Pokémon Mythology RPG
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Entrar

When the bonds are good, the rest don't matter

4 participantes

descriptionWhen the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 EmptyRe: When the bonds are good, the rest don't matter

more_horiz
O membro 'Renzinho' realizou a seguinte ação: Lançar dados


'Caixa 1' :
When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 Fastball

_________________
When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 B6gINSq

descriptionWhen the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 EmptyRe: When the bonds are good, the rest don't matter

more_horiz
when the bonds are good
the rest don't matter
Com os TRs comprados na barraca da Sra. Lee, Yoshiro e Ren decidiam se encaminhar até a barraca que viram estampada na blusa da vendedora. A chuva apertava um pouco, mas nada alarmante já que parecia permanecer fraca por enquanto. Apesar de ser uma garoa, a maioria das pessoas corriam para se abrigar embaixo das atrações de maior tamanho, escondendo-se embaixo das tendas. Caminhando pelas ruas estavam agora somente nossos heróis e alguns outros que se divertiam embaixo da chuva, como um par de crianças e alguns casais apaixonados.

A brisa que passava fazia questão de trazer consigo a diminuição da temperatura do parque, bem como era possível ver diversos monstrinhos voadores se acolhendo nas árvores de copa alta que envolviam o festival. Não demoraram muito para chegar em seu destino, inclusive, sequer viram o tempo passar enquanto aproveitavam o momento, fosse conversando ou simplesmente apreciando o que Johto tinha para lhes oferecer naquele dia — digo, além das surpresas que já encontraram.

À distância Ren e Yoshiro conseguiam ver a atração, que com decorações cor-de-rosa, se destacava dentre as demais. Na frente uma menina baixinha, mas já em seus anos adultos, puxava bastante água com um rodo, mas não conseguia desfazer uma enorme poça que havia bem na frente da bancada da barraca, o que poderia atrapalhar o seu negócio que já estava vazio por conta da chuva.

Ai, essa merda dessa poça. — resmungou, em voz baixa e provocativa, mas certamente para ninguém escutar; ao perceber a presença de nossos heróis, seus olhos voltaram diretamente para Sapphire — Ei! Você é um Pokémon de água, não é? E é um rapaz ou uma mocinha muito adorável. — voltou seu olhar para Ren e Yoshiro, esticando a mão para que a cumprimentassem — Gente, me chamo Kiki e queria fazer uma introdução legal da minha barraca, mas como podem ver, tá difícil. — tentava puxar a água mais uma vez, mas por conta do terreno a água sempre voltava a formar a bendita poça; a menina, loira, lutava com sua própria capa de chuva, que voava para o lado contrário de onde estava parada, uma cena cômica de se assistir — Você acha que esse garotão consegue me ajudar a tirar essa água daqui? — sorriu, olhando para Yoshiro — Além das Pokébolas pintadas, posso também dar um docinho para os pequenos comerem. — falou com uma voz infantilizada, subornando Sapphire de certa maneira; não que parecesse ter alguma maldade, a menina realmente parecia gostar tanto de Laylah quanto dele — O menino da arqueologia passou aqui divulgando uma barraquinha que todo mundo sempre achou que fosse só depósito, então pedi algumas tortinhas lá... Como sou gulosa, acabei comprando várias, mas ainda estão para entregar. — deu uma risada sem graça — Mas então... Que cor vocês querem as Pokébolas?

Com o aquático ajudando a moça, acabou que resolveram aquela situação em poucos segundos. Kiki foi para trás de sua bancada e pegou as esferas escolhidas por Ren e Yoshiro, levando-as para um outro balcão mais para dentro de sua tenda, onde sentou-se e começou a pintar as esferas bicolores. Enquanto a vendedora estava nesse processo, Laylah foi a primeira perceber uma figura já conhecida por nossos heróis caminhando à distância cobrindo a cabeça com o próprio braço; a criança era ninguém menos que Aoi, que ao ver a dupla, abriu um sorriso de orelha a orelha.

— Tio Ren e tia Yoshiro! — correu para abraça-los ao mesmo tempo, quase deixando a sacola que carregava em mãos cair — Ai, desculpa! Suas tortas estão aqui, moça! — acenou para a vendedora e seus olhos voltaram-se imediatamente para a feérica, brilhando quase que de imediato — Essa é a Laylah? Nossa! Como você está linda! — acariciou a cabeça da vulpina, colocando a sacola em cima da bancada e pegando Sapphire no colo, apertando-o no processo — Você também está lindo, Sapphire. — a criança deu um beijo na testa do anfíbio, colocando-o de volta no chão — Estão aproveitando o parque? Choco ficou muito triste que vocês foram embora, mas depois que chegou um menino lá- — interrompeu a própria linha de raciocínio — Inclusive, tio Ren, ele falou que você que mandou ele lá! Falou também que você é muito bonito! — inocente, abriu um sorriso de novo — E eu disse que é mesmo! E que você é meu tio. — suspirou — Eu queria que Choco tivesse vindo entregar comida também, mas ele teve que ficar cuidando da barrac- — Laylah cutucou Aoi com um de seus laços, apontando na direção de onde a garota havia vindo, de lá um desgovernado Choco corria na direção deles, arrancando um olhar terrível das poucas pessoas que ali caminhavam, mas, fazer o quê? — CHOCO! — a menina reclamou, batendo os pés — Você não pode ficar vindo atrás de mim, quem vai ficar tomando conta da barraca?

A felicidade do pequeno Trubbish quando viu Sapphire e Laylah era tremenda, ao ponto de escorregar em algumas das poças no caminho e chegar rolando até onde nossos heróis estavam. Desajeitado como sempre, quando se levantou, sufocou os pequenos em um abraço apertadíssimo, só depois se dando conta da evolução da vulpina, elogiando-a em seu idioma ininteligível. Brincando, a fada até deu uma voltinha, mostrando seus diversos laços. Choco riu e logo depois correu para abraçar as pernas de Yoshiro e de Ren, um de cada vez.

— Choco! Precisamos voltar pra lá! Você não pode deixar a barraca sem ninguém! — Aoi bufou, abraçando nossos heróis uma última vez — Temos que ir, mas a oferta de visitar a gente em Mahogany ainda está aberta, tá? — sorriu, pegando o dinheiro que a pintora da barraca de Pokéball deixou em cima da bancada — Dê tchau para tio Ren e tia Yoshiro e pra Laylah e Sapphire, Choco. — o venenoso parecia tristonho de não poder ficar muito tempo com seus amigos, mas acabava cedendo enquanto era puxado pela sua treinadora, acenando para todos — Se cuidem!

Mais alguns minutos se passaram e, em fim, as esferas eram pintadas. A moça levantou-se e assim que viu as tortas, abriu um sorriso guloso, lambendo os beiços. Pegou um pedaço e ofereceu para Sapphire e Laylah:

— Hm- Aqui estão as Pokébolas. — falou de boca cheia, sem graça — Obrigada pela ajuda, pequeno! — acenou para o anfíbio, já tomando o restante das tortas em mãos — Cuidado com a chuva, meninos!

