[Missão de Sub-Classe] Reciclagem com Rebeka

OFF: hello my friend! secundária vai ser a estrela da rota, mas o filhote ta junto (usando pickups), então vai ter bônus sim!
sei lá, só não quero sofrer por favor <3

Spoiler:

O retorno às aulas era sempre preocupante. Tinham a choradeira de um novo ano, as preocupações do desconhecido e outros dramas estudantis. Quer dizer, isso no ensino básico. Ninguém chorava na faculdade (a não ser de desespero). Mary estava passando pela experiência do regresso aos estudos e uma rotina totalmente diferente daquela a qual estava habituada.

Agora mãe, viúva, recém quarentona e com uma coleção belíssima de novos sonhos, Mary decidia voltar a ativa na criação como forma de se reinventar! Talvez por isso ela decidiu tingir o cabelo (californianas). Bem, as colegas de turma na universidade elogiaram a senhora Monclar. Cabelo novo, novas metas e quem sabe mais surpresas o destino arrumaria para ela?

Bem, antes de se animar ela tinha uma aula particular. A reitora fez questão de marcar uma prática com Rebeka, uma das professoras da universidade. Tudo bem, tudo bem. Mary chegou dizendo que estava afim de fazer uma reciclagem do curso, por isso era comum avançar uns estágios e partir direto pra por a “mão na massa”.

Sendo assim, a dona avançava pelos campos com o endereço em mãos. Ela precisava encontrar o terreno certo e depois alguém para ajudar. A primeira pessoa já receberia algumas palavras:

- Com licença, me mandaram procurar a senhorita Rebeka neste endereço para aulas práticas na especialização de breeding.

Sem nem esperar, o Dedenne e a Pachirisu foram se danar no meio da multidão (pickup).

OFF: por favor, sem traumas para essa jovem coroa XD
pensando dela pintar o cabelo de verde e passar por uma época ouvindo k-pop o que acha?

Não parecia nem um pouco difícil de encontrar Rebeka. Provavelmente porque o título de professora da universidade fosse bem famoso entre os criadores e fazendeiros locais. Mary, por exemplo, era referência em Goldenrod, parte por nunca ter saído da cidade, e outra pela dedicação à criação.

No entanto, antes de chegar na fazenda da professora, a mulher de novo visual e perspectivas de vida identificava no personagem ao lado uma melancolia no olhar como se estivesse perdido. A preocupação tomou conta do coração da mãe. Mesmo hoje sendo seu dia de protagonista, ainda sentia que tinha algo de errado com seu menino.

— Querido, parece distante. O que foi? - Ela perguntou, sem tirar os olhos da estrada.

— Hm? Ah… Só estava pensando em coisas da agência. Será que se eu tirar um ano sabático ou até um mês de férias pra resolver minhas questões eles sobrevivem? - “E Matthew não ficaria completamente puto?” Matte pensava.

Era complicado “dirigir” o loiro por tanto tempo. Matte apenas esteve no comando quando foi extremamente necessário ou quando Matthew pedia por ele. Agora era diferente. Matthew não conseguia lidar com o mundo exterior. Os traumas recentes com os acumulados do passado tinham finalmente afetado agressivamente o treinador de longa data de modo com que ele não conseguisse mais lutar contra os maus sentimentos. Thito nunca esteve confortável sem a máscara, então restava para Matte assumir o trono.

— Talvez eu tenha que voltar pra Hoenn antes do planejado… - ele soltou, surpreendendo a mulher - Você viria comigo se fosse preciso? Sei que a faculdade é importante pra você, mas Ma-- Quase falava em terceira, quarta? pessoa - mãe… Ficaria menos preocupado com você do lado.

— Ah querido… - Ela não parecia gostar da ideia de mudar… de novo.

— Pode pelo menos considerar?

— … Não. - Ela disse por fim, após alguns segundos de silêncio.

Aquilo foi uma verdadeira surpresa. Matthew com certeza ouvia isso, apesar de não estar “aqui”. Thito ficaria boquiaberto e talvez fizesse um drama de não ser mais amado. Eu?

— Entendo. - Dizia fitando o horizonte. Realmente entendia. Nós estávamos fazendo o mesmo, ignorando desejos e vontades do mundo para perseguir algo que só fazia sentido a nós. - Você tem um novo objetivo. Estou orgulhoso.

