Esperança florida.

12h45min
"Sol forte, poucas nuvens . 29ºC"

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V não tinha opção a não ser lutar. Desistir antes da hora poderia ser uma má escolha, como ele sofrerá há poucas horas nas diversas lutas que enfrentara. Mas manter sua decisão firme em proteger gente boa como Kate e Joshua motivava a si e seus Pokémon a agirem. Ora, o machão fora descontruído com um pedaço de carne e um papo sentimental de família!!! Desculpe, não poderia evitar de registrar isso. Nada contra você, é sobre seu personagem. Hehe

Mightyena aproveitava a proximidade e abocanhava o corpo de Seviper. A Pokémon que não parava se sufocar a hiena gritava. Gritou tão alto, mas por pouco tempo. Taillow calava a sua boca com um Wing Attack critico, potencializado pelo Swagger de outrora e, claro, o envenenamento, cujo conteúdo invadia sua corrente sanguínea, intoxicava os músculos, mas aumentava ainda mais a força de ataque da andorinha.

Sevipers caiam um em cima do outro, enquanto Kate e Joshua poderia respirar melhor. Bem, respirar não era uma boa palavra. Joshua continuava com as mãos sobre o calcanhar. Haunter mantinha a parte de proteção do grupo, mas o adolescente estava mais pálido – sim, mais pálido-  respirava muito pesadamente e no fim se via as lágrimas escorrendo em seu rosto. A irmã mais velha questionava se doía, mas Joshua parecia catatônico e não falava. Seus olhos percorriam para a perna. Inchada. Vermelha. Uma pequena marca de mordida. Talvez Seviper nem tivesse oportunidade de cravar mesmo a pele do menino, mas ferira o local e o veneno local já doía para caramba por si só.



Campo: campo gramado, trailer no fundo, penhasco próximo, mata ao redor.

EXP do Rockman

- Mightyena recebeu 2920 EXP por vitória contra selvagem na Rota 104
> Mightyena foi para o Lv. 24 [865/1924]
> Mightyena pode aprender Assurance
> Mightyena recebeu +06 pontos de felicidade [78]

- Taillow recebeu 2920 EXP por vitória contra selvagem na Rota 104
> Tailllow foi para o Lv. 21 [87/1486]
> Taillow pode aprender Aerial Ace
> Taillow recebeu +08 pontos de felicidade [35]

- Recebeu +01 Bottle Cap por vitória contra Selvagens na Rota 104 [35]

13h02min
"Sol forte, poucas nuvens . 29ºC"

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Joshua chorava de dor, tentando não berrar muito, mas suas lágrimas corriam pelo rosto, enquanto Kate fazia cara de paisagem e desespero. O que ela faria a partir dali? “Morderia” o irmão e tentaria sugar o veneno? Bem, V não ira esperar muito, e fazia bem, afinal, quanto menos tempo o veneno estiver no corpo deles, melhor. Foi ai que se via a cena estranha do rapaz de cabelos tingindo metendo a boca na perna do rapaz de cabelos também tingidos. Ele gritava !

Kate entrava em desespero. No meio da técnica não licenciada pela faculdade de Medicina do Mundo Pokémon, ninguém notava que as serpentes começavam a acordar. Era isso que acontecia após o nocaute! Sevipers, tontos, começava  serpentinar mais uma vez em campo, meio confusas, porém com os sentidos selvagens aflorados. Foi neste meio de campo que um grito se ouvia, fazendo V parar de sugar o veneno e Kate respondia em um gritinho agudo.

- Power Whip

Ninguém viu direito, exceto um grande cipó atravessando o céus e atingindo os servipers em cheio, de uma só vez, arrancando as cobras no chão e fazendo alcançar os céus até sumirem de vista com um remanescente de brilho branco na direção em que as Sevipers sumiam. Bem cartoonesco mesmo. Do outro lado, um grande Pokémon com várias vinhas caminhava vagarosamente. Tangrowth estava do lado de dois senhores já de idade, que acabavam de descer de um carro verde. Um era careca, tinha uma volumosa barba branca, com restos de folhas sobre ela. A senhora tinha um coque branco na cabeça, olhar sereno e sem muito desespero.

