Waiting Game

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Kath completava a conversa, e juntos sentávamos próximos da praça de alimento, num banco simples; eu demorei um tempo para processar a pergunta dela, já que estava simplesmente boiando no céu, que estava bem lindo para um dia de praia. Bastante quente e com poucas nuvens, com certeza a situação ideal onde eu iria para a piscina do apartamento que morávamos, aproveitar a vista da selva de pedra de Castelia, que me agradava tanto os olhos. Sempre fui garoto de cidade grande, sempre apreciei a vida movimentada e o que nós, Geração Y, conseguíamos conquistar mesmo com tampouco tempo de vida.

- Depois do Fiery Path? Provavelmente vou para Kanto. O ginásio de Fuchsia é o único do tipo Poison, e quero me tornar um aprendiz lá; devo ficar por lá mesmo. Apesar de Hoenn ser extremamente atraente, eu sinto que terei muito mais oportunidades naquela região, e sinto também que será minha casa por um bom tempo. - Disse, decidido. O que vi em Cerulean aqueceu meu coraçãozinho venenoso, todo mundo se ajudando e reconstruindo um continente que um dia fora sua própria casa; eu não tinha essa conexão prévia, mas sentia que conhecia aquela região de vidas passadas, sabe?

- Além do mais, você viu no chat da Requiem? Winnie disse que conseguimos um contrato em Cerulean para ter uma propriedade lá, e já até alugamos uma base. Imagino que a maioria dos membros deve voltar para Kanto também. - Dei de ombros. Apesar disso não ser determinante, de fato era um sinal a mais de que a região reservava muito mais do que esperávamos. Bebi mais um pouco d'água, dessa vez de outra garrafa, e voltei a falar. - E você? Vai seguir com a missão que o hospital te deu, não é? - Questionei a garota, erguendo uma sobrancelha.

Oddish 26/40

Não tinha mais o que a gente fazer no caso de Caio, agora tudo estava nas mãos dos profissionais. Então Luke e eu conversávamos, para tentar evitar o silencio desconfortável, com cada um boiando em seus pensamentos. Nisso entrávamos em um assunto meio complicado que eram planos futuros, por mais que a gente planeje, pode não sair do jeito esperado, eu tinha um planejamento a seguir, se ele sairia do jeito esperado, eram outros quinhentos que pra falar a verdade, não queria pensar em imprevistos agora, o que for pra acontecer vai acontecer. Fica tudo mais fácil quando não se tenta ter o controle de todas as variáveis, o que não é possível, por isso o "tenta".

- Ah sim, Kanto e Johto já estão basicamente prontas. Mas eu mesma não me vejo saindo de Hoenn tão cedo, tenho coisas para fazer. A missão do hospital é uma delas. Inclusive, logo depois que terminarmos por aqui, talvez eu não vá pro Fiery Path com você, espero que entenda, mas enfim, desafiarei a Roxanne, sinto que já estou pronta. Depois, que eu já tiver terminado com essas duas coisas, sei lá, ir atrás de mais algum pokémon em Hoenn, acho que um Ralts sabe e se der, talvez desafiar os outros ginásios.

E mais uma vez minha fala e meus planos eram cheios de "talvez", talvez isso, talvez aquilo, mas repito, estou cada vez mais acostumada com a incerteza. Eu fico pensando, se não fosse o acidente com Zen me teleportando para o Centro Pokémon, eu não teria conhecido Winnie e não estaria na Requiem, as coisas seriam bem diferentes se isso não acontecesse e falando em Winnie e Requiem, Horan me chamava a atenção sobre exatamente isso.

- Huh, que legal. Bem, eu também eventualmente vou pra Kanto, então acho que foi uma boa escolha de local pra base. Inclusive quero ver Cerulean, como ficou lá. - A Requiem não tinha nenhum líder, mas se for parar pra pensar, Winnie é tecnicamente a líder. Ela sempre resolve tudo. Por isso eu tenho que ficar forte, para ser útil pra Winnie e pra Requiem inteira.

