Rota 22 - A retirada do fóssil do lago...

A manha já ia alto quando avistamos a entrada da rota 22. O céu havia mudado de tom e assumido as cores característica daquele horário.

Karl e eu conversávamos animadamente quando percebemos onde estávamos. Olhamos um para o outro, sorrimos e ao mesmo tempo resolvemos apostar uma corrida até o marco que determinava o inicio da rota 22.

Chegamos lá ao mesmo tempo, e ele pareceu ficar feliz com isso. Ele não havia ficado nada satisfeito por ter ficado para trás, naquela corrida para fugir das beedrill.

Entrar nessa rota nos deixava aliviados. Finalmente poderíamos entregar os pokemon de Tria para Jr. e quem sabe retirar aquele fóssil do lago.

Esse fóssil me deixava intrigada, como algo relativamente pequeno podia pesar tanto? E quais seriam aqueles pokemon que Tria havia mandado?

Esse pokemon eram especiais, herança de família, havia dito ela e só obedeciam a membros da familia. Outro mistério que não teria solução. Essa missão estava cheia deles.

A responsabilidade sobre esses pokemon estava chegando ao fim, e isso nos deixava mais animados. Tenho a impressão que vou sair voando quando tudo isso acabar.

Isso depois de levar uma bronca de Jr. por termos demorado tanto. Mas acredito que irá ficar curioso também a respeito daquele ritual  e no final ele ira compreender porque demoramos.

Retomamos nossa conversa e caminhamos na direção do lago...

Ventos fortes varriam a rota 22  e  o sol fraco não conseguia aquecer o suficiente. Isso favorecia a caminhada, no ritmo em que estávamos.

O caminho era caracterizado por uma vasta planície entremeadas por algumas árvores e alguns arbustos. Porém não prestava muita atenção a paisagem, eu queria chegar logo a margem do lago para  cumprir com a minha promessa feita a Jr.  

De repente podíamos sentir a umidade presente no ar, isso significava que nos aproximávamos do lago.  logo avistamos as margens do lago.

Algumas  formas se definiam nas proximidades do lago, deveria ser a equipe de Jr. que estava monitorando a posição do fóssil para detectar alguma alteração na mesma. Quando perceberam nossa aproximação, uma dela se isolou e veio ao nosso encontro.

Meu coração gelou , afinal ele havia sido bem rude em nosso primeiro encontro. Karl havia me informado que aquela postura se devia ao stress a que ele estava sendo submetido e que em sua maioria ele era uma pessoa agradável e prestativo. Estando sempre disposto a ajudar, no que era bem parecido comigo.

Fiquei feliz em vê-lo, principalmente porque afinal poderia cumprir com minhas promessas a Jr., por trazer comigo os pokemon solicitados e a Tria por traze-los em segurança e entrega-los somente a Jr. Parecia que ele estava com um humor melhor hoje:

- Vocês demoraram, não? - Mas logo em seguida ele já dava um suspiro e falava mais calmo. - Mas está tudo bem, sabia que podia dar trabalho e, além disso, ainda houvi falar sobre Rockets usando Pokémon Psíquicos para controlar outras espécimes na floresta, espero que não tenham se deparado com nenhum.


- Muito mais do que esperávamos. Temos uma longa história para contar, mas conseguimos encontrar sua irmã e ela nos entregou essas pokebolas. Espero que com isso seja possível realizar a tarefa a contento.

Peguei as pokebolas em minha mochila, segurei-as com firmeza, queria evitar que por um ato do destino elas desaparecessem de novo, entreguei-as a Jr. e senti um alivio imenso por isso. Elas eram uma responsabilidade imensa e eu estava feliz por entregá-las a quem de direito. Queria conhecer esses pokemon e saber mais sobre essa questa da fidelidade a sua família. Isso me deixou extremamente curiosa. Mas isso teria que esperar.

Jr. era bem intuitivo assim como sua irmã, e olhando bem pude notar a semelhança entre eles.

- Desculpe-nos a demora, mas inicialmente fomos apanhados por uma tempestade que caiu na floresta de Viridian e nos dificultou encontrarmos Tria. Quando a encontramos, ela quis uma prova de que protegeríamos seus pokemon antes de entregá-los. No caminho de volta fomos atacados por um pokemon psíquico, não sei se estava ligado aos rockets. Isso fez com que demorássemos mais do que prevíamos. Mas finalmente estamos aqui, os pokemon estão entregues e você pode dar continuidade ao seu trabalho.
- Se você permitir, gostaria de acompanhar a execução do mesmo e ajudar em que for possível, depois gostaria de descrever um ritual que presenciei para saber sua opinião sobre o assunto.

Eu estava tentada a conversar com meu pais sobre esse ritual e o envolvimento da equipe rocket, mas eu já poderia prever e resposta:
"- Se você fizesse parte da equipe não precisaria ficar perguntando."
Então o melhor  a fazer era procurar respostas em outro lugar.

Olhei para Jr. esperando suas instruções...

Aquele foi um dos maiores sustos que eu já havia passado. Abri minha mochila na certeza de que as pokebolas estivessem lá, mas quando as tirei, eram pokebolas comuns e em nada se pareciam com as pokebolas que Tria havia me entregado. Fiquei mais branca que um vampiro assustado. Queria que o chão se abrisse e me engolisse naquele momento. O que aconteceu com as pokebolas? Onde elas estariam ?

Vasculhei minha mochila sem o menor cuidado, procurando em todos os compartimentos existentes e em todos os lugares possíveis. Após um momento cheio de tensão consegui encontra-las e ouvi um suspiro de alivio logo atrás de mim, quando as achei. Provavelmente Karl ficou sem respirar esse tempo todo em que eu procurei por elas.

Com um alivio imenso entreguei-as a Jr. que as pegou, me agradeceu pelo esforço mas dispensou minha ajuda. Ele já tinha uma equipe formada e agora com os pokemon poderia dar andamento ao seu projeto.

Karl me entregou a mochila que tria lhe deu e disse num leve sussurro:

- Você quase me matou de susto, vou me juntar a minha equipe, com esses pokemon com certeza vamos tira-lo de lá. E com um breve sorriso se untou a sua equipe de trabalho.

Jr. lançou as duas pokebolas ao alto e num lindo jato de luz escarlate, surgiram dois imensos pokemon que exibiam toda a sua beleza e força. Eles luziam todo esplendor de um pokemon que foi bem cuidado e teve todas as necessidades supridas. Fique desejando que um dia eu tivesse conhecimento suficiente para manter meus pokemon assim.
Por um momento fiquei admirando essas duas obras primas.



Peguei minha pokedex e apontei para eles, com certeza eu queria saber mais sobre eles.

Logo que saíram das pokebolas os pokemon, junto com Jr. se posicionaram próximo a corda que tinha numa das pontas o fóssil. Ele prenderam a outra ponta em uma das presas do pokemon Mamute.  Karl e os outros pegaram também a corda para ajudar a puxar.

Quando todos estavam posicionados, o pokemon que ficou a margem do lago iniciou um sapateado potente usando as patas da frente. A força dele era tremenda, pois a terra começou a vibrar fortemente. Ele criou um pequeno terremoto que iria liberar o fóssil do que que o mantinha lá .

Pude notar quando isso ocorreu, pois a corda ficou tensa quando o fóssil se desprendeu e começou sua rota para o fundo do lago. Todos começaram a puxar e com a ajuda do pokemon mamute a trajetória foi invertida e o fóssil começou rumar a superfície.

Quando o fóssil surgiu e rasgou a superfície da água, foi emocionante, e com um trabalho cuidadoso e meticuloso ele foi emergindo pouco a pouco até que todo ele emergiu e foi retirado do lago.

Era um imenso bloco de pedra com formato irregular com aproximadamente oito metros cúbicos de volume. Pela forma não se podia definir de qual pokemon era esse fóssil.

Todos comemoraram a retirada do fóssil do lago e a conclusão da parte mais difícil do trabalho.

Fiquei receosa em atrapalhar, mas o sorriso de Karl me estimulou e eu me aproximei para ver melhor uma peça tão rara e única...

Eu estava indecisa, não sabia o que chamava mais a minha atenção os belos exemplares de pokemon ou o fóssil que acabara de sair do lago. Os dois eram impressionantes e mereciam toda a minha atenção, pois dificilmente veria algo tão singular assim.

