00 - Se manda, seu cabeça de bigorna!!!!
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00 - Se manda, seu cabeça de bigorna!!!!
por Froste 13/04/22, 04:48 pm
I
Havia percorrido uma distância considerável, seus pés, desacostumados, doíam. Froste parou de caminhar, ficando estático como estátua preguiçosa, enfeitando a estrada desnecessariamente, respirou fundo, coçou a cabeça e continuou imóvel por pouco mais de um minuto. Durante este breve intervalo inúmeras crianças cruzaram seu caminho, algumas acompanhadas dos pais, outras sozinhas, todas genuínamente empolgadas. Esse ânimo crescente incomodava Froste que retomava sua caminhada com indiferença.
"Toda essa empolgação só pra carregar um monstrinho e sair sem rumo?" - pensou torcendo o nariz.
Ao avistar o laboratório decepcionou-se de imediato, a imensidão da fila podou o restante de sua disposição, Froste limitou-se a abaixar a cabeça e bufar frustrado. Olhou para trás e concluiu que o trajeto de volta seria tão longo quanto o de ida, quiçá pior.
"Já to aqui". Pensou. "Vou deitar em algum canto enquanto espero a fila diminuir."
Encontrou um carvalho robusto não muito distante do laboratório, frondoso o suficiente para lhe garantir refúgio do sol inclemente e próximo o bastante para que enxergasse perfeitamente a fila. Sentou recostando-se no tronco maciço e não tardou para que dormisse.
Abriu os olhos com relutância ao sentir algo lhe atingir a perna, balbuciou um argumento qualquer e tentou dormir outra vez, mas o que quer que estivesse o atacando não cessou a agressão. Despertou incomodado e raivoso, raiva esta que se amainou confrome a silhueta do agressor se fez nítida: um Cubone com um pequeno osso na mão.
_ Dá pra parar? - disse Froste balançando a perna. O Cubone recuou assustado, mas permaneceu encarando-o. - O que foi? Vai ficar aí parado me olhando? Some pra lá... - persistiu abanando os braços tentando espantá-lo, em vão.
Respirou fundo, pausadamente, não era dado a impaciência, mas, talvez pela interrupção, estivesse assolado por um mau humor perverso. Froste e o Cubone encaravam-se mutuamente.
_ Usar um osso na cabeça não te faz mais intimidador, amigão. - continuaram se encarando - Verdade seja dita: é ridículo. Deixa sua cabeça que nem uma bigorna. - ainda se encaravam. - Ah, que se dane! Vou dormir.
Fechou os olhos e tentou recuperar o sono perdido, mas pairava sobre ele o desconforto de estar sendo observado, abriu sutilmente os olhos, como brecha mínima em folha de caderno, o Cubone continuava a observá-lo. A criaturinha se aproximou e bateu com o tacape suavemente no joelho de Froste.
_ Puta merda! Quê que foi? - questionou irritado.
O Cubone com gentileza apontou para a direção do laboratório. Não havia mais fila. Froste olhou surpreso e coçou a cabeça.
_ Caramba! Dormi mais do que devia. Obrigado, amigão. - acalmou-se e tocou carinhosamente a ossada que servia de elmo.
Levantou se espreguiçando e caminhou até o laboratório. A primeira vista era uma construção comum, um prédio moderno em um local ermo, mas espaçoso, diversos homens de jaleco branco iam e vinham, pokemons dos mais variados tipos se espalhavam acompanhando a movimentação caótica dos funcionários. Professor Oak estava sentado diante de um monte de papéis, era fácil identificá-lo, todos em Pallet sabiam de quem se tratava. Froste foi até ele.
_ Olá, professor. Meio atrasado, mas vim pegar o meu primeiro pokémon e tal.
_ Olá, meu jovem. Sinto lhe informar, mas não há mais nenhum pokémon disponível. O último foi entregue há pouco mais de uma hora, mas nada impede que você volte amanhã ou depois.
_ Poxa, professor. Não garanto que volto amanhã não, moro longe sabe... - esfregou a bochecha desconcertado com sua justificativa preguiçosa. - Não sobrou nem um pokemonzinho? Certeza que não tem nenhum?
_ Absoluta. - retorquiu com firmeza.
_ Não tem nada que pode fazer por mim?
Oak pensou por alguns segundos antes de responder:
_ Posso te entregar uma pokedex e algumas pokebolas. Se der sorte, pode ser que capture algum pokémon, o que é muito difícil sem o auxílio de outro pokemon. Caso não consiga, volte amanhã mais cedo que certamente terei algum pokémon disponível para você.
_ Pode ser. - concordou cabisbaixo.
Recebeu as pokebolas e a pokedex. Saiu do laboratório e seguiu distraído, sem se atentar aos detalhes exteriores. Saltou assustado quando algo acertou-lhe os pés. Um Cubone o havia atingido, o mesmo que tanto o atazanara anteriormente.
_ Você de novo cabeça de bigorna? - resmungou.
Voltaram a se encarar. Froste lembrou-se das pokebolas e percebeu que seria possível capturar o monstrinho incômodo. "Por que não?". pensou. Puxou uma pokebola e bateu-a serenamente na cabeça do Cubone que se converteu em um feixe luminoso e foi imediatamente puxado para seu interior. A pokebola permaneceu lacrada e assobiou anunciando a captura.
