chlorine - slateport city

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Progresso- Mahiro:

Progresso - Timothy:

Era um espetáculo e tanto. A luz provindo do ovo que começava a espalhar cascas abaixo. Era como presenciar a evolução de um Pokémon, mas melhor, o nascimento. Porém aconteceu algo que ofuscou a chegada de Sandile ao mundo, um pequeno ser aparecia der repente a interagir com o pequeno jacaré.
Mahiro ficou espantado com a presença daquele Pokémon e procurava ao redor se alguém poderia ser seu dono. O treinador não conhecia sua origem, não era um Pokémon comum de se ver. Sua aparência branca e com um formato de cabeça que lembrava uma estrela.

No entanto o ser parecia inofensivo, e interagiu com o pequeno jacarézinho. Logo mexeu suas pequenas mãos e algo aparecia nas mãos de Mahiro, um apetrecho, semelhante àquele que Timothy vinha equipando em seus companheiros.
Muito confuso Mahiro solta um: _ Obrigado... Eu acho?

Enfim, a cápsula que prendia o Pokémon de Mahiro finalmente se desmaterializava, revelando o Pokémon réptil que há tanto tempo não via em sua frente. A pele marrom, as listras e os olhinhos que lembravam óculos não enganavam ninguém; era, de fato, um Sandile! Timothy e seus Pokémon já estavam animados para interagir com o bicho, não fosse por outra fonte de luz que tomava a atenção de todos os presentes ali.

Era uma criatura humanoide muito pequena, menor até do que o Purrloin nos braços do menino, que acabara de nascer. Ele tinha um corpo de coloração esbranquiçada, e a sua cabeça era coberta por uma estrutura amarelada, que lembrava uma estrela. Ela tinha duas formas serpentinas nas costas do bichinho, mas o que mais chamava a atenção eram os seus olhos grandes, expressivos e, aparentemente, muito carinhosos. Parecia ter se aproximado para testemunhar o nascimento do Pokémon noturno de Mahiro!

- Esse Pokémon parece... Especial. - Timothy não conhecia Jirachi das lendas, talvez por não ser nativo de Hoenn ou por não participar de um grupo de pessoas que o tomasse como símbolo, mas conseguia sentir. Ele e os seus Pokémon. O psíquico em sua frente tinha uma aura distinta, era algo diferente de tudo que tinham visto em sua vida. Era como se a presença daquele pequeno Pokémon trouxesse tranquilidade para os corações do garoto e dos seus Pokémon, trazendo uma súbita esperança e alento para as suas almas.

Ele materializava nas mãos dos treinadores dois presentes; braceletes iguais aos que o menino estava usando no treinamento dos seus Pokémon, um idêntico ao que Leo vestia antes para o seu colega, e um de cor azul para Timothy. Talvez aquilo fosse um sinal? Que estava seguindo o caminho certo em melhorar o treinamento dos dois com aqueles apetrechos? Assumiu que sim, enquanto também sentia a sua bolsa ganhar peso com mais objetos que surgiam lá dentro. E, bem, o seu coração estava quentinho.

- Desculpa, mas eu não conheço o seu nome. Se importa se eu aprender agora? - Sacava a Pokédex do seu bolso com discrição, usando o objeto com parcimônia na direção do psíquico, ainda vislumbrado. Dessa forma, descobriu que aquele bichinho se chamava Jirachi, e só aparecia em ocasiões especiais para realizar os desejos dos humanos. Uma criatura que só existia informalmente, nas lendas. E que, também... Ele acordava através do canto de uma voz pura. Isso lhe deu uma ideia.

- Jirachi, estes são Leo, Lucina e Purrloin, meus amigos. E estes aqui... - Explicava, sacando as outras Pokébolas que tinha consigo e liberando seu Vileplume e a Shellos no chão, que também ficavam impressionados com aquela presença especial diante de si, e Rishon, que ficava na cabeça do garoto e piava para o gatinho que ainda não tinha visto como cumprimento, antes de perceber a presença do metálico, pairando na sua direção para conhecê-lo com os seus felizes sons, antes de voltar aos cabelos de Timothy. - São Maokai, Shelly e Rishon. Acho que eles te conhecem melhor do que eu poderia - Sorria, entendendo a natureza daquelas criaturas. Hiro parecia meio confuso, então o apresentava, também - Esse aqui é o Mahiro, ele é meu amigo. E esse no ombro dele é o Gekido. E o Sandile, mas ele ainda não tem nome, pois acabou de nascer - Tinha uma expressão sorridente que não podia controlar, talvez uma alegria de criança que já não sentia há muito tempo, desde que decidiu se tornar um treinador. Sabia que aquele era um momento especial.

