[Hayato Fuijwara] O garoto que não sabia jogar cartas

A captura do carvão havia sido tranquila, sem nenhum contratempo, como se os céus estivessem conspirando a favor do nosso jovem. No entanto, de repente, uma explosão seguida por uma nuvem de cinzas transformou completamente o momento, gerando grande curiosidade.

Intrigado, Hayato queria entender o que havia acontecido. Movido pela sua curiosidade, ele decidiu seguir até o local da explosão, que não ficava muito longe – apenas uma caminhada de cerca de 30 minutos. Poderia ter sido uma caminhada tranquila, se não fosse pelo calor intenso. A explosão aumentara a temperatura da região, e algumas veias de carvão próximas estavam extremamente quentes, fazendo com que o calor vindo do solo se tornasse um obstáculo a mais.

Ao chegar ao local, Hayato viu um grupo de cinco pessoas. Algumas usavam Pokémon de tipo água para resfriar a área, enquanto outra avaliava vários Pokémon invasores, presos em caixas de transporte, parecendo verificar se algum deles estava ferido. Uma jovem, um pouco afastada, falava através de um comunicador.

Apesar da distância, Hayato conseguiu captar algumas palavras soltas da conversa: "…Ponto C… controlado… evitar… desordem e tensão…"

Movido pela curiosidade, o jovem Hayato chega ao local onde havia ocorrido o fenômeno. Lá, se depara com uma visão única para aquele ambiente. Sem perder tempo, ele aborda a jovem que estava falando pelo rádio, surpreendendo-a.

— Oi?! — ela responde, visivelmente confusa. Rapidamente, guarda o rádio no cinto, olha para Hayato e pergunta:

— Olá! Vejo que você é um treinador, certo? Está aqui para ajudar com as espécies invasoras?

A jovem se aproxima de Hayato, estende a mão para cumprimentá-lo e continua:

— Somos os Green Skiploom, uma sociedade mista que foca no turismo da região, além de auxiliar nos estudos sobre a vida selvagem dos Pokémon, o vulcão e outros fenômenos.

Ela olha diretamente nos olhos de Hayato e questiona:

— E você, o que está procurando? Se quiser, podemos lhe contar sobre alguns dos acontecimentos recentes. Temos um tempo até a equipe de apoio chegar para levar aqueles camaradas ali... quase viraram jantar de Torkoal!

Hayato começa a responder às perguntas feitas a ele. No momento em que menciona não estar ciente da invasão de espécies invasoras, todos ao redor o encaram surpresos. Ele então explica que estavam à procura de um Torkoal e pede mais informações.

— Vejo que você não tem acompanhado as notícias... Bom, ainda não sabemos o que causou essa invasão, mas temos certeza de que a mudança repentina no clima foi o que desencadeou todo esse caos. — disse uma jovem, ajustando o boné com o logo da sociedade mencionada anteriormente.

— O único problema com os Torkoal foi que eles nos atacaram, achando que estávamos roubando a comida deles. — comentou, apontando para os Rolycoly ao seu redor. — Esses Pokémon invasores se parecem muito com carvão, que é uma fonte de alimento importante para os Torkoal. E falando neles, foi um grupo de cinco Torkoal que causou toda essa confusão. — ela concluiu, apontando para o local que estava sendo resfriado com água.

A jovem então pega um mapa e o estende no chão, chamando Hayato para mais perto.

— Veja, se está procurando por eles, muitos Torkoal costumam aparecer por aqui para contemplar o pôr do sol. Esse lugar é considerado território deles, e talvez seja o local mais tranquilo para encontrá-los. — ela explicou, indicando uma área específica no mapa. — Posso te passar as coordenadas e o caminho, mas preciso que você faça um favor para nós. É algo simples: instalar duas câmeras de observação nesse local onde eles costumam ficar. Só que já vou avisando, tentar encontrar o lugar sozinho em meio a essa confusão pode ser bem complicado.

Agora, qual será a escolha de Hayato?

OFF: Já pode jogar os dados e boa sorte

Diante da missão, em que o jovem apenas precisaria instalar duas câmeras no ponto de encontro de vários Torkoal, o objetivo da jornada se mostra vantajoso. A jovem responsável, então, chama outro rapaz para trazer os equipamentos necessários.

– Vamos entregar para você uma maleta com as duas câmeras, junto com os manuais de instalação. Também daremos uma mochila com alguns suprimentos: barrinhas de cereais e bastante água para se manter hidratado, já que o local é extremamente quente.

Logo, um jovem alto chega, trazendo a maleta, a mochila e um mapa detalhado da região, que indicava os níveis e desníveis do terreno, além das rotas possíveis para se chegar ao destino.

– Vou marcar no mapa o trajeto que você deve seguir – ele disse, apontando as rotas. – Primeiro, siga para o leste. Você encontrará uma caverna que levará ao outro lado. Ao sair da caverna, suba o caminho até chegar a uma bifurcação. Um dos caminhos desce, e o outro contorna a montanha. Pegue o caminho que desce. Após um trecho estreito, você passará por uma fenda; entre nela. Lá dentro, você encontrará um salão espaçoso, onde os Torkoal costumam se reunir.

Com as instruções claras e os equipamentos em mãos, Hayato estava pronto para iniciar sua missão e alcançar seu objetivo.

OFF: Voltei!!!
Bora pegar essa tartaruga de fogo?

Após receber as orientações sobre o trabalho, o jovem Hayato se despede de todos e começa a seguir o caminho indicado pela jovem, rumando para o leste. A trilha era tranquila, mas coberta de cascalho, e o ar parado, sem nenhum vento, fazia o calor parecer ainda mais intenso.

A caminhada durou cerca de seis minutos até a entrada de uma caverna mencionada anteriormente. Na entrada, havia uma placa com o seguinte aviso:

Hayato continuou seu trajeto dentro da caverna, onde uma leve brisa percorria o interior, aliviando o calor. O percurso foi tranquilo até a saída, onde um pokémon estava no centro, tirando um bom cochilo.

Esse pokémon tinha características únicas: o rosto era bege, enquanto o restante do pelo era vermelho com listras amarelas, lembrando lava derretida. Em seu abdômen, nas costas e na parte inferior, havia faixas elevadas de cor bege que pareciam tubos, que se conectavam à cauda.

O que o jovem Hayato fará agora, com esse raro pokémon bloqueando o caminho?