Uma placa indicativa à direita indicava que uma das saídas de National Park estava bem próxima, o que talvez significasse um breve adeus entre Ren e Yoshiro. Poucas são as amizades que passam por coisas semelhantes as quais nossos heróis passaram juntos, que dirá em um único dia; uma afeição construída em tão pouco tempo mas que significava muita coisa, tanto para o especialista quanto para a treinadora. Dreamy Lake não foi o único a marcar a vida de nossos heróis...

Ali estava o nascimento de um apreço imensurável, que o tempo teria a certeza de manter firme por muitos e muitos anos.



Progresso da Rota :




_________________
Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 WCU65Ru
Awards :

descriptionWhen the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 EmptyRe: When the bonds are good, the rest don't matter

more_horiz
A chuva que caía sobre nós, embora mais fraca do que aquela que invoquei antes, trazia consigo uma brisa gélida o bastante para fazer minha treinadora estremecer por inteiro. A garota, ainda meio molhada pelo banho no lago, encolheu os ombros e passou as mãos em volta do próprio corpo em uma rala tentativa de se aquecer. Logo hoje, quando ele seria tão útil, ela resolveu não trazer aquele bendito cachecol…

Felizmente, não estávamos sozinhos ali. Ren preocupou-se com o estado da menina e tirou da sua mochila um casaco, colocando-o sobre os ombros dela. Yoshiro sorriu e lançou um olhar grato ao amigo, mais significativo que qualquer palavra. A doçura do gesto me fez abrir um sorriso também, cada vez mais convencido de que aquela tonta tinha esbarrado na pessoa certa. Agiu muito bem, Ren.

Não demorou muito mais para chegarmos à dita loja. O percurso foi bem agradável, com os dois humanos conversando sobre assuntos banais enquanto eu e Laylah apreciávamos a paisagem. Minha dona parecia bem empolgada ao falar com o rapaz, tanto que teria passado direto pela atração se ele não tivesse lhe avisado. Com um sorriso um tanto encabulado, acompanhou-o até a entrada, onde ouvimos uns resmungos de uma mulher que, pelo visto, não estava nada satisfeita com a chuva.

Assim que nos viu chegar, apresentou-se como Kiki e pediu meu auxílio para expulsar aquela poça d’água que tão teimosamente insistia em se formar ali. Yoshiro e Ren entraram na loja, cada um também se apresentando, e minha humana pediu-me para ir lá dar uma mão (ou uma pata) para a vendedora. Naquele ritmo, em breve seria mais lucrativo montar um negócio de pescaria do que de pintura de Pokébolas.

Ajudo sim, é claro.” Acenei com a cabeça, rindo brevemente da batalha que a humana estava travando contra o rodo e até contra sua própria capa. Corri para o lado dela e comecei a trabalhar, com ainda mais animação do que costumo demonstrar. Eu a ajudaria com ou sem suborno, é claro, porém admito que a promessa de um doce era um incentivo ainda melhor do que a nobreza do meu coração.

- Ah, a barraca de Aoi e Choco? - Perguntou minha dona, com os olhos brilhando de esperança, ao ouvir a mais velha comentar sobre um lugar pouco conhecido que ela tinha acabado de descobrir - e graças à divulgação de um certo moço da arqueologia. Não pode ser coincidência, né? Pelo visto, a investida do coordenador tinha dado super certo. - Parece que temos um anunciante bem talentoso aqui, não? - Abaixou-se para sussurrar essas palavras no ouvido de Laylah, mantendo um tom alto o suficiente para que Ren escutasse. Depois, olhou de lado para o garoto e deu uma risadinha, já prevendo que ele ficaria sem graça.

- Sapphi, de qual cor você vai querer sua Pokébola? - Ouvi minha humana questionar-me após alguns minutos, com Ren e Laylah já tendo optado pelo rosa. É claro que tinham. Alguém não esperava por isso?

De qualquer uma, desde que você nunca a use.”  Desviei meus olhos momentaneamente do serviço, apenas para verificar as opções que Yoshiro estava me mostrando. Admito, as cores eram muito bonitas… minha Pokébola daria um belo enfeite de quarto, não? “Pensando bem, vou querer a verde.” Decidi, apontando para a tinta da minha preferência.

- Entendido, vai ser azul. - Sorriu, feliz da vida, e foi comunicar à moça. Parece que ela não interpretou meu gesto direito… ter patas tão curtas é bem chato às vezes...

Enquanto a mulher se encarregava da pintura, uma figura bem familiar adentrou o local. Assim que me virei para verificar quem era, um sorriso enorme se abriu no meu rosto e corri para recebê-la. Conheci-a hoje mesmo, e parece que faz anos que não a vejo… que bom te ter aqui, Aoi!

Nossos humanos foram os primeiros que ela notou. Correu alegremente até eles e pegou ambos de surpresa em um abraço conjunto, bem parecido com o que deram durante a despedida de antes. Os olhos da minha treinadora iluminaram-se ao ver a criança e ela logo retribuiu o carinho, apertando ambos contra si. - Aoi! É tão bom te ver de novo! Como você está? E cadê o Choco? - De tão animada que ficou com a aparição da garotinha, Yoshiro acabou falando tudo muito rápido e se atropelando nas palavras. Balançou a cabeça negativamente e riu de si mesma enquanto Aoi vinha nos cumprimentar, elogiando Laylah e dando-me um beijo na testa.

Linda é você.” Pisquei pra ela de brincadeira, achando engraçado a empolgação da criança (embora eu próprio não estivesse diferente). É surreal o quão rápido nos apegamos àqueles que conhecemos neste parque… Ren, Laylah, Aoi, Choco, a Sra Lee… e eu provavelmente teria gostado daquela loira que nem sei o nome também, se ela não tivesse nos derrubado no lago. Não parecem laços formados num só dia, eu não consigo entender. Parece que o Dreamy Lake não é o único mistério inexplicável por aqui…

Foi com os corações mais leves que descobrimos que os negócios da menina estavam enfim começando a melhorar. Tive vontade de perguntar se a Sra. Lee também tinha ido até lá, assim como o loiro da arqueologia, no entanto, minha atenção logo foi atraída por um pequeno e desajeitado Pokémon que vinha correndo ao nosso encontro. Se o corpo de saco de lixo não fosse prova suficiente; a forma como ele tropeçou e saiu rolando por boa parte do percurso com certeza foi: ali estava o monstrinho mais desengonçado e mais amável do festival.

Choco!” Exclamei, com uma alegria levemente abafada pela minha falta de fôlego, enquanto o pequeno nos sufocava em um abraço. Sem nem reparar nos protestos da sua dona, elogiou a nova forma de Laylah e foi abraçar as pernas de Yoshiro e Ren. Minha garota riu com as trapalhadas do venenoso e abaixou-se para cumprimentá-lo de forma devida.

