King's Row

Tentando ajudar, para dar um fim naquela situação toda, Kathy usava Venger, com seu sonar para tentar identificar o local, o que estava acontecendo ali, para ser mais exato. O grupo agora andava ainda mais cauteloso para garantir que ninguém percebesse que estavam ali.

Os correios possuíam apenas duas entradas, como pela frente estavam os policiais tentando lidar com a situação, restava eles irem pelos fundos.

Pé por pé elas iam, e encontravam um caminhonete estacionado no local e além disso Venger pareceu se agitar, notava que com seu sonar alguma coisa estava chegando perto

 - Vamos - Dizia Joana, ela puxava Kathy pelo braço e as duas acabavam dentro da caçamba do carro, tapadas por um tecido escuro, quase sufocante. - Precisamos recuperar essa vacina, a qualquer custo.


Em poucos instantes elas ouviam o som da partida do motor, seguido de um forte arranque. Alguma coisa também era atirada na parte de trás, junto das garotas. Levou um bom tempo até que finalmente o carro parava e tudo voltava a ficar em silêncio.

Progresso:

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Se eu conseguia segurar o meu medo antes, agora eu não consigo mais, nem que eu tente o máximo que posso. Davamos de cara com uma misteriosa caminhonete e ao mesmo tempo Venger parecia ter encontrado alguém, vindo na direção da mesma caminhonete. O Swoobat começava a ficar tão ansioso quanto eu e por isso eu o retornava para a pokébola. Sigh, eu também queria ir para uma pokébola em uma situação dessas. O que eu queria fazer naquele momento era fugir, sinceramente, me desculpem a todos que confiaram em mim, mas eu simplesmente não consigo. Não consigo.

Mas que seja, aparentemente eu não conseguiria fugir. Agora Joana estava empenhada em recuperar o que era supostamente a vacina, me levando para a caçamba do carro junto com ela. Acho que eu deveria ter ficado calada e nem ter pensado na possibilidade da vacina ter sido o alvo dos bandidos, mas agora já era tarde, meu desejo de fugir não conseguiria ser realizado com a médica por perto. Oh Arceus, onde eu fui parar? Espero que consigamos sair bem disso, de algum jeito.

- U-umm... tem certeza que isso foi uma boa ideia? - Sussurrava para Joana, gaguejando e assustada: - A gente nem sabe se a vacina está aqui e pra onde eles vão. Mas bem umm... se formos pensar positivo, eles não vão muito longe, já que estamos em uma ilha. - Esse pensamento positivo foi mais para acalmar a mim mesma do que Joana. Então eu fui distraída por alguma coisa que foi colocada na caçamba e pela arrancada da caminhonete. - Já que estamos aqui, vou tentar ver o que é isso que jogaram aqui.

Eu tentava me mexer, lentamente devido ao espaço pequeno e tentava não fazer barulho. Na melhor das hipóteses aquele objeto misterioso era realmente o pacote com as vacinas, na pior das hipóteses eles notavam a minha tentativa de ver o que era o objeto. Quando a caminhonete parava, eu realmente pensava que era a segunda opção. De qualquer jeito acho que seríamos confrontadas por ele.

- O que eu faço agora? - Sussurrava para Joana, mas era mais uma pergunta retórica vinda de meu próprio medo.

Inkay 37/40

As duas garotas estavam em uma situação um tanto quanto complicada, estavam no covil inimigo, sozinhas sem ajuda, armas de fogo, quem sabe... Não era de admirar que estavam um tanto quanto nervosas. 

 - Algum de seus pokémon sabem usar o teletransporte? - Perguntava Joana - Vamos tentar pegar a amostra da vacina e sumir daqui! Ela já esta muito tempo em transito, não podemos correr o risco dela aquecer e estragar! - Dizia

Querendo ou não, era uma preocupação válida, mesmo acondicionada, em um dia quente poderia ser destruída com o calor.

 - Vamos tentar passar despercebidas, como tu viu antes, eu não tenho muita experiência em luta e esses caras são barra pesada!

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Agora eu começaria a surtar por completo, eu estava começando até a suar frio e minhas mãos tremiam, eu nem cheguei a ver se o objeto que estava lá era mesmo a vacina, mas aparentemente Joana tinha visto. Ok, fique calma Kathryne, fique calma... é não consigo ficar calma, mas acho que se eu não gritar, está OK. Quer dizer, o que é OK? Eu estava em um lugar que eu não fazia ideia de onde era, não fazia ideia de quanto tempo estivemos na estrada.

