#006

Passei a noite dormindo na saída da Rota 9, estiquei uns lençóis embaixo de uma árvore e ali descansei. Quando finalmente despertei, adentrei na Rota 10.

Era manhãzinha, eu não tinha como passar pela caverna escura, nenhum de meus pokémons conseguiriam iluminá-la no momento. Logo eu teria que voltar pela Rota 9 à Cerulean em breve.

Entretanto, eu tinha uma razão para ter chego tão longe. Em muitos dos meus estudos, li sobre uma espécie chamada Vulpix, um pokémon raposa do tipo fogo. E àquela rota onde eu amanhecia, era famosa por ser o habitat dessas criaturinhas. Então perambularia por ali até encontrá-lo, quanto tempo demorasse. E não teria problemas, logo perto eu já avistava um Centro Pokémon.

A rota 10 é uma mistura de cadeias montanhosas com uma área verde característica, e ainda cercada por água. Um cenário perfeito para o encontro com diversos tipos de pokémons. E era isso que eu queria naquele ambiente, seria ótimo encontrar além de Vulpix outros pokémons para estudar.

Segurei bem minha mochila, estiquei meu corpo, arrumei meu cabelo de lado e passei a observar o espaço com cuidado e minuciosidade, procurando movimentos característicos de qualquer pokémon selvagem.

[off]Estou voltando a narrar, espero que divirta-se. Com passar dos posts vou ficando mais desenferrujado...

Ajovem a pouco tempo chagara a rota 10, sua intenção era uma só, o encontro com o pokemon chamado Vulpix, porem poderia não ser tão facil assim encontra-lo.
A garota é bem esperta e observadora, seu maior desafio seria encontrar o local certo, pouco mais a frente daquele local era possivel ouvir um fino filamento d'água que descia das montanhas e aos poucos transformava se num abundante riacho descendo pela serra, a calmaria ali era relaxante, aliás relaxante demais para uma rota cheia e com uma variedade incrível de pokemons.

Aquele som delicioso de água caindo por entre as rochas e correndo enchia os meus ouvidos. Acampar próximo à água era a melhor opção, com toda certeza algum pokémon poderia ir até ali para beber um pouco de água, ou então se refrescar. Ainda quem sabe, um pokémon de água estivesse por ali!

Então há uma distância segura, retirei um grande pano da minha mochila e o forrei no chão, embaixo de uma das poucas árvores da rota, encostei-me e ali fiquei imóvel, apenas observando, esperando possíveis criaturinhas sendo atraídas pelo mesmo barulhinho delicioso de água que havia chamado minha atenção.

Havia anoitecido, uma lua linda e cheia havia preenchido o céu da noite, eu havia feito vigília ali durante um bom tempo, e não percebi a chegada das estrelas. Não estava uma noite fria, estava agradável. Dias atrás havia chovido muito, agora os dias eram agradáveis.

Sem que eu percebesse, um evento natural estranho passou a ocorrer, a água do riacho começou a transbordar, pouco a pouco tomando conta da vegetação e chegando até a mim. Meu vestido rapidamente ficou encharcado, ficando grudado ao meu corpo, a toalha estava em petição de miséria. Ao menos consegui salvar minha mochila do destino úmido que lhe reservava.

Rapidamente, peguei um vestido seco dentro da minha mala, retirei o molhado, torcendo-o e o guarnecendo, e coloquei o seco. Meu corpo inteiro arrepiou-se com o toque do vestido. Enquanto olhava aquele estranho acontecimento na nascente, prendia meu cabelo em trança, para não atrapalhar. O vestido escolhido era branco, curto para não ser um obstáculo caso precisasse correr. Eu estava novamente em dia com minha aparência. Mas não com minha paz, aquele evento havia aguçado minha curiosidade, e eu precisava investigá-lo mais a fundo.

Aproximei-me da fenda aberta, ela permitia que o pequeno riacho transbordasse. Mas o que teria modificado sua geografia em tão pouco tempo? Fiquei observando atenta, em busca de qualquer pista.

Minha curiosidade era a minha guia. Sempre fui levada pelos meus instintos, por conta disso acabei participando de cenas horríveis como quando testemunhei dois homicídios na Rota 5. Mas também, essa curiosidade já me levou há situações que definiram a minha vida, como quando encontrei Machop na Rota 9. Não sabia onde aquela situação iria me levar, mas meus sentidos de pesquisadora me levaram a investigar mais a situação.

Rasguei um pouco mais a barra do vestido, ele já havia sido respingado por aquela água lodosa da margem que se misturou com a grama, não podia dar-me o luxo de ficar muito molhada à luz da lua e adoecer. Com os pés leves, enfiei-me no riacho, atravessando-o sem demora.

Cheguei ao outro lado. Do outro lado haviam fortes indícios de que algo energizado esteve por lá, seria uma máquina? Era algo um tanto quanto pesado, talvez. Havia acontecido uma explosão, e eu estava tão distraída que não tinha ouvido-a. Algo havia acontecido, e eu buscava sinais. Não sabia o que procurava, mas saberia ao encontrar. Olhei bem a outra margem, cada sinal, cada pedaço de terra, algo logo se revelaria.

Meu rosto ficou pálido, tentei focar melhor, podia ser um mal entendido, uma ilusão, qualquer coisa do tipo. Me aproximei para ver melhor aquela enorme esfera, e pude vê-la, não era uma pokébola gigante, era um pokémon! Nos meus estudos só lembrava de dois pokémons que poderiam se encaixar naquela descrição, mas pelo jeito, era um Voltorb!

Eu nunca tinha visto uma criaturinha como aquela pessoalmente, então rapidamente peguei minha dex e o analisei esperando que o pequeno aparelho confirmasse minhas suspeitas.

Mas o que teria acontecido com aquele pokémon para que explodisse toda a margem do riacho? Será que estava ferido? Será que estava em batalha? Fiquei curiosa. E de longe não saberia responder minhas perguntas, então aproximei-me mais, vagarosamente para não assustá-lo.

Aquele encontro surpreendeu-me. Fui atrás de um vulpix, mas como já tinha imaginado, outras espécies surpreendentes poderiam ser vistas.