- Se cuidem, vocês dois. Assim que pudermos, será um prazer visitá-los. - Sorrindo para a mais nova, Yoshiro uniu seu mindinho ao dela, selando a promessa. Depois, olhou para Ren, silenciosamente convidando-o a fazer o mesmo. De certo modo, era um alívio saber que aquela história não terminaria ali. Ainda teríamos uma chance de encontrá-los e, dessa vez, fazer algo maior por eles. Foi com esse pensamento em mente que pude me despedir sem peso no coração.

Assim que os dois voltaram à sua tenda, a dona da loja se aproximou com as duas Pokébolas em mãos. Yoshiro agradeceu e mostrou o resultado para mim antes de guardar. Tenho que admitir que a pintura estava ótima… minha treinadora não parava de elogiar o trabalho muito bem feito enquanto saía conosco da atração, andando sem um rumo certo até deparar-se com uma das saídas do parque.

- Foi tão bom ter visto eles de novo. - Comentou, em um tom manhoso que mostrava o quanto ela tinha se apegado à dupla. Depois, seus olhos vagaram pelas demais barracas e brinquedos, deslumbrados e vivazes como os de uma criança curiosa. - Tudo aqui foi incrível… quando vim para o Doll Fanfest, não achei que teria um dia tão especial. Mas cada minuto valeu a pena. Até esse banho que tomei, haha… - Deu uma risadinha embaraçada, mas ainda assim brincalhona. Então, em um ímpeto que nem eu esperava, abraçou o garoto ao seu lado e beijou ternamente o rosto dele. - Obrigada por tudo, Ren… inclusive por ter ficado parado aqui na porta, pra eu poder esbarrar em ti.

Afastou-se um pouco, com o rosto rubro de vergonha, porém rindo de alegria e alívio. Alívio por, dentre tantas pessoas naquele enorme evento, ter tido a companhia justamente daquela. Eu não podia culpá-la por ter se deixado cativar assim. Ren foi tão bom conosco desde a primeira vez que nos viu, seu jeito dócil e amável trouxe de volta ao rosto da minha humana um sorriso genuíno que há dias eu não a via esboçar. Não sei ao certo como isso aconteceu, ou se houve alguma razão para esses dois terem sido unidos, mas tenho certeza de que esse encontro nunca será esquecido, nem por ela, nem por mim.

- Mas enfim, o que você quer fazer agora? - Tomou uma das mãos do rapaz entre as suas, ainda com um sorriso de orelha a orelha. - Eu não sei o que escolher. Então, vou ficar te seguindo mais um pouquinho! - Piscou para ele, esperando por uma resposta.

When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 PCP607                      When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 PCP613
                                                                      40/40                                 31/40

descriptionWhen the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 EmptyRe: When the bonds are good, the rest don't matter

more_horiz
 
❁      houses won't fall

When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 91de2ddd4f0d1c399e1314efdbafe30b



National Park


Engraçado, pensar em como os sentimentos, os laços, podem ser criados e fortalecidos em tão pouco tempo. Quando chegara até ali, Ren nem mesmo imaginava que seria capaz de vivenciar tamanhas experiências; de conhecer tantas pessoas. Perdido ele alcançara o parque, e agora, ao fim deste, encontrava mais de si mesmo em suas ações do que sequer imaginara.

Uma jornada não deixa de ser única quando percorrida sob pés solitários, mas de alguma forma; compartilhá-la com aqueles ao seu redor deixa tudo mais... satisfatório. O sorriso esboçado em seu rosto, o mesmo que se consegue enxergar à sua volta. Pergunto-me: quantas moedas de ouro poderiam comprar esta tal sensação? A liberdade tinha seu preço, de fato; e este nem sempre era muito agradável. Mas às vezes... pequenas coisas já faziam valer a pena.

Como aquele dia, por exemplo.

Ren Hughes não só conhecera novas pessoas — que adianto, são incríveis —, tampouco viu apenas acabou por ver o crescimento físico-material que o amor pelos tais monstrinhos dar frutos. Dentro do National Park, o coordenador acabou por enfrentar aquele quem já foi, com uma força renovada. Ele defrontara o destino; tornando-se mais decidido a fazer as linhas percorrerem o caminho que lhe fora mostrado.

Conselhos, flertes, conversas honestas. Um paraíso de encantos — literalmente, a depender de onde estamos falando, exatamente — envolvera todo o seu ser. E sinceramente? O rapaz estava nem um pouco afim de sair deste aperto. Encontrara um conforto incomensurável, um lugar no qual poderia depositar a si mesmo, sem medo de ser feliz. As lágrimas e os olhares eram capazes de comunicar mais que palavras; uma sensação mútua de entendimento que não deveria existir, mas... estava lá.

Ren passeava mais um pouco ao lado de Yoshiro, guarda-chuvas em mãos, em busca daquela tenda anunciada. Em passos lentos, de deleite, para que pudessem aproveitar cada momento. Na inocência de sua mente, prosseguiam, conversando gentilmente como se fosse apenas mais uma vez dentro de milhares. Como se nunca fosse ter um fim. Como se o tempo, de fato, fosse incontável, e nossos pequenos seres não tentassem captar toda sua impossível extensão.

Se nem mesmo Cronos foi capaz de manter-se no poder, com o relógio, então quem somos nós para ousar fazê-lo? Bem, não importa muito. Afinal de contas, nós fazemos de qualquer forma. Teimosos, insistentes. De fato, inocentes.

Depois de um tempo a caminhar, puderam ver o seu destino, ainda que atrapalhado pela forte chuva. Aquela que Ren supunha ser sua dona lutava uma batalha já perdida contra uma enorme poça, tendo como arma um único rodo. Mas não era boba, no entanto. Assim que vira o grupo — mais especificamente, o aquático que com eles vinha —, ela tratara de fazer uma oferta. Uma esta que viera junto de uma, ou ainda, mais de uma surpresa.

Os dizeres de Yoshiro tiraram quaisquer dúvidas que o especialista poderia ter. Com a face já avermelhada, sorriu, pensando tanto no belo rapaz que encontrara anteriormente, nas areias, quanto na icônica dupla que lutava determinadamente contra a cruel realidade da vida. O jovem não ficara muito tempo assim, contudo, precisando dar sua resposta para Kiki. — Ah, desculpe. Deixe-me ver... — disse ele, após ouvir a moça, dando uma olhada por cima das amostras. — Acho que eu e Laylah preferimos, para a surpresa de todos, este rosinha! — completou por fim, rindo um pouco de sua escolha.

As cores têm significados, sabe. Elas invocam lembranças. Ao ver o róseo da esfera, tudo o que Ren pensava era naquele resplandescente lago em que mergulhara e tanto vivenciara — mesmo que em pouco tempo. Ele também era uma memória pertinente à evolução da pequena Eevee; assim como da presença de Yoshiro e Sapphire. Afinal, como ele gostava de pensar, nada teria acontecido sem aquela dupla.

