Interlúdio

OFF: Olá, futuro narrador(a)! Tudo bem? O texto grande assusta, mas to narrando isso tudo só pra contextualizar algumas coisas que aconteceram com o personagem e pra eu (finalmente) poder parar de narrar ele doente. Não aguento mais kkkkkk enfim, eu vou marcar no post a partir de onde você pode efetivamente começar a ler, todo o resto não passa de uma divagação do Daisuke. É isso, obrigado e espero que nós dois possamos nos divertir. =)

Você deve estar se perguntando, por quê Lilycove? Essa é difícil, já que da última vez que estive aqui aconteceu um monte de coisas difíceis de se lidar. Mas aconteceram um monte de coisas boas também e acho que é sobre isso. Desde que saí de Lilycove e sumi da vista daquela velha esquisita, as coisas melhoraram. Quando Elfman acordou, a primeira coisa que fiz foi ligar pra Lisanna, e ela chorou muito ao telefone enquanto falava com a gente, consegui ver até mesmo meu irmão sem graça, coisa muito difícil de acontecer. Por um momento, ela ponderou sair correndo de Sinnoh pra Hoenn só pra lhe dar um abraço, mas nós dois fomos contra.

Primeiro, porque estava tudo bem. Segundo, porque ela tinha que seguir algum caminho na vida dela, e estava muito bem fazendo isso em Sinnoh. Se voltasse pra Hoenn, iria ficar preocupada de mais com Elfman pra fazer qualquer coisa, e, pela primeira vez, Lisanna conseguiu pensar nela. Depois de muita discussão, concordou. Era melhor continuar por lá.

Depois, levei meu irmão a minha casa, e meus pais receberam ele muito chorosos também. Juravam por todos os deuses que haviam feito algo que levou o cara a fugir, vê se pode! Elfman chorou um pouco aqui também, confesso que não esperava, mas acho que contato olho no olho e pessoalmente é bem diferente. Já com a Mira, bom, a Mira se esgueirou lá em casa dois dias depois, quando viu Elfman, imaginei que fosse fazer escândalo, que fosse nos socar, iria mandá-lo pro hospital de tanto bater nele, mas no fim... ela só pareceu muito feliz em poder vê-lo novamente, e deu um abraço terno em nós dois.

Após isso, eu passei um tempo em Rinshin, onde consegui fazer a fisioterapia que precisava, além de forçar meu irmão a treinar comigo todo santo dia. Mirajane me repreendeu muito pela minha falta de cuidado, mas ela parecia mexida em nos ver depois de tanto tempo, então acabou suavizando um pouco. Por isso, eu tinha que treinar em dobro agora, e com um parceiro de treino que tinha 10 Kg a mais do que eu, fiquei especialmente motivado.

Treinamos por quase 2 meses, onde Bruce, Fascination, Zhár e Brave me ajudavam a vigiar Elfman. Também tenho atualizado Karinna constantemente, ela ficou bem preocupada com tudo o que aconteceu, mas tratei de tranquiliza-la. Meu irmão não parecia querer tentar nada a respeito de fugir, mas mantivemos ele a rédeas curtas durante todo esse tempo. Pelo menos, ensinei uma coisa ou duas a respeito de defesa pessoal pra ele, e entrei em forma de novo. Fiquei meio chateado, a priori, porque precisei frequentar a academia, mas no fim acabou sendo bom, ganhei uns quilos de massa magra e dei uma renovada na autoestima, além disso, sinto que tô batendo mais forte do que nunca.

Depois de dois meses ficando de olho em Elfman, pedi para que Mira ficasse de olho nele durante uma semana. Fascination, Bruce, Zhár e Brave pediram para continuar ajudando, e, como eles ficaram lá em casa, meus pais não acharam ruim. Até preferiram. Hoje, eu voltei a Lilycove basicamente pra treinar. Sabe, efetivamente continuar de onde parei, apesar de não ter mantido quase ninguém do time daquela vez.

