XXXIII - A Revanche

off escreveu:

Lá vamos nós - 5/45

O senhor arregala os olhos diante das palavras do garoto, afinal ele havia dedicado décadas da vida dele para aquele estudo e o garoto falava que tinha estado lá. Os olhos do senhor então passam pelo rosto do jovem e pelas suas pokébolas e até a porta onde estava Swampert.

Entendo... E pensar que eu dediquei décadas de estudo e você conseguiu chegar lá sozinho. O titã então é realmente um Regirock.

O senhor se levanta, indo até o baú e pega um pequeno frasco e um livro, onde Chrys podia ver um pedaço de pedra, ele tinha tons de cinza e marrom e se movia dentro do frasco, como se tivesse vida própria.

Se vc enfrentou mesmo o titã que estava selado, é então o responsável por toda essa tragédia que acomete agora, logo toda Hooen estará tomada pelas areias do deserto.

O senhor mostra o livro a Chris, ele era bem velho e tinha algumas manchas por toda sua extensão. O alfabeto usado era o dos unknowns, com um pouco de atenção Chrys podia ler.


Esse é um tomo antigo, sobre o império, sua ascensão e queda. Como encontrou a passagem para o Titã ?

O senhor parecia reganhar uma jovialidade, talvez rememorar algo que ele tanto dedicou a sua vida parecia despertar a sua atenção.

off escreveu:

Lá vamos nós - 6/45 - Meu deus, eu achei que tinha postado, mil perdões.

O garoto falava da sua aventura e tinha toda a atenção do senhor, que apenas franzia a sobrancelha.

Entendo, para poder enfrentar diversos desafios e poder quase derrotar um titã sozinho. Bom, o Império Oirar't tinha esse local como a sua capital, existe o templo do Titã, que é onde o poderoso guerreiro do Império habitava, que foi onde vc estava, tudo foi soterrado quando o Titã enlouqueceu e o Príncipe teve que sela-lo, depois disso todo o império ruiu. Há 20 anos, eu havia encontrado a passagem, ou achava que tinha encontrado, pois a minha equipe nunca mais retornou.

O senhor pega o tomo e passa algumas paginas e mostra ao garoto. Mostrava a silhueta de uma criatura enorme, com grande nuvens vermelhas acima da sua cabeça, Chrys sabia bem o que aquilo significava e 3 criaturas o rodeavam, como se protegendo ao ser. Era possível ver que as gravuras faziam menção a uma enorme tempestade de areia.

Essa tempestade é provocada pelo próprio titã, eu permaneci aqui na esperança de minha equipe retornar, não sei como, mas retornar. Se vc esteve com o titã e saiu, provavelmente existe uma forma de você voltar e ele deve estar tentando sair da sua prisão eterna.

Ele puxa um mapa do deserto e um mapa do céu noturno, mostrava diversas estrelas e constelações desenhadas.

Existe uma forma de descobrir onde está a passagem, mas eu estou velho demais para busca-la, faria isso por mim ?

Chrys podia ver diversas marcações nos dois mapas, a principio parecia que não tinham nenhuma relação, mas será que o senhor poderia realmente auxilia-lo ou os anos no deserto já o teriam deixado louco ?

off escreveu:

Lá vamos nós - 7/45 - Não, é que como só gosto de postar pra todo mundo junto, eu tinha escrito o seu post e terminei me enrolando com a outra rota. Ai esqueci de voltar e postar na sua. Vou dropar não, se por acaso demorar muito me chama no discord.

O velho suspira quando Chrys aceita a sua proposta de desbravar o deserto novamente em busca do Titã. Ele revira o baú, erguendo um instrumento que parecia uma bussola, mas ela tinha diversos símbolos nela e 4 ponteiros.

Esse é o Aletiometro, assim como a bussola aponta para o norte, ele também é ajustado para buscar uma energia primordial. As forças naturais do nosso mundo estão correlacionadas aos pokémons, as tipagens dos pokémons são mais do que apenas seus ataques, elas são a própria natureza. Existem 4 templos nesse deserto, agora só devem ser ruinas, mas se chegar nelas, poderá girar os ponteiros para cada uma das tipagens e o Aletiometro irá lhe guiar.

O senhor aponta no mapa, mostrando o relevo do deserto e mostra 4 marcações em pontos diferentes do mapa.

Essas foram as localizações estimadas desses templos. Minha equipe as usou, mas isso foi a muito tempo e com essa tempestade, é capaz que tenha ainda mais dificuldade de localizar.

O senhor então enrola o mapa e entrega o aletiometro e fala.

Apenas volte em segurança, não quero mais enviar jovens para o esquecimento. Impeça ele de escapar e por fim a nossa sociedade.

O rapaz agora tinha um mapa a seguir e uma missão para descobrir como acessar a prisão do titã.

off escreveu:

Lá vamos nós - 8/45

Ao sair da cabana do velho com o mapa em mãos e aquele estranho instrumento, podia ver Swampert deitado na areia todo coberto. O pokémon ao ver seu treinador retornar, sacudia o corpo e se aproximava, o conferindo se estava tudo bem.

O mapa mostrava os quatro ponto ao qual Chrys deveria ir e a marcação da cabana, apenas um dos pontos estava relativamente próximo da cabana, estando a cabana a oeste do deserto, devido a proximidade da saída para a Rota 111, um dos pontos se situava no Oeste, mas Chrys teria que entrar um pouco mais no deserto. Os outros pontos se situava no norte, leste e sul do território.

A tempestade de areia dificultava a visibilidade e ameaçava arrancar das mãos do rapaz a todo instante o mapa e o instrumento. O rapaz teria que definir agora se seguiria para o ponto mais proximo ou se aventuraria pelo deserto em busca dos demais pontos.

off escreveu:

Lá vamos nós - 9/45

O rapaz seguia em com Tsunami enfrentando as areias do deserto, tendo como base apenas as direções do mapa, Chrys levava umas duas horas para chegar até onde julgava ser a marcação no mapa, afinal a sua volta só existia areia.

O local indicado já deveria ser ruinas a 20 anos atrás e a tempestade não ajudava em nada o garoto encontrar algum tipo de pista.

O pokémon terrestre emite o seu cry indicando para o garoto uma elevação na terra, mas para Chrys não passava de mais uma elevação de areia, ao alcançar o topo, era possível sentir na terra um pouco de movimentação, vindo de ambos os lados, Swampert parecia sentir o mesmo e aguardava que Chrys o orientasse, enquanto agora ciente das movimentações, podia ver algumas linhas se formando na areia, como se algo se movesse no seu interior.