- Muito obrigado pelo presente, Jirachi... Ri, pode cantar uma canção? É o mínimo que podemos fazer em troca. - Pedia para o seu Pokémon emplumado e, ora, era o que ele fazia de melhor, então tratou de limpar a garganta e começar a entoar uma canção que também era muito especial para Timothy, não sabia que o seu Swablu conhecia essa. Talvez tivesse escutado enquanto o menino dormia com os seus fones de ouvido outro dia. E, apesar de feliz, aquela música sempre lhe dava um nó no coração. O sorriso se torceu um pouco, tentando conter aquela alegria inescapável que a sequência de eventos lhe trouxe antes que ela se materializasse em lágrimas. Mas um suspiro que deixava escapar diante daquilo lhe deixava bem claro que falharia na sua tentativa logo, logo.

Mahiro se aproximou para perto de Timothy, para poder bisbilhotar o que lhe aparecia em sua pokedex. Ficou surpreso em descobrir que era um pokémon raro. Era um Jirachi Mahiro, pela mor de deus, como tu não conhece essa lenda? Tu estudou até os quinze anos e não aprendeu sobre os lendários? Enfim...

Timothy apresentou-se junto de seus Pokémons para para o pequeno ser. Mahiro pegou o Sandile recém nascido no colo e se apresentou também um pouco sem jeito. Croagunk batia continencia para o pokémon místico sem mudar muita sua expressão ou pensar em largar do braço de seu treinador.
Rishon, o Swablu então começou a entoar uma delicada canção, provinda de um game dos anos 90. Sandile pareceu curtir a musica do passarinho e começava a abanar seu rabinho. Parecia ele feliz.
Mahiro notou que Timothy estava um pouco emocionado com aquela situação. Resolveu passar a mão em seu cabelo, o espalhando.
_ Qualé, Tim? Diz a pokedex que ele pode realizar desejo. Que tal tentar algo?

Apesar de sugerir, Mahiro era ingênuo demais pra saber o que pedir. Poderia ele pedir riqueza, fama, sucesso. Mas não lhe vinha essas coisas em mente, e sim coisas como saúde? Paz? Qualé guri, pensa em algo decente, é um Jirachi, p#@, ele não vai aparecer pra você outra vez.

Diante daquele momento, Hiro parecia um pouco mais contido, olhando para a Pokédex de Timothy com discrição e se apresentando, também. Talvez fosse por ser mais velho, menos impressionável...? Bem, ele servia como uma voz da razão ali, acompanhado do seu recém-nascido Sandile, que parecia bastante feliz com aquele momento. Purrloin, o outro recém nascido, era todo animação com a mágica reunião que acontecia naquela tarde.

Tipo, a presença do Jirachi era certamente animadora e marcante para Timothy, mas o que lhe pegou no contrapé foi a canção escolhida por Rishon para presentear o Pokémon místico. Era realmente muito especial para ele, sabe...? Quase como se fosse perfeitamente selecionada para aquele momento. De certa forma, o pássaro tinha uma conexão muito forte com o seu treinador, de uma maneira que, talvez, nenhum dos outros Pokémon dele tinha. Talvez por ele mesmo ter sido um presente, ou o primeiro Pokémon que Timothy assistiu nascer. E, bem, inevitável como era, uma trilha formada por uma ou duas lágrimas desabafava a emoção que tinha sentido com aquela incrível coincidência.

Por sorte, Mahiro estava ali e servia quase como um irmão mais velho, o afago ajudava bastante a recompor a postura. A expressão se torceu por um momento, respirou fundo e limpou os olhos e o rosto com as mãos e a barra da camisa, tentando reestabelecer o compasso emocional antes de falar qualquer outra coisa. Quando Mahiro mencionou a parte que Jirachi podia realizar desejos, Timothy ficou um pouco surpreso, pois talvez tenha sido a parte em que menos prestou atenção.

