014 - Discovery?

Assim que Karen pedia para Arthru ficar de segurança, o símio fica de pé, em duas patas, e pegava o cientista no colo, afastando-o de sua inestimável amiga e assim como chamava os Yanmas para perto. Num ato territorialista, não usual da sua parte, ele demarcava com sua Excocobur, um quadrado no chão, em volta do seu grupo de 7, em seguida, voltava a ficar sob as quatro patas, dava três pulos enquanto guinchava, antes de usar o indicador para apontar da linha para o céu e gritar três vezes bem alto, erguendo uma parede de Proteção.

Com seu grupo seguro, ele se sentava, no chão, colocava o coco entre suas pernas e começava a batucar uma música de ação? Suponho que sim. Ele queria ser bem enfático com o desenrolar da luta e como fazer isso de forma melhor que batucar a trilha sonora com seu coco, né? Bem! Então que assim seja, e tão logo seus companheiros foram para a linha de frente, seu batuque ritmado se iniciava, para a confusão do cientista e de suas libélulas.

Assim que Mordred chegava no campo, ele dava uma boa olhada no Graveler de cicatriz e se vendo num espelho, ele marchou como um raio na direção daquele mesmo. Quando sua treinadora arremessou um item para ele, o Monferno fazia um giro no ar e a colocava na cabeça, enquanto os outros dois Pokémon se posicionavam cuidadosamente para atacar. Mordred, que havia tomado a iniciativa, atacava o "líder" do bando um belo ataque de corpo a corpo. Se agarrando nos braços do Graveler, ele incansavelmente chutava a cara do pedrugulho, antes de arremessá-lo com tudo para trás com uma dúzia de socos. Um belo golpe. (-35 de HP do Graveler B. 28/63)

Em seguida, Gawain fazia seu movimento. Energizando as lâminas de suas mãos, ele parecia extrair energia do seu corpo, reunir nas garras, e, a partir da proximidade delas, gerava uma grande esfera de energia. Visando reduzir o número dos oponentes, Gawain mostrava que confiança não adiantava de nada e seu único ataque deixava o Graveler da direita nocauteado. (-144 de HP do Graveler C. 0/63)

Após isso, o grupos dos pedrugulhos ficou aflito, e tratou de revidar. Com dois Bulldozes bem fortes, eles testavam a durabilidade do macaco de fogo com seu golpe, pressionando-o no meio de seu dois golpes robustos, em seguida, saltavam com o macaco no meio deles e o impacto no chão causava fortes danos em Mordred (-26 -26 36/88).

Vendo seu parceiro em apuros, Graal se dispôs a participar da batalha também e acertou o Graveler de cicatriz com tudo pelas costas. Se aproximando sorrateiramente enquanto afiava as garras em suas escamas, aquele foi o som da queda para o pedrugulho chefe. Sendo acertado com vários socos, o último, fazia o Graveler voar até os pés de Arthur, que se empolgava em sua melodia e começava a batucar o coco num frenesi jamais antes visto. Eita como era um músico apaixonado!

Restando apenas o Graveler tímido, ele era surpreendido por Mordred, que não intimidou e o acertou com vários socos na cara. Em seguida, Gawain passou como um raio pelo Monferno e acertou um Focus Blast a queima roupa, jogando o pobre pedrugulho longe. Mas ele não iria desistir ainda! Seu Sturdy foi ativado! E agora Gawain pagaria por aquele golpe! Se arremesando contra o sapo-boi e o deixando no chão, a expressão do selvagem era de pura fúria antes de se autodestruir.

Prevendo o ocorrido, Saint Graal se arremessou contra sua treinadora e a protegia com suas escamas antes de um clarão branco iluminar o local. Causando quase nada de dano em Gawain (-28) e Graal (-17), o único que pareceu se doer de verdade foi Mordred, que ficava por um fio (6/88) antes de cair no chão cansado e o Toxicroak arremessar longe o corpo queimado do pedregulho.

A batalha era vencida e ninguém se machucou. Arthur, prontamente desmanchava sua proteção, enquanto o cientista, incrédulo, caminhava na direção dos Gravelers, sem acreditar que ninguém havia se machucado. - ...estamos vivos? ...e bem? Sem ninguém machucado? - Perguntava a si mesmo, antes de gritar de empolgação e sair correndo pela caverna com seus pequenos insetos.

Com dificuldade para antes, Gawain ajudava o companheiro ferido a se locomover até sua treinadora. Apesar de machucado, ele só precisaria de uma poção para ficar bem, que ótimo, não?

Hora da experiência!

Mordred, Gawain e Saint Graal receberam 3870 pontos de experiência cada!

Gawain avançou para Lv. 39 [1902/7008]. Recebeu 4 pontos de felicidade (60) e 1 Ponto de SpA. (28) [1870/2000] (Power Lens)
Mordred avançou para Lv. 35 [1788/4965]. Recebeu 4 pontos de felicidade (73) e 1 Ponto de SpD. (01) [1870/2000] (Power Band)
Saint Graal avançou para Lv. 34 [1920/4555]. Recebeu 4 pontos de felicidade (46) e 1 Ponto de SpA. (18) [1870/2000] (Power Lens)

Enquanto todos comemoravam que saíram ilesos do último encontro com os Gravelers, Karenmachena imediatamente demonstrava sua preocupação com Lena e ia na direção da barraca enquanto Winston corria para lá e para cá com seus Yanmas. A julgar pela calmaria perto da barraca, toda e qualquer impressão que Karen pudesse ter ficaria, até aquele instante, apenas como impressão. Mesmo que precisassem levá-la ao hospital, se lembre de que existe uma rota inteira ainda para atravessar, e, caso realmente precisassem, temo que seria tarde demais para qualquer um... certo?

Enfim, não há porque pensar nisso. Acho difícil dizer que alguém prestou atenção na menina enquanto ela corria na direção que seu Lucario havia ido: todos pareciam preocupados demais em comemorar que estavam vivos e ilesos, exceto, é claro, pela mulher que tinha tido um ataque de pânico. Mas há quem diga que isso é apenas preciosismo da minha parte.

Quando finalmente chegava a instalação, Galahad prontamente abria a porta para sua treinadora e, sem dizer uma palavra, a guiava até o quarto onde Lena estava. Respirando calmamente agora, aquele rapaz de mais cedo a ajudava a tomar um copo d'água. Não da pra dizer que ela estava bem, mas melhor. Assim que a engenheira vai Okido entrar no quarto, seus olhos se encheram de lágrimas. - ...você conseguiu? - Perguntou, emotiva, enquanto o rapaz a seu lado a consolava. - Desculpe por isso. Têm sido dias difíceis para todos. - Falava de forma moderada, antes de levantar e finalmente se apresentar. - Me chamo Jack Morrison. Sou o dono desse empreendimento. - Se apresentava formalmente, enquanto estendia a mão para cumprimentar Karen. - Se está aqui, imagino que conseguiu dar conta dos Gravelers... - Disse, com a felicidade nítida que não conseguia conter.

- Eu quero agradecê-la por isso. Não é muito, mas espero que aceite como um valor simbólico. - Falou, enquanto entregava um envelopinho com dinheiro, que, caso abrisse, notaria o valor de PK$ 500. - Normalmente, eu daria um valor bem maior. Mas no estado atual do empreendimento, eu ficaria de mãos vazias. - Dizia, numa franqueza assustadora enquanto esfregava a nuca, meio sem jeito. - Me diga, Srta. Você sabe me dizer se existe algum padrão de comportamento nos Gravelers? Sabe, alguma orientação profissional da sua parte enquanto estivermos nas minas... - Tentava nitidamente extrair alguma informação valiosa aqui.

Karen, apesar de sincera em suas palavras soava como humilde e suave aos olhos de Jack e Lena, que viam uma heroína modesta bem na frente de seus olhos. No entanto, quando Okido esclareceu que conhecia pouco a respeito dos hábitos dos Gravelers, Lena ficou pensativa, oras, talvez realmente fosse um problema complexo, não é? Já que nem uma treinadora tão hábil consegue responder de bate-pronto, no entanto! Quando a moça de cabelos rosados justificou que era treinadora do tipo lutador, tudo soou perfeitamente plausível a seus olhos!

Eles estavam questionando o especialista errado! Porém, mesmo seu pouco conhecimento já soou muito esclarecedor. Sabe, minha jovem, mesmo em meu mundo, nem todos nós sabemos o óbvio sobre os esportes mais difundidos do mundo. Eu mesmo, não sei o que caralhos faz a merda dum volante no futebol, então, obviamente eles não faziam IDEIA de efetividades ou algo assim.

E sabe quando TUDO cai como uma luva? Quando você, minha inestimável quatro-olhos, apontou que tipos lutadores tem vantagem contra tipos pedra, Lena, quase que de imediato, retirou uma Poké Ball do seu bolso e revelou seu conteúdo: um preciosíssimo MANKEY! O pequeno, vendo sua treinadora assustada, logo de imediato pulou em seu colo e abraçou, muito afetuoso, da pra deduzir logo de cara: era um Pokémon doméstico. - ...lutador tipo o Wukong aqui? - Perguntou, inocentemente, antes do macaco-porco pular do colo e imitar alguns golpes de luta e sua treinadora sorrir levemente.

...o pequeno era muito adorável.

- Eu resgatei o Wuzinho quando estava voltando da mina um dia. Cuido dele desde então... mas não sei se ele consegue lutar. Acha que um Mankey consegue ser o suficiente? - Perguntava, enquanto Jack pulava em exaltação e gritava.

- SEREMOS IMBATÍVEIS!!! HAHAHAHHAHA - Gritava, como se fosse um gênio do mal acabando de criar a maior arma genocida do planeta.


Dando o tempo correto para que Jack pudesse se recompor, a engenheira aproveitava para responder Karen, visivelmente mais calma desde que seu pequeno Mankey fora retirado de sua esfera. - Hmm... esses dutos não foram feitos de forma intencional. Os Pokémon da caverna já passavam por eles, e não podemos derrubar. - Dizia, pacientemente. - Sei que as reações do Sr. Morrison são exageradas, mas não somos nenhum tipo de monstro. Só estamos cansados e assustados. Não queremos tirar a casa desses Pokémon, por isso tomamos tanto cuidado para saber onde perfurar. - Esclareceu. - O problema é que não conseguimos identificar quando tem algum Pokémon se locomovendo pelo túnel, o que nos gera problemas. - Suspirou. - Os Yanmas conseguem identificar áreas com alta concentração de Pokémon, mas a coisa muda de figura quando eles estão se locomovendo pelos túneis. - Novamente, ficou cabisbaixa.

Seria uma questão de força pros Yanmas também então? O que Karen faria?

As desculpas súbitas de Karen soavam inusitadas aos olhos da engenheira, que pareceu confusa num primeiro momento, mas logo ignorou aquilo, no fim das contas, as vezes estamos nos desculpando com nós mesmos, não é? Enfim! Ao ver o pequeno Mankey e cumprimentá-lo, imediatamente Okido teve que qualquer treinador sensato teria para responder Lena: Obviamente não! Você colocaria seu Rottweiler pra brigar com uma onça? Que pergunta estúpida!

Mas talvez pela falta de opção (que eu mesmo dei), rosinha pareceu crer nas habilidades do ícone da Jornada ao Oeste, mas claro, somente após achar uma devida dupla pra ele, o que pode ser complicado, aja vista que... bom... só temos Yanmas aqui além do pequeno Wukong.

Mas vamos por partes.

Voltando aos insetos, Karen levantava algumas hipóteses, e até ponderava sobre as fraquezas dos pequenos voadores, o que para ela era muito estranho. Nesse instante, Lena retirou seu capacete de segurança, revelando cabelos loiros e suspirou um pouco. - Bom... o incidente que me deixou queimada foi nossa primeira ocorrência do tipo. Acredito que tenha sido um descuido, no entanto, após verem que não conseguimos lidar apropriadamente com o problema, eu imagino que você possa estar certa. - Falava meio cabisbaixa. - Eles podem ter ligado os pontos e percebido que não estamos conseguindo lidar com os Gravelers, o que nos leva ao primeiro ponto: nossa segurança.

Morrison, que até então estava em silêncio depois de sua última euforia, pontuava algo importante. - Acredito que a moral de todos tenha ficado abalada quando a primeira leva de Gravelers se autodestruiu. Ainda que você tenha nos protegido dessa vez, não podemos depender de você para sempre. - E em seguida, coçou o queixo. - Mesmo que os Yanmas tenham desvantagem, acha que o bando de seis deles consegue ser um apoio apropriado para o Wukong? - Perguntava, como se fizesse um brainstorming. - Me desculpe, eu sou muito leigo no que tange a batalhas. Mas eu tenho conhecimento de que quanto mais Pokémon participam de uma luta, menos eles aprendem, correto? Então, dois Yanmas e um Mankey, um trio, parece apropriado? - Sugeria enfim.

Após a última sugestão de seu patrão, Lena fazia seu próprio questionamento. - Agora, sobre aquele treino que mencionou antes... - Falava, meio constrangida. - Como fazemos isso?

Bom, como todo herói enfrenta diversos desafios em sua Jornada, tal qual San Wukong, Karenmachena Okido vai descobrir o desafio mais difícil de superar: a ignorância alheia.

Com a aula da Professora Okido, seus grandíssimos e não tão estimados aprendizes, pareciam absorver completamente o que ela dizia. No entanto, por mais que conhecimento fosse transmito e absorvido, ainda era necessário entender se eles realmente haviam, sabe... interpretado aquilo tudo corretamente? Karen era bem didática, e dava para ver que ela se esforçava muito para transmitir tudo que aprendera, e bom, tanto Jack quanto Lena pareciam impressionados. Não é que, ainda jovem, a garota conseguia ser confiável?

Enfim! Com as últimas frases de Karen, Lena e Jack se entreolharam e assentiram, antes de finalmente se direcionar a Karen. - Senhorita Karen, peço desculpas por tomarmos tanto do seu tempo, mas somos muito inexperientes nesse assunto. - Frisou o CEO, meio sem jeito, mas extremamente formal, como se... gostaria de pedir mais, sabe? E bom, assim o fez em seguida. - Gostaria de saber se não poderia nos ajudar com esse treinamento. Ainda que pouco, qualquer coisa seria suficiente para ensinarmos Wukong e dois dos nossos Yanmas a lidarem com a ameaça dos Gravelers. - Pedia, se curvando levemente.

Se Okido parasse para observar, veria a engenheira extremamente esperançosa com aquele último pedido. Ainda que tremendo de medo, ela parecia ver aquela questão em específico como uma forma de superar seu grande trauma, mesmo o seu pequeno Mankey sentia a aflição em seus olhos, tanto que, imediatamente se curvou para Karen também.

Morrison não parecia pedir muito mas ainda assim... era um pedido inusitado. Treinar guarda-costas do zero, sem ter qualquer preparo para isso é razoável? Quer dizer, o que passaria agora pela cabeça de nossa querida Ranger?