Lerenjes e benenes

21h10min  
" Noite. 19ºC"

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Kátia só sorria e ignorava, literalmente, o comentário da menina. Sim, Centro Pokémon é bem melhor mesmo! O local estava em péssimas condições e, também, era difícil vencer os centros Pokémon nisso. Tudo top!!! Agora, o uber dava um absurdo, mas Kátia chamava mesmo assim. Em pequenos pulinhos em seu salto, ela tirava de sua carteira/bolsa de mão o celular para, literalmente, desliga-lo. A mulher sabia que ela estava em trabalho ou só quis viajar com o dinheiro da universidade que já é pouco?

Bem, o uber chegou, as meninas embarcaram, e agora estavam todos diante de um grande hotel que ficava ali no centro. Pensa em um hotel gigantesco? Eu não consigo pensar, mas tinha muitos metros de altura, com uma entrada enorme, com aqueles chofers para os motoristas e funcionários devidamente uniformizados par abrir as portas dos carros. Sabe o que tinha mais? MUITOS FOTÓGRAFOS!!!

Flash, músicas, uma passarela com tapete vermelho aveludado, que guiava até a entrada do hotel, onde daria para o salão de festas. Kiki descia do carro quase ficando cega. Na frente dela, ela via um casal entrando na festa, mas quando a morena pisou nesta passarela, todo mundo direcionou suas câmeras para aquela beldade. Ninguém sabia o que era, mas fariam questão de pesquisar depois. E mesmo se não descobrissem, iria postar a foto da menina, nem que seja para retratar a beleza da festa.

Kátia vinha logo atrás, e os flashs iam nela também. Não tanto quanto Kiki, mas era aceitável. Alguns jovens jornalistas esticavam o celular fazendo perguntas para a criadora, mas eram incompreensíveis com tamanho barulho que estava tendo. Ela acabava sendo empurrada para entrar. No salão de festas, primeiro tinha que falar que era tão grande que caberia mais gente do que já tinha ali. Todos os homens e seus Pokémon de smoking básico, diferenciando apenas, um ou outro, a grava borboleta preta, para uma estampa mais ousada. Mas era raro. Já de vestidos, tinha várias modelos, de vários stylists tão famosos que os nomes chegavam a ser impronunciáveis.

Foi só as duas chegarem que um garçom passava para poder servir taças de champanhe da melhor qualidade que eu não posso descrever. Apesar de ser um aniversário de um rapaz de 20 anos, tinha gente de todas as idades ali a partir de 18 anos. O aniversariante? Ora, ele estava no meio da festa, rodeado de velhos ou mulheres bem jovens e bonitas, todas igualmente loiras e padronizadas, mas que não estavam entendendo nada do que estava acontecendo ali e toda vez que tinha foto, puxava Stefan para isso. Chegar naquele bolinho para falar com ele seria impossível – ler-se, narrador não vai deixar.

Mas sabe o que tinha ali também? Comida! Vários caripés, caviã e outros aperitivos sendo servidos. No centro do salão, uma torre de taças lindas que se estendia até a porta de um lustre dourado que era a coisa mais linda do mundo. Nem no google achei imagem compatível. Ah! Ao lado, tinha um bar com todo tipo de bebida disponível. Música ambiente.

- Ele está ali, mas vamos ter que esperar toda esta raça deixar de puxar as pequenas bolas dele. - o tom de Kátia era sério, como de alguém maquinando um plano maléfico em uma série teen sitcom. Mas o que fazer até então? Bem, o andar todo tem muito dinheiro, né?

21h10min  
" Noite. 19ºC"

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- É isso que se fala, garota!- Kátia bebia tudo de vez o champanhe que pegava, enquanto concordava que estavam ali para “caçar”. Em um “uoooou”, a contadora saia para perto do pessoal, sumindo no meio do povo que estava ali e do exercito de garçons, que pareciam empenhado de não deixar ninguém sem beber ou comer. O fígado da menina que lute. O de kátia já se foi, porque mesmo na música ambiente, nada dançante, ela fazia um pequeno gingado de felicidade. Tururu.

