Mal se encontravam e já estavam decididos a seguir um para cada canto.
Linus, mesmo possuindo um voador, estava disposto a ir atrás de outros. Enquanto Noah ficava intrigado com o comportamento de Alecrim e decidia acompanha-la.
LINUS
O garoto desceu com cuidado pelo barranco íngreme, seus tênis cravando-se nas rochas soltas. A cada passo, pedrinhas se soltavam sob seus pés, e ele precisava se equilibrar para não escorregar. Bitol saltitava, acompanhando-o. Embora pudesse voar, ele parecia solidário ao garoto e, por isso, o acompanhava. Ao olhar para baixo, Linus viu a trilha sinuosa que serpenteava até a base do barranco, uma descida íngreme e cheia de obstáculos.
Com determinação, Linus agarrava-se às saliências e raízes para se manter no caminho. E conforme avançava, a luz do sol filtrava-se por entre as folhas das árvores, criando manchas brilhantes no chão.
Embora um pouco cansativo, finalmente o bosque estava diante dele. O piado das aves era estridente e até mesmo podia vê-las se movimentando. Logo, uma sensação de conquista o invadiu, pois o garoto sabia que a descida tinha valido a pena.
Agora, ele só precisava encontrar uma forma de entrar na mata sem espantar os pássaros. Como ele seguiria?
NOAH
O caminho de Noah era mais calmo. Alecrim sabia exatamente como descer dali sem muitos problemas.
Alecrim parecia agitada e ansiosa para encontrar com os seus. Já Noah podia sentir seu coração batendo forte em seu peito. Ele sabia que era importante manter uma distância segura, mas devido a sua pokémon, talvez ele quisesse chegar o mais perto possível para observá-los em seu habitat natural.
Devido os passos rápidos próximos ao rio, ele podia sentir o cheiro da terra úmida sob seus pés e o som dos ramos quebrando sob seus sapatos. A manada de Phanpys estava brincando a beira do rio, balançando as suas trombas e emitindo sons baixos.
Animada e, de certa forma, receosa, Alecrim seguiu até o grupo que não viu problemas em disparar jatos d'água na pequena paquiderme e logo a puxaram para o rio, para que pudesse brincar com eles. Contudo, uma mão evitou que Noah prosseguisse. Um nativo estava em pé, observando o horizonte com atenção. Sua pele era de um tom escuro, queimada pelo sol, com traços fortes e marcantes em seu rosto. Ele vestia roupas simples, que pareciam feitas de tecidos naturais. Em sua postura havia uma sensação de conexão com a terra, como se estivesse em harmonia com a natureza.
| - Por favor, jovem. Peço que deixe-os brincar em paz. Qualquer sinal de perigo pode gerar um estouro. - Ele então apontava para o longe. - Ou os responsáveis podem te atacar. - Um Donphan deitado em meio há alguns arbustos vigiava os elefantinhos. |
Ele então se recostou em uma rocha próxima e sorriu gentilmente para Noah.
| - Veio aqui para que sua Phanpy possa evoluir? - Questionou ele. |
Enquanto a paquiderme socializava não havia muito o que se fazer. Embora, ainda houvesse a opção de retorna-la e seguir com sua jornada. O que Noah faria?