Duraludon, estou de volta meu querido!

Cada um decidiu tomar um rumo diferente para sair dali. Enquanto Katakuri ganhava os céus junto com suas aladas, tendo uma saída dramática com direito a terra na cara das autoridades. Já Nico ficava para trás, tendo que viajar de jeep com mais algumas pessoas aleatórias, por uma trilha na floresta que contornava o local do acidente.

Naquele meio tempo o ruivo deixaria para trás as poucas lembranças da moribunda, que seria sim encontrada pelos guardas e pelo guia, que insistiriam em buscar quem quisesse aquele mesmo transporte. A vítima não teria lembrança de ninguém, só da xícara tentadora; mesmo que tivesse, o rapaz que a ajudou parcialmente já estava longe agora.

Logo a Rota 10 se apresentaria aos Requiem caçadores. Muito diferente do lugar anterior, bastante arborizado, esta passagem aqui era marcada pelo clima litorâneo que Katakuri amava! Cheirinho de mar, ondas, sol! Uhm... Chega a manteiga derrete (literalmente). De um lado, o oceano. Do outro, um pequeno trecho de praia com um resquício de floresta. No meio, um longo caminho de pontes e píeres.

Talvez por ser um ambiente mais aberto, aqui dava pra ver melhor a quantidade de pessoas que circulavam, e não eram poucas não. Tinha gente só pegando sol, mesmo com o risco de achar um Pincurchin da pior maneira possível; pescadores eram uma grande maioria por ali, assim como treinadores. Mas estes últimos se mostravam perdidos e aflitos, tendendo a se afastarem ao máximo das multidões em busca dos espécimes raros que tanto desejavam por aqui. Desta vez, de Alola!

Ran & Kata - Zoo trouble! - Rota 12

Assim que se encontraram num dos píeres, decidiram que se afastar da multidão era uma das melhores opções, até para que pudessem localizar melhor alguma coisa. Katakuri ainda ia além, ordenando que as voadoras buscassem outras pistas lá de cima.

Seja píer, ponte ou passagem elevada, o trajeto único desta rota não era assim tão mais alto que o nível da água, afinal essa área em particular era bastante rasa, tanto que as embarcações nem se atreviam a se aproximar demais. E é esse detalhe da profundidade que permite que, em algumas partes, seja possível enxergar um pouco do fundo, através da água azul. Fora, é claro, as faixas de areia que ficavam sob as plataformas.

Foi necessário que Nico e Kata parassem de caminhar para que pudessem escutar sons de algo colidindo abaixo deles, sob o píer de madeira onde estavam. Logo abaixo havia um destes casos em que a porção de areia era mais elevada que o nível da água, formando uma pequena "ilhota". Olhando pelar bordas não tinha como visualizar muita coisa, mas a fonte do barulho em si não saía do lugar.

Lá do outro lado, a alguns metros de distância do complexo de pontes, onde a estreita faixa de areia permitia o crescimento de uma pequena e peculiar floresta, as dragoas localizavam alguma coisa. Sobrevoavam a área para que Sindra pudesse discernir melhor o que havia, mas nada concluíam. Contudo, tinha um ar de curiosidade e apreensão ao mesmo tempo... De certa forma, pareciam estudar se o local era seguro ou não. O que acharam ali?

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Deixando Nico para trás, Katakuri avançava até onde suas Pokémon estavam. Me deu a entender que estava com pressa e disse apenas que correu, então vou supor que, de uma forma teatral, o Mestre de Dragões saltou por cima da grade baixa de proteção do píer, caindo com os pés enterrados na areia molhada e, depois, correndo por trechos de água rasa. Que bom que ele era alto, então molhava só um pouco acima dos joelhos.

Quando chegou à praia, Visenya já não estava mais à vista, tendo pousado numa árvore mais próxima do achado, então era Sindragosa quem lhe servia de guia. Ainda bem que a terra aqui nessa parte era mais escassa, então logo Kata atingia a parte mais firme, onde as árvores começavam a se erguer, e era ali também que o frio começava.

Podia ser só um efeito da brisa marítima num corpo molhado? Podia. Só que no fim mais parecia uma porta de geladeira aberta... E quanto mais ele se aproximasse, mais essa sensação se estenderia. A vegetação ao redor também se mostrava progressivamente mais escura e seca, o que era bem bizarro considerando o padrão da região.

Algum fenômeno muito estranho acontecia ali, e Visenya logo surgia, se esgueirando por entre as árvores ao ver seu treinador. Tinha o cenho cerrado para o que quer que estivesse no centro daquela friagem bizarra, logo na praia!


Nico em seu píer encontraria pouco mistério para desvendar, além de ser bastante prático para solucionar os mistérios que se mostravam. Tentar se debruçar para olhar o que havia embaixo não adiantava muito, infelizmente, porque o objeto que se colidia com o chão não estava à vista. Daí, o som contínuo e a presença de água em si lhe levariam a convocar Lamora mais uma vez para auxiliar.

Os poderes psíquicos do Pokémon teriam uma dupla função. A primeira era a de retirar o objeto lá do fundo e mostrá-lo à Nico, o que não seria uma tarefa fácil, pois realmente havia algo preso lá embaixo, e Lamora precisou descer até uma parte de areia para enxergar melhor o alvo de sua telecinese. Aí entra a segunda função de seus poderes...

Mentes humanas muito provavelmente não compreenderiam o diálogo que se sucedia entre os telepatas. Ah, sim, pois havia um telepata lá embaixo. Ou melhor, seis! Lamora os colocou todos no píer quando voltou para a superfície: Exeggcute estava preso em uma rede de pesca até então, mas já se libertava assim que o Alakazam desfazia sua telecinese, já em chão firme diante de Nico. Mas os ovos não pareciam nada contentes com a presença do humano, principalmente depois de terem sofrido por conta de uma armadilha humana! Eles se agitavam, um sexteto de expressões raivosas e intimidadoras...

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