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Luke conseguia fácil acesso de um Storage, direto da ala administrativa mesmo daquele pseudo shopping. Era mais como uma estrutura rodoviária, mas tudo bem. Além disso, gentilmente a administradora do local ofertava o local para que eles pudessem almoçar, já que estava perto de meio dia e era a única coisa que ela poderia fazer desde então. Com a Pokébola em mãos, Luke e Kath conversavam sobre os planos enquanto degustavam da comida, que talvez fosse mais apetitosa do que era, afinal, depois de tanto trabalho, cansaço e horas sem comer, aquela alimentação seguiria bem.

Conversa vai, conversa vem, o tempo passava e enquanto eles traçavam planos para suas respectivas carreiras, o trio de mulher se apresentava mais uma vez. A paramédica chegava acompanhada da professora e também da administradora do campus, observando os dois e assim sorrindo. - Foi muito fácil identificar a sub espécie e o soro foi administrado... Embora demore mais minutos, consegui prever estabilização dos sinais vitais e a mãe dele foi alertada... Logo ela e o pai estarão aqui, mesmo já tendo direcionado a equipe para leva-lo para Rutsboro... Mas são pais, sabe como funciona... - dizia a mulher, satisfeita pelo o resultado.

A professora logo dava um passo a frente. Suas duas mãos estavam sobre a sua roupa e ela inclinava a cabeça para frente, curvando-se para o casal de treinadores. - Eu queria, em nome do Colégio de Rutsboro, agradecer pelo trabalho de vocês dois prestaram... Eu não sei o que seria de mim se vocês não tivessem aparecido na rota... Agradeço de coração... Como são treinadores, queria presenteá-los com este kit de cura para os dois. Por favor, aceitem! - dizia entregando os itens aos meninos.

Já a administradora parecia tão agradecida quanto a professora. - A segurança do Mt. Chimney Store é algo que a gente presa. Quando o colégio de Rutsboro fez o convênio com a gente, não contávamos com isso. Somos parcialmente responsáveis pelo o que aconteceu e queremos agradecer com este simbólico prémio.- a mulher entregava dois envelopes, com valores financeiros importantes dentro, o que seria de grande ajuda para a jornada Pokémon.

Ambos receberam:
+3 Full Restore
+3 Full Heal
+ Pk$ 1,000

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OFF:

Passamos o dia ali, almoçando e conversando; a comida do local era literalmente uma delicia, e eu repeti algumas vezes alguns pratos, saboreando como deveria ser; Kath respondera tudo com bastante animação, e até dizia que não iria comigo para o Fiery Path, o que era completamente compreensível. Eu já havia desviado demais de seu caminho, e seria bom passar um tempo sozinho de novo; afinal minhas últimas aventuras foram todas em companhia, e assim até perdia um pouco do instinto de sobrevivência que se tinha ao viajar sozinho. Seria um bom momento para tal.

Depois de várias horas, as três mulheres retornaram, com boas notícias para todos; Caio estava bem, e aparentemente acordaria logo; aquilo era gratificante, saber que tinha salvo uma vida hoje, e que provavelmente ela estaria morta se não fosse por mim e Kathryne. Meu coração estava quentinho e eu mal conseguia conter o sorriso em meus lábios, mais ainda quando recebi algumas recompensas que sequer esperava; estendi as mãos, guardando tudo na bolsa e cumprimentando a diretora, e as outras mulheres, como forma sincera de gratidão.

- Eu mal consigo pensar em como ficaria mal se não tivesse chego a tempo. Fico muito feliz que Caio ficará bem, agradeço pelas recompensas. - Sorri uma última vez, esperando que Keyron também agradecesse, para que assim, deixássemos o local. Agora nossa aventura na rota 112 poderia de fato acontecer, para que treinássemos lutando contra selvagens e até outros treinadores, sem correr o risco de deixar alguém morrer enquanto isso rolava. Descemos do Cable Car, de volta para a pradaria e eu tratei de liberar dois Pokémon de uma vez: Amor e Manigold. A pequena verdinha veio logo em direção a meus braços, mas antes de segura-la, usei um de meus recém-adquiridos itens em Haunter, para restaurar sua energia.

