Missão em Sociedade: Acabando com o Tráfico ao lado de Zé Gostoso em Pacific Dog

Quando Honey indiretamente requisitou o apoio de Dawn para prestar depoimento, ele aproximou-se com cautela, puxando-a para o lado um instante. O especialista tinha outras preocupações, maiores do que aquele crime todo, já que tinha sido filmado passando dos limites com um dos meliantes presos.

A ativista suspirou com igual preocupação após ouvi-lo. Era difícil dizer se ela estava sendo solidária ao rapaz ou apenas lamentando não poder fazer a justiça completa. Independente disso, ela confessou:

– Não se preocupe. Meu Nav molhou quando GP tirou ele da minha mão. Infelizmente, eu perdi tudo aquilo que tinha gravado… Inclusive essa parte aí. – olhou com pesar para os aparelhos que tinha em mãos – Só o que tenho aqui são algumas provas antigas que eles podem recuperar, e no seu PokéNav a gravação do que aconteceu depois do incidente, quando você enfrentou GP. Mas, por algum motivo, não acertei mexer no seu aparelho, acho que tava muito nervosa, então o áudio não está bom o suficiente para entenderem diálogos. O máximo que poderão fazer é uma leitura labial em GP, eu acho. Eu só filmei suas costas...

Laísa estendeu o PokéNav de Katakuri para devolvê-lo ao dono. Mesmo estressada e nitidamente esgotada, a loira arriscava um meio sorriso no canto da boca, como se tentasse tranquilizar o rapaz.

Enquanto isso, Noah fazia seu relatório aos oficiais. Certamente o flagrante feito por ele levantava muito interesse, já que mais de uma pessoa tinha sido detida com as mercadorias ilegais. Contudo, toda atenção precisou se voltar para o Pokémon que surgiu do barril, e que agora deveriam enfrentar. Mayev e Bea foram postas em campo mais uma vez para intervirem.

A Sableye, como de praxe, já começava trazendo vantagem para o seu lado do jogo, aproximando-se num golpe repentino que pegou Clawitzer de surpresa, a ponto de inibi-lo de contra-atacar (Fake out [-6]). Lá de trás, Mayev lançava uma esfera de energia verde grama na direção do aquático, reconhecendo suas vantagens naturais e, num golpe de sorte, conseguindo deixar as defesas especiais do alvo ainda mais frágeis (Energy Ball [-26; -1SpD]).

Na vez em que o selvagem pôde atacar, fez uso de sua habilidade para potencializar um disparo de água, feito uma pequena onda, na direção de Bea (Water Pulse [-30]). Aquilo teve um grande impacto na fantasma, principalmente porque ela foi pega bem no meio do trajeto para alcançar seu adversário com outro tapão seguro (Knock Off [-10]). Mas o brilho da batalha era mesmo de Mayev, que tinha o ataque seguinte ainda mais forte pela vulnerabilidade causada com o primeiro (Energy Ball [-30]).

Enquanto a batalha se desenrolava, a equipe de policiais se adiantava para montar guarda sobre os suspeitos, enquanto era das quatro Conselheiras a tarefa de conter a multidão. Laísa ficava mais ao canto, tratando de abrir alguns dos barris para adiantar o processo de registro de evidências. Por sorte, toda aquela confusão estava prestes a ter um fim.


Campo: Área aberta e ampla, com poucos edifícios a volta; chão de terra batida.

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Aquela batalha se resolveria em pouquíssimos minutos. O suficiente para que Bea usasse sua natureza fantasmagórica num golpe traiçoeiro contra o crustáceo (Shadow Sneak [-5]). Ele que, sem vê-la chegar, mirava uma onda de energia dracônica contra Mayev, a oponente em evidência; lançando sobre ela um pulso súbito de chamas roxas (Dragon Pulse [-23]), mas que seria insuficiente para derrubá-la. Ao contrário, a Grovyle com sua energia gramínea teria o poder necessário para finalizar seu oponente de uma vez por todas (Energy Ball [-30]).

