Re: [EVENTO] Algo de errado não está certo...

por Convidado Dom 2 maio - 0:07

Meus braços estavam mais pesados que o normal, a ponta dos dedos ardendo e pulsando. Mas fechei o punho com força quando executava os movimentos do Z-move. O punho de gelo se formava, descarregando um ataque violento na criatura. Isso deu um ânimo, não só para meus parceiros quanto para todos que estavam na praia. Mal senti o cansaço causado pelo movimento, tamanha era a carga de adrenalina em meu sangue.

Depois daquele momento, todos perceberam que a criatura fraquejou. O ímpeto dos Pokémon também foi renovado. Porém, o monstro ainda tinha uma carta na manga. Ele veio na forma de um tremor de terra, diferente do primeiro, mais que foi forte o bastante para derrubar Bahlok e outros Pokémon.

Por fim, depois de muito estrago, destruição e mortes, a criatura se desfez em uma gosma escura e fétida. O tempo permaneceu fechado, e uma chuva caiu sobre todos nós. É, a natureza demonstrou seu luto pelo o ocorrido. Senti minhas pernas fraquejarem. Fui na direção de Bahlok e toquei sua carapaça. Estava desmaiado, mas respirando. Kinney segurava seu braço direito, possivelmente dormente depois de tantos golpes, e Logan amparava, ao seu modo, Apep, que sentiu impactos da queda do monstro. Retornei meu dragão para a pokébola e fiz um carinho em minha felina. Então, meus olhos encontraram a figura carbonizada de um Ranger e sua Lopunny. Instintivamente, caminhei até o corpo. A adrenalina aos poucos ia se desfazendo do meu corpo, e as dores começaram a surgir. Até que os joelhos cederam ao chão, bem diante do corpo de Jordy. O cheiro da carne queimada invadiu meus pulmões, e toda a dor do meu corpo desapareceu em uma dormência incomum. Levei a mão até o ouvido direito. - Ha… Harry… - chamei pelo capitão - I-inimigo abatido… muitos mortos e feridos… pre-preciso de extração… ho-homem abatido… - e então, meu corpo todo cedeu à areia, e minha consciência apagou.

por **Ayzen** Dom 2 maio - 19:56

15h25min
"Sol forte, poucas nuvens. 32ºC"

Chuva. Às vezes, a natureza respondia aos impactos que sofria. Naquele momento, a praia de Lilycove se tornava um terreno de guerra. A área sul estava totalmente diferente. Os quiosques que outrora serviam pessoas, agora, estavam destruídos e soterrados. Muitos mortos. Feridos nem se conta. O corpo de Galvanis precisava de um descanso. Dramaticamente, o ranger caia no solo arenoso e sem forma, enquanto os reforços de pós guerra chegavam.

...

Era mais tarde quando o jovem guerreiro acordou no pronto socorro do Posto Avançado Ranger de Lilycove. O local estava lotado, não ó de pessoas, como Pokémons. Rangers, policiais e os bombeiros que prestaram socorro estavam sendo atendidos ali, enquanto os casos mais graves ficaram no hospital geral da cidade. Os bolsos de Galvanis foram esvaziados. Cadê os seus Pokémons? Estava bem! Com exceção de Leona! A Pokémon tinha sido levada para UTI dali mesmo, onde estava recebendo toda a atenção necessária.

Harry se sentia responsável. Embora ferido, ele não descansou até que soubesse que todo o seu esquadrão estivesse seguro. Com exceção, é claro, de Jordy... Foram dias depressivos, tenho que dizer... Todos os dias o menino ia até a UTI do Centro Pokémon para receber notícias sobre o seu Pokémon. Ele ficou internado lá por 6 dias, recebendo hidratação rigorosa, alimentação proteica, sendo submetida uma cirurgia videolaparoscopia, apenas para fechar uma veia que se rompeu durante o combate, nada sério. Recuperação imediata. Os poderes psíquicos de Leona a protegeu de muitos danos.