Agora, como todos muito mais saudáveis e de volta a ativa, retomamos nosso caminho, de volta a floresta; meu objetivo agora era claro, treinar, treinar e treinar. Caçaríamos o quanto desse, e até onde conseguíssemos, para que eu pudesse tanto evoluir meu fantasma, quanto fortificar o restante de minha equipe; eu já tinha Manigold que era minha maior powerhouse no momento, e que de fato conseguia acabar com a maior parte dos inimigos, mas a batalha com Seviper mostrou suas fraquezas, e eu sabia que deveria arranjar outras potências para meu time. Isto significa, com todas as palavras, treinar também os outros Pokémon, não só o Haunter, mas eu precisava evolui-lo antes, e aí sim focaria no restante, Algumas lutar deveriam resolver, tinha certeza.

Oddish 27/40

Enquanto tudo ia acontecendo e a paramédica cuidava de Caio, acho que mereço o "banquete dos vitoriosos" e bem, pra mim aquilo foi um banquete, eu comi muito, muito mesmo, estava basicamente aceitando qualquer coisa para acabar com a fome, que mesmo apesar de eu ser do tipo "riquinha", nunca fui muito chata pra comer e enquanto comia, voltava a boiar em pensamentos: "será que vai ter algo que vai me desviar dos meus planos outra vez?" Talvez teria e mais uma vez eu contemplava a incerteza da carreira como treinadora, tanto que quando terminei de comer, estava tomando café enquanto simplesmente olhava para o... nada? Acho que era bem o que eu estava fazendo até a paramédica e as outras duas chegarem até a gente para avisar que tudo foi um sucesso.

Sim, foi tudo um sucesso, Caio vai viver, graças a nossa ajuda. Já disse e repito que me culparia a níveis extremos pela morte do garoto, claro talvez não tanto como a professora dele. Huh, de novo estou fazendo um grande uso da palavra talvez. Seria isso um vício de linguagem, apesar de que são apenas meus pensamentos ou realmente é a palavra que mais se encaixa no contexto? Sigh, isso não importa Kathryne, volte ao mundo real agora mesmo. De volta ao mundo real, eu aceitava timidamente a recompensa das moças.

- Muito obrigada e fico feliz em saber que conseguímos ajudar a salvar uma vida. - Falava com o meu rosto sorridente, mas em um gesto tímido de "eu não mereço essas coisas", mas no final peguei, afinal seria rude recusar e esses itens seriam úteis pra mim afinal de contas. Enfim, segui Lukas até o cable car, descendo em direção a pradaria. Dentro do bondinho apenas fitava a imensidão azul do céu enquanto boiava em mais pensamentos, acho que eu deveria tentar puxar conversa com Horan, mas eu já estava lá em baixo e então liberava três dos meus pokémon: Zen, Venger e a pequena Meditite.

Acariciava a todos como sempre, enquanto passava um dos meus Full Restore em Zen. Venger tentava se cobrir com suas asas, para ver como elas haviam ficado, ele estava tentando descobrir a sua nova forma, já a Meditite, ainda não tivemos as devidas introduções, fora Cerulean. Ela havia ficado um pouco receosa ao ver minhas mãos, mas ao ver que os seus outros dois companheiros não resistiam, ela finalmente cedeu. Liberaria Eevee e Magnemite e até mesmo Slakoth, mas acho que não consigo dar atenção a tantos pokémon ao mesmo tempo, talvez (mais uma vez essa palavra) seja por eu ter ficado muito tempo apenas com Zen ao meu lado. De qualquer jeito, eu tentava quebrar o gelo com Luke.

