XXV - [Pallet] Reconstrução, fraternidade e outros dramas

OFF: Estou fazendo uma correlação entre Atk físico e força física rs

A tarefa de reerguer o caminhão tanque era ainda mais difícil do que Chris imaginar, entretanto, o Alakazam de John deu uma ajuda psíquica para resolver a situação, às custas de seu esgotamento físico. O pokémon merecia um descanso até a próxima tarefa da lista dada pela sra. Raticate.

Chris examinava a situação e tentou organizar uma força-tarefa baseando-se na força física daqueles pokémon que restaram. Ele e John pegariam cordas suficiente e amarrariam aos carros que estivessem em condições de ser movidos por tração. Seus pokémon iriam arrastá-los até as margens, da forma mais coordenada possível, Chris começava a escanear cada um dos pokémon com sua pokédex a fim de dividí-los em grupos.

Graças ao Swords dance, Miesha agora era um verdadeiro monstro, o mesmo se aplicava a Simmons, embora não com a mesma intensidade. Chris percebeu também que o Charizard de John, assim como sua Beedril receberam treinamentos, de modo que eles tinham mais força do que um espécime normal, o que também poderia facilitar o trabalho. Dessa forma, Chris entregou as cordas para os bípedes e amarrou outras nas cinturas dos quadrúpedes - e na de Beedrill, já que ele também não tem "pegada" - dividindo-os em seis grupos, os quais ele anotou no bloco de notas, para melhor visualização:

Divisão de grupos escreveu:
A: Miesha
B: Simmons e Slowpoke
C: Flu e Rogue
D: Beedrill e Umbreon
E: Volcano e Charizard
F: Tsunami e Ponyta

Por fim, ele e John amarraram as pontas das cordas no para-choques dos carros e pediram para os pokémon começarem a movê-los para as margens.

-Chris, que tal a gente dar uma voltinha?

O mais velho se dirigiria a um dos carros e tentaria fazer uma ligação direta. Se ainda fosse possível o carro funcionar mesmo depois de uma enchente, ele o levaria para uma das margens também, e ensinaria Chris a dirigir no processo. Chris só conseguia se perguntar onde diabos o irmão havia aprendido a fazer ligação direta

Miesha e Simmons se mostravam fortes até demais para a tarefa designada, terminando de depredar o patrimônio dos pobres Palletianos - que a essa altura Chris imaginava que já tinham dado os veículos por perdido de qualquer jeito, torcendo apenas para que eles tivessem uma boa seguradora na agulha.

Quanto aos demais pokémon, bem, eles conseguiam de um modo ou de outro concluir suas tarefas, embora talvez de forma ainda mais penosa do que o imaginado por Chris, afinal o estado de conservação dos veículos não era dos melhores, ocasionando numa maior lentidão para se executar o plano.

Por fim, a tentativa de John também era infrutífera. Os carros passaram tempo demais submersos para responderem ao impulso elétrico provocado pelo jovem, o que o frustrou bastante, frustração essa descontada sobre o volante do veículo, na forma de murros. Chris saia do carro e voltava ao papel de coordenar as equipes:

-Bem pessoal, apenas continuem o bom trabalho. Permaneçam em seus grupos. Simmons, Miesha, esqueçam as cordas, tentem empurrar os carros com sua própria força - o garoto fazia movimentos circulares com as mãos indicando que os dois pokémon deveriam se dirigir à traseira dos veículos que fossem empurrar.

A princípio, a ideia de mudar a posição de Simmons e Miesha parecia ter surtido efeito, e logo os dois concluiam sua parte da tarefa, e ainda pareciam dispostos a fazer mais, ao contrário dos outros que já demonstravam sinais de cansaço, e ainda tinham um bom caminho pela frente.

-Certo, certo - Chris dizia, enérgico - que tal vocês dois continuarem ajudando? Quanto mais a gente trabalhar, mais rápido nós vamos para a próxima tarefa. Simmons, vá com o Slowpoke ajudar Beedrill e Umbreon. Miesha vá ajudar Tsunami e Ponyta. Cada um que acabar sua tarefa procure alguém com mais dificuldade para ajudar!

John, ainda levemente irritadiço, acendia mais um cigarro. Chris olhou para o irmão, era o terceiro desde que começaram a trabalhar. Deveria conversar com o mais velho?

Finalmente a primeira tarefa designada pela sra. Raticate era realizada e as duas vias de acesso da cidade estavam desobstruídas. Chris cumprimentava seus pokémon e os de John pelo bom trabalho. O irmão parecia entretido fumando seu cigarro, apenas fez um "joinha" com o polegar em direção à equipe. Chris pegou seu walkie-talkie e chamou a supervisora:

-Chris Ayusa na escuta. Sra. Raticate, terminamos de desobstruir as rotas. A próxima tarefa assinalada é de plantar mudas de árvores. Para onde temos que nos dirigir? Câmbio.

Enquanto esperava a resposta da supervisora, Chris aproximou-se do irmão, com cautela:

-Então, cigarros ne? - apontou para o cilindro nos lábios do irmão, e esperou alguns segundos antes de continuar, apesar da expressão na encorajadora no rosto do irmão mais novo - Como isso começou?

John soltou a fumaça com força para cima e em seguida pigarreou, girou o pescoço em 360 graus produzindo um pequeno estralo, e encarou o irmão mais novo:

-É por causa de perguntas como essa que eu fico sem dar notícias. Vamos esperar a velha dar as próximas direções.

A senhora Raticate parabenizava a dupla de irmãos, pela conclusão da primeira missão, mas já relembrando o conteúdo das próximas. Quando a mulher desligou Chris conseguia sentir o clima pesando. Talvez não tenha escolhido a melhor abordagem para o assunto, e agora colhia os frutos.

Aliviou-se quando John indicou a chegada dos veículos. Agora poderiam se distrair e desfazer o climão que ficara no ar. Um dos caminhões parou próximo a Chris informando a respeito da entrega, mencionada por dona Ruth.

-Vamos fazer o plantio primeiro, você pode nos levar ao local?