Open your mind!

Respondia ligeiramente aquele garoto, que insistia em dizer que era eu. Ainda continuava irritado, meu tom de voz alto e arrogante era notável em simples falas.

- Cale-se! Você gostaria se te enfiassem em um cativeiro e te enchessem de porradas? Te tirassem de sua casa a força e te levarem para qualquer lugar? Tudo isso para "treinar"? Me diga! Você gostaria que fizessem isso com você? Que te mandassem para um ringue com o braço quebrado?

Meus punhos se cerravam e meus dentes encostavam-se até ranger. Infelizmente, meus pokémon não conseguiam sequer atingir seus adversários, Wartortle encontrava-se em uma situação extremamente desconfortável.

- Volte, Wartortle, você foi muito bem! Saia novamente, Ferroseed!

Meus dois pokémon já estavam feridos gravemente, mas não podíamos desistir. Aquela batalha precisava ser vencida, aquele treinador era um brutamontes, um tirano.

- Escute, cara. Eu concordo com você que a função de um treinador possa mesmo ser treinar. Mas nunca na minha vida, eu lançaria um pokémon ferido para o campo. Quando um mestre tem alunos, ele os guia para o seu melhor. Não adianta capturar pokémon se eles não gostarão de você, é o mesmo que se eleger presidente e todos te vaiarem. Escute, Gray. Se você é mesmo o Gray Mathew, sinto muito, pois você se perdeu no seu caminho. Porque eu sou bem convicto de meus ideais, e nunca na minha vida faria o que você fez com seus pokémon!

Apontei o dedo aos dois pokémon rivais.

- Ferroseed, Scyther! Não tenham medo, o inimigo é forte sim, mas uma hora a barreira deles cai! Scyther, use o Agility na volta deles, sua velocidade pode confundi-los e misture com o Vacuum Wave! Talvez consiga criar um tornado! Ferroseed, apenas aguarde o momento certo para disparar uma Energy Ball em Blastoise, duas vezes!

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Desculpe a demora :c

Vários pensamentos passavam pela minha imaginação. Como ele conseguira encontrar meu pai e o porquê daqueles pokémon obedecerem ele sendo que eram maltratados e considerados apenas instrumentos de batalha.

Eu apenas tinha certeza de um fato: que não me entregaria ali, indiferente de que aquele homem fosse a minha pessoa no futuro. Recolhi Scyther com a cabeça erguida, elogiando-o pelo trabalho bem feito.

- Obrigado, Gray! É melhor aproveitar, porque eu não serei como você. Serei forte e ainda terei uma boa relação com meus pokémon, e ainda por cima conseguirei sim encontrar o meu pai. É uma pena que você não poderá ver, afinal, não existirá para vivenciar isso.

Neste momento, peguei a pokébola de Ferroseed e recolhi-o, também elogiando o trabalho realizado pelo pokémon no árduo combate contra o Gray do futuro.

- Desculpa, Eu do futuro. Mas esta luta acaba aqui. Não quero ver meus pokémon se ferirem e, sinceramente, no momento eles não terão chances de te enfrentar. Talvez um dia, no futuro. - O feixe de luz vermelho envolvia Ferroseed e trazia-o para dentro da esfera. - Ferroseed, você fez um ótimo trabalho.

Caminhei até a posição dos pokémon de meu adversário, chegando primeiro em Blastoise. Quando me aproximei da gigante tartaruga, abracei-a, independente da reação da criatura.

- Você cresceu, ainda lembro de quando era aquele Squirtle sorridente. Você está muito poderoso... Desculpe ter me tornado um treinador desse jeito e não ter ligado para seus sentimentos. - Então, me direcionei ao metálico enquanto passava levemente a mão nos olhos, quando cheguei perto, tentei tocar no pokémon, mesmo com seus espinhos no corpo. - Você, Seed, também está muito poderoso. E peço desculpas também por me tornar assim.

Dei a volta e comecei a me afastar de todos, voltando o caminho para o lago. Sem olhar para trás e de cabeça erguida. Com a mão alevantada, despedindo-me de Blastoise e Ferrothorn.

- Lembrem-se que seremos sempre amigos. Nos veremos um dia, no futuro.

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Meu deeeeus, sou muito sentimental -sqn

Me demonstrei extremamente feliz, pois tudo estava dando certo e parecia finalmente que eu havia me reencontrado. Sentindo-me mais leve, até mesmo o ar que respirava parecia ser mais puro.

A moça cigana despedia-se de mim, voltando para Saffron. Rapidamente alevantei o braço, abanando-o para ela e despedindo-me também, com um sorriso brilhante e empolgante no rosto.

- Muito obrigado mesmo, Samara! Estou te devendo essa, se precisar de ajuda algum dia, me chame pela Poké Gear. Até mais!

E com isso, segurei firme as alças da minha mochila e segui para Vermilion, com o sol nascendo e sua luz refletindo em minha face. Ainda haviam muitas coisas para fazer, e a meta ainda era a mesma.

Para cumprir tais objetivos, precisaria estar convicto sobre mim mesmo. A lição que aprendi com a ilusão daquela mulher fora que, por mais que seja inaceitável o meu ponto de vista, devo continuar persistindo nele, pois é no que eu acredito.

Todavia, sigo caminhando pela estrada da rota seis.

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As frutas me chamaram a atenção, poderiam ser Berries e estas sempre são úteis para qualquer treinador. Sendo assim, retiro Sandshrew da pokébola, ao sair, a pokémon bocejou como se recém tivesse acordado.

- Olá, amiguinha, hoje não pretendo te colocar em batalhas, na verdade, quero pegar um bom dia de folga. - Falei enquanto acariciava a criatura. - Está vendo aquelas frutas? Então, use o Swift para cortar a vinha que sustenta elas.

Antes da pokémon fazer o que pedi, retiro também Grimer de sua esfera. Este já estava mais energético, parecia estar de bom humor.

- Bom dia, Grimer! Então, está vendo aquelas frutas? Fique embaixo delas, assim que Sands lançar as estrelas para atirá-las no chão, quero que pegue-as com seu corpo macio, para evitar amassá-las.

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Coletei as frutas com muita cautela, guardando-as na minha mochila logo em seguida. Quando chegasse no centro pokémon, iria avaliá-las e decidiria o que fazer com tais.

Sendo assim, chamei Grimer e Sandshrew para caminhar, os dois me acompanhariam até a cidade de Vermilion.

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