[02] - Welcome to Kanto! Swarm time!

A viagem para Kanto tinha sido longa, e o garoto de Oldale não conseguiu dormir muito no trajeto. Passou a maior parte do tempo desenhando seus pokémons e tentando especular a respeito do que haveria de tão diferente na região vizinha para tantas convocações de treinadores.

Agora que havia descido nas imediações de Lavender, fazia uma pausa e guardava sua equipe de volta nas pokéballs. Preferia analisar o terreno sozinho por alguns instantes, para poupar a energia de seu time o máximo possível.

— Ok, ok. Vamos pensar, Aspen. — As engrenagens giravam em sua cabeça desesperadamente. — Se você fosse um pokémon exótico sumido, por onde iria se esconder?

A situação era um pouco mais complicada por serem pokémons desconhecidos. O garoto de hoenn não possuia nenhuma pista que pudesse ajudar naquele tópico, infelizmente... mas faria o seu melhor para resolver aquilo.

Sua missão era clara. Capturaria estes pokémons, aprenderia com eles... e teria mais evidências de que era um treinador razoável para ser contratado como pesquisador. Aquela oportunidade era uma variável que podia ser fundamental para sua carreira.

Marlow encarou os arredores, procurando pessoas ou indícios que pudessem guiá-lo.

Algum tempo se passou. O garoto foi em direção a algumas das pessoas de apoio, que estavam ali no intuito de distribuir folhetos e observações pertinentes.

Alguns depoimentos curiosos de pegadas e coisas estranhas eram audíveis aqui e ali. Não que tudo fosse verdade, óbvio. Alguém com um senso crítico saberia duvidar da veracidade das informações.

Nesse instante, ele revirava alguns dos mapas. Eram meio bagunçados, mas... serviam ao propósito.

— Acho que podemos subir rumo a outras áreas... — Ele riscava os trajetos com uma caneta, circulando pontos interessantes. — Mas antes, é bom investigar os depoimentos nas imediações urbanas.

Ele não queria perder nenhuma evidência.

Aparentemente, ninguém estava muito afim de ajudar. A maioria das pessoas com quem o garoto cruzava acabavam parecendo treinadores também, o que levava a crer que tinham motivos próprios para aquilo. Afinal, quem iria sair distribuindo informações sobre pokémons raros de graça?

Foi então que a garota apareceu, e se dirigiu a Aspen.

— Todo mundo só está interessado em capturar os Pokémon, basicamente por ganância, não existe nada de bondade aqui...— Ela disse. Havia certa melancolia em sua voz.

A garota era alta, loira e não parecia ter o mesmo ânimo dos demais para os ocorridos. Marlow não pôde evitar de pensar que ele também tinha alguns motivos egoístas para fazer aquilo. Mas... sua causa era nobre, certo? Ele iria ajudar aqueles pokémons como possível.

Ele apenas assentiu. Quando ela então o perguntou a respeito de suas dúvidas, ele começou a listá-las.

— Os pokémons que estão por aqui... você sabe de que região eles vêm? E se estão havendo problemas nos arredores? — O rapaz a encarava diretamente nos olhos, sem hesitar. — Eu preciso de um norte se for fazer alguma coisa.