Meu próximo desafio consistiria em levar Elfman pra Mossdeep e encontrar algum especialista psíquico pra conseguir me ajudar a dar um jeito na cabeça confusa do meu irmão. Aparentemente, só especialistas muito bons conseguiam entrar lá, então, eu precisava de reforço nessa área. Eu tinha um ovo de Eevee que Karinna havia me dado. Passei esse tempo todo com ele, mas não deu nem sinais de que começaria a chocar. Portanto, decidi trazê-lo a Lilycove pra cumprir esse papel. Enquanto ele não choca, decidi treinar Aozuki, que precisava de uma certa atenção.

Ah, esqueci de mencionar, mas o passarinho mudou de cor. Não entendi muito bem as condições disso, mas me garantiram que não haviam feito nada com ele no sistema de gerenciamento global, e como o pequeno, além de me reconhecer, parecia bem, acabei não causando tumulto por isso. Até gostei, já que ficou meio parecido comigo.

Também trouxe Slowpoke, que era recém nascido. Olha, não quero entrar no mérito de Love não parecer confiável pro trabalho, mas não parecia mesmo. Esperava conseguir treinar Slowpoke pra conseguir cuidar de mim e zelar de meu irmão, além disso, ele parecia EXTREMAMENTE mais sagaz do que Love, que dependia de Pain, o Shellder, para deixá-la mais em sintonia com o mundo a sua volta.

Quanto aos demais? Bom, escolhi dois Pokémon do tipo Dark para conseguir lutar com eventuais psíquicos, ainda que Litten não cumprisse exatamente esse papel, ele era um suporte que faltava no time, então acabei optando por trazê-lo. Quanto a Panic e Mimikyu, foi... meio que ao acaso. Não tinha mais quem trazer, e lidar o Illusion de Doppel podia ser um desafio a mais pra mim por enquanto, então reduzir o nível de minha escolha e optar pelo seguro me pareceu melhor.

Agora, eu estava na beirada de uma das regiões de mar de Lilycove. Meus seis Pokémon enfileirados, esperando pelo meu comando. Maru olhava com muito zelo seus juniores, enquanto eles estudavam a venenosa com certa curiosidade. Fiquei meio sem jeito a priori, mas após isso me recompus.

- Certo, pessoal. Vamos começar o treino. A maioria de vocês nunca treinou antes comigo, mas costumamos fazer em pares, tudo bem? - Perguntava e recebia a confirmação inicial, juntei Maru e Aozuki, Mimikyu e Litten, e por último, Panic e Slowpoke, e começava a dar os comandos de treino para os grupos, respectivamente a menção anterior. - Certo, primeiro vamos testar alcance, tudo bem, pessoal? Maru, quero que se distancie 1 metro e meio de Aozuki e tente esticar seus braços até encosta nele. Aozuki, sei que não está conseguindo voar, mas tente andar para frente e fique no limiar do alcance de Maru, beleza? A ideia é entender até onde você pode ir para evitar um ataque dela. Já vocês dois, ... - Disse, me virando para Litten e Mimikyu. - Vão começar da mesma forma, okay? Mimikyu, sinta-se livre pra usar suas patas escondidas para irem até onde conseguir, e você, Litten, fica bem atento, tenta forçar ela ao máximo enquanto assimila a distância dos golpes dela, okay? - Perguntava, e recebia uma afirmativa conjunta.

Por fim, me virava para a dupla de atacantes especiais. - Vocês dois vão tentar isso de forma diferente. - Explicava, enquanto ambos me olhavam de cima, e eu me agachava perto do chão para falar com eles. - Panic, quero que use o Shadow Ball o mais alto que conseguir. Veja até onde sua esfera vai, enquanto você, Slowpoke, tente ver a distância máxima que consegue intervir no Shadow Ball com seu Psychic. - Justifiquei.

Bom, o treino seria principalmente para mim, no começo. Eu precisava saber do que cada um era capaz, já que não sabia muito da maioria dos meus monstrinhos. Ver como treinavam e qual seu limite hoje me daria uma boa ideia de como adequá-los a meu time.

OFF: FINALMENTE VEIO ME NARRAR!!! EI LINDO VEM SEMPRE AQUI???

Amigo, só uma coisa, apesar de não colocar no início, Drapion e Mimikyu estão treinando ataque, Litten e Swablu defesa e os outros dois estão treinando ataque especial.