- Bem, acho que se quisermos treinar é bom irmos atrás de alguns pokémon selvagens. Acho que é o mais fácil de se encontrar. A não ser que aquele tal de Lenny venha encher o nosso saco de novo. - Dava um risinho ao falar a última frase e começava a caminhar, sem nenhum rumo definido a princípio e mantendo o olho nos meus pokémon.

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O casal de salvadores de menino envenenados finalmente conseguia a satisfação no olhar de ter salvo uma vida. Aquilo de certo marcaria a história dos dois membros da Requiém. O trio responsável por aquela excursão retornava para os seus postos de trabalho, enquanto Kath e Luke voltavam para a planície da rota naquela tarde. Após o almoço, tudo fica mais lento, não é mesmo. Os jovens retornavam debaixo do sol forte com ainda uma sobremesa em um potinho de plástico do restaurante do ponto turístico do Mt. Chimney. Não ventava muito naquela rota, pois, a grande montanha meio que barrava qualquer frescor de brisa.

Enquanto os dois andavam, Amor retornava ao colo do menino tóxico, enquanto a doce Kath passiva, tendo Manigold como acompanhante, dessa vez, com uma full vida... Era estranho ver em uma rota tão iluminada como aquela, terreno gramado, um fantasma perambulando com um casal, mas a imagem só era vista de longe. De longe, Zen parecia um humano perto dos dois, já que tinha um corpo bem humanoide, assim como Meditite, que seguia como uam criança. Já o recém evoluído Swoobat, fazia companhia ao Haunter. Morcego voando de dia com tanta claridade era novidade também... Enquanto os dois caminhavam pelo campo aberto, a visão da floresta ao lado crescia... Treinar e treinar e treinar parecia uma proposta interessante, mas antes precisavam encontrar seus alvos.

Enquanto os dois avançavam, alguns Pokémons corriam e se escondiam, sumindo bem facilmente de vista. Já perto das grandes árvores da floresta, a tão, diferente e segmentada floresta em que Seviper fora pega e Kath batalhou contra o indivíduo, um Wurmple saia pela árvore em um fio de seda bem transparente, ocultando-se diante da situação... Por pouco tempo, até um Taillow passar em uma velocidade enorme, agarrar o seu lanche da tarde e sumir naquela floresta escura.

Os jovens tinham muitas opções ali, mas parecia que seguir pelo MT. Chimney não era nenhuma delas. Tinha a floresta, tinha ainda a pradaria, com algum pokémon escondido e tinha a caminhada que levaria até a saída da rota.

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Enquanto isso, em uma posição em que os meninos não conseguiam ver ou ouvir, Lenny observava com um binoculo o casal que se seguia pela rota. Sua expressão não era alegre, afinal, tinha recebido uma surra daqueles dois e não iria deixar por assim só. De cima do seu Jeep, o menino parecia querer ver a cara de Kath esfregada no chão. Um menino mais corpulento em gordura e lábios grossos sorria, meio que distante do plano do jovem...

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O trajeto de volta a rota não era tão cumprido assim, apesar de realmente ser grande, não voltamos de fato ao lugar em que estávamos antes; teríamos de andar um bocado para isso, e concordamos que seria demais. Afinal, estávamos agora bastante próximos do Fiery Path, e seria burrice andar 5km para voltar ao início, e depois mais 5 para acabar aqui de novo. Não, não seríamos tão burros assim; pelo contrário, permanecemos perto da grande montanha, mas dentro da pradaria e próximo a floresta, que não tinha uma divisão exata, mas era delimitada imaginariamente pela diferença de fauna e flora.

Um Pokémon aqui, outro ali, nada muito chamativo a meus olhos; todos corriam de nós de qualquer forma, e eu mal tinha chance de batalhar com algum deles. Quando pensei ter encontrado minha presa (um Wurmple que caiu de um galho qualquer), o destino tratou de livrá-lo do destino fatídico que era o mundo das rinhas; não era como se eu fosse contra batalhas Pokémon, mas reconhecia seus erros e excessos, De qualquer forma, parecia que o universo não me queria batalhando a torto e a direito por seus órgãos, e estava fazendo de tudo para que eu encontrasse um total de zero oponentes.

