Big TV _White Lies

OFF: Eu vou arrastar o treino mais uns 2 posts, só pra fechar com o de TM, ai eu fecho ele. Só pra pegar o bônus narrativo mesmo KKKKKK

Te convido pra participar da próxima. Por hora, volto aqui a escrever; depois de uma breve pausa, respaldada no fato de palavras já se saturarem nesse (con)texto. No mais, meu espírito perpassava a atmosfera de alguma forma; apesar de eu, Winnie, estar satisfeita com os ganhos, é inevitável dizer que a força que me opera soa como desanimada.

O desafio do ser; como evitar a melancolia nas linhas, quando o estado de melancolia tornar-se-a uma identidade rígida; não mais um estado pontual. Deixarei claro aqui, caro leitor: não tentarei esconder o fantasma que me assombra quando sento aqui para redigir. Apesar da melhora, Winnie sou eu; e como toda a melhora, ela não dura para sempre.

Na verdade, para ser melhora, um estado pior tem que o preceder. Não há como melhorar o que já está perfeito e a melhora sempre deixa para trás um rastro bastante distorcido do que - outrora - foi algo positivo. O princípio da melhora não é, justamente, sobrepujar o passado? Torna-se até pessimista pensar no quão estúpido é o desejo de melhora. Ele é pura e simplesmente o desejo de achar que o atual é pior que o que está por vir. E é?!

Bem, sendo ou não, meu treino era justamente sobre isso. Sobre(pujar) o estado anterior; deixá-los sob os pés do atual e, no horizonte, enxergar o futuro como plausível e ainda mais alto.
O que não é necessariamente uma verdade! Há verdade em dizer que o treino se torna qualitativamente superior quando cito física? Posso evidenciar duas coisas: a primeira é que ele se torna diferente. A segunda é que agrado meu narrador. Questiono aqui se "agradar meu narrador" é justificativa e respaldo de melhora; porque não tenho certeza mais.

Apesar de toda essa inanição - que paradoxalmente - era caótica e bastante movimentada, eu sabia que teria que obedecer os ditos populares. Há uma cobrança externa sobre a melhora conceitual, e não digo nem de uma pressão social, mas de um regulamento nos Regras & Guias. Sendo melhora definida como "agradabilidade para o narrador" ou não, eu precisava segui-la a risca, já que fora conceituado assim outrora.

Fora com o foco nisso que continuei, seguindo as pistas que coletei:
- Freya, tu fique onde está. Seu objetivo continuará sendo o mesmo de Skuld, mas não precisa mais divagar por ai. Depois que esse Trick Room ceder, eu paro de brincar com ele. Vocês duas podem se concentrar em tentar fazer a tarefa que pedi a vocês. Lembrem que vocês não vêem as moléculas, mas entenderão o processo pelo resultado - Neste exato momento arranhei a garganta e tentei melhorar minha voz. Emiti um "hum hum" alto, chamando atenção de quem é que devesse me ouvir - Ei, se lembrem que as vezes a gente não entende o processo e só melhora ao ver os resultados longe de nós. As vezes também pode ser ao contrário; muitas vezes o resultado é invisível à olho nu.

Minha referência? Clefable. Outrora dei-lhe um balde d'água e achei que nada acontecera. Quando provei o líquido, estava açucarado. Minha pokémon mudara o estado d'água um dia, e ninguém achara que algo assim pudesse acontecer. Fora com esse pensamento que decidi por alvos mais uma vez aos meus três treinadores de Technical Machine. Estendi os três esfregões na parede, agora dando distância maior um do outro; pedi para que Hela tentasse derrubar o objeto a distância, apenas com abalos sísmicos. Á Sif, dei-lhe a ideia para que tentasse prender melhor os esfregões com acumulos de neve na base e ao Bragui, pedi que usasse seus raios numa espécie de controle dos outros poderes, ajudando Vanillish na mira do Blizzard.

Ao fim dos pedidos, caminhei até Regin. Jogue a moeda no Trick Room e, dessa vez, corri na frente. Ao adentrar o terreno, senti uma leve desacelerada indubitável; deixarei para narrar o fato no próximo post, já que esse eu já me estendi demais.