O sol quente começava a me incomodar, felizmente, eu havia passado protetor. Estando apenas com um calção de banho eu assistia o treino meio ansioso... havia perdido o jeito mesmo. Não vou dizer que os resultados foram catastróficos, eu entendia agora, que deveria alterar a dinâmica. Maru e Aozuki progrediram bem, me arrisco a dizer que tiveram uma sintonia que, no mínimo, eu não esperava. Quanto a Mimikyu e Litten, bom... eles mal se desafiaram. Imaginei que as garras escondidas da fantasma pudessem se expandir mais, mas elas não eram realmente grandes. Braços comuns mas discretos... isso pode ser uma boa arma.

Quanto a Panic e Slowpoke, eu tive de me conter para não alterar meu humor com a fantasma. Slowpoke ficava completamente na defensiva, provavelmente com medo do comportamento da Litwick, respirei bem fundo e decidi que começaria por eles. Cheguei bem a tempo de ver o psíquico se defender um Shadow Ball, enquanto Panic parecia se divertir por mantê-lo na defensiva, e sendo bem franco, é bem difícil dar esporro em Pokémon tão jovem. Quando tentava isso com Kenma quando ele era um Torchic tudo que conseguia era fazer ele chorar, encarei ambos por um tempo, e decidi mudar um pouco a estratégia. - Certo, Panic. Já que acha tão divertido estourar as Shadow Ball no Slowpoke, por que não fazemos você se defender dos ataques psíquicos, ein? - Falava, enquanto Slowpoke parecia mais animado com a ideia, enquanto a Litwick... bom, ela só parecia se perguntar como fazer isso.

- A ideia é a seguinte, Slowpoke, quero que transforme seus Psychic em esferas e os dispare contra Panic, enquanto você, minha pequena fantasma travessa, tem que neutralizar o golpe com seus Shadow Ball. Mas só neutralizar! Você gosta de barulho, né? Transforma isso no seu próprio show de fogos de artifício, o que acha? - Falei com um sorriso, enquanto a fantasma assentia.

Parecia uma forma melhor de começar.

Após isso, fui até Mimikyu e Litten, e com eles eu já tinha uma ideia de como conseguir lidar, me aproximei cautelosamente apenas pra reparar que o esforço partia muito mais da fantasma, enquanto o ígneo mal conseguia fazer algo. Ele parecia entediado, na verdade. Me aproximei e dei as instruções, enquanto pedia para que o gato se aproximasse mais do Pokémon disfarçado. - Certo, olha, acho que podemos fazer melhor! - Pontuei, animado. - Mimikyu, já que não tem muito alcance, tente projetar seus braços na direção de Litten o mais rápido que puder. Mas olha, não pode acertar ele com força, ein! Vamos treinar seus reflexos ao invés de alcance, e você, Litten, desvie o mais rápido que conseguir. Vamos começar no básico, tente fazer apenas com que Mimikyu não encoste em você, pode fazer da forma que preferir. - Falei, e ambos os Pokémon assentiam.

Quanto a Aozuki e Maru, o treino funcionava maravilhosamente bem. Apesar do pássaro ainda não conseguir voar, ele tinha percepção o suficiente para saber onde Drapion podia atacá-lo e onde não conseguia. - Vocês dois estão indo muito bem! - Falei animado. Maru parecia orgulhosa, enquanto o Swablu parecia encabulado. - Olha, Maru, vamos a um próximo passo. Você tem que usar de todo esse alcance e flexibilidade pra tentar agarrar o Aozuki, e enquanto você, meu pequeno alaranjado, vai treinar a força dessas pernas! Vamos pular! Use os braços dela de apoio quando ela tentar te pegar pra salta por cima dela. Tenta dar cambalhotas, pular, e pode fazer isso da forma que conseguir para evitá-la! - Expliquei o próximo passo enquanto me afastava para observar o progresso dos pequenos.

Será que daria certo?

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Entendi, entendi. Sem Shadow Ball. Depois do fiasco do último treino onde Panic simulou os disparos de uma metralhadora e quase acertou, tipo assim, TODOS seus parceiros de treino, eu percebi que não daria mais pra seguir na mesma linha. Sabe a questão dos limites? Teria de ficar pra depois. Especialmente porque acho que a Litwick está fazendo de propósito. Dei só uma olhada pra fantasma que entendeu na hora, logo, o psíquico acabou suspendendo seu treino também. Respirei fundo e fui até minha dupla de atacantes especiais, me agachei e falei com a voz amena.

- Ei, acho que não ta dando muito certo usar os ataques, né? - E ri. - Vamos mudar, o que acham? - Falei, e tirei duas bolinhas de tênis da mochila. - Comecemos, efetivamente, mais leves, ta bom? - E coloquei uma na frente de cada um dos dois Pokémon. - Olha, o desafio da vez é levitar a bolinha. Sei que Pokémon psíquico conseguem usar energia do seu tipo pra isso, e os fantasmas podem possuir objetos, então, vamos começar leve. Quero que tente levitar a bolinha sem o Psychic, Slowpoke. Tente sentir ela a distância, o formato, como se parece, e levitar ela bem devagar. E você, Panic, tente fazer como um Poltergeist. Acho que é difícil levitar a bola, então tente apenas movê-la, mas sem tocá-la, tudo bem? - Fazia o pedido e saia para os demais grupos. Sabia que a tarefa seria trivial para o psíquico, mas muito desafiadora para a fantasma, mas estava tudo bem, já tinha ideia de como prosseguir com eles.

Quanto a Litten e Mimikyu, ambos tinham uma sinergia invejável de ação e reação. Como um exímio boxeador, Litten pairava como uma butterfree com tal destreza que me gerava inveja! Já Mimikyu, ela era feroz! Audaz! Atacava como ninguém! Fiquei admirando-os por um momento antes de lhes chamar a atenção. - Vocês foram incríveis nessa! - Os elogiava. - Mandaram muito bem mesmo! Então, já que seus reflexos estão em dia, vamos passar para a próxima etapa! - Sorri. - Mimikyu, eu queria muito poder incluir seus ataques mais ferozes, mas acho que pode ser muito pra Litten. Então, vamos ver como está a força de vocês dois! Quero comece empurrando Litten o mais leve que puder, e progrida pra empurrá-lo com a maior força que conseguir, e você, meu pequeno gatinho. Posicione as patas esquerdas na frente, e as direita mais atrás, como essa base. - E mostrava a tradicional base do boxe pro Litten. - Quero que mantenha essa base para te dar mais firmeza, e não, permita, de forma alguma, que Mimikyu lhe empurre para trás, okay? Se sentir que não vai conseguir se manter no lugar, desvie para um dos lados. - Os instruía, e depois, passava para Drapion e Aozuki.

Bom, eu provavelmente superestimei as perninhas de meu amigo plumado. É fato que já tem tempo que ele está sem voar, mas suas pernas não são como as de um Staravia. Pensei em como poderia facilitar até que voltássemos a esse ritmo, e tive uma ideia. - Certo, acho que dificultamos demais. - Comentava, antes de dar um riso meio sem jeito. - Maru, ao invés de tentar envolver Aozuki com os dois braços, tente envolvê-lo em um de cada vez. Isso deve ser o suficiente pra fortalecer um braço de cada vez enquanto cria janela suficiente pra ele se esquivar, e você, Aozuki, vamos manter as acrobacias. Se achar que não vai conseguir executá-las, se aproveite do seu movimento Acrobatics pra te ajudar! - Com as novas ordens, eu me afastava um pouco do grupo para ver como eles treinavam.

Esperava que rendesse frutos...

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Oh, bem, ótimo. Acho que nosso treino espantou a multidão da areia. Não que fosse esse o objetivo, ou que ligasse pra presença deles ali, mas confesso que no lugar deles eu também sairia. Talvez estivéssemos chamando atenção? Bom, acho que isso não deve ser um problema, não estou comentendo nenhum crime... até onde sei ao menos. Espero que não. Reparei que algumas garotas passavam ao fundo sorrindo, e bom, eu torcia pra que elas não tentassem se aproximar de forma abrupta. Maru é ainda mais ciumenta que Karinna. Enfim, voltemos ao treino, eu acho.

