005 — Relaxando

OFF: Ei, galera! Entrando rapidinho pra trocar o Egg de Blitzle do Storage pelo de Timburr do Igneel. Trocar contatos com ele também e por favor lembrar dos bcs \o/

Ao sair de Rinshin, eu seguia voando direto para Mauville de novo onde me encontraria com Igneel. Eu sobrevoei o espaço da cidade até conseguir ver um homem com feições parecidas, comparando com as lutas da Battle Tower que eu vinha assistindo.

- Igneel! - Dizia, quando Vikavolt pousava e eu descia de sua cela. - Finalmente te achei! Cara, Mauville é gigante, quase que não te acho aqui. - Ria, enquanto esfregava a mão esquerda na nuca. Em seguida, tirava o Ovo de Blitzle da mochila e oferecia ao garoto. - Aqui esta!

Receberia o ovo de Timburr, trocaria contatos com ele em seguida e me despediria do jovem.

Não há muito do que delongar acerca da viagem. Ao fim do passeio no parque, a dupla — mais unida do que nunca — se dirigia em direção ao aeroporto de Goldenrod, a magnânima metrópole de Johto. Já no entardecer, as luzes começavam a cintilar pelo redor da cidade reconstruída com todas suas belezas e esplendores, sendo a iluminação em contraste ao céu pouco estrelado e azulado em contraste à energia luminosa que banhava as ruas pavimentadas e movimentadas. O caminho não fora tão custoso assim, e sem interrupções, tomavam um voo de volta a Hoenn.

A parada era a cidade de Mauville, o último lugar em que estiveram antes de saíram a passeio ao continente reconstruído. O voo não demorou tanto, mas ainda assim, a loura sucumbiu à exaustão e se deitou sobre o ombro do treinador; durante o trajeto, ascendeu ao mundo onírico, seu tórax, manso, movimentando-se harmonicamente com a calma que transpassava naquela feição angelical de olhos cerrados. Nicholas mergulhava em seus infinitos planos e a possibilidade de pisar próximo à sua terra natal acalentava seu âmago, injetando um pouco de esperança à alma que, apesar de revigorada, ainda tinha cicatrizes de suas primeiras experiências nas tropicais terras de Hoenn.

Sem muito o que dizer também: Emma acordara e ambos se dirigiram à saída do recinto, sentindo a diferença gritante entre a temperatura abafada de Mauville e o ar condicionado gélido no interior da aeronave; os corpos se adaptaram à nova temperatura, nada demais. Nicholas arqueou o seu pokénav, utilizando o sistema de GPS integrado para traçar um caminho até o dito Restaurante Lua Nova, recinto que estiveram antes para retirar alguns utensílios.

Era apenas a segunda vez vagando pela cidade. Com o passar do tempo, a cidade — apesar de grande — seria familiar aos dois. Calcorrearam em passos morosos pelas calçadas de Mauville, até chegar à fachada do restaurante.

Adentraram ambos, com Nicholas fazendo a retirada de alguns itens em seu nome de um dos membros da sociedade deixara em seu nome. Recolheu-os, guardando-os em sua mochila. Estando prestes a sair, a mão de Emma repousara em seu ombro.

— Não vai nem tomar um banho antes de viajar de novo, porquinho? — brincou, rindo logo em seguida. A mão destra da loura viajava até a nuca do treinador, puxando-o, gentil, até próximo de seus lábios; como de costume, selavam um demorado beijo de despedida. — Eu vou tomar um banho e aí vou descansar porque tô bem cansadinha, tá bom? E me manda mensagem quando for possível.

— Pode deixar, vou tomar um banho antes — retrucou, rindo também, roubando um derradeiro roçagar de lábios de Emma. — Mando notícias, e depois vê se não esquece de contar como foi com a sua amiga, ouviu? Tchau.

Tornou as costas na direção dos dormitórios. Escolheu um quarto para si e tomou um banho, com um pouco de pressa, apenas para eliminar qualquer resquício de sujeira ou odor desagradável; seria uma longa viagem até Kanto, afinal. Vestiu-se com seus trajes corriqueiros, indo na direção da rua.

De lá, fora ao centro pokémon e fez alguns ajustes em sua equipe, dando algum descanso ao seu inseto alado e resolveu levar consigo a joia recém-capturada em Johto; ensinou também à lesma um dos movimentos adquiridos no National Park, que abria um leque ofensivo diferente do que Shellos sabia outrora.

E logo volveu às ruas.

Em um canto remoto do restaurante, o louro soube de que um dos líderes estava ainda na cidade, e este tinha consigo algumas técnicas que seriam muito úteis, tanto que o próprio fizera questão de procurá-lo antes mesmo de volver à sua terra natal e desbravá-la — como sonhou quando era menor.

Em meio ao céu começando a se tornar escuro, um foco de luz, repentino, clareava um beco pouco mais à frente de onde o louro caminhava. Ergueu a mão direita na altura dos olhos e semicerrou as suas pálpebras para que o súbito clarão não ofuscasse por completo seu campo visual. Assim como ele surgiu, cessou.

Mas apenas em tempo o suficiente para um bando de roedores elétricos que açodavam em sua direção. Desconfiado, apenas ergueu a sobrancelha; nesse ínfimo intervalo de tempo, um avanço inesperado por uma das criaturas jogou-o para trás como força reduzida. As pernas, outrora tesas e firmes rente ao chão, sentiram ao abalo, tropegando; não é custoso lembrar que, apesar da melhora do louro, sua perna ainda não estava curada em sua totalidade. Com isso, acabou tropeçando no membro oposto, caindo sentado no chão sobre uma acumulação de água de chuvas passadas enquanto os monstrinhos seguiam cidade adentro.

Respirou fundo, e aquela inspirada pesada indicava a falta de paciência de Nicholas mesmo com um evento corriqueiro.

— Mas que caralho, agora por causa desses merdinhas eu vou ter que voltar e trocar de roupa — resmungou enquanto se levantava, vagaroso, batendo sobre sua roupa algumas vezes.

De pé, ergueu a sua fronte para frente onde a figura de um rapaz próximo à sua idade jazia — quiçá espreitando os roedores. Contudo, sua descrição física era parecida com o que lhe fora dito ainda no restaurante; provavelmente, era ele quem estava procurando.

— E quem é você? Já adianto que não estou com paciência — inferiu, sisudo, cruzando os braços e dando dois passos a frente, aguardando a resposta a seguir.

A nostalgia trabalhava a pressa com que o louro gostaria de achar o dito garoto, e ao ouvir seu nome, ficara claro de que era ele quem procurava: Igneel Scarlet, que apesar de sua idade, ainda ostentava algumas insígnias e colecionava técnicas portáteis que poderiam ser úteis ao time do louro. O treinador de escuras madeixas fazia algumas perguntas acercas do bem estar de Nicholas, que as ignorava, afinal, pensava apenas em conseguir os TMs e partir para Kanto o mais rápido possível.

Em pé, vagaroso, deu alguns passos à frente, resolvendo por não responder às inúmeras indagações feitas por Scarlet; pelo contrário, prezava pelo pragmatismo e uma interação sucinta. Ora, ao conhecer Vanyo e o líder, agiu de mesmo modo: sempre frio e curto em seus dizeres — fazia exceções à Emma, mas, sejamos sinceros, quem é que não faria?

— Nicholas, e serei bem breve também — aproximou-se em passos morosos do outro treinador ao lado da última forma de seu inicial. — Soube que você tem alguns TMs, e apenas quero ensinar aos meus pokémons. Assim que me passar as técnicas, estará livre.