CSI: Acapulco - Vamos todos a Acapulco!

O oponente aproveitava da pausa de Absol em suas curas para reduzir-lhe as defesas, o que não era preocupante a Lysander, já que mesmo sem aquelas alterações de status a situação para Lysander e sua Absol já era crítica. Mas ainda assim havia uma chance de vitória... Uma chance que baseava-se totalmente no fato de Absol resistir à paralizia e atingir seu oponente. Caso contrário, estaria em sérios apuros a partir deste ponto. Seus olhos viajavam da cena de batalha para Pangoro, que lhe dava suporte. O urso bobalhão mantinha os olhos em sua ferida, e Lysander podia sentir os braços do monstrinho a tremer em contato com seu corpo. Um tremor de ligeiro pânico por parte do pokémon. - Está tudo bem... - Sussurrava o rapaz, ainda a poupar energia antes de então voltar-se ao combate uma vez mais.

- Vamos dar um fim de vez a esta batalha... - Pensava consigo mesmo. Sua única revolta com aquilo era que não teria força suficiente para matá-lo quando a batalha acabasse.

- Psycho-Cut e Protect! - Comandava ele a torcer para a polícia chegar em breve... Afinal, quanto tempo mais resistiria daquela forma?

A batalha chegava a seu fim... E para a sorte de Lysander, com uma vitória de sua Absol. Ou bem... Talvez nem tanta sorte assim, já que com o fim da batalha, sua consciência também começava a desvanecer.

Tudo o que o rapaz lembrara era de dizer algumas últimas palavras, talvez desconexas a um primeiro olhar, mas relevemos, não é mesmo? Lys já havia sido forte o suficiente para resistir ao ferimento e sua gravidade até o presente momento, e isso por si só já era uma grande conquista. Seus olhos moviam-se diretamente a Pangoro, afinal, sabia que se pudesse confiar em alguém para lidar com seus demais parceiros era o grande urso. - Rotom... A gravação. - Lutava em seus últimos segundos de consciência. - Não o deixem escapar. Eu vou só... Dormir. - Dissera ele enfim, com algumas sutís lágrimas em seus, apesar de relutar a elas, instantes antes de enfim partir desta para uma melhor. (Por assim dizer)

Sua cabeça a enfim repousar por completo sobre os braços do ursinho. Em suas últimas palavras esperava deixar tudo em "ordem", por mais difícil que parecesse. Tentava acalmar Pangoro, e por consequência todos os demais, dizendo que estava apenas a dormir, mesmo quando ele próprio já não sabia mais sobre a veracidade daquilo. Esperava que seus companheiros não fossem permitir a fuga do criminoso, assim como esperava que Rotom mostrasse sua gravação de todo o discurso do criminoso para a polícia, servindo de prova suficiente para sua prisão. Para a sua sorte, quando estava a subir as escadas do prédio de Sr. Crawley, deduzindo haver alguma situação do tipo, pedira para que o Fantasminha-Celular iniciasse a dunção de gravação de voz, lembra? Pois bem... Sua precaução foi útil, não é mesmo?

Enfim... Estas foram suas últimas memórias. A partir dali, tudo o que o rapaz conseguia enxergar era um clarão de luz, que aos poucos se dissipava, a tornar nítida a cena de se encontrar nas docas, lá de sua terra natal, Trovita Islands. Sentava-se á beira dela, com as pernas a balançar tranquilamente e sem preocupações, seus olhos a observar o sol se por ao horizonte, seus últimos raios de sol do dia a refletir sobre o mar, dando um tom alaranjado à cena. Não havia mais ninguém. Apenas Lysander e o mar. Seria este o seu paraíso?

Lysander sorria ao ouvir aquela voz lhe chamar. Não sabia exatamente o por que, mas mesmo sem saber a quem pertencia, aquela voz lhe trazia uma forte sensação de conforto. Era como o calor de uma lareira a aquecer-lhe o corpo em uma noite fria de inverno, trazendo uma alegria simplesmente indescritível. A emoção era tanta que a esta altura seu rosto já a estava a ser lavado por lágrimas inexplicavelmente, e elas simplesmente surgiam, sem mesmo saber o que exatamente estava a sentir, como se fossem uma reação autônoma, totalmente involuntária à sua própria vontade, algo a vir de seu interior.

- Quem... Quem é? - Arranjava forças o suficiente para dizer aquelas palavras, mas sem coragem para simplesmente abrir seus olhos e encarar o que quer fosse que estivesse ali.

Ouvira então uma risada doce a partir de suas palavras, mas não o riso de alguém a caçoar ou brincar... Era apenas um riso doce , que aos poucos se aproximava. Podia sentir sua presença, e em seu íntimo, ele já sabia quem era... Apesar de relutar a este pensamento. No momento seguinte, pudera sentir um toque em sua cabeça, a deslizar por seu cabelo e então se interpor diante de seus olhos. - Adivinhe quem é. - Dizia ela, doce e gentil como sempre,.

