[Battle Pyramid] ... Sem Ideias ...

Pirâmide Voadora

Off: Pronto!
Espero que se divirta.

Lysander não parecia tão animado com o que estava prestes a fazer, mas decidia fazer mesmo assim. A Battle Pyramid era um evento que parecia ser totalmente voltado para batalhas, e batalhas não eram o forte daquele jovem amante de pokémon sombrios. Mas talvez ele se surpreendesse.

Depois de uma bela manhã de lanchinhos, treinador e pokémon saiam do Centro Pokémon em direção a um prédio alto que ficava mais aos limites da cidade. Como Mauville era uma metrópole cheia de prédios, a Pirâmide precisaria ter cuidado ao passar por ali, ficando apenas nos limites da cidade e pegando os treinadores por ali.

Lysander não era o único que decidia participar daquele evento não tão incomum. Ao chegar no topo do prédio, ele via mais uma dezena de treinadores ali. Alguns na cobertura do mesmo prédio que ele, outros na cobertura do prédio ao lado.

Não tinham uma hora exata para que a Pirâmide passasse por ali, então apenas esperavam. Não demorou para que ao longe alguém avistasse a silhueta de uma enorme pirâmide flutuante no horizonte, e em segundos todos já estavam olhando naquela direção. Apesar de seu tamanho, a nave era bem rápida, e logo chegava até ali. E ao avistar os treinadores com suas inúmeras câmeras de vigilância, logo algumas aberturas puderam ser vistas por toda sua superfície.

Como entrariam ali? A pergunta logo foi respondida, quando auras psíquicas começaram a levitar todos os que estavam ali. A pirâmide possuía uma grande equipe de pokémons psíquicos para fazer aquele trabalho, apesar de nem sempre funcionar perfeitamente. Bacchus esperava que também fosse levado como os outros em direção a uma das aberturas da parede da pirâmide voadora, porém aquilo não funcionava com seu corpo que era protegido por uma aura sombria. Então, quando Lysander começou a ser levitado para a abertura mais próxima, uma corda foi lançada para que o urso subisse por conta própria. Não era tão satisfatório, porém ele aceitava sem reclamar.

Ao passarem pela abertura, estavam novamente sozinhos, e a comporta se fechava atrás deles. Luzes fracas se acendiam, revelando o interior completamente metálico da nave. Lysander e seu parceiro se encontravam agora em uma salinha com nada mais do que três metros quadrados. Era um local bastante apertado para os dois, mas em defesa dos criadores, eles não esperavam um pokémon tão grade ali naquele momento. Além disso, havia três portas, uma em cada parede que sobrava, além da que eles tinham usado para entrar. Talvez aquele fosse o primeiro desafio da dupla, uma escolha de qual caminho deveriam seguir.

Pirâmide Voadora

Off: Desculpe pela demora. O resto dessa semana eu já estou mais tranquilo para postar, mas provavelmente somente no fim da tarde/noite.

O relacionamento daquela dupla era um tanto quanto peculiar. Bacchus não tinha muitos problemas para embarcar, apesar de ter sentido que estavam fazendo aquilo de propósito, e quando digo “estavam” quero dizer Lysander, já que podia muito bem ter ajudado ao invés de ficar caçoando de seu parceiro. Apesar de tudo, eles ainda pareciam se dar muito bem um com o outro, mas cada um com seu jeito de amar, não é mesmo?

Mas no fim, tudo tinha dado certo, e eles estavam finalmente embarcados na pirâmide voadora. Agora, em um cubículo que mal os cabia, a primeira escolha deveria ser feita. Qual caminho seguir? Bacchus que até então estava empurrando seu treinador, logo percebeu a seriedade do mesmo, e se aquietou. Precisavam agora escolher, e sim, tinha um caminho que seria muito mais fácil que os outros, porém como exposto pelo próprio Lysander, sorte não era seu forte.

Ao escolher o caminho da direita, Lysander abriu a primeira porta, revelando um corredor que seguia as mesmas dimensões do cubículo. Mas não foi apenas isso, em seguida ouviu o som das outras portas se trancando, ou seja, não poderia voltar atrás.