Sua jornada havia, enfim, começado.
"Toda essa empolgação só pra carregar um monstrinho e sair sem rumo?" - pensou torcendo o nariz.
Ao avistar o laboratório decepcionou-se de imediato, a imensidão da fila podou o restante de sua disposição, Froste limitou-se a abaixar a cabeça e bufar frustrado. Olhou para trás e concluiu que o trajeto de volta seria tão longo quanto o de ida, quiçá pior.
"Já to aqui". Pensou. "Vou deitar em algum canto enquanto espero a fila diminuir."
Encontrou um carvalho robusto não muito distante do laboratório, frondoso o suficiente para lhe garantir refúgio do sol inclemente e próximo o bastante para que enxergasse perfeitamente a fila. Sentou recostando-se no tronco maciço e não tardou para que dormisse.
Abriu os olhos com relutância ao sentir algo lhe atingir a perna, balbuciou um argumento qualquer e tentou dormir outra vez, mas o que quer que estivesse o atacando não cessou a agressão. Despertou incomodado e raivoso, raiva esta que se amainou confrome a silhueta do agressor se fez nítida: um Cubone com um pequeno osso na mão.
_ Dá pra parar? - disse Froste balançando a perna. O Cubone recuou assustado, mas permaneceu encarando-o. - O que foi? Vai ficar aí parado me olhando? Some pra lá... - persistiu abanando os braços tentando espantá-lo, em vão.
Respirou fundo, pausadamente, não era dado a impaciência, mas, talvez pela interrupção, estivesse assolado por um mau humor perverso. Froste e o Cubone encaravam-se mutuamente.
_ Usar um osso na cabeça não te faz mais intimidador, amigão. - continuaram se encarando - Verdade seja dita: é ridículo. Deixa sua cabeça que nem uma bigorna. - ainda se encaravam. - Ah, que se dane! Vou dormir.
Fechou os olhos e tentou recuperar o sono perdido, mas pairava sobre ele o desconforto de estar sendo observado, abriu sutilmente os olhos, como brecha mínima em folha de caderno, o Cubone continuava a observá-lo. A criaturinha se aproximou e bateu com o tacape suavemente no joelho de Froste.
_ Puta merda! Quê que foi? - questionou irritado.
O Cubone com gentileza apontou para a direção do laboratório. Não havia mais fila. Froste olhou surpreso e coçou a cabeça.
_ Caramba! Dormi mais do que devia. Obrigado, amigão. - acalmou-se e tocou carinhosamente a ossada que servia de elmo.
Levantou se espreguiçando e caminhou até o laboratório. A primeira vista era uma construção comum, um prédio moderno em um local ermo, mas espaçoso, diversos homens de jaleco branco iam e vinham, pokemons dos mais variados tipos se espalhavam acompanhando a movimentação caótica dos funcionários. Professor Oak estava sentado diante de um monte de papéis, era fácil identificá-lo, todos em Pallet sabiam de quem se tratava. Froste foi até ele.
_ Olá, professor. Meio atrasado, mas vim pegar o meu primeiro pokémon e tal.
_ Olá, meu jovem. Sinto lhe informar, mas não há mais nenhum pokémon disponível. O último foi entregue há pouco mais de uma hora, mas nada impede que você volte amanhã ou depois.
_ Poxa, professor. Não garanto que volto amanhã não, moro longe sabe... - esfregou a bochecha desconcertado com sua justificativa preguiçosa. - Não sobrou nem um pokemonzinho? Certeza que não tem nenhum?
_ Absoluta. - retorquiu com firmeza.
_ Não tem nada que pode fazer por mim?
Oak pensou por alguns segundos antes de responder:
_ Posso te entregar uma pokedex e algumas pokebolas. Se der sorte, pode ser que capture algum pokémon, o que é muito difícil sem o auxílio de outro pokemon. Caso não consiga, volte amanhã mais cedo que certamente terei algum pokémon disponível para você.
_ Pode ser. - concordou cabisbaixo.
Recebeu as pokebolas e a pokedex. Saiu do laboratório e seguiu distraído, sem se atentar aos detalhes exteriores. Saltou assustado quando algo acertou-lhe os pés. Um Cubone o havia atingido, o mesmo que tanto o atazanara anteriormente.
_ Você de novo cabeça de bigorna? - resmungou.
Voltaram a se encarar. Froste lembrou-se das pokebolas e percebeu que seria possível capturar o monstrinho incômodo. "Por que não?". pensou. Puxou uma pokebola e bateu-a serenamente na cabeça do Cubone que se converteu em um feixe luminoso e foi imediatamente puxado para seu interior. A pokebola permaneceu lacrada e assobiou anunciando a captura.
Sua jornada havia, enfim, começado.
Começando na Rota I com um Cubone ( Bigorna)
Froste- Treinador
- Alertas :
Re: 00 - Se manda, seu cabeça de bigorna!!!!
por Jaete 13/04/22, 08:53 pm
@Froste, inicial entregue. Aguarda algum outro moderador com mais poder do que eu alterar seu status. Quando seu nome ficar azul, pode iniciar sua jornada na Rota 1.
Jaete- Treinador
- Alertas :
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