Smoke on the water

A cidade de Pacifidilog, quando observada por uma vista aérea, parece calma, plácida, completamente fora da realidade das grandes cidades como Rustboro ou Mauville. Ora, é apenas uma ilha pequena, com uma vida pacata e um tanto rural, com diversas casas que se expandem para fora da ilha, se tornando uma cidade "flutuante". O que tem de mais nisso? As pessoas por aqui parecem viver calmamente, como se nunca tivessem pressa pra nada. Bem... É o que se pensaria ao olhar a cidade de longe.

Chegando ao solo, as coisas se tornam um pouco diferentes. Mas isso ficará pra quando o jovem Howard puder observar com seus próprios olhos. De momento, ele apenas acaba de chegar na Mansão Milotic, uma residência particular, destinada aos membros da sociedade The Wolves. Depois de apresentar o novo membro da equipe aos demais e deixar eles se conhecerem por um tempo, o rapaz recolheu todos e se dirigiu até a mansão. Ele precisou passar por alguns procedimentos pra que sua entrada seja liberada (os quais o narrador não sabe pois não faz parte da sociedade) mas tudo correu muito tranquilamente e agora se encontra na recepção.

Ali, havia uma moça. Em Pacifidlog, as coisas "administrativas" são praticamente feitas apenas por mulheres, não a toa que o Conselho da cidade é composto por sua maioria de mulheres. Não seria muito diferente com a administração da Mansão, apesar de que assumir a recepção não necessariamente é um cargo administrativo e que a The Wolves não necessariamente precisaria seguir os costumes locais. Talvez seja apenas uma coincidência. Ao te ver entrando, ela pede por uma identificação sua e, ao ver que você era a pessoa a cargo da missão de proteção dos construtores locais, te dá mais algumas instruções. — Bem, senhor Howard, antes que parta, apenas preciso te dar um direcionamento importante... — Então ela te explicou direitinho como chegar no local de construção e também falou algo mais. — Lembre-se também que a administração do local está suspeitando de que esses ataques não sejam espontâneos dos Pokémon selvagens. Se puder tentar descobrir alguma coisa sobre isso, cessaria o problema com maior facilidade. Mas é da sua escolha, o contrato só diz que os trabalhadores precisam ser protegidos por sete dias, não é sua obrigação resolver as tretas daqui. Bem, acho que é isso... Se não tiver nenhuma dúvida, está liberado pra se apresentar no local e iniciar o contrato... Ou descansar um pouco antes de ir. — Caso haja alguma dúvida ela irá responder prontamente. Depois de respondidas ou se não houver nenhuma dúvida, ela apenas dirá uma despedida formal. — Boa sorte, senhor Griffin.

A moça foi cortês, mesmo com suas brincadeiras. No entanto, ela não pareceu achar tão engraçado quanto você. Talvez um senso de humor diferente? No entanto, ela sorriu. É difícil saber se foi apenas por educação ou se ela achou minimamente engraçado. Fica o mistério. Depois de tudo, um ultimo "Boa sorte". Dessa vez, sem te chamar de senhor. Ela pareceu ter entendido que você é do tipo mais casual e se adaptou no tratamento. Uma verdadeira mulher do atendimento!

Depois de tudo, você começou a andar pelas "ruas" de Pacifidlog, pelo menos enquanto estava na parte da ilhota. O movimento é bem tranquilo, apenas o esperado de um lugar tão remoto como esse. Apenas pessoas andando pra lá e pra cá, o fluxo se concentra muito em alguns pontos de interesse como o Centro Pokémon da cidade ou até mesmo a cabana do Fishing Guru, conhecido por passar conhecimento pros entusiastas de pescaria e fornecer algumas varas de pesca especiais. Fora isso, as pessoas rumavam no sentido contrário a esses pontos de interesse, divergindo em diversas direções, indo pra suas casas. Não há muito o que se fazer em Pacifidlog, é um local simples para pessoas simples que não querem muita agitação na vida.