O corredor não era tão cumprido, levando-os por um caminho tranquilo e com pouca iluminação. Além disso, as paredes do corredor pareciam todas serem feitas de metal, e a pouca iluminação fazia o corredor ficar bastante escuro e sombrio. Precisaram de mais ou menos vinte passos humanos para alcançar a primeira curva, em que direcionava o corredor à esquerda. Após isso, mais vinte passos para a próxima curva, que direcionava o corredor agora para a direita.

Assim que faziam a próxima curva, viam que havia mais uma escolha a ser feita. Dessa vez um novo caminho à direita, que os faria seguir um corredor paralelo ao que tinham acabado de usar para chegar ali, e a continuação do caminho à frente. Seja lá qual escolhessem, não dava para saber muito bem o que esperar. Só sabiam que tudo parecia igual, e seria muito fácil se perderem.

Pirâmide Voadora

Off:

Apesar de não ter sido um grande desafio apenas ter que escolher um dos caminhos para seguir, ainda era um desafio psicológico a se superar. Podia não parecer, mas algumas pessoas podiam se demorar bastante para tentar escolher o caminho certo. E o simples fato das portas se trancarem após a escolha podia deixar muitos enlouquecidos. Lysander não era assim tão diferente da maioria, já que mesmo aparentando estar bem, seu subconsciente parecia se preocupar um pouco com a escolha. Porém, ele não estava ali sozinho, e seu parceiro fazia questão de lhe dar este suporte, lhe confortando com um docinho.

Nem parecia que a momentos atrás eles estavam demonstrando seu amor de uma forma tão estranha, já que agora os dois pareciam um só em pensamento. Mas o momento de carinho teria que ser breve, já que o curto caminho que percorriam logo os levava para uma segunda escolha. Dessa vez Lysander tentou não se perder em seus pensamentos nem mesmo por um segundo, apenas seguindo em frente. Era a escolha certa? Ainda não sabia, se é que tinha realmente uma escolha certa.

O caminho em frente, era ainda mais curto que o anterior, e logo eles se deparavam com mais uma bifurcação. O caminho novamente se dividia, dessa vez entre direita e esquerda, sendo estes exatamente um em frente ao outro. Apesar de serem caminhos idênticos, na parede logo em frente, havia duas placas de sinalização. Uma indicada o caminho da direita como sendo o “Caminho mais curto, porém mais difícil”, a outra indicava o caminho da esquerda como “Caminho mais longo, porém mais fácil”. Bacchus não sabia ler, então ele apenas olhou para as duas indicações e esperou que seu treinador fizesse mais uma escolha.

Seria aquilo uma pegadinha? Aquele labirinto parecia se mostrar um verdadeiro teste psicológico.

Pirâmide Voadora

Off: Se ficar muito confuso, me chame em off.

Notoriamente o nome daquela pirâmide, não estava lhe fazendo jus, já que até o momento o rapaz só tinha se encontrado em situações de “por onde seguir”. Porém, aquilo poderia ser considerada uma batalha mental. Assim, diante de mais uma escolha a se fazer, ele começava a raciocinar por qual caminho deveria seguir. Estava até que pensando inocentemente demais, já que nem passava pela sua cabeça a possibilidade de uma pegadinha. Mas para sua sorte, não precisou tomar aquela decisão.

Depois de pegar mais um dos doces que trazia na mochila, Bacchus fez questão de quebrar a concentração de Lysander passando à sua frente. Assim, ele apontou para as placas, como se perguntasse o que diziam. E então, depois de entender a proposta, não pensou duas vezes em escolher seguir pelo caminho mais difícil. Ele nem ao menos se importava com a duração do trajeto, só queria o desafio mesmo. E assim foi na frente.

Apesar de não estar muito confortável com aquela escolha, ainda era melhor do que ter que fazê-la por conta própria. Então Lysander não reclamou, muito.

