Still Alive

Então, sem nenhum sinal, eles vieram. Realmente eram muitos. Correndo como se sua vida dependesse disso, se atropelando e ainda querendo chegar o mais rápido o possível ao alvo. Quando chegaram, a situação ficou mais confusa do que já estava. Cada um queria um pedaço do alvo, e era sempre um pedaço maior que o de seu companheiro.

O pior de tudo é que fui eu que os aticei. E eu fui o alvo.

Os lobos e as perguntas. Uma matilha dessas criaturas. É claro, você deve achar que as perguntas são as inimigas mais fáceis. Não são. Para elas, você precisa pensar e pensar até chegar numa solução razoável. E no fim, quando se descobre a resposta, nem sempre tudo acaba bem. Com os lobos é diferente. Deles você pode correr e se proteger. Pode ficar seriamente ferido, mas uma vez fora de vista, os animais nunca mais te incomodam. Quem dera as questões fossem tão burras assim.

Quem me dera realmente saber o que está acontecendo.

Bom, se lembram de quando eu estava deitado naquela planície? É eu sai andando por aí. A paisagem realmente nunca mudava por completo. Grama, árvore, um pequeno arbusto, água... Era como se eu fosse um estranho observando uma pintura. Vi alguns animais, estavam absurdamente entretidos em seja lá o que estavam fazendo. Pacíficos demais, robóticos demais. Pareciam esperar que alguém os atacasse. E apenas continuei andando, sem nenhuma ideia de nada.

Até que topei com alguma coisa. E essa coisa gritou e chamou seus companheiros. Alguns minutos e de espera e aconteceu. Dentes, sabe? Eu fui o alvo deles. Podem imaginar o que aconteceu. Bom, tudo isso teria terminado em assassinato se ela não tivesse aparecido. Primeiro eu achei que fosse uma alucinação. Mas aí, era outra pessoa.

Então, eu não estaria sozinho afinal? Não pude ver muito bem na hora. Sério, enquanto se é atacado por lobos você não se preocupa muito com outras coisas.
Ela acabou chegando mais perto, realmente sabia o que estava fazendo. Tinha uma espécie de arma e conseguiu afugentar os lobos. Eu não estava no estado de sentir mais nada. Apenas observei. A pessoa ou visão chegou mais perto. “Outro desses aqui? Ah não, por favor, não...” Foi o que disse quando me viu.

Pouco depois acabei desmaiando.

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Acabei acordando numa casa. Nela consegui encontrar um pouquinho de normalidade. Nela havia portas, pessoas, armas, fogo... Além de possuir uma razão para existir. Mas, as pessoas de lá estavam preocupadas com alguma coisa. Comigo será? Não chegaram a me explicar o motivo de ele ter acordado numa planície. Apenas confirmaram que tudo estava bem e confirmaram que eu logo ia entender tudo. Se isto era um artifício para me acalmar, não funcionou. Acho que nada iria funcionar.

Mas de qualquer forma, obrigada Hannah.