Pokémon Mythology RPG
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a burden of light

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Off :


a areia existe em várias formas, né? tem uns lugares em que ela é árida, incômoda, quase perigosa. depois que a chuva passa, a areia se une, fica mais consistente, como se tentasse lutar contra a torrente para continuar onde está, poucas vezes com sucesso. e tem a areia da praia, que é fina, leve, dotada de um tom dourado quase reluzente. um bom dia pra ir à praia, esse. ah, olha a mari surfando ali, bem que ela faz isso por hobby o tempo todo. eu devia apresentar ela pro chris, eles se dariam bem.

ah é, o chris

---

Como quem acorda de um pesadelo, Timothy levantou ensopado de suor, o tronco erguido por reflexo sem o apoio dos membros, o que causou uma dor aguda, mas passageira, além da tontura causada pelo efeito chicote no cérebro. Respirou fundo uma, duas, três vezes, antes de conferir as mãos, uma delas ainda com resquícios dos dedos enterrados na areia. Isso explica a reflexão em transe.

Mal deu tempo de olhar o lugar e procurar pelos pertences, o sol lhe ofuscou a vista, não por ter crescido repentinamente, mas pela sombra que saía do lugar bruscamente para conferir o seu estado. A cara emplumada deixava clara a identidade da sua Staraptor, que tinha um semblante preocupado. A partir disso, era hora de ligar os pontos sobre o que havia acontecido.

- Oi, Valentine. Desculpa te deixar esperando - Acompanhou a fala de um afago sobre a cabeleira avermelhada, tentando entender onde foi parar. Tinha saído com Chris para... Algum lugar no deserto, onde ele jurava que um Pokémon lendário vivia vagando. O que eles toparam no caminho com certeza não se tratava do caso, mas era igualmente poderoso. Não lembrava de um protocolo de autodestruição no livro de jogadas do Cofagrigus na TV. Bem, fica a experiência pra próxima. - Você tá bem? A Shelly, cadê a Shelly?? - Tentou averiguar o estado físico da sua companhia, antes de lembrar da presença da Gastrodon no local. Com sorte, estaria apenas retraída na sua cápsula, mas tinha que conferir onde as suas coisas estavam, primeiro.

Conhecendo Chris, sabia que a única direção que ele ia era pra frente, então primeiro era hora de reconhecer o terreno e encontrar os pertences próximos. Depois, encontrar algum ponto de referência para voltar à Mauville. E um checkup médico. Ser arrastado pela natureza não cai nada bem. Precisou de um momento para ajustar as vistas ao sol forte refratado na areia antes de conseguir escanear as redondezas, a bolsa da viagem não devia estar muito longe. Também começou a apalpar os bolsos, pulsos e a cintura, conferir se o dinheiro, o Pokénav e outras parafernálias tecnológicas, além dos invólucros que guardavam seus Pokémon.

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Off escreveu:
Seja bem vindo de volta o/

16h32min  
"Sol forte, poucas nuvens . 33ºC"


Sol forte mais dor de cabeça. Timothy despertava subitamente com um pouco de falta de ar, dores, arranhões em várias áreas do corpo. Seus lábios desidratados estavam soltando pedaços, até grandes demais para apenas um tecido epitelial simples. A garganta seca, com um pouco de areia em sua cavidade, parecia pedir por misericórdia. Claro que não seria atendida de imediato, afinal, primeiro ele tinha que entender onde estava, para depois tomar decisões.

Tudo o que via era o deserto escaldante que não se finalizava ao horizonte. O vapor abafado era trazido pelo vento, que não refrescaria o rapaz nunca. Staraptor era a única presença amigável ali debaixo daquele sol, enquanto se sentia aliviada pela consciência retomada de seu treinador. O problema era que ele fora deixado para trás por seu amigo. Ao menos era isso que ele poderia acreditar.

Dinheiro, Pokébolas e apetrechos no lugar. Gastrodon surgia erguendo-se da areia, enquanto ela escoava pelo seu corpo seco, que tentava reter a água dentro do seu corpo. Tarefa difícil hoje! Engraçado era que mesmo que o sol não se mostrando tão presente, já surgindo poucas nuvens (quase nada) para escondê-lo, o calor continuava fortemente.

Para onde ir? Sem sinal de internet, mas uma ferramenta do Pokénav era a bússola. Um mapa off mostraria que a rota 111, mais próxima para Mauville, ficaria ao sul e era para lá que o jovem dirigia. Claro, depois de recolher Shelly, cujo corpo não era adequado para avançar pelo deserto. Já Valentine poderia fazer até uma sombrinha para o rapaz. Ele tem água? Precisa se hidratar, moço!




Progresso da Rota - Timothy Sakazaki :

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Off :


Averiguando a situação em que se meteu, Timothy tirou por um momento os óculos de proteção e esfregou os olhos com as costas de uma das mãos, depois de procurar alguma parte das vestes que parecesse um pouco menos coberta de areia. Má ideia, já que os grãos nunca sumiam de fato sem água corrente. Roçou as pontas dos dedos antes de repetir a operação, dessa vez com confirmação tátil da ausência de silício. O deserto era brutal, mesmo para quem julga se preparar bem. Com certeza ia acabar com areia escapando dos ouvidos por dias.

Enquanto percebia os outros pertences sobre a pele e nas proximidades, juntou tudo por uns segundos, antes de ouvir um guincho familiar saindo da areia. Só que estava menos úmido do que de costume... Arceus, a Shelly. Virou o pescoço só para perceber sua Staraptor assustada, puxando com as penas a pele da melhor amiga, que surgia como uma espinha sob a tez bronzeada e brilhante daquele bioma. Isso ficava ainda mais visível pela falta de umidade, tão essencial para o bem estar da espécie. Sua Pokémon não teve tanta sorte quanto ele, de certo.

- Shelly!! Você tá bem??? - Correu uns três passos sem capricho na direção da aquática, averiguando a situação da sua escama traseira, normalmente fina e úmida. Como só um dos adjetivos era presente no seu estado atual, não tardou em pegar a garrafa d'água que tinha na mochila e virar metade do seu conteúdo sob a pele da Pokémon, com o cuidado que a situação permitia, de forma que o líquido não se perdesse tão facilmente na areia. Uma esponja como era, Shelly com certeza não deixaria de aproveitar a reserva que Timothy trouxe consigo.

- Olha pra mim. Tá tudo bem agora, viu? Vamos voltar pra casa - Afirmou, esperando alguma confirmação visual antes de colocar a sua Pokémon para repouso na sua cápsula. Ainda bem que, sem contar garotos temerários com lagartos voadores, era a última vida com quem tinha que se preocupar. Gostava de acreditar que, pelo menos, Chris parecia ter muito mais aptidão para lidar com uma situação como aquela.

Só então, tirou um momento para averiguar a própria situação do corpo. Engolir em seco e lamber os lábios por um momento, secos pelo papo e outros detalhes mais, só lhe fez averiguar a própria situação precária do seu corpo. Não tinha ideia de quanto tempo passou caído, mas foi o suficiente pra fazer a sua boca ganhar a amável textura de um sofá velho rasgado. Só então percebeu também o tom da voz anterior, árido como o de alma penada. Pegou de novo a garrafa com que socorreu Shelly e desceu três, quatro, cinco goles d'água. A temperatura adquirida pelo líquido não colaborava com sensação de frescor alguma, mas pelo menos conseguiria se sentir menos morto em algum tempo. Também ofereceu água a Valentine, porque com certeza precisaria da sua ajuda e ela devia estar morrendo de sede depois de esperar tanto. A água de emergência tinha quase acabado, mas talvez fosse o suficiente para chegar na Rota 111, pelo menos.

Um raro sinal de nuvens no céu era um pequeno alento, apesar que não colaboraria com a sensação abafada que Timothy sentia, empacotado como estava. Conferiu se tudo estava mesmo no lugar e guardou as coisas, sem se importar demais com a areia acumulada. Sacou o Pokénav de um dos bolsos e notou a falta de sinal de rede, mas ainda mandou no chat com Chris um 'se você ver isso, me responde, por favor. vou tentar voltar para Mauville e buscar ajuda', e se voltou para o aplicativo que restava para se guiar, um mapa. Convenientemente, bastava ir... ao contrário de uma bússola convencional. Boa forma de seguir com confiança.

- Valentine, você ainda consegue voar comigo? Acho que não estamos tão longe. - Ênfase no tão longe, porque viajar qualquer distância naquela situação era quase penitência. Achou prudente averiguar o estado da ave, já que tinha passado tanto tempo sob influência do sol. Caso tivesse uma resposta positiva, só restava alçar voo e torcer para chegar logo, mas não faria sua Pokémon se esforçar demais agora. - Quando a gente voltar, vou falar pro pessoal da Lotad fazer um sorvete só seu. Só assim pra esquecer esse calor - Quebrou um gelo metafórico pra tentar recuperar parte do humor, mas bem que podia ser verdade. A imaginação era a última fortaleza contra tamanha condição adversa, ainda mais em pleno voo.

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18h15min  
"Sol forte, poucas nuvens . 33ºC"


 
Shelly estava em péssimas condições, não havia como descrever melhor. A água adentrava o corpo da Pokémon lesma como se fosse o próprio ar, sem sofrer resistência neste processo osmótico. Gastrodon estava sem o olhar fixo, analisando o nada, meio que ignorando a voz do seu treinador. Estava sonolenta, sem apresentar sinais de reatividade, porém, olhos abertos. Avaliar consciência ali seria difícil. O delírio demoraria a passar sem o tratamento adequado de um Centro Pokémon.

Enquanto a lesma voltava para a sua esfera, Staraptor se sentia a única capaz de continuar aquela viagem. Piou alto e tentou esconder suas dores, enquanto Timothy poderia ser levado em voo pleno pela rota. Sob a cesta, o rapaz sentia o seu veículo lutar contra a gravidade, enquanto a grande ave batia suas asas fortemente. Staraptors são Pokémon naturalmente fortes, porém Valentina tinha uma motivação a mais e isso fez com que alcance os céus com maior velocidade.

De cima, os sinais dos desertos cresciam. Dunas e ondas como se fosse um grande mar bege. Uma hora ou outra se via um pequeno arbusto ou planta natural do deserto, seca, pequena, com pouca vida, ao se comparar as densas florestas tropicais regada de água. Também era possível ver gigantes rochas amareladas soterradas no solo, como se fosse resquícios de um passo longínquo.

Algumas horas de voo sobre o ambiente e era possível ver um cânion que parecia tampar a visão do horizonte na altura em que Valentina sobrevoava. Ela teve que fazer esforço extra para poder sobrevoar ali, passando pelo alto e ao atravessar, a primeira visão do que não era em tons arenosos: eram casas em tons arenosas, mas possuíam telhados alaranjados, com alguns tons roxos em tecido e tapetes, que ao invés de estarem no chão, enfeitavam aquele modelo rústico. Palmeiras bem cuidadas circundavam um INCRÍVEL LAGO ARTIFICIAL!!!

A visão da água hipnotizava a valente ave. Ao redor da piscina, algumas poucas pessoas tomando banho ou mulheres de maiô de biquini. Se não fosse uma ilusão do deserto, Timothy estaria vendo um Oásis de verdade onde pessoas ricas passavam férias. Incrivelmente tinha uma pista de pouso ali, igual nos Centros Pokémon. Ah! Era a Oásis House, uma estalagem/hotel bem bacaninha. E não, ainda não anoiteceu. Estava super claro ainda.


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Imagem meramente ilustrativa



Progresso da Rota - Timothy Sakazaki :

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Ao alçar voo, Timothy preparou a última aplicação que podia lhe ajudar a continuar atento; apertou um botão qualquer nos fones de ouvido, os fios presos entre um sanduíche de duas ou três peças de roupa. Pensou que seria conveniente descolar aqueles sem-fio da próxima, mas seria melhor agora. Pelo menos teria como ocupar a cabeça e ter algo para focar além do som do vento fatiado pelo bico de Valentine.

Sem ter como escolher faixas, o destino sonoro do Pokénav era bem apropriado, apesar de dolorosamente temático. Serviria pra acalmar um pouco os ânimos, depois da preocupação com Shelly. Ela parecia quase em transe saindo da areia, como se seu corpo estivesse guardando as últimas forças com tudo que tinha, a ponto de perder a noção do espaço. Timothy fazia uma prece inconsciente para que não fosse nada grave.

Com algum tempo, os padrões da areia começavam a parecer repetitivos, como quando voava mais cedo, com pouca vegetação que parecia lutar pela própria vida, como faziam naquele momento. Talvez essa seja a sensação de ser um cacto. Alguns minutos de voo viraram horas, e Valentine continuava voando com força, batendo as asas incessantemente. Ela realmente merecia aquele sorvete na volta pra casa.

Naquele ponto, já considerava dar à Pokémon um descanso, talvez passar a noite no deserto. Sobrevoaram uma rocha enorme, que quase tocava o sol na distância, e foram surpreendidos pelo que havia no outro lado; apesar de ainda repleto de areia, o espaço parecia ter... Vida! Casas, palmeiras, pessoas.... Água!!!!! Nossa, água. Que saudade. As condições adversas realmente ativam os instintos mais primitivos. Finalmente uma razão concreta pra acreditar que ia ficar tudo bem.

E isso ficou claro no caso de Valentine, que ensaiou um rasante naquela piscina, não fosse pelas pessoas que ficavam ali. Parou a manobra e seguiu para descer no que parecia ser uma área de pouso comum. Timothy desceu da montaria e desabou no chão com o rosto para o céu, e a sua Pokémon fez o mesmo, certamente exaurida. Se fosse verdade, talvez recebessem alguma ajuda tivessem uma forma de voltar para casa sem maiores problemas. Se fosse uma miragem... Bem, melhor procurar por uma pedra grande no deserto, banhada pelo sol. A noite é surpreendentemente fria.

Mas Timothy não quis saber daquilo na hora. Tomou a liberdade de respirar fundo e fechar os olhos rapidinho, antes de ver se aquela acomodação era de verdade.

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18h50min  
"Pronto-socorro climatizado. 20-22ºC"



Staraptor desequilibrava. Só ver aquela estrutura em sua frente, no calor que fazia no deserto, que a ave quase parava e encurtava as suas asas para descer em um mergulho na piscina, se não fosse, claro, o seu treinador que estava ali e orientasse descer para a pista de pouso. Sem forças, desorganizado, a ave descia com o cesto onde o rapaz estava. De longe, um homem de uniforme cinza, com faixa fluorescente que começava a se intensifica em sua blusa erguia um tipo de sinal em suas mãos para orientar.

Pior que a ave descia com mais velocidade ainda, mesmo diante do sinal do homem na pista que claramente queria que ela diminuísse esta velocidade. Valentine até tentava frear, mas era longe demais. No céu, com uma resistência do ar estável, ela até não necessitava de forças para seguir, mas ali? Ora, ela teria que malhar muito suas asas para frear aquela descida, forçando ao moço que estava trabalhando ali a pular para o lado, jogando-se para sair de frente da linha reta do pouso que Staraptor fazia.

Timothy saia da cesta, lançando-se para o lado, rolando. Não doeu tanto, exceto, os arranhões antigos que ardiam. O chão de concreto fazia um impacto momentâneo contra o rapaz, enquanto ele tentava se erguer sem muitas forças. Se ele não morreu enterrado, com certeza ali era um local real. Mas a desidratação profunda começava a fazer a cabeça do menino voar e girar. Valentine piava um pedido de desculpas, enquanto o cara da sinalização usava seu aparelho de comunicação, um ponto de escuta no ouvido, para pedir ajuda.

...

A partir dali era difícil para Timothy saber o que aconteceu, mas de certo sentiu seu corpo ser arrastado, descer de nível e entrar em um local totalmente refrigerado que chegava a dar um pequeno choque térmico em seu corpo. Ouvia no fundo a voz esganiçada de uma mulher. – É sempre assim, nunca acontece nada. Mas no meu plantão tem que acontecer!

Sentiu seu braço gelar e em seguida arder, enquanto era segurado por fortes mãos. Um acesso venoso era colocado, fazendo um soro fisiológico 0,9% descer em alta velocidade, enquanto uma luz de uma lanterna era lançada em sua íris, fazendo suas pupilar contraírem e depois dilatarem. Staraptor piava baixinho, sendo tratado logo do lado.

- Senhor, senhor. Está me ouvindo senhor? Meu nome é doutora Bailey, sou médica plantonista deste hotel. Vai ficar tudo bem, ok? Sabe me dizer o que aconteceu? Você por acaso bateu a cabeça? Está sentindo enjoado ou vomitou? - sim, você tá sentindo enjoado, viu?


[Imagem meramente ilustrativa]


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No fim das contas, a aterrisagem não foi das mais confortáveis. Cair no concreto fez Timothy sentir saudade da areia, e a desidratação já lhe deixava quase delirante. Balbuciou alguma coisa inaudível em reação ao som da sua Pokémon, antes de apagar mais uma vez.

Quando recobrou os sentidos, parecia ter acordado em um lugar completamente diferente. Será que a vida após a morte tinha um friozinho tão gostoso? Seria confortável, se não voltasse a realidade com uma voz claramente humana. Com certeza os anjos não reclamavam do serviço!

Ainda com os olhos entreabertos, sentiu uma pontada no braço, algum tipo de agulha que ficou ali, enquanto um líquido começava a passear nas veias. Conhecia bem o procedimento de anos no hospital: Ficaria bem hidratado, pra variar. Um som próximo também confirmava a presença da sua Pokémon.

O tempo em silêncio na cama não duraria muito, já que uma das suas pupilas era aberta para verificar a sua resposta à luz. Procedimento padrão, mas nunca confortável. A luz amena do local revelava uma senhora, provavelmente a que reclamou do azar mais cedo, e ela tratou de se apresentar e fazer as perguntas de sempre.

- Oi.... Uh, eu tava com um amigo no deserto, aí um Cofagrigus explodiu, eu e a Valentine acordamos no deserto, tentamos voltar pra casa. Acho que foi isso - Falou, bem devagar, para não errar as palavras. Depois, começou a prestar atenção na própria situação - Eu acho que não bati a cabeça? Não mais cedo... - Pensou na outra pergunta, e até não sentia um grande incômodo, exceto pela parte em que mexeu a cabeça para falar e sentiu o seu centro de massa balançar como boneco de posto. - Ok, eu tô bastante enjoado.

Fechou os olhos por um momento para combater o mal-estar, por mais que não sentisse bem uma vontade de vomitar, não tinha comido já faziam algumas horas, afinal. Era mais como se o seu equilíbrio tivesse ido diretamente pras cucuias, fruto da travessia nada apropriada que fizeram.

- Val? Me desculpa, tá? Desculpa - Falou em voz alta, crendo na presença da Pokémon no recinto. Ensaiou virar a cabeça para procurá-la no quarto, mas acabaria todo tonto de novo. De certa forma, também pedia perdão para a doutora Bailey. Prometeu, internamente, que não ia aparecer no próximo plantão dela.

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18h50min  
"Pronto-socorro climatizado. 20-22ºC"


Sendo bem assistido no momento, dra Bailey estava confusa com o relato, mas entendeu em breve. - Batalha Pokémon?!- era uma pergunta retórica de conclusão frente ao relato do rapaz. - Dilua uma ampola de metoclopramida no soro e deixe correr junto.  - dizia para uma senhorinha mais velha de olho puxado, que insistia em permanecer com a máscara diante do menino na maca. Ao lado, Staraptor tinha sua asa direita esticada, sendo maior que seu próprio corpo, enquanto recebia uma agulhada também, para abrir caminho para o soro para ele.

Dra. Bailey caminhava até o prontuário e preenchia algumas anotações, enquanto dava algumas olhadas para o rapaz. Era uma mulher baixinha, robusta, com lábios carnudos e cabelos curtos volumosos. Parecia bem determinada, autoritária, porém, tinha um bom coração e um cuidado ao colocar o paciente em primeiro lugar. Terminava a prescrição de Timothy, de Staraptor.

- Senhor, qual o seu nome? Você tem algum documento?- Pokédex – - Tem outros Pokémon contigo que precisam de cuidado? Tem alguém que a gente possa ligar pra falar que está bem? O seu nível de hidratação é séria, caso você não melhore conforme gostaríamos, teremos que colocar uma sonda vesical para monitorar o quanto de urina você irá fazer; E você tem dizer e o seu amigo está bem?- informava. Embora a voz fosse firme, um pouco ríspida, demonstrava cuidado.

Timothy não estava com vontade de fazer xixi no momento, mas se sentia menos tonto. O enjoo continuava, mas nada sério, só com incômodo. Dra Bailey continuava as perguntas, enquanto usava seu estetoscópio para avaliar o coração, pulmão, mexia na barriga do rapaz, sentia pulsos de ambas as mãos e pés.




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Talvez não tivesse sido muito claro a princípio, mas a doutora ligou rápido os pontos sobre o que tinha acontecido. Apesar de tudo, a maior dúvida na cabeça de Timothy não passaria tão cedo; desde quando que Cofagriguses explodem?? Será que tinha feito uma nova descoberta? Com certeza levaria essa pra universidade no futuro. Enfim, hora de voltar ao questionário.

