[Conto] Rafael Luck

Sumário dos textos feitos sob minha autoria:

Semana 1 | 15/08/2021 ~ 21/08/2021 -> Conto postado dia 21/08
Semana 2 | 22/08/2021 ~ 28/08/2021 -> Conto postado dia 28/08
Semana 3 | 29/08/2021 ~ 04/09/2021 -> Conto postado dia 04/09
Semana 4 | 05/09/2021 ~ 11/09/2021 -> Conto postado dia 11/09
Semana 5 | 12/09/2021 ~ 18/09/2021 -> Conto postado dia 18/09
Semana 8 | 03/10/2021 ~ 09/10/2021 -> Conto postado dia 09/10

Livro um: Aura | A saga de um Lucario - Parte 01
Livro um: Aura | A saga de um Lucario - Parte 02
Livro um: Aura | A saga de um Lucario - Parte 03
Livro um: Aura | A saga de um Lucario - Parte 04
Livro um: Aura | A saga de um Lucario - Parte 05
Livro um: Aura | Um passado necessário

Última edição por RafaelLuck em Sáb Out 09 2021, 15:20, editado 7 vez(es)

Nossa história começa em uma terra distante a muito tempo atrás na época que pokémons e humanos sequer imaginavam coexistir.

Em meio a uma pacata floresta onde o vento soprava mais forte que o habitual um ovo seguia rolando para fora de seu ninho. Um dos pais havia saído para caçar enquanto o outro defendia seu lar de invasores e não teve condições de ver seu estimado ovo desse ladeira a baixo, por sorte havia um rio a baixo e nele algumas algas fofas que amorteceram a queda antes que o projeto de pokémon virasse uma bela omelete.

Os dias passaram e com o tempo o ovo rachou. Suas duas patinhas se espreguiçaram para o alto enquanto as pupilas foram se adaptando as novas sensações e o ar começava a fluir para dentro e depois para fora de seu pulmão. O pokémon olhou para seus arredores em busca de conforto, orientação ou alguma dica do que ele devia fazer enquanto terminava de retirar os pedaços de ovo que ainda colavam em seu pelo. Sem muita demora ele percebeu como saciar sua sede com a água do rio a sua frente e seu nariz o orientou por onde seguir para aplacar o tremido constante de sua barriga.

Ainda naquela mesma tarde onde havia chocado novos problemas surgiam ao seu redor. O frio da noite vinha e contra esse mal o pokémon não tinha artifícios ou maturidade o suficiente para desvendar uma solução que mantivesse seu corpo quente. Um cutucão molhado o fazia olhar para trás para encontrar um ratinho azulado que ficava sentado em seu rabo redondo. O bichinho não entendi a aflição do Riolu mas o convidava para mergulhar no fundo do rio onde a temperatura seria mais amena e assim ele o fez.

Logo que começou a encostar sua pata contra as margens um arrepio subiu pelo seu corpo. A água estava muito fria. Para o Azurill isso certamente não era problema já que o rio era seu lar. O novo amigo demorou um pouco para compreender que esse novo azulado era diferente dos de sua espécie. Depois de se refrescar o Azurill seguia saltitando até um outro lado ainda a margem do rio onde outro grupo de pokémons talvez ajudasse o Riolu a se esquentar. Outros azulados. Esses tinham um rosto estampado na cara o tempo todo e faziam piadas uns com os outros. Alguns eram poucos centímetros menor que ele enquanto os pais bonachões tinham o dobro de sua altura. O grupo ficava muito alegre em receber as visitas e alguns minutos depois o azurill voltou para dentro do rio.

Riolu entendia que era diferente mas ele ainda não fazia ideia do porque. Talvez fosse suas patas distintas ou algo assim. O grupo de Wynaut e Wobbuffets se reunia uns com os outros para espantar o frio. Riolu foi incluso nesse agrupamento e em pouco tempo pegou no sono...seu primeiro sono de todos.