- José? Kátia? O que está acontecendo?
- Mãe, pai! – pareciam avós, mas os senhores eram os pais dos meninos. - Dois sevipers nos atacaram. O V é treinador Pokémon, está nos ajudando.

Atenciosos e desesperados, os dois anciões iam até o garoto que parava de gritar e sua cara estava melada em suor. Ele já era branco, mas agora estava mais alvo ainda, suava e só sabia abraçar a sua mãe. O senhor olhava para o tornozelo. Estava roxo! Bem volumoso. Parecia que tinha um edema ali. - Me ajude a coloca-lo dentro do trailer.- pedia para V. Apesar da aparente idade avançada, o senhor papai era bem forte e já pegava Joshua/José pelas costas, enquanto sobrava os pés para Victor segurar e levar pra dentro.

13h02min
"Sol forte, poucas nuvens . 29ºC"

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Era compreensivo os questionamentos. Desde que ele conheceu Gastly, Victor vem se adaptando a ser menos “eu” e mais “nós”. E no ramo dos “nós”, aquela família já estava há muito tempo. Entrando no trailer, o rapaz via como era simples e confortável. Havia uma cozinha pequena e improvisada, que seguia até o único “quarto” da casa, que eram duas camas de casal que ficavam dispostas em diagonal. Uma para o pai e a mãe, uma para os irmãos. Talvez não fosse tanto espaçoso para 4 pessoas, mas um casal viveria bem ali.

O resto era bem improvisado, como banheiro. O carro do casal fora parado ali fora mesmo, um 4x4 dos anos 80, com força para carregar o trailer pelas estradas de Hoenn. Possivelmente eles viviam na estrada mesmo. Ambos eram de idade muito avançado, mas demonstravam ao mesmo tempo que preocupação com seu caçula, também uma segurança e tranquilidade para poder orientar. No fogão de dentro de casa um bule com água já começava a ferver...

A mais velha sorriu timidamente e de modo rápido para V quando este colocou o corpo de Joshua em uma das camas, enquanto seguia já com uma bacia de água, sabe-se lá de onde tirou, e um pano molhado para colocar na testa do menino. E vamos para os dados clínicos!

José para os pais, Joshua para os mais novos e descolados, estava acordado, respondendo a comandos, de olhos abertos e marejados pelo choro. Respirava ofegantemente e seu coração batia rapidamente, pelo susto, veneno ou seja lá o que tivesse acontecido. Assentia positivamente aos questionamentos da mãe, enquanto mantinha mais calado do que falando algo. Em seu calcanhar esquerdo tinha uma área roxa, quente, inchada, começando a alcançar um volume surpreendente para um garoto não pequeno e franzino.

- Precisamos de um antídoto urgente. - a mais velha concluía com uma sabedoria incrível e precisão. Em sua mão, um pote pequeno e preto, com uma pasta verde dentro, que ela usava os dois dedos para passar no local da dor...
- De Zangoose!?- o idoso fazia um questionamento que parecia mais uma afirmação, por tamanha sincronia que ele tinha com sua “veia”.
- Mãe, ele vai ficar bem? Será que não temos que ir para a cidade em um hospital?- ok, este trailer tá começando a ficar cheio e quente.
- Qualquer movimento pode fazer o veneno sair da perna para o sangue, ele precisa ficar imóvel. - o senhor consolava a filha, colocando a mão sobre o ombro dela. Como eles sabiam tanto disso? Não sei, mas o que eles precisavam agora era de um Zangoose para fazer se sabe lá o quê... Mas era um "quê" importante para o tratamento de Joshua.

13h02min
"Sol forte, poucas nuvens . 29ºC"

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O rapaz estava se envolvendo cada vez mais. Um papo bom, sentimental e uma família unida. Tudo isso parecia não só restaurar a esperança de V, como fazia com que ele criasse outros vínculos antes de voltar pra sua família. Talvez, no fundo, o rapaz queria isso também. Mas seu tom de fala demonstrava e deixava claro que ele não fazia ideia do que era um Zangoose. V, de Saffron, estava na terra de outros.