- O meu nome é Timothy Sakazaki. Eu não sei se vocês pegaram as minhas coisas, mas tem a minha Pokédex, licença de voo, tudo na mochila - Tentou explicar que não tinha se metido em nenhum tipo de atividade ilegal ou coisa assim, só acabou com um pouco de azar na roleta da vida. Conforme as perguntas eram disparadas em sua direção, lembrou imediatamente de alguém muito mais afetada pela desidratação.

- Tem a Shelly! É a minha Gastrodon. Ela também foi pega na explosão e nós a encontramos na areia. Eu dei a ela água que eu tinha, mas ela não tá nada bem - Lembrou da sua Pokémon terrestre, quase cortando a explicação de Bailey sobre o seu próprio estado. Sondas nunca caiam muito bem. E, tipo, não pretendia ficar muito tempo. Só queria voltar pra casa...

- Eu não sei dizer, na verdade. A última vez que vi ele foi antes de perder a consciência, e um dos Pokémon dele o protegeu, se não me engano. Conhecendo o Chris, não deve ter dado meia-volta - Colocou em voz alta o que imaginava sobre o paradeiro do amigo, sentindo vontade de calar a boca depois de falar o nome dele em voz alta, visível pela torção na boca logo em seguida. Afinal, saíram sem avisar a ninguém, pois não queriam preocupar os colegas da sociedade. E ali estava. Numa maca, completamente desidratado. Que droga. A sua expressão com certeza mostrava como estava frustrado consigo mesmo.

Talvez se ficasse quieto sobre os seus contatos, podia ser tratado e ficar bem o suficiente pra voltar a Mauville, como se nada tivesse acontecido. Se a Miranda soubesse, ia lhe matar... E o Blake. E a Yuri. E a Madeline. E a Carol! Melhor pensar no próprio estado, antes que a culpa fosse mais incômoda que o enjoo.

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20h08min  
"Pronto-socorro climatizado. 20-22ºC"


Dra. Bailey arqueava as sobrancelhas e deixava o seu bico mais proeminente. Era tão esperta, que não precisava de muita informação para deduzir muita coisa. Sem julgamentos aqui! Mas ela julgou! Não deixou transparecer, enquanto a técnica de máscara entregava a ela a mochila, que sob a autorização do rapaz, conseguia abrir a Pokédex, que portava todas as informações do rapaz, podendo visualizar até a alma dali. Mas a preocupação dela agora era mais o outro garoto. Sorriu e saia.

- Avise o gerente para mandar um sinal aos rangers. Pode ter um garoto perdido no deserto. - informava, enquanto cuidaria de todos os pokémon do rapaz. O sussurro foi alto o suficiente para Timothy ouvir. - Hoje você estará sendo cuidado aqui. Vamos ver, como disse, como você vai reagir, ok? Sem pressa. - e assim a pokebola na mão dela se abria liberando Gastrodon. Mesma situação de antes, mas para Bailey era novidade. - Oh, Jesus!!!

A cara de Gastrodon era pior do que antes. Suas cores que já eram apáticas, tornavam-se mais desbotadas, enquanto a negra mulher corria para poder ajudar a Pokémon lesma. Corria para o banheiro ali perto e se ouvia o som da água caindo. Depois, Shelly fora levada para ali, sob auxílio de uma Butterfree que usava Psychic para mover o corpo dela e um “splash” ser ouvido, seguido de um grito, que não sabia se era de dor ou de felicidade, mas era de Gastrodon.

O resto do tempo foi de muito sono. Sem náuseas, com ferimentos limpos e tratados, assim como depois de 1 litro de soro, Timothy estava apertado para ir ao banheiro. Seus rins funcionavam a todo vapor e também fora a oportunidade para ver a sua pokémon. Detrás do boxe, Shelly sorria para seu treinador, emitindo o seu som natural. Também “dizia” que não iria ver o rapaz fazer suas necessidades e sairia dali para que ele tomasse um banho e retirasse as areias de todos os lugares.

Mais tarde rolaria uma sopinha e muito líquido para o rapaz. O acesso dele seria retirado, já que os sinais de desidratação começavam a desaparecer rapidamente. O que um pouco de água não fazia em um corpo, hein?


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