Agora era hora de procurar investidores. O que tinha ao redor? Muita gente rica, óbvio, mas, quase todos acompanhados. Velhos ricos, deputados e deputadas, empresários e empresárias, todos com suas mulheres ou homens do lado, de todas as discrepâncias e diferenças de idades possíveis. Os que pareciam estar acompanhados estavam mais perto de Stefan e aquele povo puxa saco. Ele sorria para todos, cumprimentava, ria. Parecia ser uma simpatia forçada? Não sei, mas ria.

Kiki, nesta observação, reparava algo que todo mundo parecia não ver. Uma mulher de branco! Não parecia ser muito mais velha do que ela. Caminhava meio temerosa pelo salão. Parecia perturbada ou com algum problema. O que seria? Ninguem notava a mulher. Ninguém nem a via. Sua pele branca parecia se misturar com o pedaço de pano em que usava, formando um vestido bem simples. Estava maquiada! E uma Kirlia a acompanhava! Era estranho, porque não era uma maquiagem muito chamativa, mas “al natura” foi então que as luzes todas apagaram, ficando apenas o grande lustre rico sobre o local.

Um murmurinho se sucedeu pelo ambiente. Todo mundo parecia preocupado com o [black out. Bem, apesar de tudo, Kiki conseguia ver os traços esbranquiçado da menina, até uma luz azulada pairar sobre ela. Que p**** t acontecendo? Um som! Uma mulher vestida bem figurativa de preto se aproximava da menina de branco. Suas vestes darks eram bem emblemáticas, próxima de uma senhora dos dementadores. Tinha uma maquiagem mais escura, puxada, evidenciando uma cara figurativa de mal. Em sua mão, um punhado!

Quando ela começou a cantar, em um soprando único, sua Gardevoir ao lado, de tons negros como ela, brilhava. Foi ai que uma surpresa vinha ao público: Mega Gardevoir Shiny dramatizava com sua treinadora uma apresentação única, indo até a menina que parecia representar a pureza, frente ao foco escuro.

Uma apresentação se seguia, e muita gente se acumulava ao redor do povo. Garçons passavam com um tipo de lupa na bandeja, entregando para cada um dos convidados mais ao fundo. Era um aparelho em formato de revolver, onde era possível ampliar a visão. No meio disso, um homem alto, moreno, de olhos incrivelmente azuis aproximava-se de Kiki. Ele era bem alto, magro, com maças bem delimitadas no rosto, uma serenidade ou ansiedade, não sei dizer, mas não muito mais velho que a menina, talvez só uns 3 anos, no máximo. Ao ver Kiki, ele erguia a mão para um garçom que entregava dois Zoom Lens para ele, no qual um era pra Kiki.

- Com isso você poderá ver mais detalhes.- dizia com um sorriso Oral B.


[Imagem meramente Ilustrativa - Homem ao lado de Kiki]
[Vídeo de referência da Apresentação]

21h10min  
" Noite. 19ºC"

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O que as pessoas estavam fazendo? Colocando no olho. Ao aproximar o objeto em seu olhar, Kiki via não só mais perto do que estava acontecendo, como também percebia que o corpo das mulheres haviam vários desenhos fluorescentes. Na mais alva de vestido branco, tons vermelhos, pinturas tribais, parecia o próprio sangue, e pela dramatização era conveniente. Para a de vestido escuro, pinturas roxas e prestas, com um brilho único. Ao redor também tinha um ar misterioso, como se aquela luz-azul tivesse caído sobre o campo e causasse uma atmosfera espectral. O que posso dizer de Mega Gardevoir? Bem, os tons negros e roxos com sua forma shiny era incrível.

Bem, tinha ópera, apresentação, e um pouco de dorgas visual ali no meio, mas foi algo bem impressionante. No fim, houve um rufar de palmas sobre o grande salão onde estava acontecendo o evento, todo mundo impressionado e as performistas agradeciam, apesar de que o conceito fosse bem “refinado”, talvez. Coisa de gente rica e que acha que entende! As luzes voltavam, a música ambiente seguia. Isso foi motivo para que mais puxa sacos fossem falar com o rapaz Romero. Já ao lado de Kiki, o rapaz que ela “conhecia” ia até ela sorrindo.

