[Contos] - Tielo

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Semana 2

Personagem: Tielo
Temática: Particularidades da história e desenvolvimento do personagem.

Tratando-se de um povoado nômade, era relativamente fácil dizer quais eram suas ambições e percepções do mundo. Ainda que básicas e cruas, o sentido de todos era o mesmo: viver uma vida leve. O que isso queria dizer? Bem. Cada um tinha a sua própria interpretação…

Em sua maioria, todos tinham um papel importante para o bom funcionamento daquele sistema. Amantes de arte, circenses ou não, iam de cidade em cidade, levando um pouco de cultura e entretenimento para os cidadãos. Em troca, pequenas quantias de dinheiro, ofertas de itens e trocas que iam de objetos à… Favores…

Uns apresentavam-se artisticamente. Canto. Dança. Performances. Recitações. Contavam histórias. Tocavam instrumentos. E faziam apresentações juntamente de Pokémons. Outros eram da parte comercial. Vendiam artigos e objetos comprados ou ganho como dito anteriormente. Outros vendiam alimentos e bebidas produzidos de receita própria daquela cultura. E também haviam aqueles que prestavam serviço, em geral, espiritual, leitura do futuro, e similares. Essa parte era mais para os crentes no divino, cósmico ou exotérico. E por último, os que não tinham uma aptidão em particular ou com o público, e seus serviços eram mais como bastidores. Como os tratadores de Pokémons, curandeiros (que também lidavam com público quando se sentiam bem), os que faziam manutenção de barracas e carroças ou roupas.

Tielo tinha duas aptidões maiores. A primeira era os instrumentos musicais. Se interessava por todos, mesmo que superficialmente. Sopro, tecla, batuque. Mas em mais particular e íntimo os de corda. Violão, violoncelos, violinos, guitarras, baixo e até harpa. Sempre ficava agarrado com um, o que tinha ganho de seu avô. Não tinha nada em especial, a não ser o valor emocional. O segundo era o canto. Bem, uma coisa encaixa com a outra não? Não tinha uma temática ou estilo preferido. Era tão eclético que nunca conseguia responder à uma singular pergunta de ritmo favorito.

Já à outras artes, a história. A história fascinava-o. Contos, lendas, mitos e rumores. Todas elas carregavam poderosos ensinamentos. E saber a maior quantidade de história, pensava ele, que deixava-o inteligente. Se isso era verdade ou não, não sabia. Mas pensava assim… Os poemas eram um complemento à isso. Algo entre os contos e as canções. E seu vislumbre era igual.

A moda assim, colocava-o numa posição de destaque. Afinal, moda também é arte. Ela te compõe. Te demonstra. Te transborda. E isso era o notório da sua aparência. Sempre extravagante. Um artista, gostava de chamar atenção. Roupas grandes, com bastante adereço. Cores exuberantes e contrastantes. Mais precisamente, era possível vê-lo a quilômetros de distancia só pela cor.

Quanto à artes cênicas, circenses, esculturas, pinturas e similares… Era tudo muito novo. Assim como a arte do charlatanismo, como ele mesmo dizia. Nada muito aprofundado. Porém buscava este tipo de conhecimento.

Tinha uma boa relação com todos. Nada fora do normal. Não era surpreendente. Também não era ruim no que fazia. Mediano em tudo… E era o que o incomodava. Sempre o meio termo, o morno, cinquenta por cento. Boas histórias saíam de personagem assim? Porque não? Tudo era possível.

Já a relação com Pokémons era diferente. Próximos, ainda que mais íntimos que com pessoas, era algo desenvolvido. Eles sempre pertenceram de maneira muito conexa com o sistema em que vivia. Grandiosos em qualquer que se colocavam à fazer. Era uma inspiração. Apesar disso, colocava-os sempre num local de cuidado. Poderia ser o mais monstruoso Gyarados. Era como um filho. Um eterno bebê. E cuidava-os como um pai.