Sentia ela nos olhando segundos antes de sentir o carinho dela em nosso ombro esquerdo - Obrigada. - Ela falou, emocionada.

Já tínhamos chegado no endereço.

A fazenda em si era grande coisa. Se não fosse, como seria capaz de abrigar tantos estudantes? Era até engraçado Mary estar retornando aos estudos depois de tantos anos. A visão dela se misturando aos jovens não deixava Matte contente, mas a mulher ficava muito animada. Era como se tivesse pelo menos 10 anos mais nova!

Ao som do sino algo inesperado acontecia. Todos eles seguiram para o que seria a casa principal. Mary olhou para Matte e ele deu de ombros.

— Vou tentar não atrapalhar. - Disse o filho, seguindo logo atrás da mãe na mesma direção dos demais.

Isto é, Matte não atrapalharia, mas Azula e Hamtaro tinham outros planos, já que estavam zanzando pelo terreno.

Palco. Tudo o que Thito adorava, mas a dupla que estava acompanhando os criadores se assustou com os olhares e cochichos provenientes da situação. Mary deu aquele pulinho típico de anime colegial e Matte evitou olhares, desviando o rosto para o lado.

— N-na verdade eu - rolou um incômodo momentâneo pelos jovens fofoqueiros ao redor, mas a presença do filho ao lado acalentou o coração da senhora. - Eu sou Mary Monclar e estou aqui porque me re-matriculei na universidade de criação e um dos pré-requisitos era auxiliar a professora Rebeka. Seria a senhorita?

A mulher estava com um papel com as indicações na mão pronta para entregar para a professora, só aguardando ela se apresentar formalmente. Matte, por outro lado, lançava olhares congelantes nas fofoqueiras que começavam a criar boatos sobre a mamãe.

JESUS CRISTO! Que afobados! Depois que Rebeka deu o recado, os jovens quase se esmurraram para conseguir formar pares. Mary ficou só observando, tentando não tomar um soco aleatório ou um empurrão e terminar sendo pisoteada. Matte tomava distância, procurando uma sombra para passar o restante do dia (lendo um livro, para passar o tempo, talvez). Ao final, ela tinha algumas opções que começou a ponderar...

Gamers? Ela passava. Provavelmente o rapaz imaginava que a vida de criador era uma fazendinha feliz e a dona não estava afim de chumbar na matéria de bem estar pokémon logo no primeiro dia por conta de alguém que tem vício com jogos. As meninas, uma tinha grandes olheiras que poderiam ser de esforço no trabalho ou estudo, mas a produção visual entregava que era apenas parte do conjunto, assim como a que tirava fotos. Não pareciam o tipo que sujariam as roupas e se entregariam por completo nas tarefas. A última opção parecia mais interessada em trabalhar em equipe, sendo este o jovem que Mary se aproximou perguntando se ele queria fazer dupla consigo, esboçando um sorriso materno.

— Bom dia, sou a nova aluna da professora Rebeka. Pode me chamar de Mary. Gostaria de fazer dupla comigo? Tenho experiência com criação, mesmo que há quase 20 anos que não piso na escola. Prometo me esforçar para que a nossa dupla se destaque na aula!

Dava pra perceber o espírito esportivo do colegial percorrendo a última fala para ganhar o coração do jovem nerd com a esperança de um A+ em criação de babies.

— Jackie, então! - Disse sorrindo. - Vamos dar o nosso melhor!

Matte estava afim de meditar. Influências externas eram apenas grãos de areia no imenso deserto de irrelevância, pro treinador.

Quando o sino tocou, Rebeka parecia propor uma atividade para as duplas, querendo segregá-las por etapas. Dizia duas coisas relevantes para o processo de acasalamento e então abria o espaço para questões. Para quem já tinha usado um espaço desses antes, não tinha novidade alguma, só que talvez o colega tivesse algum questionamento que quisesse fazer...

— Você tem alguma dúvida? Parece que vamos ter que cuidar de um criadouro para receber um casal, deixando ele aconchegante pros pokémon. Não tem muito mistério pra fazer o básico, mas parece que podem ser usados alguns itens que surgiram recentemente no mercado para deixar o momento ainda mais propício e incentivar algumas características que se deseja em cada ovo, como habilidade e sexo biológico. Já ouviu falar?

Esperava que Chan ficasse à vontade para se expressar. De repente juntando nossos conhecimentos conseguiríamos um bom desempenho na tarefa.