Calma, meu querido. Depois desse seu post, lhe darei a liberdade poética que tanto quer. Era o fim de uma marcação: mais alguns golpes seriam aprendidos e eu poderia começar um dia de expediente em tanto quanto diferente... até porquê, a quanto tempo não me aventuro perdidamente pelas ruas de uma cidadela? A última vez fora em Galar; e devo admitir, nem sequer foi intencional! Minha última rodada de orientação era simples:
- Estamos próximos do fim. Vamos continuar com repetições do que aprendemos hoje, ok? Assim teremos melhor fixação! - Fora assim que disse e pronto. Era simples mesmo!

Reposicionei todos os cabos de esfregões; todos os baldes e revi todo o processo. Vi a água fusionar e evaporar mais uma vez - mesmo que nunca por completo. Vi um tremor derrubar todas as estruturas que outrora montei, tornando o Blizzard inútil na securidade. Apesar disso, as vasssouras caiam sobre a neve e pareciam não se machucar.

Togekiss findara seus shocks roseados e provara por a + b que não só de poder elétrico vive uma estática. No fim todos iam bem: salvo eu. Adentrar naquela Trick Room era um desaforo. Meu primeiro pisão fora impelido por uma força-contrária (isso é pleonasmo, né?) que me fizera dar para trás. Quando sai do quarto, reparei que Froslass tinha muito mais malemolência que eu; era a partir de minha própria existência que eu lerdava (ou não) a pokémon.

Decidi dar um novo passo, tentando adentrar o terreno de modo diferente. Dessa vez com o pé esquerdo findei! Desta vez olhara para Regin com curiosidade; a pokémon já estava próxima da moeda, ainda assim, queria entender o processo. Dei um segundo passo e voilá, ela ficara mais lerda que um bebê, que acabava de aprender a engatinhar. Parecia navegar com insegurança; tendo seu peso e liberdades vinculados a mim.

Era curioso como só agora eu entendia: o Trick Room de nada é útil se não houver comparação. Apesar das dificuldades enfrentadas, fora só depois de eu (finalmente) pisar no campo que eu consegui contemplar a ineficácia do meu treino. Agora sim, agora podemos dizer que Froslass estava se esforçando.

Apesar de muito mais lerda (em comparação a mim), ela também já estava muito mais próxima da esfera. Deu o triplo de si; esforçou-se ao máximo e chegou no objeto antes de mim, guardando-o numa caixinha e comemorando! A inevitável derrota ganhava forma-fantasmagórica; e também uma risada e um dar de ombros humanos. Até porquê, não há nada (e nem deve haver) que eu possa fazer.

OFF: PRONTO FIM DO TREINO, PODE IR FAZER SEU PLOTZINHO, SÓ QRO EVOLUIR MINHA HELA.

Sendo bem sincera, já deu. Não só já deu resultado, como só (e simplesmente) já deu. Eu tenho me esforçado para treinar constantemente, mas não fazer dos treinos meu acalento diário. Talvez manter uma rotina de treino em toda a cidade que conheço seja "ok"; fazer da cidade um palco para o treino? Definitivamente não.

Apesar de parecer sem sentido a priori, conquistei o que tanto almejei nessa curta hora que passei aqui; vi uma importância em minha companhia e presenciei diferentes interações com seres que amo. Ah, e como amo! Não há como negar que minha coleção de monstrinhos é mais importante para mim do que a linha do saudável; e acho que posso dizer o mesmo para eles.

Amo-os tanto que caio em estáticas por eles. Por que digo isso? Porque quando fui caminhar até Hela, eu fiz a burrice de derrubar um dos baldes. A temperatura? Gelada. Por sorte não fora o balde que outrora ferveu! Ainda assim, um pequeno tremelique me tomara, me fazendo parar por um instante. Eu havia terminado de molhar minha calça; aquela mesmo que, se rememorar bem, já não estava seca.

Isso não me impediria de continuar a andar. A questão central do meu objetivo era dar à Electabuzz um pequeno incentivo, para que evoluísse. Hela estava comigo a tanto, mas tanto, que pouco sei lhe dizer sobre quanto tempo é; o número é tão grande que já não me recordo mais. Sei que foi meu primeiro ovo. Sei também que ganhei-a em Lavaridge. Por vim, rememoro seu nascimento conturbado; ao meio de um treino em Mountrock. Se eu colocar no calendário solar do mundo-real, digo quatro anos. Como não se sabe em qual ponto nossa terra gira como a de outrem... acabo por lhe informar que não sei quanto tempo passou.

