- Magma - Respondeu, enquanto chamava Aegislash para ir na sua direção.
O pokémon, sem entender muito, foi. Nicholas ficou lá "olhando". O cientista cogitou dar-lhe alguma informação para que ele não ficasse completamente aquém dos sentimentos que aquilo causava, mas logo decidiu que não o faria; o único que sofreria ali era o humano e ele sabia que isso provavelmente não incomodaria o Rocket.
No mais, começou o processo.
Magnemite ficou numa espécie de redoma, com uma agulha grande e grossa no topo dela. O corpo, agora sedado e desmaiado, estava numa maca com os braços e pernas amarrados, apesar de não se mexer. Os seus batimentos cardíacos estavam sendo monitorados, mas ninguém parecia ligar muito pra isso. No mais, o fantasma não sabia muito onde se posicionar e Aegislash acabou por só seguir o cientista, ficando bem ao lado do humano.
As coisas aconteceram na seguinte ordem. Primeiro, o Magnemite foi "analisado" por uma máquina. Alguns testes - longos - foram feitos e tudo levou uns quarenta minutos. Depois disso, um diagnóstico surgiu na tela e o cientista mostrou-se satisfeito, como quem sabia o que tinha que fazer. Com uma arminha de pressão - muito semelhante àquelas de abater boi -, o homem dispara contra a cabeça do humano que imediatamente morre. "Morte Encefálica". O coração do sujeito ainda bate por um tempo mas o nível de oxigenação dele parece cair. Rapidamente o cientista começa a cortar aqui e ali, fazendo uma ou outra transformação. Nicholas não conseguia ver muito bem essa cena, muito menos entender. Sangue era a única coisa que ele podia ver com clareza naquela cena.
Botou um bom bocado de tecido num recipiente e posicionou-o ao lado da redoma que continha Magnemite. Dessa vez chamou o fantasma e deu-lhe uma lasca do meteorito. Logo em seguida botou uma segunda lasca do meteorito dentro do recipiente do Magnemite. Calibrou uma ou duas coisas e a mágica aconteceu.
O meteorito brilhou como uma Mega Stone. Uma pequena transformação fez com que
algo fosse transferido do Aegislash para o órgão retirado. Depois disso, o "minério" foi consumido e desapareceu. A agulha no topo da redoma se mostrou uma chave de fenda e os dois parafusos de Magnemite foram retirados. Uma parte de sua liga metálica caiu e bracinhos robóticos começaram a lhe remendar. Com tudo já em ordem, os parafusos foram re-apertados e o pequenino Magnemite voltou a se encaixar.
Estava curado?! Não sei ao certo, mas agora o pequenino levitava sobre seu campo magnético até ser liberto da redoma. Quando saiu, revelou que entre seus dois parafusos tinha agora beiços carnudos e humanos, que tinham um tom rosinha muito bonito. Ele, já liberto, fez um barulho parecido com "arranhar a garganta" e emitiu o seguinte som:
PUTA QUE PARIU VAI TOMAR NO CUUUUUUUUUUUUUUUUUUU MISTER D. CORNO DO CARALHO TOMARA QUE MORRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
e parou. Logo após isso assoprou o vento, imitando um suspiro e disse:
- Obrigade. Eu achei que ia explodir se não botasse isso pra fora.