Ficha - Henrik Boros

Magro e suficientemente definido, moldado pelos treinamentos longe de academias, a pele branca e vigorosa, levemente queimada pela incidência solar. Cabelo ruivo com um toque mais avermelhado que o comum e corte não tão curto, fios sedosos e finos, e olhos pequenos e negros. Sobrancelhas medianas e barba apenas aparada, nariz afilado e lábios um pouco finos.

Nada de sorrisos fáceis, mas sempre muito cordial, um exemplo de disciplina. Pode-se dizer que seu olhar pequeno transmite certa tristeza, mas nada que ele deixe transparecer de qualquer outra forma. Aprecia a cautela, mas quando age, sempre o faz com segurança, preparado para tudo, até a derrota. Parece nada temer.

Criado apenas pela mãe, sequer possuiu chance de conhecer realmente o seu pai, que morreu poucos meses depois de Henrik ser concebido. Com o passar do tempo e sua convivência com os colegas, a falta de um pai começou a crescer nele. A mãe, uma criadora, tentava cuidar de tudo sozinha, mas ele percebia que era demais para ela e começou a se empenhar bastante em diversas aprendizagens, inclusive de artes marciais, uma das principais. Ele não visava apenas fortalecer o corpo com as artes marciais, mas também a mente, tudo sob influência de um senhor de sua cidade, a quem muito admirava. Ele não percebia, mas aquele senhor, Damian, havia se tornado sua figura paterna. Um homem que carregava muito conhecimento consigo e o dividia com o garoto.
Todos os homens têm de morrer, mas não da mesma forma que Damian, coincidentemente da mesma forma que o pai de Henrik havia morrido. Eram raras as mortes causadas pelos ladrões de pokémons, mas o garoto havia conseguido atrair duas dessas raras ocasiões para duas pessoas próximas, uma especial e uma que deveria ser especial, tutor e pai. A mãe quem revelou a causa da morte do pai após a perda do tutor, ambos que tentaram proteger a criação da senhora Boros contra os ladrões. O seu filho percebeu que, se pai e tutor não haviam conseguido proteger a humilde criação da mãe, como ele protegeria? Não importava quanto treinamento ele fizesse, ele era apenas um humano. A resposta era óbvia: ele deveria virar um treinador pokémon. A notícia ainda fresca nada agradou sua mãe, não queria que o único filho a deixasse para se aventurar naquele mundo, mas ela teria que se acostumar com a ideia. Henrik não se sentia tão bem em deixar a mãe, mas não podia ficar ali.

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