Em seus sonhos ele sentia um calor que o preenchia constantemente. Um carinho e afago de mais energias. Algo transcendental que nem mesmo ele sabia ao certo o que era. Seus olhos abriam e ele ainda não sabia se era realidade ou fantasia. Um par de Lucarios levava suas patas até o ovo que ele outrora era de repente...um dos Wynauts o trás de volta para a realidade. Ambas as orelhas do lupino se abaixavam, ele gradualmente recobrou sua noção de tempo e espaço e olhou para o alto no topo de onde seu ovo havia caído de alguma forma ele sabia que era lá onde deveria estar e que acharia um jeito de voltar para casa.

Eu esqueci de fazer o roll...desculpa.

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::Atualizado::

Livro um: Aura | A saga de um Lucario - Parte 02

Nosso simpático Riolu tinha um destino mas não sabia ao certo como prosseguir. Suas habilidades não eram as mais apuradas já que estava no seu segundo dia de vida e sequer sabia direito como o mundo ao seu redor funcionava. Seus amigos Wynaut e Azurill traziam frutas e o instruíram na primeira habilidade que qualquer morador da floresta precisaria saber se quisesse durar até seu terceiro dia: Sobrevivência.

Wynaut mostrou algumas berries como Oran que o ajudariam a recuperar suas energias. Azurill por sua vez ajudava Riolu em uma habilidade necessária para ter sucesso quando fosse adentrar o caminho da floresta: combate.

Cada um deles se posicionou de um lado do rio e começaram a trocar golpes. Azurill mostrava uma primeira fragilidade de nosso protagonista: ele não sabia revidar golpes a distância. O canino ensopado e ainda descobrindo do que era capaz buscou uma resposta dentro de si mesmo e firmou suas pernas. Elas pareciam ser a chave para vencer aquele problema e com um impulso rápido ele conseguiu executar com sucesso seu ataque contra Azurill que mesmo sendo derrotado estava muito feliz pela evolução do amigo.

Wynaut chegava logo depois com orans e eles ficaram replicando esse comportamento durante toda a manhã até que em certo momento as garras de riolu adquiriram um tom metalizado e ele conseguia vencer azurill com apenas um ataque de suas garras. A dupla de amigos achava que ele estava pronto para seguir montanha acima, mas um dos anciões woobuffet veio até eles e propôs um desafio.

Ele os acompanhou em uma breve caminhada até uma elevação do rio onde um Poliwhirl fazia seu habitat e apontou para o ninho que ficava atrás do pokémon. O desafio estava lançado e Riolu entendia parcialmente o que deveria fazer. Primeiro ele foi até o azulado e o comprimentou. Quem sabe ele não poderia ser um novo amigo de tons azuis? O poliwhirl abaixou seus olhos e preparou sua postura de combate.

Riolu havia treinado para aquilo. Ele tinha certeza que daria conta do pokémon e que chegaria até seu objetivo. Em um disparo rápido ele conseguiu acertar um ataque no aquático que sorriu de volta para ele e com um único soco o jogou de volta para o ponto da arrancada de costas para a lama. O embate continuou assim até que a barriga de Riolu entregou sua situação. O poliwhirl por sua vez colocou as mãos sobre seus quadris e se declarou vencedor do combate. Riolu ainda frustrado deu um soco com sua pata no chão.

Sua busca havia sido negada e ele sabia bem o porquê. Ainda não era forte o suficiente para iniciar sua jornada. O girino bípede ia até ele e dava uns tapinhas em suas costas enquanto dividia uma oran. Uma relação saudável de mestre e aluno tinha início enquanto Woobuffet e os outros dois voltavam para a parte mais baixa do rio. No restante da tarde e noite foram repetidas trocas de golpes. Poliwhirl instruiu seu novo aluno na importante prática da meditação e de auto avaliar a si mesmo. A noite já havia chego e um bocejo entregava a condição de nosso herói. O mestre sabiamente dava o dia por encerrado e fazia uma cama com algumas folhas grandes de nanab berry para que o canino não sofresse com o frio.