- É verdade... Mas eu não saberia o que pedir, sabe? - Pensava alto, olhando para o chão, um pouco encabulado. Andava bem mais feliz do que o normal, com a companhia e o crescimento dos seus Pokémon, o sentimento confortante de pertencimento que tinha adquirido ao conhecer as pessoas com que deu forma à sociedade da qual participava, a reconfortante sensação de saber que tem para onde voltar como casa, e os laços de amizade que andava melhorando com outros colegas treinadores. Natalie, Nicholas, Blake, Miranda, Mahiro... E tantos outros com quem andava interagindo. Isso era muito mais do que podia pedir.

- Jirachi... Tem uma coisa que eu quero te pedir. - Teve uma realização, por um momento. Estava bastante satisfeito com o estado atual da sua vida e rotina, e feliz com o horizonte do que podia fazer... Sendo assim, achou justo imaginar que aquilo devia ser compartilhado. Talvez um pensamento bobo em um mundo de individualismos e posses, mas Timothy era só uma criança, não pensava em nada disso. Apesar dos seus problemas com auto-estima e introversão, andava com mais fé na humanidade do que nunca. Deu um passo para frente na direção daquele Pokémon, e olhou diretamente nos seus olhos, aquele sorriso frouxo ainda estampado na sua boca. - Você pode... Fazer outras pessoas felizes, como você me fez agora? Acho que é tudo o que eu quero. - Para uma criança tão jovem, Timothy tinha muito mais do que poderia imaginar. E pediu algo que julgava ser mais do que o suficiente.

Timothy era bastante emocional, e Mahiro ficava encatado de sua relação com Swablu. Talvez não sofrera tanto impacto com a presença de Jirachi pois já passou por tanto evento aleatório até aqui, que aquele acabara sendo mais uma adição (evento do Celebi).
Ficou imaginando que Timothy pediria pra se tornar forte, pra que seus pokémons evoluissem, talvez até por mais apetrechos. Mas Timothy pareceu sincero ao pedir que pudesse o Pokémon proporcionar que outras pessoas pudessem ficar felizes com sua visita.
Mahiro ficou corado por um momento, sentindo um calor no coração pelo pedido do garoto. Achou egoísta qualquer pensamento que teve, pois era pedidos para si, sua família, e não para o mundo.
_ Então faço do meu pedido o mesmo. _ Sorriu. _ Que você encontre crianças e adultos na escuridão e os leve esperança pra um mundo em que muitas vezes parece sem solução. Se este é o seu poder, é o que mais desejo agora.
Tu pediu isso mesmo? (respira)... Ok, não vou te xingar, foi bonitinho.

Pegou Sandile e o levantou ficando cara a cara com o recém nascido.
_ E quanto a você, que nome gostaria de ter? Algum sugestão, Timothy?

Depois de dizer em voz alta o seu pedido, Mahiro pareceu um pouco surpreso. Como bom adulto que era, talvez tivesse pensado em pedir dinheiro, ou mais poder, ou até mesmo uma betoneira industrial ou outro objeto de valor...? Bem, algo na fala de Timothy pareceu tocar o seu coração naquele momento, talvez pela inocência do pedido. Ele fazia o pedido para Jirachi do fundo do seu coração, então talvez essa conexão foi a responsável por aquela reação.

De acordo, ele acabou seguindo a onda e fazendo um pedido similar, talvez com mais detalhes no discurso... Mas era uma boa coisa para se pedir para um Pokémon tão benevolente. Jirachi levava alegria e esperança por onde passava, e era simplesmente muito justo que aquele poder fosse compartilhado com todas as pessoas que fosse possível. Quanto mais gente atendida por Jirachi, mais gente contente!