Os rangers foram todos submetidos a um regime de terapias. O caos que fora presenciado era típico de uma guerra e não seria o governo que deixaria os seus guerreiros sem apoio psicológico. Isso fez com que o jovem permanecesse na cidade de Lilycove por 2 meses. O noticiário internacional só falava da estranha criatura que aparecera em várias metrópoles do mundo Pokémon. Alguns pesquisadores-místicos acreditavam que ela era atraída por desordem do caos. Isso até ocultou os erros da Devon Corporation em produzir robôs que saíram do controle, tanto na filial de Tohjo, quanto Hoenn.

Kirlia teve uma evolução satisfatória. Após uma semana de UTI, ficou mais duas semanas na enfermaria, onde Galvanis poderia tê-la de perto. Por falar em perto, após o caos, Arbok aparecia com uma moeda em forma de Arceus para o seu dono. A única explicação era que o ofídio tinha pegado aquilo na queda de gosma que teve do bicho estranho. Wrong Turn se fora, mas certamente deixou sua marca em Lilycove, principalmente, de mistérios... Um mês, e ele era passado... Vida que segue...

Progresso da Rota - Galvanis Vitale:

por Convidado Dom 2 maio - 20:39

Off:

Acordei em um tipo de posto de atendimento improvisado, algo como um hospital de guerra. Haviam não só rangers, mas policiais, bombeiros e agentes públicos que ficaram feridos durante o ataque de Wrong Turn. Meus dedos estavam enfaixados, havia ataduras aqui e ali, múltiplas escoriações, mas nada grave. Minha equipe estava no Centro Pokémon, então segui direto para lá.

Kinney, Logan e Apep estavam bem, conscientes e liberados. Bahlok e Paarthurnax deveriam ficar em observação naquela noite. Leona deveria ficar na UTI, seria submetida a uma cirurgia. Fechei meu punho com tanta força que os dedos voltaram a sangrar. Para além disso, recebi um comunicado que deveria permanecer em Lilycove, ainda sem maiores explicações. Já estava a noite, então apenas me restava ir para os dormitórios das instalações Ranger. E naquela noite não consegui dormir. E chorei a noite toda.

Na próxima noite, acordei gritando, suando muito. Tive um pesadelo. No outro dia foi a cerimônia em honra aos caídos. E o enterro. Dria estava inconsolável. Fiquei ao lado dela o tempo todo. Era o mínimo que poderia fazer. No quarto dia, soube que deveria ficar na cidade por alguns meses, sendo submetido a um tratamento psiquiátrico, para amenizar possíveis traumas. Seria cômico se não fosse trágico. Nos dias que seguiram, minha rotina foi a mesma: terapia, treinamento, visitas ao Centro Pokémon, noites mal dormidas. No décimo dia, recebi a visita de meu pai, Edgar e sua filha Amália e o comandante Gordon. Estavam aliviados em me ver bem e muito preocupados. Foi… estranha a visita, porque não sabia o que dizer. Na mesma noite, Cindy chegou. Como estava feliz em vê-la. Ela ficou comigo até o final do período de terapia.

Leona saiu da UTI em uma semana, depois ficou mais quinze dias na enfermaria. Era um alívio e tanto vê-la bem. Depois dos sessenta dias em Lilycove, recebi minha dispensa e a permissão para retornar ao serviço. Mantive contato o tempo todo com Dria depois do enterro de Jordy. Cindy comentou algo que ficou reverberando na minha mente. Ela disse que eu parecia diferente, mas ela não sabia dizer o que. É… esse tipo de coisa realmente muda a gente. Andando pelas ruas, parei diante de uma banca de jornal. Incrível como as coisas são esquecidas tão rapidamente… bem, digam isso para minhas noites de insônia e o remédio que tive que começar a tomar para conseguir dormir. Bom, era hora de voltar à atividade e ficar preparado para ter condições de minimizar os estragos de um evento dessa magnitude. E aquela moeda… meio que estava obcecado por ela.

por **Ayzen** Dom 2 maio - 20:45

Rota encerrada

+01 Bottle Cap por finalizar uma rota entre 3-6 pág nas Ruas de Lilycove[18]

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