Ele provavelmente pensaria um pouco mais na questão, vivenciando suas memórias rapidamente, se uma delas não viesse até ele fisicamente. Quando notou, uma pequena Aoi estava correndo em sua direção, pronta para abraçá-lo. O rapaz apenas sorriu, apertando-a de volta. — Ei, pequena! Como vão as coisas? — perguntou ele, ainda que tivesse a mesma dúvida que a morena. Dúvida esta que logo respondeu a si mesma.

Laylah agradeceu as carícias da pequena, notoriamente feliz em rever a humana, e o coordenador ouviu alegremente o que a criança tinha a dizer. Logo, sentiu seu rosto colorir-se mais uma vez. — Ele foi, é? Fico feliz com isso — respondeu ele, fazendo um cafuné na cabeça da pequena, que falava sobre o louro que a visitara, assim como sobre a trouxinha de lixo que permanecera para trás, cuidando das coisas.

Bem, nem tão para trás assim. Ao levantar o olhar, Ren conseguiu ver que o atrapalhado monstrinho aproximava-se, ainda que aos tropeços. E claro, fora capaz de tirar um sorriso de todos ali. Aproximou-se rapidamente, cercando os amigos pequeninos, e então abraçando-os com ânimo; que foi retribuído. Fizera o mesmo com os humanos, que tiveram uma reação semelhante a dos pokémon.

Contudo, dizem que tudo o que é bom dura pouco. Aparentemente, era verdade — mais do que o aprendiz poderia sequer imaginar, naquele instante. Logo, o Trubbish e sua treinadora precisaram despedir-se, voltando à sua pequena barraca. Com o coração mais leve, Ren devolveu o abraço, ainda que parando para sussurrar algumas palavras de conforto. — Não se preocupem, certo? Nós vamos estar visitando vocês antes mesmo que sintam nossa falta!

Como se fosse programado, logo Kiki terminava também a pintura das esferas. O coordenador agradeceu a dona do lugar, e continuou a andar, sem um rumo específico, junto da morena. A conversa, apesar de começar mais leve, logo deu espaço para algo que pesava mais: os sentimentos em seus corações. — Realmente. É quase como se um peso tivesse sido tirado de meu coração, como se eu estivesse respirando por detrás de uma máscara grossa e inviável, e só percebesse agora que estou sem — respondeu ele, conforme Yoshiro foi divagando sobre o dia deles.

Não esperava ter encontrado tanta... Paz, magia, proveito, dentro deste lugar. Vim aqui na intenção de descansar um pouquinho, mas encontrei muito mais. E acho que sou grato por isso — continuou a dizer, levemente ruborizado pelo beijo, apesar de ter pegado as mãos da treinadora. — Grato por você, e por Sapphire, também. Este dia vai ficar para sempre, gravado em minha memória, e nunca esquecerei que o melhor momento foi logo no início: com você.

...

O sorriso no rosto do rapaz era radiante. Ele falava a verdade, sentia que tinha com Yoshiro um laço enorme, ainda que parecesse impossível tê-lo desenvolvido em tão pouco tempo. Mas isso não os impediu, ainda assim, em nenhum momento. Pelo contrário, pareceu ser a motivação para que dessem cada passo, apoiando o seu peso um no outro, tomando cuidado, com medo de cair. Mas acabaram por cair em outro lugar: no refúgio que tinham um no outro.

Com a última pergunta da moça, Ren levantou o olhar, também sorrindo, para observar o que tinha ao seu redor. Algumas tendas menores, outras atrações interessantes que ainda não tinham visitado... Eram tantas possibilidades. O que o rapaz queria fazer era tomar a amiga pela mão, e ir com ela em todos os lugares que conseguissem. Mas não o fez.

Isto deve-se, principalmente, pelo anúncio em cartaz que vira, alto e grande, em um canto. Eles estavam em Johto, é verdade. Isso significava que os anúncios, em sua maioria, seriam de atividades, lojas, e outros eventos que aconteceriam na mesma região. Inclusive, um evento no qual o próprio Ren havia confirmado presença, ainda naquela manhã. O Contest de Arboville.

O sorriso do rapaz desapareceu no mesmo instante. Ele começou a lacrimejar, ainda olhando para cima, não ousando volver o olhar para Yoshiro. Como ele poderia dizer aquilo, depois de todo o resto? Depois de tudo o que passaram, disseram. No fundo, ele sempre soube que precisariam separar-se, mas isso não deixava mais fácil de aceitar. Ren queria ficar ao lado da jovem, ao lado daquele imenso sentimento de conforto que ele desenvolvera tão espontaneamente.

Mas não podia. Ele fechou os olhos, e viu uma imagem à sua frente. Algo já visto, há não muito tempo, não só por ele. O reluzir de um bottom, uma insígnia, uma fita, inserida como troféu sober as vestes elegantes de um amontoado róseo. — O Contest... — ele murmurou, baixando o olhar até demais, agora passando a fitar o chão; sem olhar diretamente para a jovem. — Eu... Eu não posso mais ficar...

As palavras saíam com dificuldade, ásperas em sua garganta. Por que era tão difícil de pronunciá-las? Ele sentia um pouco de vergonha, por ter as lágrimas a escorrerem suas bochechas, mas isso não as impediu de rolarem, mesmo assim. Laylah colocou uma fita sobre o ombro de seu treinador, também triste, em apoio. Não era fácil, mas eles precisavam fazer aquilo.

Ren fez em um abraço. Repentinamente, envolveu Yoshiro em um aperto um tanto quanto desesperado, tremendo um pouco. Ele hesitou, mas agora que havia chegado até ali, não havia sentido em retornar. Ele abriu a boca, e conseguiu sussurrar mais alguns arquejos. — Nós precisamos ir... — cada palavra saía com dificuldade. Isso não fazia muito sentido. Eles haviam acabado de se conhecer. Então por que Ren estava sofrendo tanto para dizer aquilo, finalmente? Ele não entendia — da mesma forma que não havia entendido muitas coisas, ao decorrer do dia.

O-o Contest. Nós... nós precisamos ir, para arrumar as coisas... — finalmente, conseguiu enunciar o que precisava, ainda que de forma insatisfatória. Ele permanecia abraçado à Yoshiro, como se não quisesse mais separar-se. Não fazia sentido para a mente, mas o coração, tão bem embrulhado, entendia mais que perfeitamente.

Afinal, quando os laços são bons, o resto não importa.

When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 669-y 40/40

OFF :



_________________
When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 RxFjnZq

descriptionWhen the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 EmptyRe: When the bonds are good, the rest don't matter

more_horiz
Yoshiro ouvia cada palavra que o treinador dizia com um sorriso deleitoso, contente por ter, de alguma forma, contribuído para que Ren se sentisse melhor agora. Talvez, livre dos anseios e angústias que, horas atrás, haviam deixado-o distraído e propiciado aquele tão singular encontro. Era até engraçado que resolvessem dizer um ao outro o que sentiam justo ali, próximos a um portão semelhante àquele onde tudo começou.