Ainda assim, eu não desistiria tão fácil, huh? Nunca fui de cair sem lutar, e isso significaria procurar mais. Mais, mais e mais. Liberei meu Zubat novamente, pedindo que ele fizesse como antes, mas dessa vez que usasse seu sonar para encontrar Pokémon com que pudesse batalhar; eu sabia que não funcionava assim, mas ele daria um jeito. Well, ao menos eu penso que sim. Wimber se mostrou bastante eficiente até o momento, o que de fato era algo que eu prezava, apesar de não ser o principal que eu busco em um amigo; Amor por exemplo, provavelmente pouco seria útil enquanto não evoluísse, mas eu não conseguia não gostar da pequena.

Ok, chega de devaneios. Foquei minha atenção na floresta, achei que ali poderia e deveria ser mais fácil de encontrar algo do que na pradaria, e assim adentramos ainda mais seu coração; minha visão buscava por todo e qualquer sinal, atenta para qualquer movimento suspeito, e o mesmo faziam meu Haunter e Zubat, enquanto Budew permanecia inquieta em meu colo. Procurava em troncos e galhos de árvores ainda vivas, atrás de pedras e em tocas no chão; sequer ligava para a terra batida em minhas roupas, me agachava sem pudor e colocava literalmente a mão na massa. Se fosse realmente pegar pesado, tinha então de fazer tudo isso, uma hora ou outra algum bicho apareceria, e Manigold estava preparado para trucida-lo.

Oddish 28/40

Como o narrador pontuou, Venger realmente não gostava muito de estar fora a luz do dia, mas ao mesmo tempo gostava de ficar ao meu lado e perto de Zen também, até cheguei a perguntar se ele queria voltar para a pokébola, mas ele quis ficar fora, acho que ele estava tentando descobrir a sua nova forma, de um jeito bastante parecido de quando Zen havia evoluído para Kadabra. Eu sorria ao ver o morcego um tanto desengonçado com o seu corpo agora maior e aquilo me fazia pensar: Meditite, você é o próximo a evoluir, ainda não nos conhecemos direito, mas logo você vai estar forte igual os seus parceiros.

Enquanto eu divagava sobre a Meditite, a pequena lutadora andava atrás de mim, olhando para mim mais do que olhava para o caminho a sua frente, não estava com medo de mim, mas sim curiosa e bastante curiosa, quando finalmente parava de me olhar ela olhava Lukas e o seu Haunter, ok, esse a deixava com um pouco mais de medo. No mais nenhum dos meus pokémon pareciam relutante ao entrar na floresta, na verdade Venger até gostava, do local menos iluminado. Quem estava relutante na verdade era eu mesma, olhava para as minhas pernas que já estavam menos avermelhadas, apenas para a minha alergia atacar de novo. Bem, que seja, acontece.

Já de volta na floresta, Luke voltava a pedir a ajuda de seu Zubat para detectar qualquer coisa que venha a nos interessar. Então pensei que Venger também poderia nos ajudar também. Os dois morcegos foram extremamente essenciais em nossa aventura pela rota, afinal não teríamos achado Caio sem a ajuda dos dois. Me aproximei do Swoobat e o acariciei de um jeito tímido, eu mesma não estava acostumada com sua nova forma.

- Hey querido, pode usar o seu sonar pra tentar encontrar algo? Essa floresta parece o lugar perfeito pra isso, hehe. Tente ver se consegue encontrar algum pokémon. - O morcego parecia ter entendido por completo o que eu disse, mas eu não tinha ideia do que ele iria encontrar pra mim. Quem sabe outra vítima de um Seviper? Só saberemos quando os dois morcegos encontrarem e então me entrego mais uma vez para a incerteza

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A caminhada atrás de selvagens para o treino do loiro parecia ter voltado a prática. Luke e Kath e todos os seus Pokémons que eles decidiam deixar fora da Pokébola, avançavam pela rota mista. Embora o movimento de asas do Zubat e Swoobat fossem o único som, vez ou outra o vento soprava e fazia um barulho macabro, principalmente entre as árvores dali. Usando seus sonares, Zubat e Swoobat avançavam em frente da trupe, indicando o melhor caminho. O caminho da direita...

