Gym Battle vs. Erika #05

O segundo confronto estava armado! Espeon enfrentaria Parasect e mais uma vez era quem iniciava os turnos por ser a mais ágil em campo. Sendo assim, erguia ao seu redor espelhos assimétricos que tinham como objetivo reduzir os ataque físicos desferidos contra si, como as pinças do inseto que avançaram sobre o corpo do eevelution, penetrando nas brechas dos espelhos e sugando a vida que conseguiam (-20).

Parasect conhecia movimentos super efetivos contra Espeon, mas o jogo de verdade começaria no turno seguinte, após a peste que infestava o pokémon de Keyron como carrapatos tomar seu partido. Pois bem, depois de se coçar e sofrer alguns danos mínimos (-6) o psíquico usava de seus poderes sinéticos no oponente, causando dor interna até conseguir controlar o corpo externo e fazer Parasect se chocar contra uma pia de mármore à esquerda do campo (-57). O estrago foi grande! Não só para o pokémon, mas no objeto. Enfim, ossos do ofício. Parasect se recuperou do baque e avançou novamente sobre Espeon com as pinças irrompendo as barreiras e extraindo a vida que conseguia (-20/+10), curando-se no processo, proveitando também das sementes sanguessugas instaladas no rosado.

A batalha estava mais intensa, ainda assim Erika ficava em silêncio, talvez deixando que as palavras da desafiante ecoassem pela estufa antes de responder. Se é que precisavam de resposta.


Campo: Quadra de terra dentro de estufa. Reflect sobre time de Kathryne [2/8 t]

vs. Erika

O Reflect estava do meu lado do campo mas era Erika quem estava sendo uma parede. Não o seu pokémon, a própria Erika mesmo. Eu tentava falar com ela e mais uma vez sem resposta, quanta dificuldade. Eu estava começando a ficar vermelha, completamente envergonhada, eu sei que tinha gente vendo a batalha e eu estava passando vergonha. Desisti e bem... eu olhava para o chão, dessa vez sem nem tentar forjar uma firmeza que não existe ao dar os comandos para o meu Espeon. Só espero que isso não afete a performance dele.

- U-umm... querido, use o Morning Sun mais uma vez e então ataque-o com o Psychic. Dê o seu melhor. - Sim Dimentio dê o seu melhor, porque eu estou sendo um fracasso, um completo fracasso. Merda, por quê? Não que eu tenha enfrentado muitos líderes de ginásio, mas essa atitude de Erika era diferente de todos os outros. Simplesmente por quê? Eu não entendo. Por que as pessoas são tão difíceis? Ah, minha cabeça está pesada, tão pesada que meu olhar gravita para o chão.

Tch, eu não consigo mais olhar na cara da líder. Essa batalha foi um completo fiasco. Posso sair com a vitória mas ela de fato não vai deixar um gosto bom na minha boca. Pessoas costumam dizer "Não se importe tanto com a opinião dos outros". Mas como eu conseguiria não me importar com alguém me julgando tão diretamente assim? Eu não consigo parar de pensar em onde e como falhei e no que eu poderia ter feito de diferente. No como eu sou estúpida.

Enfim, meus parabéns Erika, você foi a primeira pessoa a me fazer quebrar por completo. Sinceramente, isso aconteceu mais tarde do que eu esperava, mas Erika conseguiu. A primeira pessoa a trazer a tona toda a minha insegurança, a fazer eu me sentir completamente indefesa. Poderia até fazer eu pensar em desistir... de tudo, mas não, esse gostinho não vou dar pra você, vai precisar de muito, mas muito mais mesmo que isso. Se fosse nos meus primeiros meses de jornada, talvez eu realmente teria voltado pra casa, mas o máximo que Erika conseguiu foi fazer com que eu tire uma bela de uma folga e claro, fique com pensamentos ruins na minha cabeça.

Mas eu te agradeço por algo Erika. Você me lembrou que eu sou uma pessoa cheia de falhas, não que eu não soubesse, mas é como se eu estivesse esquecendo essas falhas com o passar do tempo, uma falsa impressão de que eu tinha melhorado. Talvez seja uma deixa para eu finalmente melhorar, talvez, mas por isso você merece meus agradecimentos, é uma pena que não estou em condições de demonstrar essa gratidão em voz alta.