Então, restava a pergunta: para onde iriam agora? Minha treinadora resolveu deixar isso à escolha de Ren, e eu não me incomodei. Pelo contrário, sorri para Laylah e acenei com a cabeça, mostrando que também estava disposto a acompanhá-los aonde quer que fossem. Esse parque ainda carrega maravilhas que não tivemos a chance de ver, e eu sabia que Yoshiro iria de bom grado a qualquer uma delas, desde que tivesse Ren ao seu lado. No fim, era isso que mais lhe importava.

Entretanto… as palavras do rapaz não foram exatamente as que esperávamos. Yoshiro inclinou a cabeça, fitando-o com uma expressão confusa. Como assim “o Contest”? Acabamos de sair de um, e realmente não acho que entraremos em outro tão cedo, apesar dos incentivos de Ren. Pareceu um comentário meio… deslocado, para dizer o mínimo. E mais estranho ainda foi ver o garoto baixar a cabeça, evitando encarar minha dona e já sem o sorriso radiante que há poucos segundos lhe enfeitava a face.

Antes mesmo que Yoshiro pudesse lhe fazer qualquer questionamento, ele voltou a falar. Sua voz tremia, fraca, porém os dizeres eram compreensíveis. Ou deveriam ser. Minha dona apenas balançou a cabeça, como se não tivesse entendido. Supôs que tinha simplesmente ouvido errado, e eu também preferi acreditar nisso. Não há chance… de termos entendido direito… não é?

- Ren, o que você está- - Sua pergunta foi interrompida pelo rapaz, que puxou-a para um abraço. Trêmulo, ele disse outra vez que precisava partir, que não poderia mais ficar conosco. Os olhos da minha humana se arregalaram, principalmente ao sentir as lágrimas do maior caírem sobre seu ombro. Não era uma brincadeira, tampouco um mal entendido. Yoshiro apertou o amigo contra si, desnorteada como se alguém tivesse puxado o solo de sob seus pés, deixando-a sem chão. Ela sabia que teria que dar adeus alguma hora, é claro… mas nenhum de nós estava realmente pronto para isso.

Sei que a minha humana ficará triste, mas não posso culpar o garoto, claro que não. Tivemos nosso tempo - exploramos o parque, vimos e aprendemos tanto, traçamos um desfecho feliz para um dia o qual começara tão melancólico. Agora, era o momento de deixá-lo correr atrás de seus sonhos, tal como vimos no lago… não seria fácil, contudo, era melhor assim. Isso é o mínimo que devemos a ele, depois de tudo o que fez por nós.

- Entendo… - Disse, por fim, em um tom tão baixo que eu mal pude ouvir. Afastou-se devagar do amigo e, com o olhar voltado ao chão, tentou forçar um sorriso para mostrar a ele que estava tudo bem. Teria sido um pouco mais convincente se ela não estivesse tremendo tanto. - Eu ouvi falar… está mesmo bem próximo. Precisam se apressar. - Continuou, pronunciando cada palavra como se esta lhe fosse dolorosa.

Algumas lágrimas escaparam-lhe, entretanto, ela logo as secou com o antebraço. Estava trêmula pelo esforço de conter o choro, porém parecia determinada a não tornar aquele momento ainda mais difícil para Ren. Abaixou-se para acariciar a cabeça de Laylah, abraçando a vulpina e pedindo para que ela cuidasse bem do coordenador. Quando voltou a encará-lo, segurou a mão do rapaz, quase como se não quisesse soltá-lo. Depois de tudo o que passaram, era difícil vê-lo partir. Especialmente para Yoshiro, que tanto tinha se apegado a ele.

- N-nós… vamos nos ver de novo? - Seus olhos fitavam-no em uma súplica silenciosa. Eu realmente espero que sim… ainda temos uma promessa a cumprir, não é? Precisamos visitar Aoi e Choco, algum dia...

Vocês vão fazer falta.” Disse para Laylah, esfregando minha cabeça na da fada com um carinho que apenas poucos sortudos ganham de mim. Depois, pulei para os braços do humano, repetindo o mesmo gesto com ele. “Se cuidem, tá bom?

- Nós nunca vamos esquecer vocês… - Antes que eu pudesse sair do colo dele, Yoshiro abraçou-o novamente, deixando-me preso ali. Olhei pra Laylah, convidando-a com um sorriso no rosto para se juntar a nós. Estava meio apertado, mas... em horas assim, ninguém precisa de ar nos pulmões, né? - Muito obrigada, por tudo. Muito, muito obrigada mesmo… seria muito estranho se eu te dissesse que vocês estão entre os melhores amigos que já tive? - Perguntou, rindo fracamente. Em qualquer outro caso, seria esquisito dizer algo assim para quem conhecemos há tão pouco tempo… contudo, naquele, eu não conseguia duvidar da veracidade dessas palavras.

- Vão lá… estaremos torcendo por vocês, viu? - Após alguns longos minutos, a garota nos soltou e recuou alguns passos. Sua voz estava embargada e ela não conseguiria conter o choro por muito mais tempo - de fato, as lágrimas já estavam começando a escorrer-lhe pelo rosto, e Yoshiro só pôde torcer para que Ren confundisse-as com as gotas de chuva. Assim, acenamos uma última despedida para a dupla, torcendo para que aquilo realmente não fosse um adeus.


When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 PCP607                      When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 PCP613
                                                                      40/40                                 32/40

descriptionWhen the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 EmptyRe: When the bonds are good, the rest don't matter

more_horiz
 
❁      houses won't fall

When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 91de2ddd4f0d1c399e1314efdbafe30b



National Park


Dizem que a dor é necessária para que haja o amadurecimento; para que se obtenha maior clareza em relação à vida universal. Mas ainda assim, ninguém nunca falara o quão complicado é passar por isso. Não era a primeira vez que Ren precisava dizer adeus. Houve muitas outras situações, mas nenhuma tão emocionante e complicada — a não ser, certamente, quando o rapaz precisou despedir-se da sua querida avó.

Yoshiro parecia não enteder. Ele não julgava: também não entendia. Aliás, a morena pareceu aceitar o fato com mais velocidade que o próprio especialista em feéricos — embora isso não significasse que fora algo exatamente rápido. O calor entre seus corpos pareceu ajudar. A chuva retratava bem o momento. O dia começara tímido, mas logo o sol brilhara em seu auge. Contudo, as nuvens gélidas não tardaram a fechar o céu, as gotas a interpretarem as próprias lágrimas de um adeus.

A treinadora tremia. Ren também. Parecia impossível, não desfazer-se em pequenos pedaços, perante toda aquela situação. Até mesmo Laylah e Sapphire pareciam estar emocionalmente sobrecarregados. Eles tiveram seus próprios momentos, e dizer adeus assim, tão subitamente, era um pouco assustador. Bem, talvez adeus seja um termo não exatamente adequado aqui.

Yoshiro fez uma pergunta ao rapaz, que mais se assemelhava a um pedido — ainda que nas entrelinhas — que um questionamento, de fato. O coordenador tentou esboçar um sorriso, mas como é de se imaginar, também falhou miseravelmente. — V-vamos sim. Eu prometo — sussurrou, enquanto pedia um momento. Tirou de sua bolsa um pequeno instrumento cilíndrico — uma caneta permanente — e tomou a mão esquerda da amiga. — Aqui. Assim, você vai poder me mandar uma mensagem depois. Eu... Eu já estou sentindo saudades.

Ele conseguiu enunciar uma risada, ainda que esta fosse tímida, entristecida. Uma aura um tanto quanto tensa, mas que de alguma forma, conseguia manter-se relativamente íntima e acolhedora. O que não fazia sentido também — apenas mais uma coisa na enorme lista que eles criaram durante aquele dia. Laylah enrolou o pequeno Mudkip em suas fitas, claramente não querendo separar-se, também. Ah, a monstrinha sempre fora muito apegada àqueles em sua volta.

Assim como seu treinador.

Nem um pouco — respondeu ele, referindo-se à última pergunta da amiga, enquanto apertava firmemente o anfíbio — e posteriormente, a moça também. Laylah era a peça final daquele tão carinhoso embrulho, fechando-os com seus laços. Um presente, literal: a presença um do outro. — Não sei o que penso sobre o Destino, mas... Fico feliz que eu tenha encontrado você, seja por conta Dele ou do próprio acaso. Eu nunca imaginei que seria capaz de... sentir algo tão delicado e desejável, reconfortante, em tão pouco tempo.

Eles enfim se soltaram do abraço, mas Ren parecia não querer deixar por ali. Aproximou-se da morena novamente, encostando sua testa da dela. Fechou os olhos, e sussurrou seus últimos dizeres. — Obrigado... Por ser a irmã, a alma confidente, o reflexo desejável que eu nunca tive. Isso não vai ser um adeus, certo? Apenas um até mais. Além disso, eu vou estar sempre ao seu lado: sempre que eu cerrar minhas pálpebras, haverá você lá, lutando por um espaço em minha mente.

O especialista em feéricos notou que também não estava sendo nem um pouco fácil para a jovem; e que ela estava segurando firmemente suas emoções. Ren não conseguira ser assim, tão polido. Afastara-se, tomando a Sylveon em seu colo, sentindo as lágrimas caírem enquanto acenava para a dupla com a qual passara tão tocantes momentos. — Eu amo vocês... — sussurrara, sem saber se fora escutado ou se suas palavras se perderam ao vento.

...

Era difícil, dar os passos. As pernas pareciam moles, teimosas, como que insistindo a não seguir na direção da saída: queriam correr para a direção oposta, de volta à companhia de Yoshiro. Ren precisara de toda sua força de vontade para não cair de joelhos no chão molhado, perdendo-se em lágrimas. Não ali. Não naquele momento, na frente deles.

Ele beijara a testa de Laylah, tomado por uma tristeza estranha. — O que... O que nós vamos fazer agora, Lay?

~x~

"When the bonds are good, the rest don't matter
Yeah, the paint could peel, the glass could shatter
Let it rain 'cause you and I remain the same
When there ain't a crack in the foundation
Baby, I know any storm we're facing
Will blow right over while we stay put
The house don't fall when the bonds are good"


When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 669-y 40/40

OFF :



_________________
When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 RxFjnZq

descriptionWhen the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 EmptyRe: When the bonds are good, the rest don't matter

more_horiz
Off :


when the bonds are good
the rest don't matter
Despedidas são sempre difíceis, não é?

Complicado não se emocionar à necessidade de dizer um breve adeus para uma energia que parece nos completar. Como duas partes de um quebra-cabeça, Ren e Yoshiro complementavam um ao outro, unidos por um destino que, com base em tudo que viveram hoje, parecia ter escolhido perfeitamente a data para unir ambos treinadores e seus pesados corações. Conforme o especialista caminhava dentre o gigante portão abraçado pelas flores que pingavam lágrimas de chuva, a garoa brevemente parava, com um pequeno espaço dentre as nuvens deixando os raios solares da estrela central agraciar todo o parque, mesmo que por segundos; estes poucos, mas certeiros. O céu formava um sucinto arco-íris na direção que o jovem garoto de cabelos cor-de-rosa andava, escondendo sua base por detrás de uma das árvores. Me atrevo a dizer que seja lá a força que rege esse mundo, sem dúvidas estava ali, observando aquela breve despedida de dois corações que de tão machucados, remendaram-se um ao outro.

A imensidão gris que recobria o festival logo tornava a sobrepor os raios solares, trazendo consigo a chuva novamente, agora em pequenos e leves chuviscos, quase que imperceptíveis. Alguns funcionários se atreviam a puxar a água das poças que se formaram, acreditando que o borriço que há pouco lhes afligiu não cairia novamente; não poderiam estar mais enganados, mas isso somente aquáticos poderiam saber. Ambulantes credenciados saíam das barracas que serviam de abrigo, oferecendo os mais diversos tipos de doces, dentre eles algodão-doce, barras de chocolate e pacotes de bala de menta. Atrás de Yoshiro, somente o caminho para retornar por onde vieram, dessa vez ao lado somente de seu fiel escudeiro.

E agora?



Progresso da Rota :




_________________
Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 WCU65Ru
Awards :

descriptionWhen the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 EmptyRe: When the bonds are good, the rest don't matter

more_horiz
Off :



Tudo aconteceu tão rápido. Há poucos minutos, estávamos todos andando pelo parque sem um rumo certo, apenas aproveitando a companhia um do outro e torcendo para que aquele dia pudesse ser tão duradouro quanto o laço que nos unia. Não notamos que eternidade poderia desmanchar-se em um único instante. Deveríamos ter visto isso vindo… se nem o sol, majestoso como era, conseguiu resistir às nuvens gélidas que teimavam em encobri-lo, como eu poderia esperar que nossa pequena bolha de calmaria e felicidade durasse muito mais?

As palavras de Ren ecoavam em minha mente, desnorteantes, porém carregadas de um carinho que tornava aquela despedida um pouco mais suportável. Yoshiro ainda tremia, e ouvir os dizeres gentis do coordenador fez a garota apertá-lo ainda mais naquele abraço, escondendo seu rosto no ombro dele. Vi que ela queria respondê-lo. Queria, de alguma forma, também confessar tudo o que o rapaz significava para ela, e o quanto conseguiu cativá-la naquelas últimas horas. No entanto, sua voz parecia não querer sair. A garganta da menina apenas emitiu algo entre um choro e um lamento, abafado pelas vestes do rapaz. Se tentasse dizer qualquer coisa, acabaria implorando para que Ren ficasse ali com ela.

