Fogo na Floresta!

O rapaz parecia mais calmo, apesar de ainda acreditar ser invencível, bom deve ser isso que os hormônios fazem né, garotos quando começam a crescer pelos devem se sentir dessa forma. Eu começava a me achar velho demais, suspiro e volto a analisar o mapa.

A única marcação relevante fora a cabana era a existência de um lago mais ao norte, percebia que era uma área fora da rota de passagem pela floresta, o que indicava mata bem fechada e a existência de muito pokémons mais ariscos com a proximidade humana.

Certo, devemos ir para essa região do lago. Pode ver aqui, é um caminho fora da trilha, o que indica que estaremos em mata fechada. Não creio que vc queira fazer mal aos pokémons que devemos encontrar certo? Então devemos controlar os nossos movimentos de fogo, eu sei que é complicado a nossa vontade é simplesmente colocar tudo em chamas. Mas Mera é capaz de enfrentar qualquer desafio, mesmo que não possa usar livremente suas chamas. De acordo ou tem algo mais a acrescentar?

Esperaria ver se ele teria mais alguma coisa a falar, então marcaria no rotom phone e no ranger pad a localização que queríamos seguir, pedindo para traçar uma rota para lá.

Não havendo objeções, iria seguir na direção apontada.

Fiery Duo

Enquanto Tony olhava o mapa, Henry fuçava no seu Rotom Phone, abrindo o app de Itemfinder. Aquela era uma cabana dos Rangers, talvez eles tenham deixado algum tipo de suprimento para trás e suprimentos seriam bem úteis para a dupla, visto que a aventura deles ainda estava apenas começando e eles nem sequer estavam perto do tal "tesouro" e do guardião do tempo.

O detector ficou quieto, Henry deu alguns passos , em direção ao lado esquerdo da cabana, onde Henry tinha chamuscado mais cedo e onde ficavam uma espécie de quarto, mas o Itemfinder não respondia. Não havia encontrado nada por ali, talvez qualquer suprimento valioso que estivesse por ali tivesse sido danificado pelas chamas, quer dizer, pelo menos aquelas camas e colchões não tinham feito as chamas se agravarem e destruírem todo aquele "acampamento".

No mais eles finalmente começariam a trilha. Sabiam onde queriam chegar, tinham um mapa. Porém, o caminho até o lugar seria mais complicado. A tarde estava começando, cerca dos meio-dia, o sol estava a pino, mas era difícil perceber isso, as altas árvores faziam apenas com que leves raios de sol irregulares iluminassem o local. A vegetação rasteira e raízes no chão fariam com que a dupla tivesse que andar com cuidado para não tropeçar e correr o risco de até se machucar gravemente.

Eles tinham uma direção, mas o leve descuido poderia deixar os dois perdidos no coração da floresta, todo lugar naquela floresta profunda parecia o mesmo. O único som além de suas vozes e dos cries de seus próprios Pokémon, eram os cries dos selvagens, mas eles não conseguiam ver nenhum Pokémon selvagem. Estariam eles espreitando para atacar, ou simplesmente não queriam atacar.

Enfim, precisariam prosseguir com cuidado.

Ao registrar tudo no mapa, sorria ao ver Mera fazendo os exercícios, ela parecia realmente empenhada em ser forte. Quando Henry retorna e se compromete a tomar mais cuidado.

Perfeito, esse é o espirito, ser o melhor de todos!

Organizo as minhas coisas e liberando Roton na sua forma espectral, iria seguir pela mata fechada, Henry fala para eu não me perder e qualquer coisa procurar por Mera.

Certo, vamos tentar não se separar, mas é um bom plano.

Iria pedir para Rotom seguir a minha frente, não estávamos vendo os pokémons, mas era certeza que eles estavam nos vigiando e esperando qualquer coisa suspeita.

Tomaria cuidado para não pisar em nada.

Fiery Duo

Estranhamente, antes de partirem, Henry tirava um breve cochilo antes de partir para a trilha desconhecida. Talvez ele não tenha dormido direito à noite, ou estava apenas se preparando mentalmente para o caminho que definitivamente não seria fácil. Enfim, foi um cochilo de cerca de meia hora e então Henry e Mera estariam prontos e finalmente poderiam começar a trilha.

Como descrito antes, era uma parte nada convidativa da floresta. Estavam no seu coração, a luz do sol penetrava apenas em tímidos raios de sol, por sorte Tony tinha o seu Rotom, ele cuja forma espectral trazia um pouco de luz para o local, mas a luz por si só não era muito útil, a paisagem toda nos arredores era como se tudo fosse igual. A mata era fechada demais, se precisassem se defender, precisariam fazer sem golpes do tipo fogo, Henry continuava com o seu bravado e dizia que não precisava de tais golpes, mas inegavelmente eram os golpes mais fortes de seus Pokémon.