O pesadelo da noite passada se repetia e ele estava ofegante. Novas informações vinham até ele sobre a floresta e o que o cercava. Ambas as orelhas estavam em pé e uma fúria sem sentido o possuía. Porque ele havia sido abandonado? Poliwhirl o acordou com um tapa duplo e o orientou a respirar profundamente. Meditar. Relaxar e começar a controlar seus pensamentos. Pouco a pouco Riolu se descontrolava e o mestre o colocava de volta em seu lugar. O poder crescente em seu peito estava sendo domado mas não seria de imediato que os pesadelos iriam cessar...

Sorteio do prêmio.

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Meu Deus... O que vai acontecer no terceiro dia...

Atualizando...

Riolu encontrava alívio graças a meditação. A noite funcionava completamente diferente do dia. Suas orelhas insistiam em levantar e ele as forçava a abaixar. Naturalmente ele começou a perceber que sua conexão com o mundo externo estava além do que seu pelo, nariz, orelhas, língua e olhos captava. Ele captava algo além...um pulsar vibrante que mexia com as emoções intima do lobo lutador.

Poliwhirl percebeu essa aflição que transparecia em sua pupilo e o levou para um local especial na manhã depois do primeiro pesadelo. Lá uma enorme cachoeira fluía incessantemente formando o começo do rio que acolherá tão amavelmente nosso protagonista. O mestre cumprimentava os moradores locais da mini lagoa que se formava no começo da queda e depois pulou da margem para uma pedra alta que resistia a erosão continua da cachoeira.

Riolu ficou preocupado. Ele conseguia saltar até o mesmo ponto mas o que eles iriam fazer ali? Logo ele iria descobrir. Logo de cara a primeira dificuldade: ouvir, entender ou compreender qualquer coisa diante do som constante da água caindo contra as pedras e o restante do lago. Além disso por mais que as patas estivessem firmes contra a pedra vez ou outra elas cambaleavam ou escorregavam arriscando um tombo. A expressão do lobo molhado era de constante incomodo. Seus olhos demonstravam isso como se a natureza estivesse o atacando a todo instante. Seu professor por outro lado firmava sua base e socava contra o topo da cachoeira. Depois do primeiro soco ele ajustava para os lados e dava um segundo soco para o alto convidando o irritado Riolu a repetir o gesto.

Na primeira ida nosso querido canino caiu de bunda na pedra. Poliwhirl apenas levou a mão para o ajudar e em contra partida...Riolu deu um urro alto e raivoso. Ele estava frustrado. Passava vergonha. Molhado e não entendia como aquilo iria fazer ele voltar ao topo da montanha. Poli se aproximou e pela primeira vez Riolu sentiu um carinho paternal. O olhar de seu mestre mostrava que ele não fazia aquilo para ferir seu aluno e o gesto que completava o olhar era um abraço amigo que literalmente levantou o lobo de sua queda e o pós de volta em duas patas.

Uma aula lenta e progressiva teve início onde ele ensinou a postura adequada somada a respirações que facilitavam a passagem de energia ao redor do corpo. A visão do Lupino se ajustava conforme socava a água que caia sobre sua cabeça. De alguma forma a pressão que antes lhe era tão avassaladora agora o tranquilizava e ao comemorar com seu mestre uma surpresa caia do céu nas mãos do pequeno lobo. Uma linda pedra azulada com tons safira. Animadamente ele a levou até Poliwhirl que olhava admirado para a bela pedra polida.

Rio a entregava o presente como sinal de gratidão ao mentor e poucos segundos depois o brilho intenso e azulado preencheu toda a cachoeira. Riolu conseguia ver a progressão da energia e a fluidez com que pedra e pokémons se tornavam um novo ser que pulsava muito mais energia. Agora seu mestre tinha um corpo mais parrudinho mas os olhos demonstravam a mesma gentileza que havia ali antes da evolução. Eles davam o treino por encerrado e iam comer algumas berries mas antes de ir Riolu percebia um outro brilho impar fundo da cachoeira...O fluxo ali era mais selvagem e intenso então ele não arriscaria adentrar aquela área ainda...mas algo o chamava naquela direção. Seria o destino em ação?