Pokémon Mythology RPG
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[OLIVINE] 013 - Sal, Suor e Saudades

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Antes mesmo de sermos liberados para o almoço senti que meu estômago agia como um reloginho, murmurando não tão silenciosamente sobre a fome que sentia enquanto me instigava em partir na direção da tal Cozinha improvisada na Base Avançada. Brooklyn e os gêmeos também seguiriam para lá com os irmãos prontamente retornaram seus Pokémon antes de partir. Já Brooklyn retornou quase todos, com exceção de Naville, que era extremamente próxima da garota e mantinha-se ao seu lado com um "ar de guarda-costas". Eu, por outro lado, deixei todos livres para me seguirem como um exército de esfomeados, numa sinfonia de reclamantes "buchinhos" — Eu sei pessoal, tá difícil, mas já estamos quase lá! Eu já até sinto o cheirinho de um Sopão! — Comentei em alto tom com as criaturinhas, chamando inevitavelmente a atenção de Brooklyn. que se aproximou sorrateiramente com a Sneasel agora em seu ombro.

Sopão feito com o tutaninho dos últimos Voluntários, provavelmente. Eu sinto cheiro de Trabalho Escravo à distância, meu querido... Disse ela, jogando os cabelos para o ar, propositalmente lançando fios no meu rosto a alguns muitos centímetros de altura acima — Não seja dramática e nem precisamos nos preocupar, olha como a gente tá magrinho e nem vai deixar o caldo suculento — Comentei, de maneira jocosa, dando uma risadinha "marota" em seguida e esbarrando de leve contra o ombro da garota enquanto caminhávamos. É claro que a atitude não deixou Naville contente, mas felizmente ela foi controlada pela garota, ao mesmo tempo que Mey já se punha entre nós dois, também subindo em minha cabeça. Sim, uma guerra visual de unhas sendo mostradas de todos os lados! Mas enfim, nada que fosse chegar de verdade nas "vias de fato", assim eu esperava...

Quando finalmente chegamos a tal Cozinha, fiz o de sempre, tratei de achar alguma ração para os Pokémon primeiro antes de pensar em comer e depois tratei de adentrar a fila do Bandejão, logo atrás de Brooklyn — É a hora da verdade... Sente o cheirinho! Sente... — Disse no pé do ouvido da garota, que surpresa pela aproximação nada sutil, me deu um tapão no rosto, sonoro e dolorido, além de vergonhoso é claro NÂO FAZ MAIS ISSO SEU OGRO! Disse ela, mantendo sua pele branca agora avermelhada por causa de todo o sangue que subiu ao seu rosto de supetão. Eu pensei em responder, mas na verdade só ri e sacudi negativamente a cabeça, levando a mão até a bochecha com marca de dedos. Minha tentativa de expressão foi inclusive atrapalhada pelo soar o PokéNav que me fez "deixar tudo pra lá" para poder ler e responder. Afinal, não era uma notificação qualquer... Era uma mensagem... DELA!

Pedi um momentinho, saindo da fila e indo para trás da Tenda para tentar ficar sozinho um pouco. Havia um longo texto e eu não conseguia ler sem pensar na voz e Natalie, felizmente ainda viva em minha memória. Foi uma verdadeira inundação de sentimentos que eu tinha uma certeza quase óbvia da existência, mas que jamais me permiti ser esperançoso demais. Ou será que secretamente sempre fora? Enfim... O sorriso estampado em meu rosto e tornando-se cada vez maior e mais "bobo" a cada parágrafo falava por si só até finalmente terminar a leitura e passar a escrever:

Luch Drac escreveu:
Naty, você está viva! Está bem! Eu sempre confiei de que você não me abandonaria... Jamais! Sei que nos separamos em um momento delicado. Você não parecia estar tão bem e eu, bem... Eu estava enciumado durante todo o Teatro, não vou negar. Mas o que mais me doía é saber que estava sendo injusto com esses ciúmes e enquanto pensava na justiça ou não de meus sentimentos acabei te perdendo. Ou achando que havia perdido... Meu coração explode de felicidade em saber que estava errado e que ainda temos muito o que nos afogar de amor no coração um do outro.

Tenho certeza de que não está passando por momentos agradáveis agora, mas eu sei o quanto é forte! Você chegou até onde chegou, conquistou o que conquistou com suas próprias pernas e forças! Eu poderia dizer que quero ir te salvar agora mesmo, mas além de estar distante a milhas e milhas além do mar. Veja só... Na sua Terra Natal! Eu também não acharia justo me colocar numa posição tão engrandecida, afinal você é a heroína da minha vida e dos meus sonhos. Lembre-se que no final dessa escuridão está a luz do meu amor por você, sempre a te esperar. Te juntarei em meus braços, pedacinho por pedacinho se precisar e vamos embarcar nessa roda gigante de gelatina, sem hora pra descer! Que nossos pés não sintam o chão da mesma forma que se perdem em cada beijo seu,

Viva Naty, viva por nós dois e venha me encontrar logo depois!

Eu te amo, bebê! <3"


E enquanto finalmente terminava de digitar o "textão", fui surpreendido pela aproximação abrupta de Brooklyn com duas grandes bandejas de comida. Será que ela tinha roubado? Ou "convenceu" a lhe darem a minha também? Enfim... Talvez não quisesse de fato saber os detalhes sórdidos. Simplesmente peguei a que ela me oferecia e sorri, agradecendo em seguida — Valeu, eu tava lend.. — Comecei a dizer, sendo interrompido pela menina de cabelos azuis, que fechou os olhos e colocou o dedo indicador na minha boca Caladinho, "bebê gelatina", eu já li sua conversa antes de aparecer. Achei tão.. ... Como se diz? Sem graça? Enjoativo? Ah não, Fofo! HAHAHAHAHA! Comentou a menina, gargalhando em seguida e então atacando a salada de sua bandeja. Sem reação adequada, simplesmente sorri bem calmamente e tratei de começar a comer também. Estava anestesiado de bons sentimentos e sensações e teria um agradável almoço, por mais estranho que fosse aquela refeição. Enfim, vejamos o que a tarde traz de trabalhos para "afogar" a saudade com um pouco e suor.



OFF :

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Uma vez que estavam todos satisfeitos, o grupo retornava para o centro pokémon, onde já estava a todo vapor. O mestre de obras guiava sua equipe, o que cada um deveria fazer.

 - Dessa vez, o edifício será feito não com vigas de metal, mas sim com uma base de concreto e tijolos, acredito que dessa forma o Centro Pokémon será muito mais resistente e sobreviva a outra tragédia caso ocorra. - Dizia o empreiteiro - Sempre é melhor previnir.


O homem via Luch e os outros, e agora meio que eles estavam sobre seu encargo, ele olhava para eles sem saber ao certo o que fazer.

 - Ao que tudo indica vocês nunca construíram uma casa, ou tem algum tipo de experiência com isso? - Perguntava - Ah sim, meu nome é Leroy. Enfim...


Antes de conseguir terminar de falar, o homem era interrompido pela Joy, que aparecia de dentro das instalações com pressa.

 - Ocorreu um desabamento no Rancho MooMoo, ao norte daqui, desculpe Leroy, mas vou precisar desses quatro!. - Dizia ela - Preciso que dois de vocês fiquem aqui e outros dois venham comigo, estamos partindo para lá agora.


Não havia muitas informações, mas pela pressa da enfermeira, alguma coisa grave deveria ter acontecido.

 - Minha prima responsável pelo centro de Ecruteak já está a caminho, ela irá nos auxiliar no local.


Quem iria junto da enfermeira?




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Depois da gracinha de Brooklhyn, terminei meu almoço de forma bastante quieta, o que curiosamente não fez a garota ficar me "instigando" a falar, talvez por ela estar com tanta fome que nem tinha tempo de bater papo. Mey e os outros Pokémon também comiam mais próximos da Tenda, esvaziando os pratos de ração com uma velocidade incrível, mas terminando bastante satisfeitos pois ninguém fez questão de repetir. Com isso e com o fim da refeição dos gêmeos também, retornamos enfim ao trabalho, ou pelo menos até o interior do Centro Pokémon para novas instruções — Trabalhar de barriga cheia não é meio... Errado? — Comentei despretensiosamente para Brooklyn, com quem fiquei lado a lado enquanto retornávamos Reclama com o Sindicato dos Voluntários de Tohjo, bonitão! Respondeu a menina, com uma piscadela, enquanto virava para mim e caminhava de costas por algum tempo até apressar-se e entrar no estabelecimento antes de mim.