A paisagem, por outro lado, é algo único. Enquanto na parte da ilhota, você consegue ter imagens compostas por três "pilares": As construções, o terreno e o vasto oceano ao redor. Na verdade, é como se fosse a própria proporção do mundo: 70% água e 30% terra. Nesse lugar fica tudo mais evidente, pois cada oportunidade que dá pra olhar para a borda da ilha, é uma imensidão azul que parece até infinita... Isso porque a visão que temos na altura dos olhos é de apenas 4 a 5 quilômetros de distância, variando com a altura do observador.

A construção ficava ao longo das tábuas de madeira que suportam as "ruas" da parte flutuante da cidade. Era quase como uma obra de pavimentação de estradas, mas com um perfil um pouco diferente, baseado mais em reforços de estruturas do que mudança do material da construção. Ao chegar lá, pedem uma identificação pra que você possa adentrar na área de construção e ao verem que você era o encarregado de proteger os construtores, te indicavam onde que estavam ocorrendo os maiores ataques. Obviamente, era na parte principal da construção. Considerando que a proteção seria por sete dias, é fácil de perceber que a construção está num estágio quase de acabamento, o essencial está quase finalizado e, a partir daquele ponto, já não será mais possível impedir a construção. Por isso que há a suspeita. No entanto, os trabalhadores não sabem o motivo dos Pokémon estarem atacando, eles pensam que é por conta de estarem fazendo bastante barulho com o maquinário e perturbando a vida marinha. No meio de algumas conversas com os trabalhadores, que te diziam quase a mesma coisa mas contado de forma diferente, você se encontra com o chefe de obras construção.

Ele parecia satisfeito em vê-lo, principalmente por saber que você oferecia proteção aos trabalhadores. — Ah, você é o rapaz da Wolves... Bem, espero que esteja pronto pra batalhar bastante, os ataques estão cada vez mais constantes quanto mais próximos chegamos de concluir a construção. Parece que estamos mesmo incomodando a vida marinha por aqui, mas... Precisamos fazê-lo, caso contrário vamos perder algumas passagens e aí vai ter gente ficando isolada do resto da cidade, ou até mesmo a casa de alguém pode afundar... Espero que quando tudo esteja pronto os ataques parem, afinal, não vamos fazer essa obra pra sempre... Bom, se tiver alguma pergunta, aproveite. Eu logo precisarei voltar a supervisionar a obra e ajudar os homens, também.

O engenheiro respondeu sua afirmação com um joinha e um pequeno sorriso e depois foi supervisionar e ajudar os operários. Por ser uma cidade pequena e o investimento não havia sido exorbitante, o engenheiro também precisava por a mão na massa e foi isso que aconteceu. Então, agora você estava meio sozinho ali, servindo apenas como um vigilante pra evitar que os trabalhadores sejam efetivamente atacados pelos Pokémon ou que precisem interromper o trabalho pra fugir. Além disso, por vontade sua, também está tentando investigar o motivo desses Pokémon estarem atacando.

Com isso, você deu uma ordem pra que seu Haunter tentasse encontrar algum ninho subaquático ou qualquer coisa do tipo, algo que indicasse que realmente estavam incomodando a vida marinha. Ele concordou com a cabeça e começou a flutuar na direção do oceano, depois mergulhando. Então, teria apenas que contar com as informações que ele pudesse trazer.

No entanto, ocorreu um probleminha. Talvez problemão. Com a obra acontecendo e Joker debaixo d'agua, você viu um grupo de Wingulls sobrevoando o local e eles estavam circundando a area de construção. Logo em seguida, começaram a grunhir de maneira um pouco agressiva, como se estivessem utilizando o movimento Growl. Ao olhar bem para eles, você conseguiu contar cinco Wingulls. Estavam prestes a atacar os operários e estes gritavam, apontando pro céu. — Olha eles de novo!