Tarefa dada e tarefa cumprida. A esfera bicolor de Noah cruzaria o ar para encontrar Clawitzer e, depois de insistentes segundos, selá-lo como seu, encerrando junto a euforia das pessoas ao redor.

Resumo da batalha escreveu:

Katakuri, vai na tenda do hortifruti, pls:
Grovyle recebeu 2559 de EXP e 1 de happiness, permanecendo no Lv. 30 [2986/3227]
>> Ganhou +1 de Sp. Attack por uso de Power Lens

Zé, fica aqui pra eu te mimar s2:
Sableye recebeu 2559 de EXP e 3 de happiness, subindo para o Lv. 33 [418/4179]

Capturou Clawitzer

MISSÃO DE SOCIEDADE "SERÁ QUE ELA GOSTA?" ENCERRADA!

Com as pessoas finalmente calmas a atenção pôde se voltar mais uma vez para o flagrante. A equipe policial colhia todos os depoimentos dos treinadores e das mulheres envolvidas, além das outras provas entregues pela ativista.

No processo, Katakuri foi o primeiro a ser liberado, depois de ter os vídeos do caso baixados de seu PokéNav e seu relato sobre o encontro com Gerônimo Pimentel anotado por escrito. O homem ainda traumatizado, com perna quebrada e sujo de vômito, não estava apto a declarar nada, e o próprio GP não tinha credibilidade alguma para insinuar qualquer coisa sobre a situação do comparsa. Assim, o Requiem dos dragões estava livre.

Noah levou um pouco mais de tempo em seu diálogo com os policiais, já que seu relato envolvia muitas pessoas e elementos. Mas, para sua sorte, toda agressão direta executada contra os meliantes tinha sido praticada pela Conselheira Sarah, e não por ele. Então, decerto saiu daquilo sem risco algum à sua imagem. Ao contrário, por apresentar-se como um Especialista em Pokémon aquático, seus serviços ainda seriam requisitados mais um pouquinho.

– Noah?! – era Laíse Honey quem se aproximava dele desta vez, e vinha estendendo a mão para um cumprimento – Os oficiais me disseram que você é um especialista em tipo água. Parece que fomos convidados a trabalhar na recuperação dos Pokémon apreendidos, devolvendo ao habitat quem pudermos. – apontava para os barris discretamente – Bem, eu vou entender se você já quiser ir embora. O dia hoje foi intenso pra todos nós... Eu mesma voltaria pra casa se pudesse, mas meu compromisso com os bichos é mais forte do que eu. – completava com um sorriso que revelava todo seu cansaço.

Independente da resposta do Requiem dos aquáticos, a ativista seguiria até os barris. Ela encontrava, como de praxe, dificuldade para abri-los, o que certamente só atrasaria seu trabalho e daria mais tempo de estresse aos bichos trancafiados ali, agora sob o sol forte do começo da tarde.


Campo: Área aberta e ampla, com poucos edifícios a volta; chão de terra batida.

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A situação estava sob controle agora. Os policiais finalmente cumpriam sua parte, prendendo todos os principais responsáveis pelo crime: Gerônimo, Daise, e o trio de anônimos pescadores vestidos de preto. O dono do restaurante se safou após uma gorda fiança e sua palavra de que não repetiria o crime.

Da parte das Conselheiras a crise agora era outra. O fato de descobrirem que uma entre elas era corrupta e ter sido presa as deixava desfalcadas e vulneráveis. As quatro até que ensaiaram uma discussão em público, mas as câmeras e os olhares da polícia foram o suficiente para inibi-las.

Em todo caso, nada disso era mais problema de Noah, que com sua parte cumprida poderia se dedicar a outras coisas. E ele se mostrava bem disposto e entusiasmado em ajudar no manejo da fauna marinha junto com a ativista, por isso se colocava a disposição dela para o que precisasse ser feito.

– Primeiro, vamos começar libertando eles dos barris, ok?! – a loira começava a explicar, ainda se esforçando para abrir ao menos uma das três tampas – Se puder, gostaria de ajuda com algum Pokémon aquático pra gente hidratar os bichos. Arceus sabe quanto tempo estão aí dentro, e agora nesse sol... Alguns podem estar desidratados. – ela própria liberou seu Wingull para auxiliar na tarefa.