Por fim, os dois seguiram pelo novo caminho. O corredor não era longo, pelo menos não até chegar a próxima curva, esta que levava o caminho para a esquerda. Já após a curva, o corredor se alongava a vários metros à frente, dando a impressão de que o tal caminho mais “curto” se tratava de uma pegadinha. Além de longo, o caminho também era um pouco mais iluminado, o que dava uma sensação de ser um pouco manos claustrofóbico que o restante até agora. Além da distância a ser percorrida, e também da iluminação extra, alguns outros detalhes se sobressaíam.

Em parte do corredor o piso era diferenciado. Parecia ser feito por um conjunto de quadrados de vidro branco, cada um deles era grande o suficiente para acomodar os dois pés de um humano adulto, porém nada os diferenciava um do outro. Nas duas paredes laterais, havia dois botões, um em cada uma delas. Da um lado um botão amarelo, e do outro um botão azul.


O objetivo daquilo ainda era uma incógnita, e não havia nenhuma instrução indicando o que se devia fazer. Bacchus estava prestes a continuar andando, já que o caminho em si não lhe representava nenhum perigo ou algo do tipo, mas o simples fato de ter um botão de cada lado da parede deveria querer dizer alguma coisa. Será que deveriam tentar apertar?

Se fosse o que decidissem fazer, descobririam de uma forma ou de outra, que o segundo botão se travava ao tentar ser apertado juntamente do outro. Mas cada um em separado causava um efeito diferente no piso de vidro. Com o amarelo apertado, alguns dos quadrados se iluminava da respectiva cor, e com o azul apertado acontecia o mesmo, mudando apenas a cor da iluminação dos vidros.





Após verificar o que acontecia com ao se apertar cada um dos botões, era hora de Lysander e Bacchus decidiram como prosseguir.

Pirâmide Voadora

Off:

Ao se depararem com o primeiro desafio propriamente dito, ambos se surpreendiam um pouco. Não havia nenhuma instrução de como funcionava aquilo. Apesar de Lysander ter sido pego de surpresa, ele não parecia insatisfeito. Já Bacchus, este ficava bastante intrigado com aquilo. Por que ficar apertando aquele botão igual bobo? Não era mais fácil ir andando? Era o que sua expressão demonstrava no início.

Depois de apertarem os dois botões algumas vezes, e ter alguma noção do que poderia ser o desafio, Lysander finalmente decidia agir. Ele tinha um plano, e um bem elaborado. Observou uma última vez a sequência dos quadrados que se acendiam em azul, e pediu para que Pangoro mantivesse o botão amarelo apertado. Assim, ele poderia seguir intercalando as cores até o fim do trajeto.

O jovem começou a seguir o caminho, com bastante cautela, já que não sabia o que iria acontecer se estivesse errado. Pisou no primeiro quadrado, ele não se acendeu ou emitiu um som. Parecia ser apenas chão. Apesar disso, pisar ali lhe dava uma sensação diferente do restante do piso, já que parecia meio solto do reto.

Como não tinha acontecido nada com o primeiro quadrado, estava na hora de seguir para o segundo, o amarelo logo à frente. Pisou com ainda mais cautela, já que o amarelo poderia ser o errado. Mas novamente nada aconteceu. Aquilo pareceu lhe dar um pouco mais de confiança para avançar para o próximo apagado, e em seguida para o segundo amarelo, que seguia mudando um pouco a direção.

Até ali estava tudo bem. Bacchus ainda não conseguia entender o que estava acontecendo, já que seu treinador seguia tranquilamente sem que nada explodisse, ou desmoronasse. Ele até mesmo olhou para cima algumas vezes, esperando pelo pior. Mas nada, pelo menos não até que os pés de Lysander tocaram o último quadrado, nesse momento em um súbito movimento, a plataforma formada pelos quadrados se levantou. Mas não se levantou completamente, apenas a parte em que Lysander estava de pé, fazendo ele escorregar de volta ao início.

O jovem foi pego de surpresa e escorregava rapidamente de encontro a uma borda acolchoada que surgia de baixo da plataforma. Bacchus não se aguentava com a cena e ria de seu treinador que estava ali sentado a seus pés. Uma coisa era certa, a sequência não era aquela. Mas ele poderia tentar novamente, ou simplesmente desistir e tentar passar pelo outro caminho.