Não foi fácil para a menina soltá-lo. Mesmo após recuar alguns passos, sua mão ainda agarrava firmemente a manga da blusa dele. Acabou não sendo um problema, pois Ren se aproximou outra vez, encostando sua testa na dela e dizendo-lhe o que, muito provavelmente, eram as palavras mais doces e amorosas que a garota já ouviu na vida. Ver aquilo fez-me arregalar os olhos, surpreso. Não pelo carinho que os humanos tinham desenvolvido um pelo outro, mas pela certeza de que eu já tinha visto essa cena antes.

No lago… não foi? Quando a Yoshiro menor despediu-se da mais velha, ela fez a mesma coisa… notei, com certa tristeza, que minha dona estava novamente tendo que dar adeus a uma parte dela. Pois Ren era isso, embora de um modo menos literal. Surgiu em nosso caminho quando ela mais precisou, e trouxe à minha humana uma completude que ela nunca teve antes. Nesse momento, entendi porque eu nunca consegui preencher, sozinho, o vazio que ainda existia na garota. Ele era a peça que faltava.

Lembrei-me de Yoshiro prometendo à sua versão menor que teria amigos incríveis um dia, que não estaria mais só. E, apesar dos pesares, abri um sorriso ao notar o quão certa minha treinadora estava. Ela, vendo meu gesto, conseguiu sorrir também para o amigo que partia, tentando trazer-lhe algum conforto. Murmurou, com a voz embargada, um último agradecimento, mas não sei se Ren conseguiu ouvir.

Os céus abriram-se por um momento, e as nuvens cinzentas deram espaço a um belíssimo arco-íris. Alguns vendedores saíram de suas tendas, preenchendo o ar com o aroma adocicado das guloseimas que vendiam. Yoshiro ama doces… talvez comprar um a deixe um pouquinho mais alegre? Esperançoso, tentei atrair a atenção da menina para os ambulantes. No entanto, ela nem pareceu reparar.

Yo…?”  Embora Ren já tivesse saído da nossa vista, a humana continuava parada em frente ao portão. Mantinha a cabeça baixa, e suas mechas negras impediam-me de ver seu rosto. As mãos estavam fechadas em punhos e, de tão trêmula, temi que suas pernas derrubassem-na no chão molhado. Não ergueu os olhos, ou tampouco me disse qualquer palavra. Continuou ali por uns minutos, estática defronte um passado que ela não queria abandonar. “Yo, nós temos que ir… ele não vai voltar.

Toquei com gentileza a perna da garota, incentivando-a a seguir em frente. Não havia mais sentido em continuarmos ali. Ela assentiu, como se tivesse entendido. Então, em um movimento tão repentino que me assustou, deu as costas ao portão e correu de volta para dentro do parque, sumindo em meio aos demais humanos. “E-ei! Yoshiro!” Olhei aquilo, abismado, e logo fui atrás dela.

Por sorte, não foi difícil alcançá-la. A menina deixou-se cair sobre o primeiro banco vazio que encontrou, abraçando os próprios joelhos e mantendo seu rosto escondido. Sem mais forças - e tampouco razões - para continuar reprimindo a lamúria que sentia, Yoshiro não tentou resistir às lágrimas que agora transbordavam de seus olhos,  ainda mais frequentes e incessantes que as gotas de chuva. Seu corpo era sacudido por soluços e lamentos os quais ela não conseguia conter. Já havia se esforçado demais. Ela tinha seu limite.

Sem saber o que fazer, mas sentindo meu peito pesar por vê-la daquela forma, sentei ao seu lado e tentei confortá-la. Ela me abraçou com força, contudo, ainda demorou alguns minutos até que conseguisse dizer qualquer coisa. Quando os soluços diminuíram, anunciou em um cálido suspiro as palavras que tanto pesavam em seu coração. Não para mim, ou para qualquer outro ali próximo - simplesmente deixou que sua voz se perdesse no vento. Quem sabe, ele pudesse levá-la até um certo coordenador que, mesmo distante, seria sempre lembrado por nós com muito carinho.

- Eu também te amo, Ren...



When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 PCP607                      When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 PCP613
                                                                      40/40                                 33/40

descriptionWhen the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 EmptyRe: When the bonds are good, the rest don't matter

more_horiz
Off :


when the bonds are good
the rest don't matter
As lágrimas escorriam pelo pálido rosto de Yoshiro, mesclando-se aos pingos de chuva que corriam em horizontal graças à gélida brisa passageira, ultrapassando a barreira física da proteção de outrora. O peso no âmago de se despedir de um grande amigo após vivenciar uma experiência como a que passaram estava longe de ser fácil. Um laço criado tão forte que parecia tomar forma física, invisível e arrancando gradualmente pedaços do íntimo da treinadora a cada quilômetro que a separava de Ren. Pobre Yoshiro, sei que é difícil, mas me responda: existe algo mais forte que o coração, que se despedaça por inteiro e ainda assim continua vivendo? Vai passar. Lidar com a distância de quem amamos é um processo doloroso e um dia perceberá que faz parte do grande aprendizado que existe diante de si; não será hoje, nem amanhã, mas quiçá em breve.

Talvez estável pela primeira vez em alguns minutos, a garoa manteve-se em finos e diagonais pingos de chuva, gelados o suficiente para incomodar um pouco quando encontravam em surpresa a alva pele de Yoshiro. Para Sapphire isso não era um problema, claro, anfíbios possuem grande facilidade em adaptar-se por conta de sua ectotermia — quando não é extrema; oras, estamos falando de Pokémon, não é? não me surpreenderia um Mudkip se aclimar à uma nevasca, por exemplo — mas se o temporal resolvesse cair de fato, poderia trazer um resfriado para sua humana. Independente disso, o clima e sua imprevisibilidade estava longe de ser o que mais chamava atenção na área onde nossa heroína estava sentada: um simples banco de madeira, maltratado pelo tempo, certamente mobília própria do National Park. Com a cabeça abaixada e encostada contra o corpo de seu fiel escudeiro, Yoshiro e Sapphire não veriam algo se aproximando deles...

Se não fosse por um certo barulho que sucedeu a chegada do terceiro elemento em cena.

O anfíbio certamente seria o primeiro a perceber um leve penduricalho cor-de-rosa balançando de um lado para o outro, na altura dos joelhos de Yoshiro. Mordiscando alguns musgos e líquens que cresciam na base do banco estava um pequenino Shinx, com a ponta do seu rabo... Cor de rosa? Quando viu que perceberam sua presença, o pequeno diminuiu o ritmo com que tentava arrancar o vegetal da madeira, voltando seu olhar para a treinadora, somente para revelar íris tão rosáceas quanto a estrela em sua cauda. Mas, ha, isso não impediu que o felino continuasse arrastando suas presas contra o banco, como se pedisse permissão para continuar fazendo-o. O pequeno não parecia incomodado com a treinadora e seu Pokémon, mas suas orelhas captaram antecipadamente um leve grito que segundos depois ecoou por todo Doll Fanfest: um bradado fino e que até chamou atenção dos transeuntes, que simplesmente ignoraram-no como se fosse obra de alguma maquinaria.