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Enquanto Kathryne lidava com os sentimentos que lhe afligiam depois da interação, ou melhor, a falta dela com Erika, a batalha tinha de continuar, afinal aquilo era um desafio oficial da liga pokémon que valia uma insígnia, prova de poder conquistada pelos melhores treinadores ao vencer um ginásio. A líder na situação que estava só conseguia visualizar uma possibilidade, repetir os movimento! E assim o fez comandando - Parasect, por favor, repita a sequência de Leech Life e não recue.

Pois enquanto Espeon se aquecia com o calor da manhã, recuperando alguma energia (+37), Parasect avançava sobre Dimentio com suas pinças famintas (-20/+10), no entanto o show teve fim com o último golpe psíquico desferido pelo rosado, nocauteando o inseto fungicida de Erika.

A líder retornava seu segundo pokémon e encarava Keyron por poucos segundos que pareciam intermináveis num silêncio ensurdecedor. Por fim, Hikami trazia ao campo uma criatura majoritariamente amarela que lembrava uma fruta.


- Este é Weepinbell, minha última escolha para este desafio. Vamos continuar com a mesma estratégia. Bell, Leech Life em sequência por favor.

Por mais que a líder sentisse as frustrações de Kathryne, mesmo com a distância, sua escolha era bem óbvia: focar no desafio sem conversas paralelas. Então sua cabeça estava erguia e a expressão neutra se mantinha intacta no rosto, muito que profissional. Nem raiva/desapontamento ou alegria/satisfação poderiam ser interpretados de suas palavras ou gestos. Aparentemente as companheiras dela tinham muito o que aprender, porque a fofoca rolava solta, junto com caras e bocas que poderiam ser vistas de canto de olho caso Keyron desviasse a atenção da batalha por um segundo.


Campo: Quadra de terra dentro de estufa. Reflect sobre time de Kathryne [4/8 t]

vs. Erika

Nada mais do que simples comandos e nenhuma palavra direcionada a mim. Ah, eu não estou mais magoada, como eu disse, eu te agradeço Erika. Porém, por mais que eu aprecie suas ações, quero sair o mais rápido possível daqui, pois afinal, você me fez perceber que sou cheia de falhas e uma dessas falhas é ter a mentalidade de uma garotinha mimada e boba e essa mentalidade não me deixa aguentar o "gelo" que você está me dando. Claro, não estou a ponto de cair em prantos, a Kathryne de seis meses, mais ou menos, atrás, choraria provavelmente.

E pelo visto eu não era a única que queria acabar rápido com aquilo, mas a própria líder do ginásio também. Ela não escolheria um pokémon venenoso contra um psíquico bastante impulsionado, ela com certeza tem escolhas melhores que podem até ter uma chance de vencer. Mas, não vou reclamar, nem consigo reclamar. Só vou aceitar e terminar essa coisa arrastada logo, porque nenhuma de nós duas está suportando isso. E o fato de ter gente, provavelmente fofocando me deixava menos confortável ainda. "Erika fez uma desafiante mimada chorar, muito bom isso!", é o tipo de fofoca que deve estar rolando por aí.

- Querido, vamos terminar com o Psychic, duas vezes se for preciso. - "Duas vezes se for preciso", parece que é mais uma vez eu subestimando Erika, e não sei se ela vai entender como isso. Mas, eu não vejo cenário nenhum onde um Weepinbell aguentaria um ataque que o Exeggutor, extremamente resistente, já teve problemas em aguentar. Talvez um item como um Focus Sash? Nunca se sabe.

Bem, no mais, Erika, você nunca mais vai ver minha cara, não se preocupe com isso.

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Weepinbell realmente era mais fraco que Parasect e não tinha o tipo inseto que era resistente aos ataques psíquicos de Espeon. Talvez Erika tivesse consciência do poderio acumulado do pokémon rival e não tinha muito mais o que fazer àquela altura. Kathryne tinha vindo preparada, isso era um fato inegável, mas a líder não precisava se curvar a todos os desafiantes simplesmente pelo poderio de fogo (principalmente se fosse literalmente fogo!). E como imaginado, Weepinbell até tentou, mas não conseguiu resistir ao controle mental do eeveelution por mais de 10 segundos e teve de ser retirado do campo, nocauteado precocemente.

- Por favor, me siga. - Erika deu as costas e começou a andar pro interior da estufa.

As meninas que estavam acompanhando a luta dispersaram-se e fingiram que nada tinha acontecido. Infelizmente para Keyron, ela não poderia sair correndo do ginásio como queria, já que ainda precisava pegar seus prêmios...