A preocupação de Joana com a vacina não ajudava, é claro que ela poderia ser danificada devido a viagem longa em condições não ideais. Mas o que eu iria fazer? A médica queria tirar logo a vacina dali para preservá-la e com isso tínhamos outro problema. Nenhum dos meus pokémon tinha o movimento Teleport, pelo menos não mais. Não teríamos como sair dali, estávamos presas e concordo com Joana que uma luta não seja a coisa mais sábia a se fazer, sendo que eu tinha dois pokémon bebês e um ovo.

- E-eu não consigo teleportar a gente. Desculpe. Ahh, o que a gente faz agora? - Ter removido o Teleport do moveset de Zen talvez não tenha sido uma boa ideia. Achei que conseguiria me garantir em batalhas com ele, mas é claro que eu não pensei a longo prazo e esqueci dessa possibilidade. Em um momento de desespero, uma pokébola que estava na minha cintura escorregava. Pra ser uma de tão fácil acesso é claro que era de Zen, o meu pokémon mais forte. Não intencionalmente eu o liberei, mas não podia fazer nada e o psíquico ficava tão confuso quanto Joana e eu, apertado em uma caçamba de caminhonete.

- U-uhh... não, não era isso que eu queria fazer. - Eu engolia o seco e encarava o meu pokémon por um tempo: - Precisarei de sua ajuda de qualquer jeito, a gente tem que arrumar uma maneira de sair daqui e levar a vacina que está nesse pacote. Mas não sei como fazer isso. Você não tem mais o Teleport. Ahh, me desculpe, não era pra isso acontecer. - Eu respirava em um ritmo acelerado e começava a olhar para os lados desesperada, eu não fazia ideia do que fazer. A princípio eu pensaria que Zen poderia tirar tanto a vacina, quanto Joana e eu da caçamba e provavelmente é a mesma coisa que ele pensou. Mas o que aconteceria depois?

Inkay 38/40

King's Row

E eu acabava colocando tanto Joana quanto eu em risco graças a um erro bobo, deixei a pokébola escorregar. Liberei o meu pokémon mais forte, mas apesar de ser o mais forte, ele não poderia fazer nada e eu acabaria forçando-o mais ainda desnecessariamente. Agora eu tinha que arcar com as consequências e mais importante, fazer com que Joana seja salva, afinal o erro foi meu e além do mais ela era uma médica importante. Eu, eu era uma treinadora prepotente e descartável. Se for pra dar errado, que dê errado só pra mim.

- Zen, nos proteja das pedras com o seu Psychic! - Agora seria um duelo de forças entre os dois pokémon e graças a Joana tínhamos uma perturbação a menos, surpreendentemente derrubando um dos bandidos. Apesar do desespero, eu conseguia processar algumas informações, o mais importante sendo o fato de que Joana conhecia um dos homens, aquele que era aparentemente o chefe de todo aquele crime e ele conhecia a médica. Eu teria que mandar Joana embora, e ela teria que concordar, por mais que sejam os problemas pessoais que ela tinha com aquele homem.

- Joana, leve a vacina e vá embora daqui, chame a polícia ou algo do tipo. Eu vou ganhar tempo. Vai logo. - Eu gritava de desespero, eu não conseguiria conviver com a culpa de algo acontecer com a médica. Mas bem, eu espero que eu consiga segurar esses caras. Mas será que consigo mesmo? Contanto que eu conseguisse proteger Joana, estaria OK eu acho. Eu seria punida pelos meus erros enquanto ela seria salva e poderia trazer a vacina em segurança para o hospital: - Não vou deixar vocês pegarem ela. Vão ter que passar por cima de mim. - É claro que eu não parecia intimidadora, mas meu pokémon parecia, ainda mais se ele conseguir desviar o Rock Tomb do Hariyama.

Mas se tinha alguém não gostando nenhum pouco da situação era Zen. O psíquico virava o olhar para mim e não gostava da maneira que eu me colocava em risco e alternava o seu olhar para um olhar de desprezo com o Hariyama do criminoso. O psíquico estava determinado a me proteger, mas não havia gostado da minha atitude. Mas eu confiava nele, confiava até demais. Será que Venger conseguiria dar assistência? Zen era o único alto nível que estava comigo no momento. Eu posso ter dito que eu era descartável mais cedo, mas o meu Alakazam não concorda com isso.

Eu engolia o seco e apenas olhava fixamente o Senhor Fujita, seja lá quem ele fosse. Nem via se Joana foi embora, queria acreditar que ela tenha ido, deixaria as coisas bem mais fáceis para mim.

Inkay 39/40

King's Row

OFF: não vou chocar o Inkay agora.

Olhando pelo lado bom, eu tinha um pokémon lutador como oponente, o que não deveria ser difícil de lidar. O problema era que: eu não sei o que viria depois. Com certeza não seria fácil assim, não seria fácil mesmo. Eu ainda tremia e suava frio e voltava a olhar para Joana e dessa vez eu gritava mais uma vez, eu queria que ela fosse embora logo, mas entendo que seria difícil para a médica ignorar as desavenças que ela tem com aquele cara.

- Vai embora daqui logo! - Eu gritava para Joana e logo voltava a me concentrar em Zen e no meu oponente. Eu não sabia o que estava acontecendo. Quem era que eu estava lutando contra. O porquê daquele enfermeiro que estava atacando Joana mais cedo estar aqui também. Mas deixaria para que isso fosse explicado quando estivéssemos seguras. - Duplo Psychic! - Simples e direta, era apenas o que eu precisava para tirar aquele Hariyama enorme da minha frente.

Mas o meu maior medo era o que aconteceria depois. Arg, eu voltava a olhar para todos os lados, tentando entender onde eu estava. Claro, eu não conseguia compreender, além da pista de pouso obviamente. Eles pretendiam levar a vacina para longe. Despretensiosamente, eu fiz uma pergunta para o tal Senhor Fujita. Claro, não esperava que ele fosse responder, mas se respondesse, seria um lucro.

- Creio que você também participou do desenvolvimento da vacina, certo? Pra ser tão familiar assim com Joana e com a própria vacina. Uma pena que você quer vender tudo no mercado negro. Sigh. - Foi em um tom passivo-agressivo, tentando provocar Fujita. Era o meu jeito de confiança excessiva agindo, - Zen, se precisar continue com o Psychic. - Completava a ordem, caso fosse necessário.

Enquanto isso, alguma coisa acontecia na minha mochila e eu já sabia o que era. Era a incubadora, o ovo que eu tinha deixado mais cedo, mas eu veria aquilo mais tarde. Espero que eu não tenha um recém nascido dando uma olhada nessa situação perigosa.

Inkay 40/40

King's Row

OFF: chocando o Inkay logo q.

Eu sabia que ele não ia ceder tão fácil. Aquele Hariyama caía como se não fosse nada, mas Fujita mandava um outro pokémon e quem sabe depois desse não teria mais outro? E outro? Seis pokémon? Por que não? Sigh, era só esperar que eu conseguisse me livrar dele fácil. Enquanto eu contemplava a cena, eu ouvia Joana explicando quem ele era. Então o chefe de enfermaria estava participando e liderando esse esquema, interessante. Eu dava um longo suspiro e pedia mais uma vez para Joana ir embora.

- Entendo. Agora Joana, tente ir embora por favor. Temos que recuperar a vacina, eu consigo distrair o Fujita. - Então eu desviava o olhar da médica mais uma vez, esperando que dessa vez ela fugisse. - Zen, duplo Psychic. Venger, entre em campo e use o Calm Mind! - Se eu fizesse um dois contra um, eu conseguiria despachar aquele cara mais rápido ainda. Se ele continuar usando lutadores, sinto que não demoraria, mas eu tenho que ficar pronta para alguma coisa ruim acontecer.

Falando em coisa ruim, não era algo de todo ruim, mas ter um ovo chocando no meio desse caos provavelmente não era ideal, mas eu não conseguiria impedir. A pequena Inkay saía do ovo e começava a flutuar. O que eu fiz foi abraçá-la, enquanto ela olhava confusa, não sabia o que estava acontecendo, mas o primeiro rosto que a lula via era o meu. Ela parecia ter ficado confortável, me vendo como uma mãe eu acho, semelhante com o que aconteceu com Eevee.

- Fica calma querida. Quer voltar pra pokébola? Não estamos em um lugar bom pra você aqui. - Eu afagava a Inkay, ela que não entendia muito as minhas palavras, mas parecia concordar em ir para a pokébola e então eu a retornava. Sigh, não consegui ter bons encontros com meus recém-nascidos. Nenhum deles. Com Inkay segura eu apenas olhava fixamente a batalha, com um semblante neutro, nem pessimista, nem otimista no rosto.

Inkay 40/40