Luke não conhecia bem aquela parte, afinal, seviper estava em outra parte da floresta. Enquanto especialista poison esperava a grama super alta que neutralizasse seus movimentos, na verdade, a grama ali, se muito, chegava ao calcanhar... Claro que era o suficiente para despertar o processo alérgico na menina, que sabia para onde eles estavam indo. Aquela parte da floresta era bem iluminada, com vários feixes de sol que conseguiam penetrar as árvores e guiavam o caminho. Parecia mais um bosque do que uma floresta de mata fechada. O caminho era o mesmo... Venger e Wimber seguia por onde Kath sabia ter o pomar de frutinhas... Será que eles estavam indo até as nanab berries propositalmente?

Bem, era isso mesmo! As duas árvores frutíferas surgiam na frente da dupla, mas diferente de mais cedo em que a menina poderia encher a bolsa de berries, mesmo optando por pegar só duas, agora as árvores estavam... Vazias! Sim! Parecia que não só o casal Requiém tiha almoçado, como os selvagens daquela floresta e no solo estavam eles. Três Wumple devoravam as últimas frutinhas que tinham caído, estavam toda mordida.... Mais do que isso, do alto do pomar, os seus pais desciam. Um Dustox e uma Beautifly parecia ser os responsáveis pelos três insetos e depois que eles perceberam o grande volume de humanos e pokémons que penetravam a sua floresta, ambos soltavam suas oran berries no chão (que eram atacadas pelo trio) e se mantinham alerta pelos intrusos.

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Eu não conhecia aquela parte da mata, estava bem distante do lado em que procurei Seviper anteriormente, mas Kathryne parecia conhecer bem o lugar; não só ela, seu Swoobat voou quase que de maneira automática numa única direção, sem pestanejar. Imaginei que aquele fosse o outro caminho, que ela acabou indo sozinha quando nos dividimos, e que lutara com Lenny; me pegava pensando se ele ainda estaria por aqui, poderia ser uma batalha para mim e experiência para Manigold, o que era sempre bem vindo. Bem, depois da surra que levou da loira, provavelmente estava enfiado em algum quarto chorando com vergonha de si mesmo. Coisa de hétero.

Wimber e Venger voavam mais a frente, sendo que o restante caminhava conosco, até encontrarmos um pomar que pouco significava para mim, mas pareceu encher os olhos de minha companheira; o que me encantava, contudo, não eram os arbustos, mas o que jazia tanto abaixo, quanto acima dele. Um grupo de Pokémon, três Wurmples e seus pais, aparentemente, Beautifly e Dustox; esse último era do tipo poison, se bem me lembrava, e aquilo me chamou de fato a atenção. Além de conseguir treinar meu Haunter, conseguiria capturar mais um para a equipe, e assim deixa-la ainda maior do que já estava; veja bem, eu não esperava ter tantos monstrinhos em tão pouco tempo, muito menos com tamanha força, e isso devia totalmente a Requiem, principalmente Winnie e Nico.

Bom, se iria lutar, tinha de fazer isso logo, antes que os bichos fugissem, e assim que eles nos notaram, trataram de se colocar em posição defensiva, o que para mim era mais do que um convite para batalha; não lutaria com as lagartas, contudo. Deixaria os bebês de fora, para enfrentar apenas os pais; tratei de retornar Wimber, já que seu trabalho havia sido bem sucedido, e permaneci apenas com Amor em meu colo, já que Haunter lutaria e já se colocava em posição para tal. Frente aos dois insetos, esperei que Kath escolhesse seu monstrinho para começar os comandos. - Sem piedade dessa vez, duplo Shadow Ball em Dustox. - Simples e rápido, como deveria ser.

Oddish 29/40