Ao entregar as Potions pros seus companheiros, eles aceitaram mas não saberiam muito bem como usá-las, mas ficaram com elas guardadas pra um uso póstumo, se é que vai haver. Joker parecia ainda não ter voltado de sua busca, mas a batalha estava acontecendo muito rapidamente, portanto era compreensível que não tivesse dado tempo do retorno do fantasminha.

Rapina imediatamente voava na direção do Wingull designado pra dar um golpe de corpo bem dado, envolvendo-se em uma aura alaranjada e voando com tudo pra acertá-lo. A gaivota aquática, coitada, acabou caindo em um unico golpe e nem crítico havia sido. Esta já estava fora de combate. No entanto, o golpe de corpo havia sido forte o suficiente pra que a própria Taillow sofresse um pouco de dano também, mas ela está bem.

Depois que Rapina atacou, todos os Wingull atacaram juntos, lançando um Growl grupal. O barulho era ensurdecedor e certamente seus companheiros sentiram um incômodo. Nem mesmo os trabalhadores conseguiram continuar por conta de tanto barulho. Aquele som de gaivota gritando incomodava muito os ouvidos e ainda por cima eram quatro delas fazendo isso ao mesmo tempo.

Logo depois desse ataque ensurdecedor, Blade avançou, dando um golpe com suas lâminas no Wingull que você havia ordenado. Depois dessa confusão de gaivotas gritantes, o ataque dele não causou muito dano, mas está contribuindo pra derrubar essa horda de pássaros aquáticos pouco a pouco.

Raiden acabava se movendo por ultimo, por ter um tempo de reação um pouco mais lento do que os demais mas em comparação a briga era injusta, considerando que as gaivotas tinham a mesma velocidade de voo que Rapina, que já é bem rápida. As Electro Balls não tinham seus melhores efeitos, pois o Magnemite é mais lento que os Wingulls, resultando em um dano um pouco inferior. Isto é, se não houvesse uma dupla fraqueza ao elétrico. As bolas elétricas atingiram o alvo solicitado, praticamente fritando o pássaro vivo, que também caiu com um unico golpe.

Em seguida, Rapina agiu novamente, atingindo um outro pássaro com seu Brave Bird, este que teria sido nocauteado imediatamente se aquele monte de Growl não tivesse sido usado. O Wingull alvejado sofreu bastante dano mas segue de pé. Sobraram agora mais três pássaros antes de terminar com essa batalha. Eles atacaram em conjunto, novamente, espirrando água da boca e mirando todos em Raiden, que resistia os golpes facilmente, era como se fosse apenas um banho relaxante pra ele. Em seguida, o Pawniard atacava novamente, causando pouco dano por estar bem enfraquecido. Por ultimo, antes que fossem necessários mais comandos, o Magnemite fritou mais um pássaro com sua bola elétrica.

Rapidamente Rapina respondeu aos comandos, sendo ela a mais rápida, tanto em tempo de reação quanto em velocidade, dos seus três aliados. Ela voou até o Wingull que deveria atacar e, enquanto estava no trajeto ia carregando uma aura alaranjada, um pouco diferente da aura do Brave Bird, e dava uma bela de uma cabeçada no pássaro aquático. Ele caía, também desmaiado.

Quando menos se espera, uma aura negra aparecia ao redor da ultima gaivota que havia sobrado, e ela começava a se debater um pouco antes de ficar completamente nocauteada. Na sua direita, Joker aparecia, completamente seco já que ele não tinha um corpo material pra ser molhado, com um sorriso grande no rosto. Ele havia agido por conta própria, pra ajudar seus companheiros nessa luta, mesmo que não precisasse tanto.

Os outros dois, Raiden e Blade, acabaram um pouco frustrados já que não conseguiram finalizar a batalha da forma que queriam, mas tudo bem. Eles deixaram isso de lado rapidamente e foram pra perto de você, assim como Rapina. Agora eles estavam bem tranquilos e os trabalhadores da obra também, estes que ouviram um grito do capataz pra que voltassem a trabalhar.