Lerenjes e benenes

00h32min  
" Noite. 19ºC"

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Ayzen sentia o clima tento. Pensava em fazer mais alguma brincadeira para aliviar, mas pensou melhor e desistiu. Obrigado, Ayzen! Mesmo assim, o tom mais melancólico de Kiki o pegou de jeito. O rapaz não teve tempo pra processar tudo o que aconteceu. Ele tinha batalhado contra Armadilha, que ficou instável perante uma Ambipom viva. Ele fez isso sem saber que era uma versão dele de outro mundo, toda quebrada, querendo consertar um mundo.

- Eu.. Eu não pensei sobre isso... E é muito doido pensar nisso! Sabe? Tipo, cara, é um eu mais velho, mas não do futuro, mas de outro futuro de outra dimensão. É surreal isso, então, meio que, como ranger, precisava focar no que era importante: Deter rockets! Seria de ficar descrente sobre tudo isso, mas depois do que eu vivi em Ilex Forest e em Cinnabar, tudo é real! Kiki, lendários são reais! Não são historinhas que uma ou duas pessoas viram, contaram e não acreditaram. Lendários são reais! E são... Magníficos!

Ayzen falava com um tom diferente. Seus olhos brilhavam, seu coração batia mais rápido. Havia um pequeno sorriso que sumia enquanto soltava aquelas palavras em tons reflexivos, porém, sendo bem esperançoso. Ele já sabe que um Pokémon meio lendário matou a noiva e FILHO AINDA EM ESTAGIO FETAL, em outro mundo? Aquele Ayzen era diferente do outro Ayzen...

01h45min  
" Noite. 19ºC"

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O loiro não iria forçar. Garantir a segurança de Kiki era a primeira coisa que ele faria ali. Isso, claro, depois de retornar até os grandes mandantes da operação: Jenny e Ross. Kiki ficava junto, como principal testemunha ocular. Surpresa de todos foi retornar para a barraca encontrar um policial algemado no chão, mesmo que lugar em que a RRR estava quando Kiki a deixou ali. Temos mais uma Rocket a solta! Na verdade, deveria ter muitos rockets!!! Era a conclusão que o cérebro da operação chegava. No hotel havia inúmeros. No helicóptero, poucos. Ayzen deve ter dispensado todos os seus homens pela cidade, quando 90% da força militar dela se reunia contra ele.

O que fazer? Ayzen agradecia por não ser ele a ter que gerar o relatório. Quando tentavam cruzar os poucos dados que tinham, nada fazia muito sentido. Ayzen poderia falar como foi treinado, mas o outro Ayzen pensava mais a frente. Na verdade, o loiro conseguia dar pistas de possíveis novos passos e o sequestro de Stefan Romero só significava algo: - Doña Benigna tem algo que ele quer. Ele quer lendários e se ele acha que uma empresária bilionária pode ajudar, ele não fez isso sem saber de alguma informação muito importante. - os telefones e oficiais já começavam a seguir para a mansão Benigna. Algum juiz emitia o mandato de segurança em tempo record. Este povo trabalha quando quer.

Ayzen ficava ali na barraca com Kiki e Jenny, enquanto Ross seguia para a mansão. Um helicóptero trazia imagens ao vivo. Iriam cercar a propriedade, junto com os seguranças. Problema era que a velha não estava lá e os fieis seguranças que estavam ali não faziam ideia. O telefone da mulher estava desligado. Enquanto a imagem desaparecia dos telões, Jenny sentava suspirando fundo, cabeça baixa e dedos entre os olhos. Cansada depois hora de operação e sem saída. Kátia fez um show pra entrar e acompanhar Kiki, única amiga dela nas últimas semanas.

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Enquanto isso, o buraco de minhoca em frente de Saffron sumia, enquanto Doña Benigna cruzava Fuschia em direção a Sienna. Mas pararia na rota 12, onde um outro buraco de minhoca estava aberto e ninguém no mundo Pokémon tinha rastreado (ainda). Apesar da velocidade da informação e da ciência, o algoritmo que ia ser lançado no satélite para rastrear todos os portais ainda estava sendo feito. A mulher, por outro lado, tinha um jeito especial de conseguir as coisas mais cedo: dinheiros! Em seu colo, uma pasta preta, que fechadura bem high-tech. Ayzen já tinha montado o seu acampamento Rocket ali. Uma base improvisada estava sendo feita, de qualquer maneira.

01h45min  
" Noite. 19ºC"

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Kátia sorria desengonçadamente, de ressaca, sono e outras coisas. Eram mais de 1h da manhã quando toda a operação na frente do hotel tinha sido encerrada. Jenny teria que retornar para base para poder coordenar a fase de proteção em Saffron, toque de recolher, entre reuniões com a prefeitura e várias burocracias para manter a sua cidade, a capital, segura. Ayzen tinha estava sendo realocado para a Base Ranger, onde poderia ser melhor aproveitado neste momento liderando equipes por toda Kanto para poder deter os foguetes. A equipe de inteligência já estava com todo estudo de onde seria.

- Eu sinto muito por tudo o que passou... Mas, o dever me chama. Infelizmente, eu acho que estamos longe de resolver toda esta crise no multiverso. Mas vamos marcar sim pra conversar sobre tudo isso, quando tudo acabar. Prometo! Eu só não sei também quando vou poder.... Sabe, a mesma correria de sempre! Mas se você não se importar em me ajudar em alguma pesquisa minha, prometo dar atenção, enquanto tento ganhar algum Nobel. hehehe- brincava no final, tentando disfarçar toda aquela tensão que despedidas causavam.

Ayzen despedia de Kiki com um abraço apertado e um beijo na testa da amiga – um pouco mais que amiga, mas amiga. Apertou a mão de Kátia agradeceu por conhece-la, com todo charme que seu sorriso branco poderia causar. Agora, ele seguia de camburão para a Base ali em Saffron, depois de deixar Kiki no Centro Pokémon e fazê-la prometer descansar a noite.

Sabe quem sumiu? Bem, ele! Avery! O médico fora proibido de entrar na base, onde Kiki estava. Será que Ayzen era ciumento? Slow Os dois se perderam em contato neste tempo, embora o rapaz ainda pensava o quão doida e corajosa aquela bonita morena era. Kátia dormia com Kiki no Centro Pokémon mesmo. A mulher quase que roncou baixinho a noite toda, após ficar uns 30 min vomitando no banheiro e mais 30 em um demorado banho gelado. Agora talvez Kiki não dormiria tão bem assim. Fígado bom, bebeu pouco, adrenalina dissipou o resto... Agora sim seria bom um médico para anestesiar. Se ela olhasse no Pokégram agora, tinha acabado de receber o pedido de amizade de Jackson Avery. Haveria um manutenção de contato ali?

10h22min  
" Sol forte e poucas nuvens. 25ºC"

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Insônia. Acho que todo mundo daquela festa teria insônia ou abusaria muito dos medicamentos que já usavam pra dormir. Rivotril, lá vamos nós! Ayzen se preparava para reuniões pesada com comandantes e forças especiais, além dos líderes de Tohjo. Era uma crise e crise se resolve respondendo a altura. Todo mundo da delegacia estava nas ruas, os rangers estavam se movendo para rotas e poucos ficariam nas cidades, já que parecia haver uma relação de alguns ataques em rotas e em cidades. Os das rotas chamavam mais atenção!

Kiki conseguia conversar com Avery. Depois de um tempo, trocaram números e o médico ligou lá pelas três da manhã. Fora uma conversa agradável até dar umas 4 horas. Ao menos, com o sono pesado e cheio de ronco de Kátia mais o papo de Jackson, tudo aquilo, dava um certo alívio para criadora. Embora constante insônia. O médico mesmo disse que nunca presenciou algo assim. Mesmo com tantas pessoas ao lado em que ele tinha que lidar, ele nunca fora sequestrado. E olha que era bem rico, mas mesmo assim, ninguém quis meter a besta com ele.

Lá pelas 4h os dois concordavam que era de bom tom que fosse hora de dormir. Ah, ele mesmo disse que ia falar com a mãe dele sobre a universidade. Não garantia nada, mas ao menos, ele estaria disposto a enfrentar a mãe mais coruja que eu posso imaginar para poder ajudar uma amiga!

No outro dia, ressaca! Não para Kiki, pra Kátia. A mulher acordava pesando mil toneladas na cabeça, mesmo sob muito banho e café, aspirina e engov. Kiki só sentia sono, mas nada que uma boa dose de café e banho não resolvessem. A corretora só melhorou quando recebeu a mensagem do trisal que ela conheceu na festa, que perguntavam como ela estava. “Estou ótima”, deve ter respondido por mensagem, pra evitar o mal humor. O jeito agora eram se preparar pra retornar pra Pewter.

Saffron estava sob vigilância total. Rodoviárias, aeroportos, todos estavam alertas e com segurança e protocolos redobrados. Ninguém poderia levantar voo ou pousar exceto nos heliportos cadastrados, tipo no Centro Pokémon. Não tinha notícias novas, só o que a própria KIki já sabia. Cobertura 24h sobre os eventos de Saffron e Tohjo, com vários buracos de minhoca que se abriram e fecharam. Alguns lugares continuam abertos outros lugares não encontram o local corretamente, mas reclamavam de ataques RR.

10h22min  
" Sol forte e poucas nuvens. 25ºC"

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Gente, traumatismo psicológico! Melhor do que ferimentos que esses narradores causam :Evil: Kiki tentava se recuperar do jeito que dava, afinal, depois de tanto caos, seria difícil pra ela. Sim, psicólogo e até uns calmantes na primeira semana seriam receitados para ela. Kátia tentava mostrar alegria. ESTAVA FELIZ! Mas não dava para demonstrar. Os Ducks, o trisal, tinham um interesse fraterno com a corretora, querendo estreitar laços com ela e com a Universidade. Não sabia se teria investimento suficiente, mas queriam ajudar a corretora, que na hora fora um farol e uma base sólida para eles durante o evento catastrófico.

A viagem de volta para Pewter demorou mais do que imaginavam. As estradas estavam lentas com as revistas dos policiais, mas as duas conseguiam passar com sucesso. Dali pra frente, era um pouco tenso, pois já tinha vasado que tinham Rockets nas rotas. Medo! Avery cobrava mensagem em cada nova cidade que a menina entrasse com bom sinal. Ayzen não mandou sinal. O menino era tudo, menos atencioso. Não era por mal! Ele SEMPRE estava ocupado. Parece eu ‘u’

Chegavam sã e salvos em Pewter. Apesar de tudo, Kátia queria agradecer pelo empenho e nesse momento Avery pediu o contato dela para Kiki, já que a Fundação Harper Avery iria pedir por email a proposta super elaborada de Kátia. E cá entre nós, era uma proposta muito bem escrita, ao ponto de qualquer edital do Brasil aplaudir de pé. Eu sei que é burocrático, mas a vida é assim!

Retorna para a fazenda era um descanso para a menina, embora ainda cercado de medo. Vamos falar da psicóloga? Bem, Kiki nessa semana não iria conseguir dormir bem, estava tendo terapia de dois em dois dias e foi indicado um psiquiatra, que irá prescrever 2mg de Alprazolam antes de dormir. O tratamento duraria só duas semanas e ele reavaliaria a retirada do medicamento, o que seria feito com sucesso e a terapia seria reduzida para mensal, até que fosse dado alta para a menina dentre alguns meses.

A fazenda mantinha uma manutenção melhor do que antes. O que aconteceu com Ayzen RR e Beniga? Bem, na mesma madrugada, pouco antes de amanhecer, Benigna e seus seguranças entraram no ponto de encontro com Ayzen RR e seus rockets. Armadilha, como sempre, caminhando rebolando como um patinho ao lado do Elite Rocket, que trazia consigo o neto da grande mulher encapuzado. Benigna estendia a mala. Séria, nem uma palavra. Ayzen abria com o código que lhe foi ofertado. Ali estava, no centro daquela mala acolchoada nada mais, nada menos, que uma Relíquia dos Perdidos! Era quase igual a qualquer relíquia, exceto que esta, em especial, tinha um escrito a mais. Pedras avermelhadas formavam letras em algumas língua que contornavam a relíquia e tinha a impressão que fosse um anel de invocação. Bad Ayzen sorriu, gostou e ofertou o neto em troca.

- Espero que não tenha nenhum problema. Dinheiro traz informação. E a que tive era que um Refém foi libertado mais cedo do que os demais. - questionava a melhor.
- Nosso acordo foi de manter todos os reféns seguros, seu neto e quem estava lá. Acordo concluído.- Ayzen dava as costas para ela, com seu Pokémon e seus Rockets. Benigna seguia de voltar com o neto até o jatinho. A mulher não estava nada feliz do negócio feito, mesmo por causa da vida do neto. Eternamente ela lembraria que tinha perdido mais poder, mesmo mantendo sua fortuna exorbitante.