Veja só, as outras meninas bonitas no salão decidiam filmar, gravas stories, ou apenas ignorar a apresentação e mandar um pokéshapp. Todas! Exceto, Kiki, que foi a única que procurou prestar atenção. O olhar cirúrgico verde do rapaz não deixou de notar isso. - Dessa vez o Stefan se superou, hein? Deve ter sido coisa da avó dele. Ela gosta disso.- tentava puxar assunto, talvez achando que Kiki o conhece. Ele deixava o seu Zoom Lens na bandeja de algum garçom que passava por ali recolhendo. Ele aproveitava para estender a mão para cumprimentar a menina, e se ela deixasse, puxaria a mão para beijar, como um bom cavalheiro.

- Jackson Avery.

21h10min  
" Noite. 19ºC"

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Eu queria ter perfume caro pra poder saber como este moço estava cheirando, porque estava cheirando bem demais! A fragrância penetrava as narinas da morena, que talvez não lembrasse de nenhum ex, porque haja dinheiro pra patrocinar esta perfumaria! E claro que a voz de Kiki e seus comentários elevavam as maçãs bem formadas do rosto do rapaz, porque ele sorria e parecia ter mais dente do que uma pessoa comum. Seus olhos brilhavam com aquilo, porém, ele expressou uma cara de confusão por saber que Kiki meio que veio de penetra ou sei lá o quê. Kátia não disse bem como colocaria as duas ali dentro.

- Uma coordenadora? Logo vi que você é... diferente!- ele meio que disfarçava. - Bem, então se sinta convidada por mim e só cobro um.. ou dois drinks!- estendia o braço para que Nakeisha conseguisse segurasse e ele a conduzisse até o bar ali. Acho que ele ia pedir algo diferente de champanhe caro.

Ao lado, Kátia, doidinha, coitada, estava rindo horrores e alto com um trio de pessoas, que riam sem graça para ela, tentando disfarça notoriamente. Na mão, sabe-se quantas taças já tinha tomada, mas estava feliz, de verdade, e não forçadamente. Stefan continuava sendo paparicado pelo povão rico, mostrando em seus olhos já o cansaço de fazer cena, enquanto os possíveis amigos, jovens, se divertiam entre si.

21h10min  
" Noite. 19ºC"

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Enquanto Kátia estava ali sorrindo bobamente, Kiki abarrava o forte braço de Jackson e ambos seguiam até o bar mais próximo (que era o único bar). - UoU! Normalmente as pessoas aqui tem outros tipos de ocupação. Fico feliz que não sou só eu que me mato em uma rotina puxada.- ria de novo. No bar, a parede toda era composta por vários drinks, de todos os níveis, de gin, conhaque, cachaça, mas Avery parecia disposto a pedir nada mais, nada menos, que... - Cerveja, por favor.

Eu não sei qual era a dele. Era bonito, atraente, e rico, afinal conhecia Stefan muito bem. Pela idade, deveria estar na rodinha de amigos dele, mas insistia em tomar a distância. Mais perto, Kiki parecia notar que ele estava levemente cansado, como quem trabalhou o dia todo para estar ali. Seu smoking era verdadeiramente alinhado, com um relógio que deve custar a fazenda, a réquiem e até o próprio Falkner, se bobear, de tão caro. Mas ele carregava uma humildade também, afinal, ninguém pediria cerveja, diante de tantas bebidas caras. Claro, a cerveja que vinha naquela caneca de vidro trincando, junto com uns aperitivos do lado, era mais cara do que cerveja normal, mas o condizente era pegar bebida mais cara. Whisky?

- Então você é empresária e fazendeira? Além de artista...- começava a listar os itens da lista da morena - Modelo? Não me surpreenderia! - brincava um pouco, enquanto o grupinho do aniversariante sorria de uma piada do aniversariante que falava que tinha um problema no pulso porque salvou uma menina de um atropelamento. Notadamente mentira, mas ninguém se importou. - Ala, ele abriu o pulso quando éramos guris. Caiu de Rapidash. Ficou uma semana fazendo drama.- Jackson comentava em um sorriso de orgulho, como se fosse ideia dele usar aquela história para chamar a atenção dos outros.