Timothy sorriu para Mahiro com a sua fala, meneando a cabeça positivamente, apesar do Jirachi em si ainda não ter respondido de forma alguma. Talvez estivesse pensando em uma boa forma de responder? Bem, Mahiro não perdeu tempo, e partiu para pensar no seu terrestre que tinha acabado de nascer. Verdade, Sandile estava entre nós agora! Era um bebê e precisava de atenção, tal qual Purrloin teve antes. E que vida boa para o Purrloin até agora, hein? De um Maid Café fofo para um encontro com Jirachi. Uma vidinha deveras abençoada!

- Hmm... - Pensou nas características da espécie e nos seus aspectos, e um único nome lhe surgiu na cabeça. Sorriu, antes de fazer a sua sugestão - Tem um nome que veio a minha cabeça... Se eu tivesse um Sandile, chamaria ele de Vector, com certeza! - Mencionou o nome que tinha pensado, que, por alguma razão, lhe trazia a cabeça os répteis que se assemelhavam tanto ao noturno. Todavia, não sabia se era lá um nome muito bom!

Timothy deixa a sugestão em chamar Sandile de Vector. Mahiro ficou meio pesantivo.
_ E que tal Cookie? _ Sugeriu ao bebê.
Nesse momento Sandile pareceu desgostar e cravou seus dentes no coro cabeludo de seu treinador.
_ AAA! _ Urrou. _ Tá bom, sem Cookie! Vector. Você gostou de Vector?
Sandile então soltou a cabeça de Mahiro e voltou a o encarar, abandonando o rabo. Croagunk não se aguentava e perdia o fôlego de tanto rir. Se soltava do braço do treinador e ia em direção ao pequeno, lhe indicando para bater em sua mão. High 5!

Croagunk também paga de intrometido e vai até a mochila de Mahiro que estava no chão. A derruba e entra dentro, procurando algo. Volta com um par de óculos escuros e o presenteia o pequeno. Este não entendia muito o porque, mas agradecia. Conseguia olhar em todas as direções sem ter que se preocupar com a forte luz do Sol, e ficou bastante contente.

_ Hey, esse papel deveria ser meu!

Mahiro notou que da mochila cairam alguns plaquetes coloridos. Conhecia este como "shards", mas não lembrava de ter tantos.
_ Ué, de onde veio isso? Coisa do Jirachi também? Ual, ãn... Obrigado? De novo?
De certo nem eu mesmo, narrador particular do Mahiro, sei a origem desses objetos. Mas acho que está tudo bem em recebê-los.

Depois da sugestão dada por Timothy, Mahiro tentou sugerir um nome para o gavial que fosse mais... Infantil, talvez? Um nome que fizesse sentido para a aparência de recém-nascido do bichinho, mas pelo visto ele não quis nem saber, deixando isso claro com uma mordida no cocoruto do seu treinador. Ainda bem que seus dentes não deviam ser desenvolvidos o suficiente, senão aquilo doeria ainda mais!

- Ah, tem isso. A mordida do Krookodile é tão poderosa que pode esmagar a carroceria de um automóvel... Cuidado com isso quando ele crescer, hein? - Explicava, meio preocupado com o bem estar do seu colega. Não que achasse que aquele bebê podia comprometer a sua integridade física, mas era bom educá-lo para evitar que fizesse aquele tipo de coisa com frequência, antes que a cabeça de Mahiro virasse um chiclete de tripas.

Enquanto Gekido tinha um momento fofo com o bebê, lhe dando de presente um par de óculos escuros que ficaram muito bons nele - Tinha aprendido rápido sobre a informação que Timothy compartilhou! - Swablu elogiava a aparência do bichinho com o adorno usando a sua voz, e Purrloin fazia o mesmo, com um miado. Era um momento de confraternização legal entre os Pokémon ali, e o Croagunk ignorou até o calor da calçada para fazer algo legal nos primeiros momentos de vida de Vector. Isso era muito legal!

- Ah, nossa... - Conferiu na sua bolsa, e o peso a mais que tinha sentido era idêntico ao de Mahiro; vários pedaços de minério coloridos, que certamente tinham grande valor. Timothy tinha usado eles antes para fazer diversas compras quando visitou o National Park e sabia que eles tinham toda sorte de usos interessantes. - Obrigado, Jirachi! Vai ser muito útil pra gente, com certeza. - Agradecia mais uma vez ao psíquico, animado.