Mimikyu e Litten tinham um entrosamento perfeito, sua sinergia, mesmo em ritmo reduzido, era algo a se destacar. Observava, por agora, que talvez não conseguisse manter um treino muito longo como gostaria já que mesmo minha dupla de sucesso parecia precisar reduzir o ritmo. Imaginei o que poderia fazer para aumentar a resistência de Litten e a força de Mimikyu sem que eles parassem de treinar efetivamente. Pensando em termos de músculos, aumentar a resistência pode envolver malhar mesmo e a força a mesma coisa, mas talvez uma Mimikyu com os braços de um Leo Stronda não seja exatamente o que eu viso buscar.

Bom... ao menos, não diretamente, né. Mas acho que pode ser uma boa ideia um exercício anaeróbico pra variar, ou talvez mais técnica e menos movimento? Sinto que Mimikyu ditava um ritmo muito agressivo por não ter uma instrução clara de como golpear. Em minha defesa, não Pedi para que ambos interrompessem sua sequência de golpes e iniciei novas instruções. - Mimikyu, Litten, vocês estão indo muito bem. Mas Mimikyu, acho que devemos investir em técnica. Golpear a própria sorte parece mais cansar vocês do que tudo, então, vamos tentar diferente. Litten, como você já se acostumou a velocidade e força da Mimikyu, vamos ver como se sai lidando com as duas coisas. Tente resistir aos golpes da nossa parceira quando achar que não consegue se esquivar, mas tente se esquivar sempre que achar que pode, tudo bem? E você, Mimikyu, vamos golpear com técnica agora! Já conheceu seu ritmo e sua força, quero tente golpear sem dar o menor indício que vai fazê-lo. Rodeie Litten o quanto achar que deve, e quando sentir que ele abaixou a guarda, golpeie! Vamos tentar pautar seu estilo em golpes surpresa, beleza? - Falava, animado, e com a confirmação de ambos, passava ao próximo grupo.

Panic parecia relutante em aceitar que não havia feito um progresso de fato com a ideia de um poltergeist, talvez não fosse assim que a possessão de um fantasma funcionava? Eu tentava pensar num motivo, mas não vinha nada a mente, então começava a procurar um guia sobre Pokémon fantasmas na internet, pra entender se realmente conseguiria fazer aquilo. Enquanto não encontrava nada, eu arriscava no mesmo mais uma vez, dando, dessa vez, uma regalia para a Litwick. - Panic, acho que podemos fazer melhor! - Falava, sem admitir em voz alta que ela não havia feito nada. - O que acha de tentar usar os poderes fantasmagóricos do Shadow Ball pra levitar a bola? Dissipe seu golpe e use a energia dele pra tentar erguer a bolinha. Vamos começar assim. - Em seguida, fui até Slowpoke. - Já você, fez um excelente trabalho! - Elevava a bola do hipopótamo que sorria com o elogio. - Então vamos ao próximo passo! Erga a esfera o mais alto que puder, mais alto mesmo! Em seguida, lance ela com tudo na direção do mar e tente interromper o movimento dela sem deixá-la cair na água! - Sim, estou finalmente, testando os limites dos poderes psíquicos de Slowpoke. Parecia que finalmente, conseguiríamos alguma coisa aqui!

Com a próxima dupla, realmente, caro narrador, Maru era incrível! Não só pelas suas características natas, mas ela conseguia reduzir seu ritmo de forma que o treino fosse saudável até para Aozuki! Finalmente, minha Drapion estava aprendendo sobre trabalho em equipe! Aozuki conseguia acompanhar e agora sim eu via suas pernas fortalecerem e intensificarem o treino. Sabia que Aozuki não conseguia voar, mas e quanto a planar? Ele tinha controle sobre isso? Eu precisava, em algum momento, tentar colocar o pássaro pra voar, e acho que estava mais do que na hora disso. Ele havia ingerido diversas vitaminas, e, apesar de não ter ganho tanta experiência, acho que com as asas retocadas com penas e algodão costuradas, isso pode não ser um problema. Engoli seco enquanto me aproximava dos dois e coloquei um semblante confiante no rosto para instruí-los.

- Certo, vocês dois estão sendo incríveis, então, o que acham de darmos um próximo passo? - Perguntei, e ambos não pareceram ter problemas com isso. - Então ta ótimo, Aozuki, dessa vez, quero que tente desviar dos golpes de Maru da mesma forma, mas tem que usar o corpo dela como apoio pra se projetar pro ar e vai tentar planar com as asas abertas. - Falei, e o pássaro pareceu meio receoso. - Fica tranquilo! Você já viu, a Maru tem o alcance bem grande, a próxima etapa do treino dela, é manter os braços esticados o máximo que puder pra conseguir te segurar caso você caia. - Explicava a ambos, e Maru pareceu concordar enquanto dizia algumas palavras, ininteligíveis para mim, mas que deixaram o Swablu confiante.