Agora sozinho, caminhei até meus Pokémon, que estavam brincando entre a Tenda e Centro Pokémon, e tratei de retornar todos para suas respectivas Poké Balls, incluindo Mey. Depois, restava apenas entrar no Centro Pokémon e foi exatamente o que fiz. Ali dentro alguns trabalhadores faziam sua parte no preparo de materiais de construção, medição, carregando ferramentas e tudo mais. Quem comandava o "esquadrão" era um homem que, além de constatar nossa inexperiência com obras, apresentou-se como Leroy. Um nome bastante curioso para um Construtor, não? Contudo, antes mesmo de nos passar algo para fazer, fomos surpreendidos pela chegada da Joy com uma informação preocupante. Houve um deslizamento no Moo Moo Ranch, uma região ao norte da cidade, no caminho até Ecruteak. A Enfermeira solicitou a nossa presença ao Construtor e questionou quem de nós quatro estaria disposto a seguir:

EU CLARO! È hora de salvar o Rancho, uai! Comentou Brooklyn, sem perder o senso de humor estranho. Todos pareciam meio... Sem graça e ainda surpresos com tudo, mas ajuda era ajuda, independente de quem viesse. Sendo assim, tratei de me voluntariar (de novo) para ajudar — Eu estou dentro também! Acho que serei mais útil nessa situação do que cuidando de construções... — Disse para todos os presentes: Joy, Broo, os gêmeos e também para Leroy. Se ninguém tivesse nada contra, estaria pronto para partir imediatamente junto de Brooklyn e quem mais se oferecesse, diretamente para o norte da cidade.

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 - Ótimo, então venham comigo que a ambulância já esta pronta.  - Então ela se virava  para os gêmeos - Vocês dois fiquem prontos também, assim que colocarmos os pokémon na ambulância traremos eles para cá e precisarei de ajuda na volta.


Antes de subir no carro, Joy trazia uma Audino para fora de sua pokébola e também lhe passava instruções.

 - Audino, pegue esses gemeos e deixe pronta o ambulatório, prepare também a sala de cirurgia, apenas por precaução.


Brooklyn e Luch ficavam na parte de trás da ambulância, enquanto Joy e o motorista iam na frente.

 - Se segurem! - Apenas dava tempo de Joy gritar, seguido de uma forte arrancada que fazia com que Brooklyn caísse sobre Luch, levando os dois ao chão do veículo, gerando uma situação um tanto quanto embaraçosa.

Levou cerca de 20 minutos até chegarem ao seu local de destino. O cenário era bastante caótico, um homem, por volta dos seus 45 anos tentava controlar um pequeno rebanho de Miltanks que se encontravam nos campos enfrente ao celeiro e a casa, celeiro que na verdade não era mais um celeiro e sim um monte de madeira quebrada e escombros. 

A casa havia sido parcialmente destruída.

Próxima a casa havia uma mulher, provavelmente a mulher do outro homem, ela estava de joelhos ao chão pálida, sem conseguir dizer uma palavra, ao seu lado havia outra garota, por volta dos seus 12 anos, chorando.


 - Qual a situação? - Perguntava Joy, o homem então se aproximava, ele havia deixado seu Arcanine para controlar as Miltanks.

 - Joy, o celeiro desabou, Ann estava lá dentro cuidando da ordenha de algumas Miltanks quando tudo veio abaixo - Dizia ele com os olhos marejados - Depois da enchente, o celeiro ainda estava inteiro, então deixamos ele para reformar por último...


Ele não precisava falar mais nada, Joy apenas olhava para Luch e Brooklyn e o trio seguia para próximo dos escombros.

 - Precisamos ter muito cuidado na hora de remover os escombros, utilizem tudo o que tiverem em mãos para nos ajudar.