Campo: Quadra de terra dentro de estufa. Reflect sobre time de Kathryne [6/8 t]

vs. Erika

OFF: Já que Celadon tá interditada e eu não posso ir no CP, me voa pra Cerulean aqui mesmo q.

E foi exatamente como eu esperava, eu disse que não estava subestimando a líder, na verdade eu estava confiante do poder do meu pokémon, que se mostrou potente, claro, graças aos esforços de Venger, que na verdade era quem deveria brilhar, mas graças a minha incompetência não conseguiu. Concordo com Erika, essa batalha foi um fiasco, mas finalmente acabou, nós duas estávamos livre desse desconforto, Erika não veria mais minha cara estúpida encarando-a.

Claro, antes eu teria que ir atrás dos prêmios, que na verdade seria ainda mais rude eu ir embora e largar meus prêmios, significaria que eu não respeito o desafio mais ainda. E claro, me prejudicaria não pegar o prêmio também, obviamente. Seguíamos o caminho em silêncio, ninguém falando com ninguém, eu na verdade olhava o meu Rotom Phone apenas para dar de cara com uma notícia. A cidade de Celadon estava interditada aparentemente, ah, terei que tirar minha folga em outro lugar.

- U-umm, tem algum lugar para eu curar meus pokémon por aqui? - Com certeza deve ter, provavelmente para uso exclusivo dos funcionários, mas eu preciso de Venger para ir embora dessa cidade. - E-eu gostaria de pedir pra usar algum equipamento de cura que vocês tiverem por aqui, mesmo se for exclusivo pra funcionários, se não, eu não vou conseguir sair daqui. - Era só isso que eu falei, depois voltei a olhar para o chão e espero não ter que abrir minha boca mais uma vez.

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Enquanto elas caminhavam pela estufa adentro, Keyron, ainda envergonhada e sem jeito, checava seu celular e dava de encontro com a notícia de Celadon sendo fechada por algum caos no centro da cidade. Por sorte o ginásio era mais afastado e bem protegido, apesar do teto de vidro.

A grande problemática de K.K. era em relação a regeneração de saúde de seus companheiros pokémon. Erika olhava para trás sem saber o que responder. Aquele silêncio... Bem, ele era quebrado depois de alguns segundos com um desvio de caminho, onde a botânica colheu algumas frutas (oran e sitrus berries) e deu para que a treinadora pudesse dar a eles, já que o melhor remédio era o natural, demonstrando aversão às máquinas de cura. Depois disso voltaram ao caminho anterior, passando por um lindo corredor florido até chegar num jardim aberto que parecia bem particular.


No jardim, havia uma espécie de casinha aberta com livros, cadernos, frascos de vidro, balcões com porcelanas e prataria e até um fogão. De resto, um pequeno lago, algumas almofadas, uma mesa baixa, árvores e outras plantas muito bem cuidadas. Um verdadeiro paraíso particular.

- Ninguém é autorizado a entrar aqui sem minha presença. É onde faço meus estudos sobre venenos. - Ela passava a mão sobre algumas flores e cortava um punhado tacando numa panelinha com água fervente. - Plantas tem muitos poderes. Com o conhecimento certo você pode matar ou salvar vidas. Essas flores, por exemplo, se comidas cruas podem paralisar os músculos de um tauros inteiro, mas se extrair os nutrientes dela na temperatura certa, proporciona um chá relaxante que ajuda nas dores musculares e inflamações. É ótimo pra quem tem enxaqueca, e tem um sabor doce no final.

Assim que pronto, ela tirava o bule do fogo e transferia par uma chaleira  pedindo que Kathryne trouxesse, por gentileza, as xícaras que estavam no balcão e caminhava até uma mesa baixa onde ao invés de cadeiras, tinham almofadas sobre uma superfície de madeira no centro do espaço.

- Espero que entenda o que quis dizer. Até mesmo a flor mais linda pode ser perigosa se não manuseada corretamente. Peço desculpas se fui muito dura, mas não permito que estrangeiros entrem no meu ginásio e me tratem diferente da forma que trato a todos. - Ela servia o chá, que passava por um filtro antes de ser depositado na xícara. - Todo treinador, especialmente aqueles que se especializam em um tipo específico, estão em constante processo evolutivo. Formando e deformando a si próprio de acordo com o ambiente assim como a natureza mutante.

