o acordo.
– Então, acho que você vai precisar do seu presente de aniversário mais cedo do que eu pretendia. – dizia remexendo a própria mochila – É um presente meu e da mamãe, na verdade. Temos planejado isso desde que passei a dar aula na sua escola e... enfim, todas as coisas que aconteceram.
Nakeisha recebeu nas mãos uma caixinha alaranjada com um bonito lacinho branco e dourado. Dentro havia uma pokebola, sem nenhuma pista de seu conteúdo. Ela não teve tempo de abri-la para descobrir, pois no mesmo instante o professor Birch já estava voltando. Carregava nos braços o kit que tradicionalmente entregava aos iniciantes. Ofereceu-lhe um dos iniciais também, mas, determinada, Kiki recusou-os, apostando suas fichas no que o destino lhe deu. E, respirando fundo, contemplou o céu limpo e ensolarado de Verdanturf. O ar fresco lhe abraçou, por dentro e por fora. Por um instante, lembrou de casa e, naquele curto instante, o que era um sentimento triste se transformou numa saudade agradável. Uma transformação importante acabava de acontecer...
Pokémon inicial sorteado :
Off: Que a sorte esteja a meu favor! Vamos de Pokémon sorteado, please ^-^
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Hiro ♡