No fim te afirmo: menos de dois anos, mas próximo disso. Fora logo depois das enchentes! De qualquer modo, vamos continuar.

Caminhei até a pokémon enquanto "cavucava" minha bolsa atrás do item que tenho a séculos que lhe dar. Quando o encontrei, estendi as mãos até a elétrica e lhe ofereci o aparelho. Ela nem hesitou! Correu até a mim e tomou para si o item; no instante do toque, um choque.

Graças ao molhado de minha roupa, o choque fora muito pior do que já tomei. Larguei o objeto, cai no chão, revirei os olhos por um instante e senti meu coração pular. Num ato instintivo, meus pés me jogaram para trás; fora Froslass que tentou correr até a mim. Tentou em vão! Por um instante muito passara; mas pouco via. Eu já não sabia se a luz que via era uma simples e pura morte ou apenas uma evolução.

Eu não sentia dor a priori; era um enjoo fortíssimo e uma vontade repentina de gritar. Estranhamente o som não saia; não só o som, como nenhuma função motora. Tentei fechar os olhos com força e, ai falhar, vi Jellicent. A pokémon entrara na frente do brilho, me carregara até a parte graminada e encheu um copo d'água para mim.

Aos poucos eu começava a sentir dor. Os braços que carregavam o item estavam mortos; eu não os conseguiria levantar nem se quisesse. A dor parecia óssea! Minha íris começava a se acalmar na esfera e, aos poucos, eu conseguir localizar a terrível movimentação: Clefable correra até a Enfermeira Joy do Centro ao lado, buscando por ajuda. Com ela fora Regin; dos outros? Não sei dizer o que faziam.

Aos poucos me toquei do óbvio: eu estava viva e ainda não era minha hora. Ainda assim demorei muito conseguir sentar-me e tentar falar algo; ainda não entendi como ou porquê, só sei que Hela certamente não fez por querer. Ao fundo? Uma Electivire; daquelas grandes. Uma que tinha um medo descomunal de tocar-me.

... Tyrant está por aqui? Bem, se estivesse, ele poderia esperar. Infelizmente tirarei uma soneca... de preferência com um bom analgésico correndo pelo meu sangue.

Passara-se certo tempo até eu poder acordar bem e sã, em algum canto no Centro Pokémon. A maca era pequena-demais, apesar de não parecer ter sido um problema ao meu sono-de-pedra. Levantei-me devagar, olhei para o lado e encontrei seis dos meus pokémons; ou melhor, cinco e um Electivire que ainda não tive o prazer de conhecer.

Forcei-me a sentar e, quando finalmente consegui, o mundo girou. Não era a simples sensação de tontura; era uma vertigem que me tirava por completo a noção de posição. Apesar de conscientemente saber que estava na Vertical, meu corpo não parecia assimilar essa afirmação ao fato; uma segunda onda de enjoo me tomou e me impeliu a sair daquela maca. Pulei para o chão e me surpreendi quando minhas pernas bambearam, mostrando que ainda não era hora de seguir em frente.

Apesar de não ser hora de ir à frente, meu estomago não parecia concordar. Num ato reflexo, curvei-me para frente para vomitar; minha surpresa era descobrir que nem o próprio ácido gástrico ocupava o pano-oco que era meu estômago. Fiquei ali, inclinada, por alguns longos segundos, com as mãos na barriga tentando acalmar meu pathos.

Como o tempo me ensinou: uma hora o corpo desiste. E como desiste! Uma hora eu consegui falar e andar... apesar de não tão bem quanto queria. Fora só ai que visualizei por completo a recém evoluída Hela e entendi. Um fragmento o item perdido veio a minha mente e eu entendi.

Veja bem, leitor, não faço por mal. Poderia sim compelir-me e ir confrontar a realidade, mas simplesmente não havia porquê. Eu não tinha motivo para tentar entender mais do que eu entendia: não falo a língua de meus pokémons e por uma inevitável problemática linguística, eu não poderia os consultar. Eu sabia do seguinte: Hela evoluiu, eu me machuquei e caí num sono. Precisava mais que isso? Acredito que não. Preocupar-me demais só traria mais problemas; principalmente a minha pokémon. Com base nisso caminhei devagar até a eles e anunciei:
- Eu to meio mal ainda... vamos no refeitório? Eu PRECISO comer alguma coisa - Enfatizei a necessidade. Não me era estranhos verem todos em silêncios, até porque, estavam todos preocupados. Ainda assim havia um incômodo em ser apenas observada, então chamei-os para a esfera - Depois eu convoco vocês, ok?! Só vou tentar me situar e comer alguma coisa.