Shinx estremeceu todo seu corpo, mas seu olhar voltou-se diretamente para o céu, sendo possível ver uma única nuvem diferenciar-se das demais, com a coloração levemente mais fraca, modificando em segundos para um tom arroxeado que permaneceu brevemente antes de desafazer-se em ar. Talvez o senso de direção de Yoshiro e Sapphire não fosse aguçado, mas aquilo não poderia ser coincidência, principalmente se reparassem a região onde estava: bem em cima de Dreamy Lake.

— Ha! Então aí está você! — uma voz masculina ecoou por detrás de uma barraca próxima, revelando ser de um jovem-adulto vestido em sobretudo, direcionando as palavras ao pequeno elétrico; este, por sua vez, pulou no colo de Yoshiro, escondendo-se dentre o casaco da treinadora — Para de brincadeira, vem, vamos embora logo. — o tom brincalhão do homem quebrava, dando lugar a uma tonalidade mais séria, quase nervosa — Esse Pokémon é meu, você pode me devolver? P-Por favor.



Progresso da Rota :




_________________
Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 WCU65Ru
Awards :

descriptionWhen the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 EmptyRe: When the bonds are good, the rest don't matter

more_horiz
Não sei ao certo quanto tempo passamos ali. Poderia ter sido minutos ou horas, eu não conseguiria dizer a diferença. Permaneci quieto, abraçado à minha treinadora, enquanto ela se recompunha. Aos poucos seu choro diminuiu e, embora a garota ainda tremesse um pouco, notei que agora era devido às gotas de chuva que acertavam-lhe o corpo. O tempo estava outra vez esfriando… embora não me incomodasse, poderia fazer mal a um humano. É uma espécie bem frágil, afinal.

Melhor irmos atrás de um lugar mais protegido, Yo.”  Com delicadeza, desvencilhei-me dos seus braços e virei-me para procurar por algum abrigo. No entanto, a primeira coisa que meus olhos encontraram foi uma estrela cor-de-rosa balançando de um lado ao outro bem na nossa frente. Pisquei, só pra garantir que estava vendo direito. Acho que aquele Power Gem acertou minha cabeça com mais força do que pensei…

Pela primeira vez desde que se sentara ali, Yoshiro ergueu os olhos, atraída por aquele tão curioso penduricalho. Ficou encarando, confusa, aquele pequeno felino azul e preto o qual, por alguma razão, havia decidido que os musgos do banco dariam uma bela salada. Não me parece tão apetitoso assim, mas quem sou eu para julgar? Só sei que a presença daquele leãozinho ali conseguiu, surpreendentemente, trazer um pequeno sorriso ao rosto da minha treinadora.

- Você é uma gracinha… - Comentou, com uma voz ainda meio embargada, embora já não estivesse falhando como antes. O felino, aliás, não parecia incomodado com a nossa presença ali, apenas continuou mordiscando os musgos enquanto lançava um olhar curioso à Yoshiro, quase como se pedisse permissão. Aquelas orbes róseas eram muito chamativas… fizeram-me lembrar das águas de mesma tonalidade sobre as quais navegamos, no que parece ter sido muito tempo atrás. - Fique à vontade, pequeno. - Assentiu, deixando escapar um “awn” pela fofura daquele Pokémon.

Ótimo, agora como vou arrastar ela pra longe daqui? Balancei a cabeça em negação, sabendo que Yoshiro se recusaria a sair daquele banco enquanto o leãozinho estivesse por perto. A atenção da garota estava fixa no pequeno, parecia encantada por ele. Isso frustra um pouco meus planos de tirá-la da chuva… no entanto, pelo menos deu a ela algo para se distrair, então acho que não posso reclamar.

Tudo parecia tranquilo, até que um grito agudo ecoou pelo parque, fazendo-me levantar num pulo. Yoshiro me olhou, também sobressaltada, mas as outras pessoas por ali mal pareceram notar. Talvez aquela loira só tenha derrubado mais um azarado no lago… será que estamos tão perto assim da casa dos espelhos? Meu senso de localização não é dos melhores, pra ser honesto.

Fiquei ainda mais confuso quando o felino encarou os céus, onde pude perceber que havia algo  estranho nas nuvens. Uma delas estava mudando de cor, até ficar… roxa? Ou tem alguma tempestade muito bizarra a caminho daqui, ou há algo maior acontecendo. Preferi optar pela última opção. Primeiro um Pokémon com partes do corpo de um intenso cor-de-rosa, agora isso? Só existe um lugar em que tais fatos fariam sentido…

- Eu não estou imaginando coisas, né…? - Murmurou a garota, e eu apenas balancei a cabeça negativamente. Yoshiro parecia prestes a dizer mais algo, todavia, uma voz desconhecida se sobrepôs à dela. Um outro humano surgiu na nossa frente, parecendo falar com o felino que encontramos.

Assim que viu o rapaz, a menina limpou o rosto com o antebraço, tentando esconder qualquer sinal de fragilidade. O leão em miniatura, por sua vez, pulou para o colo da menina e tentou se esconder dentro do casaco dela. Não é uma reação muito normal, principalmente diante daquele que se auto intitula como o treinador dele… esse cara com certeza aprontou alguma coisa, não fui com a cara dele.

- Desculpe, moço… mas se é seu Pokémon, por que está se escondendo de você? - Yoshiro abraçou-o protetoramente, também parecendo desconfiada. Dei um olhar aprovador para ela, e depois direcionei minha atenção para o recém-chegado, colocando no rosto minha melhor expressão de “se você chegar mais perto da minha humana, eu te meto um Water Gun na cara”. - Sapphire, não encare ele desse jeito! - Raios, Yoshiro, me deixa parecer durão! -  Desculpe por isso… e-enfim… não posso lhe devolver o que não me pertence, moço. É ele quem deve querer ir. - Balançou a cabeça, negando o pedido do rapaz, porém seu tom de voz era bem pacífico e mostrava que ela não queria briga. - Se este pequeno veio me pedir proteção, não posso negar. Espero que entenda…

E baixou a cabeça, em um claro pedido de desculpas. Eu preferi virar a cara, frustrado pela atitude dela. Puxa, Yoshiro… não é desse jeito que você vai conseguir impor moral algum dia, sabe?  


When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 PCP607                      When the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 PCP613
                                                                      40/40                                 34/40

descriptionWhen the bonds are good, the rest don't matter - Página 12 EmptyRe: When the bonds are good, the rest don't matter

more_horiz
privacy_tip Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos