Re: Ground Zero

por **Sleepy** Seg Jan 17 2022, 18:30

Route 111

Ground Zero

Ren começava a me seguir, o que não sei dizer se era algo sábio da parte dele ou não, pois eu realmente não tinha ideia de onde estava indo, podiam ser apenas alucinações causadas pela insolação, embora Ren diz estar vendo coisa parecida também o que talvez anulasse a possibilidade de ser de fato uma alucinação. Afinal, qual a chance de duas pessoas estarem vendo a mesma miragem? Não é assim que a mente humana funciona, cada pessoa tem estimulos diferentes. Porém, nossos estímulos eram os mesmos, nós dois queríamos ver qualquer coisa que possa significar ajuda, mas isso não significaria que veríamos miragens iguais.

De qualquer modo, quanto mais me aproximava, mais ficava claro de que de fato não era mais uma miragem. Eu conseguia perceber até mesmo a cor das bandeiras que flamulavam ali, um verde, bem contrastante com o resto do ambiente e claro, o mais importante: vozes. Eram pessoas, e eu tenho certeza que minha mente não era capaz de criar vozes completamente novas, por mais louca que eu estivesse. Consegui ouvir um nome... Edna. Não sei o que aquelas pessoas estavam fazendo acampando em um deserto, mas convenhamos, eles também não devem ter ideia do porque dois moleques como nós estão se arrastando por aqui.

- O-oi. Desculpe pela inconveniência. - Eu dizia após Ren se introduzir com palavras que diríamos não serem as mais convencionais. Mas não o culparia, também estou tendo dificuldades em falar: - Umm.... Umm... não sei se é pedir muito, mas... vocês sabem de ruínas aqui nesse deserto. É pra isso que estamos aqui... - sem contato visual, eu acabava por falar o que estávamos fazendo aqui. E olha, pensando bem, não parece uma boa ideia. O que aqueles dois vão achar disso? Dois moleques atrás de ruínas no meio do nada em um ambiente inóspito desses.

E no fim, minhas pernas fraquejavam e eu caía de joelhos na areia. Conseguia me segurar para não desmaiar por completo, mas acho que não duraria muito tempo. Pelo menos, tentaria ouvir a resposta daquele casal.

por **Koi** Ter Jan 18 2022, 15:22

Nunca diga nunca. Vai que você diretamente ao encontro de alienígenas que só estavam selecionando o mais inóspito lugar pra pousar sua nave?! Não tem nem o que reclamar, escolheram a suposta estrela alienígena como sua guia nesse deserto. Seria uma simples situação de causa e consequência...

– Misericórdia Albiere! A menina tá quase desmaiando... – sororidade, a gente vê por aqui.

Sem hesitar ou fazer cumprimentos quaisquer a mulher avançou correndo na direção de Kath ao vê-la cair de joelhos na areia quente. Edna tinha o ar jovial e um olhar maternal, num castanho que combinava com seus cabelos, ainda que nestes fosse possível ver fios grisalhos aleatórios, principalmente agora que estavam presos num coque firme na nuca; as poucas rugas também não negavam sua maturidade. [imagem ilustrativa]

– Ruínas?! Mas o que duas crianças querem procurando ruínas aqui, nessas condições? – questionava o homem, justamente cumprindo os receios de Kathryne.

Albieri, por sua vez, aparentava ter exatamente a idade que tinha, se não um pouco mais, sem tentativas de esconder suas rugas bem marcadas e com o cabelo já totalmente branco. Ao contrário de Edna, ele tinha um ar mais questionador, de olhar sério, tanto que nem se adiantou para receber a dupla de jovens. Contudo, sua voz era honesta e não escondia a preocupação que tinha com a situação. [imagem ilustrativa]

– Deixe de bestagem, homem, e me dê umas garrafas de água, ande! – foi assim que o velho se moveu, depois de ter retirado as tais garrafas de uma bolsa térmica que as teria mantido um pouco mais frescas.

– Como assim ruínas?! Vocês tem alguma ideia do que estão procurando? Parece que só caíram aqui de paraquedas... – murmurou uma vez mais, entregando as águas a dupla. Edna, preocupada, tirava seu chapéu de abas largas e o usava para abanar Kath, enquanto apalpava a testa da loira com a mão livre, como se tentasse sentir uma temperatura outra que não fosse da pele torrando no sol.

Ren & Sleepy – Manhã | 42ºC – Shimmer Desert

Progresso de rota - Renzinho:

Progresso de rota - Sleepy:

por **Sleepy** Ter Jan 18 2022, 17:59

Route 111

Ground Zero

Albiere, esse era o nome do homem do casal, pelo menos eu acho, não sei se já estava ouvindo as coisas com clareza ou não. De qualquer maneira, eles de fato não pareciam pessoas ruins, nenhum tipo de criminoso usando esse meio do nada como base secreta. Na verdade era apenas um casal, aparentando ter uma idade avançada. Ok, é difícil de acreditar em um motivo para dois moleques que nem eu e Ren estarem por aqui, mas eu também não sei o porque esses dois estão aí. Não me lembravam nenhum tipo de nômade, mas não é como se eu estivesse na compostura de questionar qualquer coisa.

Falando em questionamentos, é claro que os meus motivos seriam questionados. O que dois moleques, que definitivamente não aparentavam estarem prontos para explorar o deserto estavam atrás de ruínas, que ninguém sequer sabia se eram reais ou não. Talvez pensassem que o calor do deserto já tenha fritado os nossos cérebros, o que de certa forma aconteceu, mas as ruínas eram o nosso objetivo antes de sermos "fritos". Eu honestamente não tinha como explicar, mas no fim eu acabaria de falar um pouco mais, do que provavelmente soaria como um nada com nada para aquele casal.

- Umm... somos treinadores Pokémon... - Falava com longas pausas entre as palavras. Eu realmente não sei se estava bem: - Acho que foi muita ingenuidade de nossa parte... procurar por algo que nem sabemos que existe... de qualquer modo, desculpe-nos pela inconveniência. - Acho que eu devo ter demorado quase três minutos pra falar todas essas palavras. Eu estava completamente inconsciente de meus arredores, apenas tinha consciência do que estava na minha frente, que no caso era o casal, até tinha me esquecido da presença de Ren naquele momento.

- O-obrigada... - Dizia ao receber as garrafas de água em minhas mãos: - Se essas ruínas não existirem mesmo... vocês sabem como podemos sair desse deserto?

por **Renzinho** Qua Jan 19 2022, 22:30

❁ lost under the surface

Route 111

Numb ♪

Ah... Eu tive uma conversa com a líder de Mountrock, Gwen, recentemente... Ela me disse que eu talvez conseguisse encontrar algo aqui que valesse a pena procurar. — interveio Ren, tentando complementar a resposta de sua colega loira, ao notar a dúvida expressa na face de Adalberto. Ou era Adolfo? Enfim, o coordenador também não tinha muita certeza do que tava fazendo com a paçoca, só esperava conseguir fazer com que Alfredson não os denunciasse para a delegacia mais próxima. Não que fizesse muita diferença, já que provavelmente não havia nenhuma muito perto dali.

A doce senhora havia ignorado as red flags de jovens doidos no deserto e oferecido-lhes o néctar divino. Oh sim, finalmente, suas mentes clarearam-se perante a maravilha celestial que escorria-lhes pela garganta. Depois de mais um farto gole da mais deliciosa água que já bebera, Ren piscou algumas vezes, tentando voltar a si mesmo. — Ah sim, perdão. Acho que acabamos por afoitar-nos com a perspectiva de vislumbrar o passado desconhecido. Eu queria conhecer as histórias do há muito, mas parece que a única história que encontrei aqui foi a de dois adolescentes imprudentes cambaleando perdidos.

...

Voltar? Parecia uma boa ideia. A curiosidade ainda sussurrava no subconsciente do aprendiz, mas a fala de Agnelser e Kath haviam caído com peso sobre si. Onde ele estava com a cabeça? Se queria tanto cortar o pedaço de linha que sustentava-lhe a vida, um deserto certamente não seria a opção mais interessante.

Mas ela ainda estava lá, instigando-o. Tão ingênua curiosidade. Se haviam chegado tão longe, por que não ao menos tentar mais um pouco? — Desculpe, mas antes disso... — interrompeu-os todos, antes que o casal pudesse responder a última pergunta de Kathryne. — Por um acaso vocês viram algo incomum por aqui? — perguntou, não conseguindo conter-se. Em seguida, seus olhos pousaram no verde tremulante ao seu lado. — E se não for indelicado demais... O que essa bandeira representa? Nunca a vi antes.

Ah sim, o interesse súbito e incontrolável. O que mais poderia surgir em uma mente cercada por estímulos inconvenientemente perigosos e árduos?

Os jovens realmente estão perdidos.

56 - Day Care

por **Koi** Qui Jan 20 2022, 22:19

Foi um inevitável ver as caras de dúvidas e leve incredulidade nos anciões quando as crianças falaram. Principalmente porque Kath enunciava como se tivesse incorporado um Slowpoke, enquanto Ren buscava na sua biblioteca mental um vocabulário e arranjos de linguagem que nem os mais velhos diante deles usavam. Edna parecia preocupada, tateando nervosamente as testas da duplinha, como se aqueles fossem sinais de um surto ou coisa assim - insolação, talvez?! -, enquanto seu marido coçava a lateral da bochecha, observando.

– Olha, coisa incomum... Sim, a começar por vocês, quase tudo nesse deserto é incomum, com exceção da areia, heh. – o velho homem brincava, já menos armado diante da confusão que vira se desenhar entre os dois jovens – A bandeira a gente usa pra muitas coisas. Por enquanto ela tá servindo pra sinalizar onde estamos, pros nossos amigos que estão por aí, porque saímos pra procurar um ponto com bom sinal de satélite pra usar nosso comunicador. Aparentemente é este lugar aqui.

– É... Mas eu acho que vocês deviam mesmo procurar a saída, viu?! Não parecem nada bem, uhm, uhm. Quantos dedos tem aqui? – Edna seguia preocupada, agora testando algumas reações enquanto erguia o indicador e o dedo do meio juntos.

– Ai Edna, deixa de drama, mulher. São crianças se aventurando. Até parece que nunca fizemos isso antes! – reclamava o homem enquanto dava as costas para todos, tirando do bolso da jaquetinha que usava um aparelho muito esquisito, com uma antena torta que se prolongava de tal forma que parecia uma arma de fogo. Isso para não falar do aparelho em si que, antiquado, era maior que a mão do velho [imagem ilustrativa].

– Vai pedir um resgate pras crianças, Albiere? Eu acho que vi um Ranger no posto avançado na 108.

– Ah, não. Eu ia chamar Leônidas. Se tem alguém que pode saber de ruínas nesse deserto, deve ser ele. – sem cerimônia, Albiere fazia o que bem entendia, ignorando as preocupações da esposa – Mas, ajudaria se vocês ao menos soubessem o que estão procurando...

– Velho tonto... Tomem, pelo menos aceitem mais água. – rendida, Edna iria buscar mais um par de garrafas na bolsinha térmica do casal; quantas mais ela teria para manter um par de idosos no deserto?

Ren & Sleepy – Manhã | 42ºC – Shimmer Desert

Progresso de rota - Renzinho:

Progresso de rota - Sleepy:

por **Sleepy** Sáb Jan 22 2022, 01:28

Route 111

Ground Zero

A nossa sorte é que aquele casal não era nada hostil, na verdade estavam bem dispostos a ajudar, só precisavam saber como ajudar. A introdução minha e de Ren não ajudou em nada, eu mal consegui formar frases direito e por mais que Ren tenha se saído melhor, o casal também não se mostrava convencido com ele. Eu precisava voltar pra mim mesma, voltar a lúcidez, e bem, me hidratando era o melhor primeiro passo para começar a fazer isso. Quando eu me sentir melhor, eu já poderia explicar exatamente o que estávamos procurando, embora, eu ainda não saberia exatamente, pois afinal, sei que essas ruínas existem, estou convencida disso. Mas conseguiria convencer Albiere e Edna?

Eu respirava fundo, passavam-se minutos em que eu tentava me recompor, tomava água, até perceber que eu mesma estava sendo "gulosa" com aquela garrafa. O casal acampando me dava a mão e eu já estava indo pegar o braço. Isso com certeza não pegaria bem e em um gesto típico meu, um leve sussurro dizendo "desculpa" e então evitando contato visual. Pelo menos isso era um sinal de que eu já estava voltando a um estado normal, já estava com mais compreensão dos meus arredores. Acho que já era uma boa hora pra eu começar a minha explicação.

- Por mais que a gente não pareça preparados pra uma viagem no deserto, até que fizemos alguns estudos sobre a área. Quer dizer, não juntos, porque a gente se conheceu tipo, hoje mesmo, hehe. - Eu literalmente falei isso porque eu não queria que aqueles dois pensassem que eu e Ren éramos um casal. Coisa boba que me incomodava: - Mas a conclusão que chegamos é que esse não é um deserto natural e pra uma desertificação tão imensa dessas ter acontecido em tempos antigos onde a tecnologia não era um fator é de fato um pouco estranho. - Eu ainda falava devagar, mas não devagar no meu jeito "quase morrendo" mas sim no meu jeito tímido de sempre.

- Enfim, eu tenho a hipótese de ser um Pokémon lendário. Mas, não me leve a mal, não somos ingênuos a ponto de pensar que podemos capturar pokémon lendários então pra isso queremos achar as ruínas da civilização onde tudo isso começou.. Acho que o certo a dizer é que somos apenas curiosos, não é Ren? - Bem, era melhor eu deixar ele falar, vai que eu estava falando um monte de besteira e os motivos de Ren eram outros.

Bem, se essa história toda ia descer naquele casal aí era outro problema, mas antes eu tinha outra pergunta a fazer:

- Seus amigos? Vocês trabalham pra uma organização ou só são simplesmente... curiosos como nós? - Falando em curiosidade, eu não pude deixar de questionar quem eles eram.

por **Renzinho** Seg Jan 24 2022, 14:54

❁ lost under the surface

Route 111

Numb ♪

É, isso aí, pode acreditar.

Dois dedos, bandeira sinalizadora, sinal de satélite, ruínas, teorias da conspiração, lendas ambulantes perambulando por desertos... É, acho que foi nessa lista mesmo que Ren assinou ao final da conversa, apesar de não ter prestado atenção nas letras miúdas ou ouvido muito bem. Ah, parecia ótimo! Com certeza tudo o que um jovem confuso e perdido na vida precisava: um bando de informações estranhas no meio de um ambiente estranhamente inóspito.

Ainda assim, o cérebro do coordenador foi arquivando alguns pontos interessantes daquilo tudo. Sinal de satélite? Talvez valesse a pena arriscar algo com Rotom e seus programas, novamente. Além disso, algo que Kath disse e pediu o apoio de Ren fê-lo franzir o cenho. — Hm? Ah... Curiosidade? É, eu acho que posso dizer que sim. Mas na verdade, eu acho bastante pálpavel esse deserto ser natural sim. Hoenn é uma região antiga, e o lugar em que estamos atualmente situa-se em um vale. Uma cadeia de montanhas cerca todo o perímetro do deserto, então faz sentido haver um processo de desertificação pela falta de umidade, visto que as montanhas impedem as nuves de chuva de chegarem até aqui.

Como um aluno que prestava atenção nas aulas de Geografia, eu (e acredito que Ren também) não poderia deixar isso passar em branco. — Além disso, o vulcão de Lavaridge evidencia que as montanhas podem muito bem serem naturais também. Eu só vim aqui averiguar coisas em nome de uma arqueóloga mesmo. Apesar de que talvez o vulcão estar ativo há tanto tempo e as montanhas não terem erodido muito até hoje possam sim ser coisas relacionadas a um ser superior. — ponderou sozinho, não abandonando completamente o ponto de Kath. É, as pessoas podem mesmo ser chatas com estudos de vez em quando. Desculpe, Kath.

Bem, acho que já basta de tentar bancar o nerd. Agora que Albirinto estava chamando alguém para ajudá-los, Ren não se sentia muito motivado a ir embora. Ao invés disso, aproximou-se de Edna, a detentora de garrafas d'água infinitas. — Você precisa de ajuda? Gosto de beber água, mas não ficaria bem em saber que acabamos com todo o seu estoque. Nós temos dois Pokémon aquáticos, se isso puder ajudá-los de alguma forma.

57 - Day Care

OFF escreveu:Koi, acho que já deu o cooldown do Itemfinder, né? Se sim, vou estar ativando ele.
Além disso, tem como ganhar um dinheirinho em algum lugar? Eu tenho umas contas pra pagar mas o coitado do Ren tá duro adkfasdkfjsdk.

por **Koi** Ter Jan 25 2022, 16:41

Imaginem, se com planejamento e sintonia uma dupla pode divergir de ideias (como Albiere e Edna aqui, por exemplo), que dirá dois estranhos que recém se conheceram e decidira entrar numa viagem misteriosa e incerta juntos?! É natural que as concepções e motivações de Ren e Kath fossem diferentes o suficiente pra deixarem a situação levemente mais confusa.

Independente disso, os mais velhos não se apegariam a tais detalhes, principalmente o homem que focava em fazer a ligação que queria, captando apenas trechos das respostas dos aventureiros. Em dado momento ele até começou a andar em círculos ao redor de uma pequena área naquela demarcada pela bandeira. Já Edna, obviamente, se mantinha por perto da duplinha, com seus instintos maternais aflorados.

– São muitas hipóteses pra mentes tão jovens, né?! Eu sei bem como é, o Albiere ali é cientista e mesmo nessa idade tá sempre com a cabeça matutando hipóteses pras coisas... – explicava de um jeitinho humorado, reunindo na bolsa térmica algumas garrafas já vazias – Eu, particularmente, não faço ideia de porque o deserto existe, mas também não me pergunto. Só aceito que ele esteja aí. Já está há tanto tempo, não é mesmo?!

– Leônidas! Me escuta... Aham. Uhum... Escuta... Ô Leônidas... Sim, estamos... Escuta, deixa eu te falar... – puderam entreouvir o velho dizer quando passou por perto, falando em seu aparelho.

Aquele era um sinal de que realmente o sinal (?) ali estava funcionando, pelo menos para o tal aparelho via satélite. Para um Rotom Phone que se servia de outro tipo de tecnologia, entretanto, as coisas eram diferentes, por isso muitas funções estavam claramente comprometidas. Entre elas, claro, o acesso e manipulação do GPS uma vez que estavam numa área de mapeamento, por algum motivo, incompleto.

– Albiere faz parte de um grupo de pesquisa da empresa do Doutor Leônidas, amigo dele. Eles vivem fazendo expedições como essa pra tentar achar alguma coisa nova. São velhos cientistas. O Albiere é geneticista... Aqui, querido, se puder me ajudar a repor essas garrafas... – quebrou a conversa momentaneamente para falar com Ren, que tinha se oferecido para fornecer água ao casal – ... E o Leônidas é antropólogo, se não estou enganada, mas não se afasta muito da arqueologia. Por isso que, se vocês procuram algum tipo de ruína, talvez o Leônidas saiba dizer algo. – como se lembrasse de algo importante, se voltou principalmente para Kathryne, erguendo o dedo indicador como quem procura dar um conselho importante – E nem tentem capturar um lendário, viu?! Principalmente se o que procuram for mesmo o responsável por esse deserto. Não sou cientista, mas sei muito bem que eles fazem parte do equilíbrio do mundo.

Off escreveu:Renzinho, infelizmente durante rota de entrada pra Dungeon não é permitido nenhum tipo de recompensa, nem via Itemfinder, se não invalida e teriam que começar do zero :c

Ren & Sleepy – Manhã | 42ºC – Shimmer Desert

Progresso de rota - Renzinho:

Progresso de rota - Sleepy:

por **Sleepy** Qua Jan 26 2022, 19:52

Route 111

Ground Zero

Ren tinha ideias diferentes das minhas e honestamente eu ficava surpresa com o conhecimento e a sensatez que ele mostrava. É, eu realmente não era do tipo que prestava muita atenção nas aulas de Geografia, na verdade eu não prestava atenção em nada durante a minha época escolar, após ter perdido minha mãe. Mas enfim, Ren ter dado um parecer sensato em cima do que eu falei é algo que eu apreciava, somava um pouco de credibilidade a nós, a ponto de não nos fazer parecer dois adolescentes perdidos, o que de fato éramos. Porém algo na fala dele me deixou curiosa, algo que talvez ele tenha explicado antes mas eu esqueci quando meu cérebro literalmente fritou.

- É bom ter uma explicação sensata pra isso, hehe. - Eu dizia para Ren antes de fazer a pergunta sobre o fato que me deixou curiosa: - Arqueóloga? Então você tá aqui pra fazer um favor pra alguém. Hehe, pelo menos você não é um completo perdido que nem eu. - Eu fazia um comentário um tanto que bem humorado. Mas o fato dele estar aqui em nome de uma arqueóloga pode significar que ele realmente tem mais conhecimento do nosso objetivo.

Antes que eu pudesse conversar mais com Ren eu tinha minha atenção cortada por Albiere que tentava se comunicar com o seu... colega de trabalho. Quer dizer logo depois Edna viria e confirmaria que de fato o tal do Leônidas era colega de trabalho de Albiere. Saber quem eles eram me trazia boas notícias. Eram cientistas, se o conhecimento de Ren já me ajudaria bastante, imagine o conhecimento de alguém que dedicou anos aos estudos? Talvez com essa ajuda, não seja tão difícil achar as tais ruínas.

- São especialidades bem diferentes uma da outra. - Um geneticista e um antropólogo. Mas posso ver os dois campos de estudo trabalhando juntos no que se diz em estudar uma civilização antiga. Mas talvez nem seja por isso, o que Edna disse me deu a entender que se conheciam há bastante tempo: - Ah, se quiser ajuda, eu também posso ajudar. - Eu me sentiria mal de ver Ren ajudando a senhora sozinho enquanto eu literalmente "boiava". De qualquer maneira continuava a responder as falas de Edna: - Qualquer ajuda é bem vinda. Ainda mais de pessoas que dedicaram muitos anos aos estudos. E claro, não vamos capturar lendário nenhum, até porque nem sequer me parece ser algo possível. - E respondia o último comentário de Edna em um tom bem humorado.

por **Renzinho** Sáb Fev 05 2022, 18:44

❁ lost under the surface

Route 111

Numb ♪

Dor e sofrimento, apenas.

Ah, como assim o sinal não funcionava? Poxa, eu precisava desse dinheiro...

Quero dizer, que saco, vai ficar mais difícil de achar as ruínas assim! Bem, acho que não importa tanto: parecia que o Destino estava puxando suas linhas para guiar a dupla para onde quer que eles precisassem ir. Ou talvez fosse aquele senhor que eles nunca viram na vida, pode ser também. Não era como se isso fosse um fato que estava pesando muito na cabeça de Ren.

Ele estava mais ocupado supreendendo-se com a tranquila franqueza de Edna.

Depois de piscar algumas vezes, ele exibiu um meio sorriso, concordando com a mais velha. — De fato, o deserto está aí, e nada que eu faça pode mudar isso. Ainda assim, talvez ele tenha alguma supresa para jovens tolos o bastante para adentrá-lo. — disse por fim, dando o caso dos "por quês" como encerrado. Afinal, ele tinha que ajudar a idosa a repor as garrafinhas d'água: ela não cai do céu! Quero dizer, até cai, mas... Ah, você entendeu.

Enquanto isso, ela continuava a explicar mais sobre seu parceiro e o amigo deste. Eram pesquisadores, por um acaso, e poderiam de fato conseguir ajudar a dupla de treinadores. Eles estavam no ápice do academicismo, no final das contas, e seu conhecimento definitivamente supera em muito o de um jovem que havia terminado o Ensimo Médio. — Entendo... Obrigado por estarem nos ajudando, mesmo sem saber nada sobre nós. Foi insensato de nossa parte vir aqui sem mais nem menos, e não sei o que poderia ter acontecido se não estivessem aqui.

Talvez eles afundassem na areia, caindo em uma dungeon escondida no meio do deserto, descobrindo um mundo perdido e encontrando criaturas exóticas e hostis. Por mais que seja a história de uma série de isekais, parece algo bastante palpável aqui também. — Bem, não acho que eu teria a arrogância de tentar capturar uma criatura desse naipe. A não ser que ela seja rosa: admito que tenho uma fraqueza por bichinhos rosados. Se tivesse um diamante rosa brilhando pelas areias do deserto... Talvez eu me deixasse levar pela surpresa! — disse ele, dando sequência a uma risada um pouco exagerada, deixando evidente que era uma piada.

... Era uma piada, né Ren?

58 - Day Care

por Conteúdo patrocinado