Tony andava devagar, cuidadoso com a vegetação rasteira e com próprios Pokémon que podem estar se rastejando ou simplesmente se escondendo no chão, ou até mesmo caso ele quebre um galho caído, que seria um som certamente alarmante naquele silêncio, mas era bem fechado, e não se propagaria para muito longe.

No meio de todo aquele verde igual, a paisagem começaria a ter detalhes que se destacariam. Eles teriam basicamente duas passagens, que se mostravam evidentes, a primeira com detalhes bastante intrigantes. A vegetação lá foi perturbada, como se a mata fosse atropelada, vinhas no chão rasgadas como se fossem atropeladas por algo com uma força descomunal, galhos mais baixos das árvores cortados também com o que parece ser força bruta e pegadas bem grandes no chão, de alguma criatura.

Na outra passagem, bem, eu disse que haviam duas, mas o que acontecia era que havia uma muralha de teias. Tony e Henry não eram especialistas em insetos, mas aquilo foi colocado ali bem recentemente e os Pokémon não queriam ninguém, principalmente humanos, passando por aquela direção. Poderia ser apenas um ninho de Ariados, mas caso Tony não tenha perdido o seu senso de direção, aquele caminho seria o mais próximo de chegar ao seu destino, enquanto o caminho com as pegadas era literalmente um contorno por aquela parte.

Seguiriam o rastro deixado pelo suposto monstro enorme ou tentariam invadir o território dos Ariados?

O caminho era realmente angustiante, a sensação de sermos observados a todo instante e o cuidado para não chamar muita atenção ou pisar em algo errado.

Ao menos chegávamos em um ponto em que o caminho se dividia em dois, um deles estava tomando por teias de Spinaraks. Pareciam recentes e o outro apresentava sinais de que algo acabara de passar por ali.

Aperto os olhos ao ver a destruição causada, pego então o rotom e scaneio o local procurando por similaridades.

Roton, busque no registro dos ranger de acordo com as espécies que habitam aqui na floresta, qual seria mais provável de deixar esse rastro.

Viro para Henry e falo.

Bom, esse caminho pelas teias seria o mais rapido, porem creio que vc não tenha medo de seguirmos o que tenha passado por aqui né?

Daria uma risada e seguiria o caminho das folhas pisadas, mas antes marcaria no mapa de rotom a nossa localização, afinal, poderíamos desviar muito da rota perseguindo a criatura.

Fiery Duo

Dois caminhos e eles tinham que fazer uma escolha. O que seria finalmente decidido era seguir pelo caminho aparentemente mais longo e ir na direção da fera furiosa que passou por ali. Evitaram o caminho das teias com razões sensatas, pois provavelmente seriam encorajados a usar ataques de fogo contra os Pokémon dali, caso eles forem hostis, na verdade possivelmente teriam até que usar fogo para tirar a parede de teias bloqueando o caminho.

Antes de prosseguirem Tony fazia uma pesquisa sobre os Pokémon que habitavam a Ilex Forest, saber se era alguma criatura natural dali que possa ter deixado aquela destruição. E a resposta seria não. Se Tony olhasse mais a fundo, veria que a maioria dos Pokémon eram insetos e plantas, nenhum deles que podiam fazer aquelas pegadas daquele tamanho. Ademais, aquelas pegadas pareciam mais de uma criatura mamífera grande, certamente nada similar com o que o Rotom Phone mostrou de resultados.

Estavam na trilha de algo misterioso e então seguiram aquele caminho. E logo poderiam notar algo interessante, poucas pegadas e a maioria delas quase indescritiveis, como se fossem deliberadamente escondidas, mas eram pegadas menores, de um calçado, eram pegadas humanas. Eram pistas interessantes de saber e possivelmente já podia ser deduzido o que se passou por ali.

No mais o caminho estava repleto por galhos quebrados, berries jogadas ao chão e pisoteadas, nem era possível pegá-las e guardá-las de suprimento e as pegadas continuavam, apontando para uma direção onde uma árvore foi literalmente derrubada à força.

Os dois ainda queriam perseguir a tal criatura misteriosa e poderosa?

A marca do pokémon que avançava pelo local não coincidia com nenhum nativo de Ilex, ao avançarmos um pouco notava um nova pegada, sapatos humanos. Aponto para que Henry pudesse ver e tomar ciência da situação.

Rotom, procure por sinais elétricos de dispositivos próximo de nós, nos indique a proximidade.

Oferecia o Ranger Pad para que ele pudesse se comunicar. Esperava a resposta de Rotom e então seguiríamos, berrys e arbustos pisoteados, pelo visto a pessoa e o pokémon não tinham o menor cuidado ao transitar por ali.