A ave de Honey usou o bico para que pudessem abrir o primeiro barril. Nem bem ela terminou de destapar e já começava a ficar nervosa, chorando. De cima só dava para ver o casco rígido e vermelho dos Pokémon. Com cautela a moça virou o barril de lado e, finalmente, os Corphish assustados saíram aos montes!

Os bichos estavam tão estressados e perdidos que não sabiam para onde ir, então caminhavam de um lado para outro. Desorientados, mas não perigosos. E do fundo do barril a ativista ainda retirava mais um trio dos crustáceos. Os dois no fundo não reagiam, e o terceiro estava ntidiamente enfraquecido, beirando o desmaio.

– Noah! Me ajuda! – ela falou, nervosa, sem saber bem ao que dar atenção primeiro – Ai... Corre. Leva esses três pro Centro Pokémon, por favor! Eu cuido dos outros... Pessoal! Ajuda aqui, por favor?! – Laísa se adiantava para os animais vivos; em seu auxílio viriam algumas das conselheiras, para conduzirem os bichos de volta ao mar, com paciência.

Para Agron coube, nesse primeiro momento, a responsabilidade de atender os mais vulneráveis. Só uma Joy experiente saberia dizer se os dois inertes ainda tinham salvação, e só a enfermeira poderia amenizar as dores que aquele terceiro e resistente Corphish passava, impedindo-o de ter um triste fim... Quais diagnósticos ela teria para cada uma das três vítimas?

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No Centro Pokémon Noah era prioridade. A equipe que o atendeu era eficiente e logo os dois Corphish desacordados já estavam sendo levados para a sala de tratamento. Entretanto, aquele terceiro ainda consciente prendia as garras na roupa de Noah, como se estivesse com medo de deixa-lo.

– Nem precisa dizer, esses são os Corphish do comércio ilegal, né? A notícia correu depressa até aqui. Você e seu amigo fizeram um bom trabalho, parabéns e obrigada! – um sorriso gentil passou pelo rosto da enfermeira apreensiva – Essa aí parece tão assustada que nem quer te abandonar... Venha, querida, vai ficar tudo bem. Chansey, me ajude aqui. – a Joy estendeu os braços para receber o último Pokémon, depois que sua assistente rosada conversou com ela.

A equipe se retirou para a sala de atendimento, mas Joy voltou após alguns minutos carregando uma prancheta em mãos, com os laudos todos dos pacientes. Ia direto até Agron, no saguão.

– Bem, a má notícia é que infelizmente não pudemos salvar um dos Corphish... Tentamos de tudo, mas não deu. – suspirou com o pesar de perder um paciente – A boa notícia é que as outras duas vão ficar bem. Uma precisa ficar aqui, de fato, em cuidados intensivos. Já a outra...

Como se previamente combinado, a mulher parou de falar no mesmo instante em que Chansey saiu da sala de atendimento carregando uma Corphish animada, que agitava as garras maiores ao ver Noah do outro lado do balcão.

– Essa aqui é incrivelmente resistente e adaptável. Ainda precisa de um tempo de repouso, mas ao que entendemos ela criou uma afeição muito grande por quem a resgatou. No caso, você. – Joy sorria com a notícia inusitada, então Chansey entregou a aquática para Noah.

Assim que foi pega no colo, a Corphish também sorriu e usou suas pinças para apertar as bochechas do treinador. Uma cena que arrancou suspiros de garotas aleatórias que transitavam pelo Centro Pokémon, e a própria Chansey pareceu bem contente em terem feito aquele encontro.

– Ah! Mas não se sinta forçado a ficar com ela, de maneira alguma. Creio que ela entenderá se você achar mais prudente devolvê-la para a natureza. Ainda é jovem e, como eu disse, bastante adaptável, vai se dar bem em ambas as opções.

Então, estava nas mãos de Noah decidir o destino da alegre Corphish em seus braços. Sem pressão, é claro!

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