- É um Pokémon que vive nessa região. Bem feroz e forte. É meio difícil de lidar com eles, são rápidos e costumam terem garras violentas.
– Mas também são conhecidos por serem rivais de Sevipers e possui um ódio instintivo contra a serpente.- completava o senhor, com uma dose de sensatez e sabedoria juntos.
- Por terem vivido lutando contra sevipers por muitos anos, Zangoose desenvolveram a capacidade natural de criar antídoto contra todos os tipos e subtipos de veneno de Sevipers conhecidos. - senhora dava continuidade. - A principal área de produção de antidoto de um Zangoose está nas suas glândulas sebáceas, na pele. - - Dessa forma, seu suor e sua cera na pele tem propriedades curativas contra Sevipers. São usados em refinarias para o antidoto, pra usar em tratamento contra venenos disseminado, porém, no caso do José, ao tentar chupar o veneno, você não retirou, mas impediu que alcançasse a corrente sanguínea. Usar o sebo de Zangoose na perna pode ajudar a curá-lo, sem que a gente perca 3h de transporte para a cidade com risco de envenenamento generalizado.

A forma harmônica que os senhores completavam um ao outro era incrível e eles conseguiam causar a verdadeira impressão que são o par perfeito. E de fato eram! Kate abaixava a cabeça triste. Não era uma treinadora Pokémon, não conseguiria trazer ‘sebo de Zangoose’ para a casa. Mas V era. - Zangoose são velozes. Eu nem tanto. Mas seria bom ter olhos mais jovens comigo nesta busca.- o patriarca encarava Victor em um sorriso gentil e aparentemente confiante. Nada de preocupação. Ter dois com Pokémon procurando era melhor do que um. - Mas antes de embarcar nesta jornada, que tem que ser rápida, deixem-me cuidar dos pokémon de vocês.- dizia a senhora, tirando ervas que tinha guardado ali, já que a chaleira no fogão começava a apitar de modo alto, indicando fervura do líquido. Ela deduzia que os Pokémon de V estavam precisando de reparos, assim como Tangrowth do papa.

13h21min
"Sol forte, poucas nuvens . 29ºC"

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Era tudo uma questão muito emotiva, cheio de faces, olhares, um jogo corporal único. Claro que Victor não saberia diferenciar nenhum desses jogos, mas sabia sentir que tinha um peso naquele ar (e não era o apertado trailer). Pois bem, fora do local apertado, um chá amargo fazia Victor, a hiena, tossir e querer lamber terra para não sentir aquele gosto. Thomas se fazia de forte, mas estava igualmente enjoado. Tangrowth recebia um pouco do chá e parecia adorar a erva que foi usada.

Kate estava abalada! Não saia de perto um minuto e mesmo diante das condolências de V, de Saffron, ela não retribuía o olhar. Não que quisesse ignorá-lo, mas sua atenção agora estava no irmão, pálido, febril – mais um dado clínico -e deitado ali, cuja mão estava sendo “esmagada” pelas mãos da guitarrista. A mama apenas sorria para Victor, agradecendo a preocupação em nome de Kátia/Kate. E lá iam os dois para a caçar.

Papa era um homem de idade, já falei, mas bem forte. Seus passos para longe do trailer seguidos do lento Tangrowth parecia não ter a pressa de querer salvar seu filho mais novo. Ele andava para a mata com seus passos abertos, como se fosse cair ali, mas no fim ele só parecia ser paciente em querer rastrear os Pokémon. - Zangoose são Pokémon agressivos, mas podem viver em bando. - dizia o senhor, apertando seu olhinhos pequenos como se quisesse pegar uma pista. - Normalmente savanas e grama mais alta, mas não mata fechada. Tem hábitos tanto noturnos quanto diurnos, no entanto, são rápidos e rasteiros, o que dificulta o rastreio.

O homem falava para V,mas parecia mais conversar consigo mesmo, ao mesmo tempo. Como se falar naquele instante o ajudasse a pensar. Já tinham se afastado do trailer e do carrinho velho. Optar pela travessia a pé talvez não espantasse Zangoose... Embora Zangoose não fosse o tipo de Pokémon que fugiria de um barulho...