#Cinnabar - Pleiteando um estágio!

Swampert - Power Belt
Luxio- Lucky Egg
Eevee -
Litwick - Leftovers
Nydon - Power Lens
Froslass - Power Band

Só mesmo uma reviravolta absurda, nível Jirachi, pra fazer com que essa batalha precisasse de todas estas oito ordens de movimentos. Se eu queria fazer algo nesse nível? Queria, não vou mentir. Mas não posso, estou limitadah. Então vamos no basiquinho:

Mais uma dentada veio aí por parte de Gyarados para que Swampert pudesse se colocar na frente de todos e aparar (Bite [-4]). E então seria Luxio a deixar o gigante do mar bem mais fragilizado com sua corrida elétrica feroz (Wild Charge [-32 Gyarados | -16 recoil]) e, enfim, Swampert fortalecido pelo incentivo de Eevee derrubaria o último dos Gyarados (Helping Hands + Rock Slide).

As pedras lançadas eram negras, sendo tiradas do próprio vulcão, e agora faziam uma pequena barreira ao redor das serpentes gigantes. Os primeiros a caírem já tinham sido arrastados para dentro d'água pelo próprio fluxo da maré, enquanto os últimos seriam levados pelo solo (?). Quer dizer, pelo grupo de Corsolas que compunham o recife naquela parte mais rasa da praia. Elas iam se mexendo até conduzirem as vítimas-vilões-vítimas de volta ao seu lar de origem... Vitória para o time de Ayzen!



Campo: Praia vulcânica deserta, noite, próximo ao vulcão. Eletric Terrain 6/6

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

Progresso de rota:

Swampert - Power Belt
Luxio- Lucky Egg
Eevee -
Litwick - Leftovers
Nydon - Power Lens
Froslass - Power Band

Haja coisa pra acontecer por aqui, meua migo.  Ayzen comemorava a nova vitória, é claro, pois apesar de não ter sido tão suada, tinha sido emocionante e amedrontadora, além de ter dado oportunidade pra seu time mirim se provar! E em breve eles não seriam mais mirins... Nenhum deles!

Foi um fenômeno em cadeia que começou com a pequena Eevee para quem Ayzen ofertava a Water Stone, na intenção de transformá-la numa belíssima e poderosa Vaporeon! Depois, Litwick e Luxio também brilhavam. O corpo da vela se arredondava e alargava para os lados, e por sorte ela flutuava senão coitado de Swampert que teria que aguentar mais o peso de Lampent em suas costas. Já Luxio estava no chão e ali permanecia, quadrúpede sim, mas ganhando ainda mais massa, tamanho, porte, imponência. Virava Luxray e rugia!

Eu arrisco dizer que as águas de Cinnabar possam ter um poder ancestral, encantado, misterioso. Foi ela que deu poder e evolução aos Magikarps que passavam um perrengue, e agora era na presença daquelas águas, ali na praia, que os do Ranger também sofriam o mesmo efeito...

Relatório escreveu:
- Luxio Lv. 27 [1233/2492] recebeu 12884 EXP subindo para o Lv. 31 [2723/3517]; +10 happiness [55]
> Evoluiu para Luxray [+2BC]
> Pode aprender Volt Switch

- Litwick Lv. 25 [1191/2097] recebeu 11107 EXP subindo para o Lv. 29 [2707/2960]; +10 happiness [85]
> Evoluiu para Lampent [+2BC]
> Pode aprender Night Shade

- Swampert Lv. 44 [29/9285] recebeu 11107 EXP subindo para o Lv. 45 [1851/9750]; +1 happiness [108]
> +2 Def (Power Belt)

- Eevee Lv. 1 [0/50] recebeu 11107 EXP subindo para o Lv. 22 [1350/1619]; +44 happiness [59]
> Evoluiu para Vaporeon [+1BC]
> Pode aprender Sand Attack, Quick Attack, Baby-Doll Eyes, Swift, Water Gun

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

Progresso de rota:

Swampert - Power Belt
Luxio- Lucky Egg
Eevee -
Litwick - Leftovers
Nydon - Power Lens
Froslass - Power Band

Era realmente emocionante o grande progresso que Ayzen experimentava nesses últimos dias. Não só com seu time principal, mas também com outros companheiros queridos. Parece que sua jornada estava sendo abençoada por um poder quase divino, mítico talvez. Então vamos aproveitar isso!