Lysander abria sua boca para responder, mas não saía voz nenhuma, incapaz de formar qualquer sentença. Levantara suas mãos até a daquela pessoa, sentindo a suavidade de sua pele, e então afastá-la de seus olhos. Ao abrir seus olhos, em um primeiro momento, tudo que pudera ver diante de si era como uma cachoeira de fios loiros. Ao vê-los, abaixara seu olhar, incapaz de encará-la uma vez mais.

- Buuuh! Você já foi mais animado, Lys, querido. Vamos... - Dizia ela, a brincar, apesar de não se mover de sua posição. - Não vai me cumprimentar?

- Oi... - Falara, mesmo que aquelas palavras parecessem presas à sua garganta. - Mamãe... - Respondera enfim, reclinando sua cabeça para trás enquanto ainda sentado, a observar agora a figura de sua mãe reclinada para frente, em sua face um doce sorriso que imediatamente fazia com que as lágrimas irrompessem cada vez mais brutalmente de seus olhos, sua expressão se contorcendo. Já havia acontecido uma situação semelhante no passado, onde de certa forma pudera interagir com ela, mas ainda assim, cada momento como este era único de inestimável valor ao rapaz.

Luna, por sua vez, se limitava a sorrir e então abaixar-se a altura do rapaz, o puxando até si e então envolvendo-o num terno abraço. Um abraço que por tanto tempo precisou e sentiu falta. Ali, nos braços de sua mãe a afagá-lo, Lysander simplesmente chorara. Ficaram assim por quanto tempo? Simplesmente perdera a conta. 5 segundos? Minutos? Horas? Não podia dizer com certeza, mas a sensação era tão boa que não desejava abrir mão.

- Oh, querido. Estou tão orgulhosa de você. - Dizia ela enfim, sua voz a demonstrar sua emoção também com o encontro, a enfim afastar-se um pouco. - Sei que tem sido difícil pra você, eu sei...  Eu estou sempre com você, onde quer que você vai, então acredite, eu sei como se sente, meu filho querido. - Prosseguira ela, a usar as palmas de suas mãos para acariciar o rosto de seu filho e limpar-lhe as lágrimas. - Algumas coisas tem pesado muito, não é mesmo? Mas apesar de toda a dor, sofrimento e tristeza, você segue adiante, acreditando em um mundo melhor e fazendo o que está a sua altura para torná-lo melhor. - Prosseguira ela enfim, a levantar um pouco o queixo de Lysander para melhor observá-lo por um instante, sua feição ficando um pouco mais séria agora, a puxar sua orelha, literalmente.

- Não digo que aprovo suas atitudes. - Continuara em um tom repreensivo. - Não as aprovo, mas te entendo. E apesar disso, por mais que você se sinta fraco e só neste mundo, você tem sido extremamente corajoso. É preciso muita determinação para lutar contra as trevas do mundo, meu querido. - Finalizava a mulher, a realizar um último afago em seu rosto antes de então levantar-se.

- Eu adoraria te ter aqui... Ao meu lado. Mas não é o momento ainda, Lys, querido. Eu quero que você volte, meu filho. Volte e quando o fizer, quero que puxe a orelha de seu pai também, aquele bobo. Vocês deveriam se entender, não brigar, francamente... - Seu tom de voz embargado era como se estivesse a se despedir. - Mamãe te ama.

E assim, seria o fim de seu sonho?

Tentava esticar sua mão para alcançar a figura de sua mãe uma última vez, mas antes que o fizesse, uma forte luz lhe ocorria e quando dera conta, estava de volta... De volta à realidade, ou ao menos, à sua realidade.

Encontrava-se em uma clínica, a ser examinado e inquirido por um médico que parecera ser o responsável por ele enquanto em seu breve sonho, sonho este que para ele poderia ter durado uma eternidade se dependesse apenas de sua própria vontade.

- 4 dedos... - Respondia Lysander sem muito problema, apesar de sua fala ainda um pouco sofrida e arrastada, afinal acabara de retornar de sua inconsciência, impossível já estar 100% logo de cara, além de provavelmente estar sob efeito de medicamentos. - Lysander Arthuro Lestrange... 23 anos... - Prosseguira ele a responder as perguntas do médico, seus olhos a rapidamente vasculhar o ambiente por um instante, como se estivesse a procura de algo ou simplesmente entender a situação.

- Estava em uma missão... Solucionar um caso de roubo no Antiquário... Em confronto com o ladrão fui esfaqueado... - Dizia as informações importantes que teriam ocorrido, como uma rápida síntese. - Mas... O que aconteceu depois que desmaiei? A policia o capturou? Ele fugiu? - Era o momento de Lysander questionar o médico atrás de alguma informação, agitando-se, o que provavelmente não seria o aconselhável pelo médico. - Onde estão meus pokémons? - Prosseguira, a continuar sua busca pelo ambiente mesmo que a distância.

