[BATTLE PYRAMID] O Labirinto

Allan Leoxes

Off: Não preocupa, vai no seu tempo.

Eu estava meio certo. Realmente parecia que as paredes estavam se movendo, mas não era para me esmagar, ou nada do tipo. A parede apenas se afastava para dar lugar a um grande monitor. Eu até suspirava um pouco aliviado, já que não precisaria me esforçar fisicamente em nada.

Por alguns segundos nós dois ficamos encarando a tela completamente preta. Mas antes que eu pudesse realmente perguntar o que deveria fazer, ela se ligava. Bem no centro, o rosto do que parecia ser um Rotom. Aquele era um pokémon bem famoso por possuir eletrodomésticos, e mais atualmente até mesmo eletrônicos de todo o tipo. Havia me encontrado com um possuindo um drone a pouco, e era bem estranho ver um possuindo um monitor tão grande. Apesar de ter um em meu bolso, ainda não tinha me acostumado com aquilo.

Depois de apresentar que aquele seria meu segundo desafio, ele deu espaço a uma tela quadriculada com alguns números ao redor. Eu gostava de jogos, e aquele já me era bastante familiar, mas ouvi a explicação assim mesmo, já que poderia ter alguma coisa além. No fim, até que não tinha nada de diferente.

- Olá Rotom. Obrigado pela explicação. – Eu dizia me aproximando da tela. Com isso, eu percebia que além do tablado havia um textinho embaixo. "Imagine que divertido um roedor que corre,
Assim como os raios que torrem" Será que é uma dica? Eu pensava sem dar muita ideia. - Então aqui é só eu ir marcando com os dedos? – Eu nem esperava a resposta e já ia cutucando a tela com o indicador. Eu estava certo, então comecei a preencher.

Eu começava pelo mais óbvio, a linha com 2 e 5 quadrados preenchidos. Deixando dois vazios no fim, e pintando os três anteriores já me deixava aparente que os três exatamente acima deles eram vazios, marquei estes com X. A partir daí já ficou bem mais fácil preencher a segunda linha. Em seguida a primeira e depois fui descendo pela terceira coluna.


Nesse momento eu já tinha um bom contorno do que poderia ser aquilo. Olhei mais uma vez para a dica. Voltei ao Picross e fui preenchendo a segunda coluna, depois a quarta e o desenho já começava a ganhar forma. A sétima linha já podia ser vista, e com isso eu já estava bem perto de terminar. Só que ficava com um pouco de dúvidas ali.


Marquei mais alguns Xzinhos, e enfim sussurrei: - Pikachu! – Dei um tapinha na testa, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, e terminei de pitar os quadradinhos que formavam a boca, o nariz e os olhos.



- Pronto! – Eu dizia satisfeito. - E agora?

Allan Leoxes

Off: Vou ficar com a pelúcia da pokébola.

O desafio era concluído com sucesso, e com isso o Rotom deixava de possuir o monitor e se tronava agora um drone. Isso era bem legal, pensava eu se um dia conseguiria capturar um daqueles. Mas voltando ao desafio concluído, agora eu tinha direito a escolher um prêmio. Eram pelúcias, e como eu já tinha uma pequena coleção, decidi pegar uma que eu ainda não tinha. Dei uma olhada nas opções e logo me decidi. A que se parecia com Boom, mas com cores diferentes. - Vou ficar com a pokébola.

Depois de escolher meu prêmio, o caminho novamente se abria, revelando um novo e estranho corredor. As paredes da pirâmide ainda se moviam, e enquanto iam se alterando para formar a nova passagem, estranhamente galhos se misturavam ao ritual. Eu olhava admirado e curioso, enquanto Melinoe parecia não entender muito bem o que estava acontecendo. Para falar a verdade, nem eu entendia, então apenas esperava um pouco antes de avançar, já que não tinha certeza do que aconteceria em seguida.

Quando as coisas pareceram se acalmar, e os galhos já ocupavam todo o caminho à frente, estava finalmente na hora de seguir. Melinoe tomava bastante cuidado com suas chamas, e com isso contávamos apenas com a iluminação local. O caminho era bastante complicado, com muitos obstáculos em alturas diferentes, mas eu não estava com pressa, então seguia no meu ritmo.