Ela bebia do chá que preparou, inspirando profundamente, deixando qualquer mágoa ou ressentimento para trás com aquele gole. Erika não pretendia prender muito mais Kathryne em sua presença, caso a moça não quisesse conversar. Ela colocava na mesa uma caixinha de madeira simples. Dentro dela estavam a insígnia do arco-íris, uma das mais coloridas e bem desenhadas de Kanto, o movimento que a líder mais usou (Giga Drain) gravado em disco e alguma quantia em dinheiro como recompensas.

Como Keyron reagiria a tanta gentileza?

Progressos:

vs. Erika

Phew, por sorte Erika não recusava o meu pedido. Agora eu poderia curar Venger e também Dimentio sem precisar do Centro Pokémon, se bem que, ainda não seria muito ideal sair voando nas costas de meu Swoobat logo depois dele ter apanhado no ginásio. Mas, me desculpe querido, eu preciso, se não ficaremos presos aqui e nem temos lugar para passar a noite. Huh, seríamos literalmente mendigos. Tá, ok, não é pra tanto, deve ter algum hotel aberto por aí e eu nem devia me preocupar com isso, já que resolvi esse problema.

Quando eu achei que já estava tudo terminado, Erika me guiava para mais um lugar, passávamos por um corredor florido, tão bem feito quanto o resto daquele prédio, mas o que me chamaria a atenção era a sala depois desse corredor. Definitivamente não era uma área pública, era como se fosse uma sala de estudos dentro de um jardim. Enfim, a líder finalmente falava comigo e confirmava minha hipótese de que era uma sala privada. Mas por que ela me chamou ali?

- Eh... por que você me chamou aqui? Não acho que é qualquer desafiante que é chamado pra essa sua sala privada né? Bem, eu agradeço por você me ajudar a curar meus pokémon. Posso liberá-los aqui sem problemas né? - Aguardaria o aval da líder, pois além de curá-los, queria deixá-los um pouco em liberdade, caso contrário, eu os curaria em algum lugar da cidade e logo zarparia de lá. - Sim, eu tenho um conhecimento breve de como plantas apesar de serem da mesma espécie, podem ter efeitos completamente diferentes dependendo de como são processadas. Claro, meu conhecimento é superficial e generalista, não se compara ao seu, o conhecimento de uma especialista. - Então eu acenei positivamente e peguei as xícaras que ela me pedira, organizando-as com cuidado.

- Eu que peço desculpas, porque eu certamente agi de maneira desrespeitosa, nada mais justo do que me responder a altura, que no caso, foi não ter resposta, hehe. Seria infantil demais de minha parte estar magoada com você. - Na verdade eu estava ainda magoada, me sentia mal por ter sido ignorada, mas claro, não é nada demais: - Falando em infantilidade, até pouco tempo, eu me via como uma garotinha mimada, vim de família em boas condições e fui superprotegida antes de começar minha jornada. Quer dizer, ainda sou mimada, tenho muito que melhorar, acho que é desse processo evolutivo que você está falando. - Então eu daria alguns goles no chá e veria o que tinha na caixinha que ela me deu, obviamente eram os prêmios da batalha:

- Obrigada por me receber. - Uma frase curta e breve, mas esse simples agradecimento valia mais que mil palavras, pelo menos na minha cabeça. Ainda mais completado por um amplo sorriso.

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Erika deixou a loira a vontade. Tratou de chamar seu Vileplume e pedir que levasse as esferas de Exeggutor, Parasect e Weepinbell para Karen tratar deles. A planta venenosa, que era aquele pokémon, sorria alegremente com o pedido e recebia um carinho antes de ir.

Kathryne estava curiosa do motivo em Erika ter convidado ela para se juntar àquele chá. A líder poderia ter respondido a questão de diversas maneiras diferentes. Ao invés de dar uma resposta direta para uma questão que não tinha muita importância agora que já estavam por lá, ela resolvia refletir um pouco sobre sua experiência e os motivos que levaram ela em agir da forma que agiu, mudando tão drasticamente no tratamento com a desafiante e por fim deixando os problemas parcialmente no campo.