Os pokemon eram exemplares perfeitos de sua espécie e devido ao bom tratamento que tiveram exibiam sua força e vigor.

Mamoswine tinha um pelo grosso, brilhante e sedoso, a mascara ao redor dos olhos era bem definidas, uma musculatura definida, com patas grandes e fortes. Mas o que mais chamava a tenção eram sua presas que tinham a cor do mais puro gelo de que eram feitas.

Torterra não ficava atrás, tinha um tamanho impressionante, O único carvalho em seu imenso casco era de um tom de verde único, os três picos acinzentados era finalizado por um casco de tom marrom que completava a aparência de uma imensa ilha. Seus olho era de um vermelho vivo e brilhante, o anel negro ao redor do olho dava a ele um aspecto aterrorizante.

O fóssil por si só já era uma raridade e vê-lo sendo removido era uma experiência incrível. Fiquei imaginando a que pokemon pertenceria aquele fóssil.

Jr. se afastou por um momento para efetuar uma chamada telefônica e logo Karl se juntou a ele. Notei que ele conversaram por um momento e logo Karl retornou e me disse:

- Conseguiu arrumar um jeito de você ir até Cerulean. Logo virão alguns helicópteros pegar o fóssil e você pode retornar junto com a equipe para lá. Mas ainda vai demorar um pouco, então, se quiser pode explorar um pouco mais da rota.


Ir direto a Cerulean, era uma ideia extremamente bem vinda. Mas antecipava algo que eu não havia previsto. Um medo que batia lá no fundo, não ser aceita na escola para ser uma criadora. A hora estava chegando e logo eu teria a resposta. Melhor deixar isso para mais tarde. Olhei para Karl e retribui o seu sorriso.

- Sou muito grata por você ter me arrumado essa carona. Vou dar uma volta pela rota, mas não vou me afastar muito. Vou dar o numero do meu celular e assim  você pode me chamar quando for conveniente. Jamais vou esquecer o que você tem feito por mim.

Fiquei nas pontas dos pés e dei-lhe um leve beijo na bochecha, virei-me e fui caminhando  na direção de uma trilha...

Lillian admirava os dois grandes Pokémons, além do fóssil, que por si só já era algo estonteante. Mas logo Karl veio falar com a jovem, trazendo pensamentos negativos sobre o futuro, mas ela logo o respondeu e em seguida deu um beijo na bochecha dele, o que o fez ficar um pouco corado, mas logo voltou a falar, tossindo um pouco antes para manter o tom.

- Eu que agradeço por sua companhia e assim que aqui estiver pronto te ligo. Até mais.

Logo Lillian se virou e seguiu andando por uma pequena trilha em meio a várias moitas e algumas árvores. O vento batia esfriando o lugar, mas logo algo mais interessante chamou a atenção da treinadora. Um pequeno Pokémon de pele cinzenta e espinhos nas costas, ele estava a margem da estrada comendo uma Berry alaranjada um pouco diferente.

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Off: Desculpe-me a demora, essa semana foi bem corrida para mim.

Caminhei até uma trilha a minha frente.  A trilha consistia em um caminho de terra ladeado por alguns arbustos e algumas árvores grandes eram encontradas de vez em quando. Um vento gelado varria a trilha tornando a temperatura baixa.

Caminhei algum tempo observando o local, a procura de frutas e pokemon selvagens que eu pudesse encontrar e ampliar o meu conhecimento sobre a fauna e flora local.

Resolvi deixar meus pokemon em sua pokebolas, para quando Karl me ligar, poder retornar sem demora.

Um pouco a minha frente, algo se moveu e eu pude notar que era um pequeno pokemon  de pele acinzentada e espinhos nas costas,  que estava comendo uma pequena berry alaranjada com um formato diferente.

Abri minha mochila, peguei minha pokedex e apontei para o pequeno pokemon.  Queria mais informações sobre ele.

A imagem era tão bonitinha que não me contive e tirei uma foto dele, com meu celular que estava em minhas mãos. Desde que sai de Pallet, conseguira armazenar uma quantidade razoável de fotos de pokemon novos. Queria formar um álbum com imagens de pokemons selvagem que eu encontrar e as informações sobre eles.      


off: Posso imaginar. Espero que seu niver tenha sido bom.

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Off: Foi sim, obrigado ^^