Demorou um pouco para conseguirmos atravessar, e no final Melinoe pareceu bastante descontente por causa da chuvinha artificial. Quando finalmente terminamos de passar pela vegetação, estávamos em um local extremamente escuro. Melinoe se recusava a acender suas luzes, já que tinha se molhado um pouco. Mas logo as luzes do local se acenderam, e com isso pudemos ver onde estávamos.

O fim da linha era o que parecia ser um grande terrário, com um lindo gramado e pokémon de planta por todos os lados da redoma. Além disso, no centro do local havia uma grande árvore, com o que parecia ser um quadro negro a seu lado.

- Desculpe pela chuva. Não sabia que isso ia acontecer. – Ela sacudia a cabeça de forma compreensível. - Vamos continuar? Acho que o próximo desafio está ali. - Dizendo isso, eu apontava para a grande árvore, e em seguida seguia até ela com Melinoe a meu lado.

Dei mais uma olhada nos arredores, esperando alguma pista do que eu deveria fazer. Será que aqueles pokémon eram dóceis? Comecei a observá-los com um pouco mais de atenção, já que poderia ter haver com eles. Mas seja lá o que fosse, eu queria descobrir logo. Batalhas não eram meu forte, mas em desafios mentais eu conseguia me virar melhor.

Allan Leoxes

Off: Não sei se era bem isso que eu deveria fazer, mas tá aí: Labirinto
Acrescentei as linhas do caminho para facilitar a visualização.

Depois de superarmos os obstáculos do caminho, estávamos finalmente diante de um lindo jardim, na presença de Pokémon que viviam naquele ambiente. Pela reação natural dos espécimes viventes dali, deveriam estar bem acostumados com humanos, e também com Pokémon que não eram naturalmente dali. Caminhei vagarosamente em direção ao quadro ao lado da árvore, e vendo que os Pokémon estavam ali apenas para melhor ambientar o local, apenas os admirei enquanto caminhava. Melinoe seguia em meu encalço, mas não estava tão irritada quanto pensei que pudesse estar, talvez estivesse bem mais acostumada a ser molhada. Spartos em seu lugar já estaria com a cara fechada.

A árvore, apesar de ser enorme, não apresentava nada de peculiar. Porém, pendurado no quadro negro, estava o que parecia ser um mapa do labirinto. Ele estava preso com um alfinete, o que dava a entender que eu poderia pega-lo. Dei mais uma olhada ao redor, esperando alguma instrução, ou até mesmo um ataque surpresa, mas não parecia que nada daquilo aconteceria.

Diferente do que eu esperava, era a árvore quem começava a se mexer de forma estranha. O diabos estava acontecendo? De seu tronco surgia uma passagem. No primeiro momento parecia completamente escuro, mas esperei para ver o que mais aconteceria. Dei mais uma olhada para o mapa, e percebi rapidamente do que se tratava. Era o labirinto ao qual o mapa representava.

- Melinoe, acho que já temos um novo caminho para seguir. Se quiser, pode ir na frente, eu vou providenciar para que não fiquemos perdidos. – Ao dizer isso, eu seguia em direção ao quadro e tirava uma boa foto do mapa. - Certo. Uma foto por garantia, mas vai ser bem melhor levar o original. Se eu puder, é claro. – Eu retirava o alfinete com cuidado, e deixava o mapa cair na outra mão com a força da gravidade. Dava mais uma olhada ao redor, e se não fosse impedido, seguiria para dentro do labirinto portando o mapa.

Com o auxílio do mapa, não teria como me perder, a não ser que o caminho mudasse sem aviso prévio. Então, uma vez lá dentro, seguiria pela esquerda, conforme observado o caminho que levava até o centro.

Allan Leoxes

Tenha paciência comigo também rsrsrs.

Para minha felicidade, ninguém apareceu para tentar impedir que eu fizesse uso daquele mapa, assim, eu não precisava me preocupar em ficar perdido em um labirinto cheio de corredores que não levavam a lugar algum.

Melinoe seguia na frente, não que fosse algum instinto protetor, ou algo do tipo. Ela mal me conhecia, só estava ali por que seu treinador a havia mandado para me ajudar. Talvez só quisesse sair dali o mais rápido possível, para poder estar junto de seus amigos mais uma vez. Eu não a julgava, já que começava a sentir falta de Nagisa, e principalmente de Glace.

O caminho era bastante tranquilo. Uma curva aqui, outra ali, mas sem nenhuma surpresa. O caminho parecia permanecer conforme o descrito no mapa, e aquilo me deixava mais tranquilo. Só tinha um problema, de acordo com aquilo, eu não tinha andado nem um terço do caminho, e já tinha se passado uns trinta minutos. Será que eu deveria apertar o passo? Talvez não, ao contrário de Melinoe, eu não tinha pressa. E pior, se houvesse alguma armadilha, a pressa só atrapalharia. Se bem que talvez não tivesse nenhuma armadilha por ali...

Eu continuei andando por mais ou menos uma hora, e quando finalmente chegava no local onde o caminho se direcionava mais para o centro do labirinto, acabei me deparando com algo bem estranho. Um senhor, que parecia ter uns quarenta anos. Ele corria atrás de um Skitty e parecia se divertir com aquilo. Ele ainda não tinha notado minha presença, muito menos a do candelabro que ainda estava com suas chamas apagadas para garantir que não se molhasse novamente.

O pequeno felino tentava fugir do homem, mas por fim acabou sendo agarrado e acariciado com bastante empenho. No início ele pareceu não muito satisfeito com aquilo, mas acabou cedendo às caricias. Mas em um momento de distração do homem, o Pokémon logo escapuliu por seus dedos, saltando em direção à parede mais próxima, e sumindo de vista. Eu observei aquilo sem me mover, até que finalmente o homem notou minha presença.

Ele parecia do tipo bem simpático, e logo começou uma conversa. - Ah, olá! – Eu dizia meio surpreso. Não esperava por aquilo. Como não? Era uma pirâmide de batalhas afinal. Mas eu estava andando sem encontrar ninguém por tanto tempo, que até havia me esquecido. - Ah sim, é bem divertido. Como pode ver, tenho essa Chandelure comigo, mas ela é companheira de um amigo. – Ele logo liberava uma dupla de Pokémon que eu não estava familiarizado. O dados de ambos logo foram consultados na Pokédex, enquanto eu liberava Colossus e Boom de suas esferas. O Rotom se manifestava mais uma vez, indicando as regras da batalha. - Certo, eu começo então.

Eu observava atentamente aqueles Pokémon. Eu não sabia exatamente do que eles eram capazes. E além do mais, batalhas não eram o meu forte. Mas eu tentava manter a calma. - Boom, comece com Magnet Rise, em seguida Light Screen. - Com Electrode de suporte Golurk poderia focar no ataque. - Colossus, duplo Earthquake!

Allan Leoxes

O segundo ataque do Colossus não funcionou? Era pra ter sido depois do Dive.
Não lembro, se eu perder essa eu sou eliminado?

O homem dizia algumas coisas sobre cores apagadas, mas eu não entendia muito bem. Talvez fosse alguma referência sobre minha inexperiência. Se fosse, ele estava um tanto certo. Minha estratégia era superada com bastante facilidade, e aquilo me deixava um pouco desapontado por não ter conseguido fazer muito. Eu costumava me sair melhor quando havia um perigo real.

Quando o Cramorant retornou com um outro estranho Pokémon preso em sua boca, a Pokédex me avisou do que se tratava aquilo, e poderia ser um grande problema. Então eu precisava tentar fazer algo para superar as adversidades, ou eu perderia facilmente aquela batalha.

- Pessoal, vamos tentar mudar um pouco as coisas. Boom, use Taunt contra o Cramorant, em seguida, Reflect. Colossus, Toxic no mesmo alvo, depois ataque o Togedemaru com Shadow Punch.