Seus olhos no entanto não encontravam seus companheiros... Talvez tenham retornado a suas esferas ou sabe-se lá o que tenha acontecido, mas sim encontrara sua mochila a repousar ao chão escorada à parede. Mas o que surpreendera não fora a mochila em si, mas uma criaturinha a levantar sua cabeça sobre a fenda da mochila. Era um recém nascido, portanto seu porte pequeno ainda o fazia caber ali... Se tratava de Sandile, que provavelmente teria acabado por chocar enquanto ainda estava inconsciente. O monstrinho parecia entender a situação, mesmo que sequer tivesse interagido com o treinador antes, talvez pelas conversas de médicos e enfermeiras, afinal, sabe-se lá desde quando estivera escondido em sua mochila. A verdade era que o monstrinho estava feliz pelo rapaz recobrar sua consciência.

- Ah? - Exclamava confuso por um segundo, como se sua cabeça e ferida doessem. - Você é? ... Ah sim... - Prosseguira, a enfim recobrar sua memória sobre o fato de estar com o ovo de Sandile em suas posses. - Oi...

Off:
TM 259 - Knock Off.
Sandile: +7 em Sp. Def.
Houndoom: +7 em Sp. Atk.
Pangoro: +7 em Atk.
Absol: +7 em Sp. Def.
Teddiursa: +7 em Def.
Sableye: +7 em Sp. Def.

Rolagem Shiny Check
Sexo e trait já foram sorteados na criação do ovo.
Apelidar de Abyss.

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Assim que fizera suas perguntas, uma nova figura surgia em cena: Carlos. Um dos detetives da cidade, que por sinal possuía um forte vínculo com Corregedores e afins. Na verdade, para um leigo como Lysander no tocante a assuntos internos de delegacias e/ou instituições de segurança, aquilo tudo soava como algo muito difícil de compreender, mas havia capturado o essencial para entender a situação como um todo.

Tratava-se de um corrupto que estava a agir em conjunto com Crawley, acobertando-o no sentido de dificultar suas investigações e também à chegada de reforços quando Lysander precisara. Mas bem... Apesar de reprovável, Lysander pouco se importara com este, uma vez que a fonte imediata de seu ódio fora o próprio Crawley em si. O tal corregedor ali não passara de um intermediário das vontades do próprio Crawley, e este havia fugido, para seu desgosto.

Só desgosto? Estranhara o rapaz suas próprias emoções naquele instante, já que o tal homem fora responsável por um grande ferimento, além de outras complicações em seu encontro em si. Mas sim... Já não sentia mais toda aquela raiva que demonstrara quando em interação direta com Crawley... E a isto o rapaz tinha apenas uma única opinião...

A mudança se dava em razão do rápido porém extremamente encontro com sua mãe, seja em sonho ou sabe-se lá o que fosse. Aquele encontro o tocara o suficiente para relevar os atos do ladrãozinho mequetrefe. Não diria que havia controlado por seu desequilíbrio; não, este sempre estaria ali, mas ao menos nesta situação em específico ela servira para aplacar-lhe toda a dor. Simplesmente sentia-se vazio.

- Obrigado Carlos... - Respondia Lysander enfim, seu olhar a fixar-se em Sandile por um instante. - Não tenho mais nenhuma pergunta por hora... - Prosseguira ele enquanto acenava negativamente com a cabeça. Assim que fosse deixado a sós, era o momento de prosseguir com sua interação com a pequena Sandile.

- Vem cá... - Dizia o rapaz enfim, a dar um tapinha a seu lado da cama. A réptil demorara um pouco para enfim tomar coragem mas enfim o fazia, cambaleando até seu parceiro. - Obrigado por ficar comigo este tempo.

Sua mão repousava amigavelmente sobre a cabeça de Sandile, que por um instante parecia temerosa, mas logo se abrira mais, até mesmo a brincar com sua mão, como se a brincar de fingir estar tentando mordê-la. - Sou Lysander, alias... Seu amigo. - Prosseguia, enfim a se apresentar. - E você se chamará Abyss, Ok?

- Agora... COM QUEM É QUE EU FALO PRA RECEBER ALTA DESTE LUGAR! - Questionava o rapaz aos berros em seu quarto. Se estava recuperado? Claro que não. Ainda podia sentir a ferida aberta em seu lado, mas ainda assim não aguentaria ficar naquele lugar por muito tempo. Simplesmente preferia acabar sua recuperação por aí. Sandile, notando a conduta de seu treinador, parecia querer imitá-lo, ajudando-o a fazer o escândalo.