Voltou até a área do evento pra manter distância de mais riscos como aquele, pelo menos não sem antes deixar sua equipe devidamente preparada para defendê-lo, caso precisasse. Afinal, o loiro não parecia ter um instante de paz pra estudar desde que chegou. Daqui a pouco é capaz dele achar que faz mais sentido se trancafiar no quarto do Centro Pokémon, só pra ver se consegue produzir... Vamos esperar que não aconteça. Não me imagino tendo que narrar as aventuras de um leitor tão compenetrado quanto este.

Enfim, num lapso ele acabava por lembrar de uma pequena promessa feita a uma garotinha loira, mais cedo naquele dia. O palquinho das apresentações parecia lhe chamar de longe. Estava bem iluminado lá, hoje, e tinha uma plateia tímida se formando. Nada acontecia no palco em si, pelo menos não naquele momento em que uma equipe técnica apenas ajustava holofotes e microfones de área. Será que era uma manutenção de intervalo e ele poderia já ter perdido a apresentação de Luna? Ou estavam mesmo se preparando para o início de algo? Provavelmente o panfleto dado na cabine de entrada da área poderia responder essa.

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

Progresso de rota:

Swampert - Lucky Egg
Togekiss- Fairum Z
Ninetales - Power Lens
Ambipom - Power Belt
Nydon - Power Lens
Froslass - Power Band

– Ih rapaz... Luna?! – o balconista até fazia um esforço pra tentar lembrar de nome, mas não conseguia – Eu não vou saber te responder essa. São tantas pessoas por noite... E hoje é show de talentos infantis, então já viu. – no modo automático tirava um panfleto para dar ao Ranger, e ao Swampert ele entregava um sorriso simpático – Oh, já começou sim, mas só tivemos duas apresentações até agora. Aqui entre nós... Na segunda o garotinho fez bobagem e quase destruiu o palco... Demos uma pausa e estamos voltando daqui uns dez minutos. – tinha sussurrado aquela fofoca com receio de alguém que conhecesse a criança ainda estar por perto – Dá tempo de pegar uma pipoca!

Pobre rapaz bem humorado, posto para recepcionar muitas crianças e pais naquela noite. Devia ser um novato no trabalho, com certeza! Mas enfim, não vem ao caso. O importante aqui é o panfleto que tinha os títulos da programação da noite. O primeiro tinha muito cara de feira de ciências e chamava "Charjabug, o Trem-Transformer" - tinha algo a ver com um Charjabug correndo em trilhos e depois virando um robô. Não tinha nada a ver com Luna.

O segundo chamava "O que é isso meu Rotom?". Enigmático né? Mas era nada além de um Rotom sendo exposto a várias aparelhos eletrônicos e, no fim, se descontrolando e afetando os equipamentos do próprio palco, além de ter dado choque em algumas bundas. Tinha cara de algo que Luna faria? Um pouco talvez, com sua ingenuidade. Mas o cara da cabine falou que era um menino então não foi ela, não.

Fora isso Ayzen descobriria que haveriam atrações diversas. Danças, cantos, humor (infantil), teatro. Sem os nomes das criaturas, era difícil saber em que horário a loira ia aparecer. Fora que com aquele atraso, tudo podia se alterar, né?! Mas, pronto, se posso dar uma sugestão: sente e estude por ali mesmo. Vai ficar quieto enquanto os pequeninos falam, e na hora dos aplausos você levanta a cabeça e vê quem vai entrar... É só uma sugestão.

As poltronas são móveis e confortáveis, acolchoadas, todas as fileiras ainda tem lugares razoáveis, fora o telão e o microfone para melhorar a recepção do palco. Com jeitinho você acha um espaço pra acomodar Swampert também e, ah! Seu pin ainda não tocou, não, fique tranquilo.

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

Progresso de rota:

Swampert - Lucky Egg
Togekiss-  Fairum Z
Ninetales - Power Lens
Ambipom - Power Belt
Nydon - Power Lens
Froslass - Power Band

Apresentações vieram e foram ao longo da noite. Uma menina veio coreografar com sua Clefairy. Um menino que fazia malabarismos ao lado de Meditite. Teve o alívio cômico dum rapazinho num show de mágicas com seu Slowpoke, que no meio de um truque cancelou os poderes psíquicos para pedir pipoca à alguém da primeira fila; foi um show sim, de cartas de baralho espalhados para tudo quanto era canto.

Entre cada apresentação um intervalo curto pra arrumar o palco. Com atrações também curtas, em uma hora um teatro era prometido. Baixaram-se as cortinas e em seguida as luzes, deixando a área pouco iluminada. Swampert, que até então vinha se divertindo vendo tudo, soube quem apareceria lá antes mesmo das cortinas se abrirem, ele até melhorou a postura e chamou Ayzen pra ver.

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As cortinas se abriam para revelar um cenário de céu estrelado, com direito a uma neblina falsa e tudo.  Uma música de fundo começou a tocar quando o holofote principal focou num objeto no centro. Para quem os conhecia, Solrock e Lunatone se sobrepunham como se formassem uma só coisa. [imagem ilustrativa]

– No princípio, tudo era o nada. Nem dia, nem noite. Nem claro, nem escuro. Nem Sol e nem Lua. E então os deuses criaram, um a um, as galáxias, as estrelas, os planetas. Mas nada havia além de infinitos espaços, por isso os deuses desejaram povoar cada um deles com vida, a dádiva divina que os tiraria da inércia. Das próprias estrelas eles tirariam as partículas da vida, e os próprios planetas seriam seus lares.

Luna aparecia, vinda de um canto, vestindo um traje sacerdotal singelo e branco; seu próprio cabelo parecia quase platinado naquela noite. Ela estava bastante concentrada, caminhando devagar com sua voz suave, em direção aos Pokémon no centro do palco. [imagem ilustrativa]

– A Terra se fez e, para habitá-la, as criaturas. Mas havia uma estrela muito especial, maior do que muitos planetas, ardente e poderosa. Dela veio a maior parte das partículas da vida. – Lunatone brilharia, lançando centelhas coloridas no ar (Rock Polish) – Só que ela queria fazer mais! Queria ser parte maior disso tudo, então lançou a si própria para viver na Terra; tornou-se Luan, conhecido como o primeiro homem. Mas Luan logo viu que, sozinho, não faria nenhuma existência fluir, porque ele era único, singular, especial. Então por seus poderes, dividiu-se.

Lunatone brilhou diferente agora, meio rosado (Harden), e começou a flutuar para o lado oposto de Luna, enquanto Solrock se separava dele, apesar de irem para o mesmo lado. Não ficariam muito distante da garota, apenas uns três metros, mas seria o suficiente pra plateia descobrir que Solrock era realmente só um objeto, não um Pokémon de verdade. Já Lunatone era real sim.

– Diana, conhecida como a primeira mulher, veio à Terra para somar e complementar, pois Luan não percebeu, mas ela era a própria manifestação de sua alma, por isso às vezes pareciam tão opostos, mas no fim se completavam. Porém, invejados pela audácia daquela grande estrela, outras poderosas se reuniram, para que seus poderes em constelação lhes dessem o direito de povoar a Terra com mais humanos, como assim foram chamados os moldes físicos dos avatares de Luan e Diana.

Luna caminhou até o centro do palco enquanto Lunatone fazia surgir inúmeras estrelas ao redor dela (Swift). Depois o Pokémon fez surgir um outro objeto ao lado da garota, mais parecia uma pelúcia (Substitute).

– Tempos incontáveis se passaram. Como o poder das estrelas menores estava longe de ser tão forte, seus avatares humanos cedo ou tarde perdiam as forças físicas, morriam, e por isso sua essência voltava para as estrelas. Mas isso nunca aconteceu com Luan e Diana, pois eram fruto de um poder superior. Por isso, mais uma vez, despertaram inveja das outras. Para se defender criaram três objetos, as Relíquias da Sorte. Mas essa é outra história, o que devo lhes contar é que, com duas dessas relíquias eles conseguiram domesticar uma poderosa criatura para lutar a seu lado. – ela tirou de dentro da camisa aquela esfera azul brilhante, mostrou ao público e então pôs em seus pés – Infelizmente, não foi o suficiente, eles pereceram. Por serem unidos desde sua existência, foram forçados a se separarem. – Lunatone agora flutuava lançando partículas (Rock Polish) até o outro extremo do palco, ficando bem distante de Solrock.

– Por isso sofreram. Se amavam, é claro, mas não o amor terreno que conhecemos, físico e sentimental. Era um amor maior, difícil de explicar, porque eram parte do mesmo Criador e por ele estavam unidos. Ainda assim, mesmo em sofrimento, viveram por mais algumas existências tentando encontrar alguém que lhes pudesse completar. Espalharam assim suas centelhas pela Terra.

Porém, quando já não viam mais graça nessa existência, decidiram partir. Deveriam poder se tornar mais uma vez parte da mesma Grande Estrela, mas não foi o que aconteceu. Foi tanto tempo separados que já não poderiam mais ser um só. Luan, o primeiro, voltou a ser a maior estrela de todas, imponente e em chamas, o Sol. – Solrock brilhou por dentro com uma luz artificial, como se fosse um abajur – Já Diana, que sempre foi o lado mais emocional, nunca quis abandonar completamente a Terra, então a ela se dedicaria para sempre; tornou-se a Lua. – Lunatone brilhou rosa de novo (Harden) – Até hoje Luan tenta convencê-la de voltar a se juntar a ele, iluminando seu caminho e chamando sua atenção, e por isso temos as fases da Lua e os eclipses.

Luan, a parte mais física e consciente da Grande Estrela, espalhou sua centelha por gerações. Seus filhos são abençoados com bravura, coragem, determinação, razão; pela boa ambição de se provarem, de cumprirem os próprios desejos, e de protegerem a Terra para ajudar Diana em sua árdua tarefa. Por isso, como seu ancestral primordial, seus descendentes sempre acabam sendo provados pela vida durante sua existência. E não qualquer prova. Os que portam a centelha de Luan são marcados, no próprio corpo: pela violência e maldade dos seres humanos, para lhes lembrar do sofrimento que os piores podem lhes causar; e pelo fogo, para lhes lembrar do ardor original que lhes abençoa, como o próprio Sol em chamas.

Diana, a parte mais espiritual e emocional da Grande Estrela, sempre foi mais centrada. Sua centelha espalhou-se pouco. Suas filhas são abençoadas com sensibilidade, empatia, bondade para com todas as vidas na Terra. Suas marcas e provações são sempre mais sutis por serem internas, mas elas serão sempre belas, uma beleza tão dinâmica quanto suas personalidades. Serão enérgicas e de presença marcante, brilhando como a própria Lua, por isso tenderão às artes tanto quanto para o dever de zelo pela Terra.

Mas não é só. Como era apegada à Terra, Diana fez questão que pelo menos uma linhagem de suas filhas sempre soubesse dessa história e a disseminasse por todas as existência. Tornaram-se sacerdotisas pra sempre nos lembrar de quem somos, mas sobretudo para reencontrar as centelhas de Luan e guiá-los em tempos difíceis, com as Relíquias da Sorte, até a brava criatura que os ajudará a zelar pelos objetivos de seu Criador.

Todos existem. São reais e estão entre nós. Eu sei disso. Por isso passo a história das minhas ancestrais pra vocês. Boa noite.

Houve um silêncio misto de mistério e constrangimento quando a menina encerrou, baixando a cabecinha no centro do palco enquanto Lunatone e Solrock voltavam para ela. Depois disso as cortinas começaram a baixar e então o público aplaudiu!

Ayzen – De Capitão à Estagiário – Cinnabar

Progresso de rota: