A Phanpy que queria aprender a causar terremotos

A Phampy divertida saiu confusa de sua pokebola, sem ter muita certeza do que ia acontecer, mas parecia divertido aos seus olhos. O treinador tentava explicar para sua mamute de bolso o que fazer, mas entre suas frases, ela parecia se perder pensando em uma maneira de passar o tempo. A pequenina realmente achou que teria tempo para um passeio, mas decepcionou-se em saber que não era bem assim que as coisas iam funcionar, não faria o que quer, mas tudo bem, para brincar com terra, ela faria esse sacrifício. Deu meia volta e ficou encarando o aparelho tecnológico vermelho, que agora gritava informações sobre o CD inserido:
- Earthquake: Um golpe que causa um forte tremor, causando danos aos pokemons próximos que estão em terra - o aparelho parou de falar e emitiu um luz vermelha que foi diretamente em Phanpy, a analisando - Para aprender o golpe, Phanpy precisa de força suficiente em suas patas para fazer a terra tremer, comece com movimentos fáceis para compreender a mecânica do movimento.
O golpe era simples, mas não tirava a dificuldade dele, era necessário impulso, força e prática para conseguir fazer aquilo.


Heracross foi liberado em uma área vazia, quando saiu da pokebola já estava preparado para iniciar uma batalha, mas se decepcionou ao ver que não era essa a sua função dessa vez, na sua última aventura precisou de bastante assistência para aprender um golpe, e ainda falhara, no fundo sabia que mais cedo ou mais tarde seria convocado para aprender aquilo de uma vez. Antes mesmo de seu mestre mandar, o besouro esforçou-se para buscar em sua memoria toda aquela história de terremotos, mover terras realmente não era seu forte, mas certamente, depois de tantas tentativas, ele não deveria estar tão longe do sucesso.
Saber que aprender aquilo fortaleceria suas batalhas animou bastante Heracross, que por mais que não estivesse tão contente com aquilo, gostaria de estar presente em quantas batalhas for preciso, então tinha uma noção de que melhorar era importante. O pokemon posicionou-se para pegar impulso e bateu com suas patas na terra, o que causou um tremor, mas só aquilo não seria o suficiente para atrapalhar os inimigos, mas pelo menos conseguiu manter o padrão da última tentativa, nem mais forte nem mais fraco que o último tremor que fizera a tanto tempo, isso se dava pois havia perdido o ritmo de treino, mas olhe pelo lado bom, não teria que começar tudo de novo.

Com uma enorme expectativa, a Pokemon ergueu seu corpo para trás e voltou caindo sobre as patas, impulsionando o chão, mas nada aconteceu, irritada tentou mais rápido, mas nada adiantava, o chão não estava tremendo nem um pouquinho, aquilo não estava funcionando. A PokeDex começou a apitar incessantemente e depois emitiu uma voz robótica:
- Isso não é uma brincadeira - exclamou.
Realmente, era necessário que o pequeno mamute tivesse uma seriedade tremenda para concentrar em manipular uma porção de terra tão grande, e Tyrant ainda não havia exigido isso do seu pequeno, que no momento pensava em brincar com terremotos. Para aprender, ela deve ter uma noção do quanto o golpe é importante e o quanto pode machucar seus amigos se não souber usar direito ou no momento certo.


O Pokemon bípede não tinha muito jeito para pegar impulso erguendo seu corpo como viu o Trapinch fazer a tempos atrás, e nem tinha afinidade com a terra, seu treinador sabia o quão difícil podia ser para ele apenas usar a força para mover o chão, mas tempo ele não tinha para dar tanta atenção ao Pokemon aflito. Heracross encarou o chão por um momento e mudou sua feição para algo mais determinado, ergueu as duas mãozinhas e de repente se jogou contra o chão, causando um forte impacto que ele não estava acostumado. A queda o machucou um pouco, mas pelo menos, causou um terremoto bastante forte - mas não era o máximo que conseguiria, mas chegou bem perto -, Gabriel desequilibrou-se bastante com o balançar, mas continuou com a pose. O besouro se levantou e balançou a poeira, da bolsa do garoto a PokeDex emitiu um som abafado.
- Está quase lá, mas você não pode se machucar enquanto usa o golpe. Tente não se jogar desse jeito.
O som era baixo, quase imperceptível, eu diria que era possível ouvir a dica, mas não compreender, entretanto, era bastante óbvio que se jogando daquele jeito, o golpe seria bastante desleixado.

Era meio confuso entender o que se passava pela cabeça de Phanpy, estava tão convicta de que era uma brincadeira divertida, mas mudara tão rápido de ideia, talvez ela seja uma mamute facilmente manipulável. De qualquer forma, isso não importa, o que realmente importa, é que ela entendera o recado e faria mais sério, tinha que ouvir seu mestre falando sobre o qual era a importância daquele movimento e compreender. Ergueu-se para trás e caiu com tudo sobre suas patas dianteiras, assim como antes, no primeiro segundo nada aconteceu, mas no segundo, um tremor intenso foi sentido. Espere, o terremoto estava com algum tipo de Delay? Isso não faz sentido. E por quê Phanpy aprendeu tão rápido? A PokeDex também não entendera direito o que aconteceu, mas logo começou a gritar alguma explicação lógica:
- Esse terremoto não é seu - parou de falar, ficou processando alguma informação e depois voltou a voz robótica - Há um pokemon próximo tentando aprender o mesmo golpe aqui por perto
Talvez fosse mais rápido aprender com um outro que já sabe fazer tremores.


Heracross usou suas asas como auxilio para levantar mais rápido, quando voltou a ficar de pé ouviu o mestre e o aparelho falando, era muito visível o descontentamento na voz de Gabriel, o besouro se sentia na obrigação de fazer certo dessa vez. Espichou-se e jogou-se contra o chão uma terceira vez, dessa vez, o terremoto foi um pouco mais forte, mas alcançou uma área muito maior que o antigo, talvez até maior que o padrão do golpe, isso queria dizer que a força para mover terras ele já tinha, só precisaria focalizar mais, atingir uma área a mais do que um campo de batalha não era necessário, e até muito perigoso, precisava focar isso em um tremor mais forte.
- Você está quase lá - gritou a PokeDex - Falta apenas prática. Tente mais uma vez.