Com isso em mente, me afastei de novo pra ver o que acontecia dessa vez.

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Eu e minha boca grande, né? Só porque havia dito que Slowpoke era mais sagaz que Love, o lerdão arremessa longe a bolinha no mar e faz o que? Isso mesmo, decide ir na direção da água pegar o treco nadando. Puta que pariu. Flagrei ele no ato, e tal qual uma mãe impedindo uma criança de beber detergente, segurei o Slowpoke nos braços e o olhei bem nos olhos. - NÃO. - Fui curto e enfático. Slowpoke, por sua vez, com aquela cara de pamonha mal cozida bem característico da sua espécie, lançava um cry desanimado. Levei a mão a face, enquanto segurava ele debaixo do braço. - Espera, já vamos pegar sua bolinha. - E revirei os olhos. Caralho, onde fui me meter ein, virei oficialmente babá. Impedindo as crianças de SE MATAREM.

Respirei fundo para ter calma pra seguir em frente, um problema de cada vez.

Aozuki e Maru conseguiam prosseguir bem, e pra ser bem honesto, ver o voador conseguir planar de novo fez meus olhos lacrimejarem. Ele finalmente tava apresentando melhoras. Enxuguei os olhos e segui em frente. - Ei, vocês dois estão indo super bem. Mas agora, Aozuki, Maru não vai tentar te pegar, ta bom? Retomem o treino de esquiva com as acrobacias, mas quero que finalize com você planando sozinho e sem apoio, tudo bem Aozuki? - Falei, e ambos os Pokémon assentiam em confirmação. Sim, agora eu iria unir essa etapa extra ao treino anterior, vamos ver se tudo vai progredir da forma que deve.

Quanto minha dupla de prodígios, MImikyu e Litten executavam seu passo a passo perfeitamente, se esquivando dos golpes e conseguindo manter o ritmo de treino, para minha alegria, na verdade, já que não pretendiam suspender nada por agora inicialmente. - Vocês dois estão arrasando! - Iniciava a abordagem com elogios, deixando ambos os Pokémon contentes. - O que acham de tentarmos dificultar um pouco mais? Litten, agora além de se esquivar e receber os golpes, você deve tentar se aproximar da Mimikyu, enquanto você, minha querida fantasma, vai tentar se manter o mais distante possível de Litten enquanto ataca. Vamos testar suas noções de alcance junto ao que aprenderam até agora! - Falei, dando-me por satisfeito com a progressão enquanto ambos os Pokémon retomavam a posição de treino, visivelmente animados.

Com relação a Panic, ela finalmente conseguia! Ela conseguia mover a bolinha e tudo o mais a sua volta! Faltava somente refinar! Com um semblante alegre, corria até Panic para acariaciá-la. - Você arrasou, cara! Conseguiu mover a bolinha! - Falei, enquanto ela parecia inflar algo que parecia seu peito orgulhosa. - Mas certo, vamos tentar estabelecer foco. Vi que levitou alguns grãos de areia junto, tente, dessa vez, somente com a bolinha. Tente sentir seu toque a distância nela sem precisar pegar o todo, e sim "pinçar" o que se quer, beleza? - Instruía a pequena que assentia.

Após instruir todo mundo, colocava Slowpoke no chão e dava seus comandos. - Olha que ideia de entrar no mar, ein! Você nem sabe nadar! Vamos começar leve, tenta usar seus poderes psíquicos pra sentir tudo a sua volta e encontrar a bolinha. Se não conseguir, use o Psychic para ajudar. Isso deve ser um bom treino também, já que sua percepção vai ficar mais afiada. - Comentava. - Só não entrar na água ainda, ta? Eu te ensino a nadar depois. Sua espécie costuma demorar um pouco pra aprender a nadar. - Pedia e dessa vez, Slowpoke parecia entender.

Agora me afastava novamente e assistia o resultado de meus pequenos.

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