- Assim como a maioria das meninas, tive de amadurecer muito cedo e cortar relações com minha família para conquistar minha independência. Isso me obrigou a mudar. Eu não podia ser ingênua e deixar que o mundo dos homens me consumisse, então foi preciso endurecer, mas sempre soube quando era o momento de quebrar essa rigidez. Depois que estive sozinha eu sabia onde queria chegar e o que não queria ser. Graças a isso fui convidada pela liga pokémon a ser líder da cidade quando ainda tinha 19, podendo hoje trabalhar com a comunidade local em projetos sociais e incentivando outras mulheres da região que também buscava sua independência, não é atoa que só aceito aprendizes do sexo feminino.

Ela fazia uma pausa, pois parte desse passado estava ligado com algo que para ela não era tão orgulhoso quanto construir um porto seguro não só para si quanto para outras mulheres... Algo que envolvia o nome da família e esse berço adinheirado. Estava claro que Erika se via em Kathryne, mesmo que minimamente. E o que acontecia agora era fruto de compaixão. Erika não deixaria que uma menina saísse de seu ginásio desamparada. Se fosse um rapaz a história seria outra.

O chá era servido novamente. Vileplume retornava com alguns biscoitinhos amanteigados e sentava ao lado da mestra, aconchegando-se. Erika parecia uma jovem mãe para aqueles pokémon e aprendizes. Todas a respeitavam e ouviam seus conselhos, menos tendo menos de 25 anos.

- Que Kathryne você quer ser no futuro? E o que você não quer ser? - Ela bebia um pouco mais aguardando a resposta. - O caminho pra evolução é a visualização. Depois apontar objetivo para serem atingidos e por fim mapear os dispositivos que contribuirão para o progresso dessa Kathryne que você busca se tornar. Quando não se sabe onde se quer chegar, o caminho para lugar nenhum se torna um grande campo com curvas perigosas, fácil demais de se perder.

Era algo para se pensar. Talvez não houvesse uma resposta imediata, mas seria esse o legado que Erika deixaria na mente de Kathryne. A semente da mudança!

Progressos:

vs. Erika

Ótimo, podia liberar meus pokémon, então, quem merecia estar em um lugar desses, além de eu ter que curá-los, foram os que lutaram bravamente por mim, Dimentio e Venger. Eu apenas deixei as frutas para que eles se banqueteassem a vontade. Espeon não quis comer muito, apenas o necessário para se recuperar, e logo depois foi para perto de mim e deitou, dormindo. Venger, apesar de ter sofrido na batalha era o que estava mais enérgico, voando por aquele jardim, que apesar de não ser enorme, ele queria ver tudo o que tinha lá.

- Querido, só não faça bagunça em nada, se você fizer eu vou estar com grandes problemas. - Eu falava para Venger, na esperança dele não ter me ignorado pelo fato de estar empolgadíssimo com o local e logo depois me colocava a ouvir a história de Erika.- Entendo, eu diria que você foi bem o contrário de mim. Apesar de eu ter apenas dezessete anos e já estar viajando, inclusive estou fora de minha região natal, sou de Hoenn. Mas eu sinto que sou ainda uma criança, fiquei muito tempo em casa, protegida pelo meu pai. Não me entenda mal, eu amo o meu pai e fomos mutualmente importantes para sobrevivermos a dor da perda de minha mãe. - Bem, agora eu entrava em um assunto pesado para mim, mas eu estava estranhamente confortável. Meh, não questionaria isso.

- Minha mãe, inclusive foi sempre uma pessoa em quem eu me inspirei. Ela foi sempre uma pessoa livre. E isso me faz pensar, eu não sei que Kathryne eu quero ser no futuro, mas quero ser uma que deixe minha mãe feliz, talvez ter pelo menos uma fração da independência e da força de vontade dela, também quero ter uma fração da independência e força de vontade de certas amigas que eu conheci durante minha jornada. - Winnie era o exemplo principal que me vinha a cabeça, a moça de cabelos rosados foi extremamente importante para mim.

- Bem, agora eu vou indo embora. Muito obrigada Erika, a gente teve desavenças no começo, mas foi incrível ter você por perto. Eu gostaria de continuar a conversar, mas sabe, acho que vou continuar a minha jornada em busca dessa independência, hehe. E também, não quero ficar presa aqui em Celadon. Tchau, quem sabe, até logo. - Me despedia da líder. Antes eu andava olhando para o chão, mas agora saía daquele ginásio de cabeça erguida. Na verdade tudo parecia até estar melhor, inclusive, o próprio Venger estava cheio de energia para me levar até Cerulean.

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