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A Enfermeira Joy parecia mais aliviada pelo nosso voluntariado, mas não completamente, afinal havia ainda um possível caso grave de atendimento médico a ser feito. Aparentemente seríamos separados em dois grupos diferentes... Broo e eu partiríamos para o trabalho de socorristas enquanto os gêmeos ficariam auxiliando ali mesmo, organizando os ambientes mais importantes de atendimento médico para quando retornássemos, principalmente se houvessem vítimas. De todo modo, não era um momento de reflexão e sim de ação. Parti na frente de Brooklyn e fui direto para a ambulância, auxiliando ela a entrar depois. Atitude que curiosamente a menina não retrucou, como costumava fazer. Acabei deixando escapar um sorrisinho com a ação dela e nem fiz questão de virar-me para ver como ela reagiria a esse gracejo. Era realmente muito bom ter a jovem de volta em minha vida como amigos e unindo isso à mensagem de Natalie, poderíamos dizer que estava tudo caminhando muito bem em minha vida. Entretanto...

Com o arrancar da ambulância, Brooklyn e eu fomos jogados para trás e a garota acabou caindo bem em cima de mim. Nossos rostos quase se colaram em um beijo surpresa, mas por ela ser mais leve e baixinha, ela quase passou direto por mim, desviando-se por segundos. É claro que isso não impediu que ela agisse de forma imediata, apoiando-se no chão, virando para mim e me estapeando pela... Quarta vez hoje? Eu realmente não estava mais contando... De qualquer forma, além do estalar em meu rosto, ela não deixou a situação quieta DESCARADO! Gritou ela, chamando a atenção da Enfermeira Joy, que talvez tenha preferido não falar nada mesmo. Bem, nem eu tinha o que dizer para falar a verdade... Sendo assim, seguimos em um clima estranho, pelo menos da minha parte e alcançamos o lugar do acidente em um tempo relativamente curto.

Assim que descemos da ambulância, nos deparamos com um cenário bastante triste. O Celeiro, que certamente tinha sido erguido com muito suor daqueles Fazendeiros havia sido completamente derrubado pelo desgaste que sofrera. Miltanks desesperadas eram inutilmente acalmadas, enquanto uma mulher extremamente abatida se desesperava com o ocorrido. O homem, ao notar nossa aproximação, deixou o trabalho por conta de seu Arcanine e explicou um pouco melhor sobre tudo o que acontecera. Trágico! Nossa... Expressou-se Brooklyn, com uma aparência genuinamente tocada pela situação e então silenciando-se. Sendo assim, tomei a liberdade de questionar mais detalhes — Sinto muito.... Há alguém ferido? Temos que agir com cautela, né? Ou tudo pode desabar ainda mais sobre nós... Mey é mais leve, pode ir até o topo dos escombros e empurrar algumas tábuas de madeira para o lado, desfazendo esse montinho... — Comentei inicialmente.

Aaahm, Naville e Ratata também! Eles são ágeis e conseguem ajudar a Mey... Daí a gente dá um jeito aqui embaixo... Eu vou pedir pro Bunnelby escavar uma vala por debaixo de algumas madeiras para facilitar nosso serviço... Ele não sabe cavar túneis, mas acho que consegue usas as orelhas... Comentou Brooklyn, para mim e para os outros, ao qual eu respondi — Com Cordas na Lenora, servindo de suporte, e as vinhas da Ume a gente pode içar algumas madeiras com uma roldana, deve ter alguma por aqui... Florisbela fica embaixo, amaciando a descida das madeiras caso algo saia do controle. Dwebble pode usar a Tesoura X para cortar algumas tábuas também e eu, Buddy e você tentamos dar um jeito nisso tudo com as mãos mesmo. Mas... O primeiro passo é preparar a Lenora e a Ume acho... Se tudo estiver certo para vocês, podemos começar! — Tracei um plano junto de todos, preocupando-me em dar início aos preparativos ao lado de Brooklyn.

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Havia uma grande comoção no local, o homem tentava se recompor mas era visível que estava segurando o choro, principalmente na frente de sua família.

- Ann estava cuidando da ordenha de algumas Miltanks, mas ela não conseguiu sair a tempo
- Dizia ele.

- Certo, se acalme senhor, nós vamos fazer tudo que pudermos para resgatar ela - Informava a enfermeira Joy - Cadete, corra até a rota próxima e procure por algum pokémon psíquico que possa nos auxiliar.

O cadete fazia uma continência e rapidamente saia correndo para fazer o que lhe haviam pedido.

Enquanto isso os pokémons de Luch e Brooklyn começavam a trabalhar.

Mey, Naville e Rattata subiam ao topo e começavam a empurrar grandes pedaços de entulho que trancavam a frente do celeiro, conforme eram derrubados, eles caiam diretamente para as valas que Bunnelby havia cavado.

Lenora e Ume içavam os grandes pedaços que Mey e companhia derrubavam, tais eram cortados pela X-Scissor de Dwebbla, facilitando a retirada dos escombros, que eram recebidos também por Florisbela, que usava de sua lã para reduzir o impacto dos escombros, impedindo que tudo desmoronasse de uma vez.

Conforme eles conseguiam remover pouco a pouco dos escombros, uma porta atrás de mais uma leva de escombros era vista, uma pequena passagem também podia ser acessada por alguém pequeno.




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Já havia ficado subentendido que a tal Ann não havia conseguido sair de lá em tempo, mas minha mente tentava negar as piores possibilidades, por isso acreditei se tratar de uma das duas que encontravam-se desoladas ao lado do desabamento. Infelizmente, estava errado... Brooklyn era pálida naturalmente, mas com a constatação desse fato havia ficado ainda mais. Entretanto, não tínhamos tempo para lamentação e voltando às nossas consciências resolvemos iniciar o trabalho como combinado o quanto antes. Algo que foi mais trabalhoso do que esperávamos, talvez pela necessidade de sermos meticulosos e ainda assim rápidos e certeiros!

Felizmente tudo parecia sair como o planejado e sem acidentes paralelos, o que nos permitiu rapidamente visualizar algo "diferente" no meio dos escombros. Uma porta! Considerando que não havíamos encontrado sinais de Ann em canto algum, era provável que ela estivesse lá. Ao menos era o que o coração de todos desejava em silêncio e ficava estampado em nossos rostos semi iluminados. Sim, era óbvio que precisávamos alcançar aquele lugar apesar de um espacinho muito estreito. Não eram muitos que podiam alcançar a porta e eu só conseguia pensar mesmo em Mey ou o Syd. Entretanto, a Meowth tinha.... dedos nas mãos e seria de muito maior auxílio do que o pequeno inseto.

— Ok, Mey! Quero que passe por aquele espaço até lá do outro lado e tente ver se consegue abrir a porta ou ver o que tem lá... Enquanto isso, acho que podemos ficar aqui tentando abrir espaço com alguma vala, que nem fizemos antes, pra alargar a passagem para que alguém passe... — Comentei com Brooklyn e com alguns Pokémon, que formavam um semicírculo ao nosso redor Tá! Bunnelby, você ouviu, né? Comece a aumentar aquele espacinho fazendo uma vala... Se for um pouco maior eu acho que consigo passar... Mas Luch, que tal você pedir para seu Roserade usar o Grassy Terrain no chão da vala? O gramado vai impedir que os cantos deslizem terra para o centro e eu acabe me ferrando lá... Comentou Brooklyn, me dando uma ideia que prontamente atendi. Agora faltava aguardar para saber se Mey conseguiria algum sinal de vida do outro lado, lá por aquela porta.

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Não havia tempo para entrar em pânico, dessa forma Luch pensava rápido e comandava o movimento para que todos soubessem o que fazer. Mey como sempre estava ali para o que precisassem então não perdia tempo e se esgueirava por entre os escombros e era perdida de vista ao passar pela porta.

Brooklyn pedia para Bunnelby aumentar a vala, porém no momento em que ele começava a cavar os escombros começavam a oscilar e ameaçar despencar, podendo causar um deslizamento e dificultando ainda mais o aceso ao local.

Mey, voltava correndo para fora dos escombros em uma de suas patas havia um chumaço de pelo rosa enquanto a outra estava manchada de vermelho, mais precisamente sangue.

O Ranger finalmente retornava com um Drowzee ao seu lado.

- Drowzee, levante os escombros e contenham eles com o seu Psychic. - Comandava o ranger - Vamos liberar o caminho para vocês, façam o que precisam fazer rápido, não temos muito tempo.

Com o movimento do tipo psiquico, a passagem até, o que era uma vez, a entrada ficava livre, liberando o acesso para o grupo.

Joy dessa vez tomava a frente e entrava para dentro do local. Ela apenas gritava - TRAGAM A MACA AGORA! -.

A visão do local não era muito bonita, uma Miltank estava abraçacada ao lado de Ann, a garota se encontrava desmaiada mas o pokémon ainda estava consciente, porém havia perdido muito sangue, uma viga de aço havia transpassado a coxa dela. Ela precisava ir para o centro pokémon urgente.

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Apesar de ter um plano muito bem estruturado em mente, pelo menos considerando o pouco tempo que tivemos para tal, é sempre uma experiência bastante diferente lidar com o ocorrido na prática, com sensações e emoções reais que um plano de contenção não pode prever. Bem, eu me sentia exatamente neste tipo de situação, em um turbilhão de sentimentos que me deixavam atônito pelo cenário que tinha de encarar. Mey havia tentado atravessar primeiro, mas o processo não deu muito certo logo na parte em que o Bunnelby deveria agir. aumentando o espaço natural entre os destroços. O que houve foi um leve desmoronamento, que fez a Meowth recuar e só não gerou resultados piores pela ação rápida do Drowzee do Ranger, utilizando-se do movimento Psíquico para erguer as madeiras pesadas que ameaçavam tomar de vez.

— Essa foi por pouco, muito pouco, mas... O que é isso? — Comentei, recebendo Meo-Mey de volta aos meus braços e notando que em sua mão havia alguns sinais evidentes do que havia do outro lado. Apesar da pelagem rosácea em sua mão revelar a presença de um Pokémon, era definitivamente o sangue em vermelho-vivo que assustava a todos que o viam  Isso não está nada bom! Vamos ver! Disse Brooklyn, atraindo a atenção de todos para o outro lado, agora que o caminho estava livre pela ação de um Psíquico. Na cena do acidente havia algo horrível aos olhos, que fez a maioria dos presentes virar o rosto para não encarar por muito tempo. Apesar da jovem Ann estar bem, uma Miltank - que a havia protegido - tinha uma espécie de aço transpassado em sua coxa e havia perdido muito sangue, apesar de manter-se consciente. Eu fiquei sem palavras obviamente e apenas acordei com o grito da Joy para que trouxessem uma maca.

— Lenora! Voe até a ambulância para que preparem a maca! Florisbela, Mey, Syd e Ume preparem-se para ajudar a carregar a maca! Já você Buddy, precisamos manter a Miltank acordada. Use Worry Seed nela para que não consiga dormir até chegarmos no Centro Pokémon!  — Comentei com os seis Pokémon, ocupando-os em alguma tarefa que se complementaria Bunnelby, Sneasel e Rattata, vamos ficar aqui para ajudar a colocar a Miltank na maca quando os Pokémon do Luch a trouxerem. Já você Shedinja, faça mais uma vasculhada pelo terreno com seu Shadow Sneak para procurar mais algum ferido se houver... Acho que é melhor termos certeza de que está tudo bem... Complementou Brooklyn, comandando cada um de seus quatro Pokémon para também assumirem uma posição e ajudarem a Enfermeira. Já Valdstok e eu nos concentraríamos em ajudar a desacordada Ann, que apesar de inconsciente, parecia bem.

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O grupo agia rápido, ao verem Miltank ferida, Luch prontamente comandava seus pokémon para trazerem a maca e prepararem para por o pokémon encima dela. Porém ao tentar mexer Miltank, eles haviam deixado passar um detalhe, a viga em questão era um comprido pedaço de metal, deveria ter uns 2 metros de comprimento, mas não se podia ter certeza já que uma de suas pontas se perdia em meio aos escombros, e justamente por isso não havia como simplesmente mover ela daquele local

 - Brooklyn - Chamava a Enfermeira Joy - Acredito que seu Sneasel consiga cortar essa parte superior da viga, assim conseguiremos liberar a Miltank e levar ela para a ambulância. Luch você tire a garota daqui leve ela para seus pais.


Nesse momento Lenora voltava com a maca, assim o resto do grupo se preparava para levar a maca assim que Miltank fosse carregada. Buddy usava de seu Worry Seed, que era uma mão, garantindo a consciência do pokémon

O Shadow Sneak de Shedinja vasculhava o local e não encontrava nenhuma outro pokémon lá dentro.

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