Fora só essa minha deixa; parti até o refeitório e pegaria algo para comer. Depois disso daria uma caminhada pelos arredores de Mossdeep; talvez conhecer a cidade de minha missão antes de me apresentar possa vir a ser... interessante? Não sei, só sei que preciso andar, ao menos para me situar de novo no espaço-tempo. Vozes da minha cabeça (ou a otorrino das vozes da minha cabeça) me mandara andar quando estiver com labirintite.

Bem, eu não demoraria muito no refeitório; comeria uma porção pequena do que é que tivesse lá, agradeceria a enfermeira Joy e nem pediria muitas explicações; no fim, não era tão relevante assim. Após isso eu pararia no PC e tiraria Freya de meu domínio; pelo simples e bobo fato de que ela já se esforçou demais. Ando carregando-a para tudo quanto é lado!

OFF: Trocando Jellicent (Freya) por Vaporeon (Frey). Retirar Power Lens.

Era com felicidade que apreciava um leve sanduíche do Centro Pokémon. Não me leve a mal, não seria minha primeira opção se estivesse bem, mas já que meu estômago insiste em revirá, acredito que isto seja perfeito. Fora tão perfeito que ficou lá! A ânsia de vômito desapareceu após alguns passos lentos e aos poucos eu retomava a consciência corporal.

Aos poucos, ok?! Eu ainda cambaleava desorientada entre as mesas e carregava minha bandeja com certa insegurança. Apesar dos pesares, tudo saiu bem. Parti para o PC, dei um descanso a Freya e curei o restante dos pokémons na máquina de cura; apesar de achar que isso era "excesso de cautela". No mais, parti para fora do estabelecimento, curtindo o clima ameno & úmido de Mossdeep.

Eu ainda não sabia que horas eram; muito menos quanto tempo dormi. Só sabia que a noite parecia próxima; o que me fazia estremecer inteira. Ora de medo, ora de euforia; é sempre a noite que coisas interessantes acontecem.

Eu infelizmente não podia seguir minha missão; por mais que quisesse (e me sentisse disposta para tal), Nicholas ainda não havia dado sinal de retorno e eu havia prometido fazer em sua companhia. Ainda assim era inevitável o ímpeto de dar uma breve olhada nas mensagens e, por consequência, a caixa de emails. Certamente estava próxima da data-máxima para efetuação; o pedido fora feito a semanas, com a demora para nós - sociedades - resolvermos o problema, imagino que os contratantes já estejam impaciente.

É claro que isso não é culpa minha. Uma missão de perturbação suburbana deveria ser papel dos Ranger, mas nem vou entrar no mérito do quão fraca e falida está a instituição. Fato era que restara para nós e... como uma boa recém criada sociedade, a Requiem poderia fazer sem muitos problemas... Eu acho.

Bem, não importa. Revirei os emails e reli as últimas indicações que tinha:

Garantir a Energia de Mossdepp antes do Lançamento do Foguete.
Contratante: Cidade de Mossdeep
Descrição: Mossdepp é a Capital da Astronomia, pelo menos em Hoenn. Um Foguete será lançado para a primeira missão tripulada à Lua, mas nas últimas semanas a Cidade de Mossdepp tem passado por inúmeros Black Outs que poderiam colocar em risco toda a operação. Sendo assim, eles estão em busca de auxílio externo para patrulhar as ruas momentos antes e durante o lançamento, procurando por possíveis incidentes que causariam essas quedas de energia, impedindo-os.

É... eu não preciso fazer isso agora, mas seria bom conhecer os arredores da cidade né. Ir até a base-de-lançamento talvez fosse ir afundo demais sem Nicholas, mas eu poderia me adiantar indo no departamento de energias! Quem sabe lá eu não consiga alguma coisa? Fora com isso em mente que fui até o ponto de ônibus, mas não sem antes consultar no PokéNav qual era o tal ônibus que passasse no tal departamento.