A Procura de um Desafio

Eduardo sorriu largamente e segurou firmemente o telefone, vendo Alma sair. Sinnoh, fora este o nome dito. Então realmente a tantos lugares no mundo quanto há pokemons para serem descobertos. Aquilo era maravilhoso, pensava Eduardo. Eduardo voltou-se para a tela do computador, e então discou no teclado o número de sua mãe. Na tela, o simbolo de telefone tocando aparece e os já conhecidos "Tuu Tuu" começaram a soar pela sala.

De repente um rosto aparece na tela. Um olhar forte, cabelos negros longos trançados caíam sobre os ombros, e um sorriso sincero estampava o rosto da mãe de Eduardo. - Mãe, como você está? - E naquele momento lágrimas começaram a se formar no olhos de Eduardo, pois a saudade de casa finalmente o abatia. - Como sinto sua falta....

Eduardo permaneceu em silêncio por alguns segundos admirando o rosto de sua mãe na tela, ouvindo sua voz. E então continuou: - Eu estou na casa de Alma, uma mulher que desafiei para uma batalha. Ela batalhará comigo com pokemons de pedra para que eu saiba o que esperar no gym de Pewter. Pois é mãe, eu já vou ter a minha primeira Gym Battle.  - Eduardo pegou três pokebolas e pediu para que seu Charmeleon, Skitty e Mawile saíssem. - Veja, meu inicial já evoluiu e tenho dois pokemons de Hoenn, isso acredito eu, seja um presságio. Amigos, essa é minha mãe, um dia vocês a conheceram pessoalmente.

Enquanto seus pokemons pareciam se apresentar para sua mãe, Eduardo lembrou-se dos pokemons que estavam lá, eram tantos amigos que ele havia deixado para trás: Lucario, Medichan, Machamp, Machoke, Hitmontop... e tantos outros. - Como estão todos?  Espero que bem. Mãe, logo eu estarei ai, para que possamos matar a saudade um do outro. Agora preciso desligar, um beijo, até mais.

Eduardo se despediu de sua mãe e desligou o telefone, recolheu seus pokemons, e esperou pacientemente Alma. Enquanto isso, observava as crianças brincando com os pokemons do lado de fora. Por curiosidade, Eduardo apontou sua Dex para o pokemon que parecia uma árvore. Ouviu atentamente, sorrindo, vendo a alegria das crianças. Ele também já fora assim, feliz...

 Era possível ver os parceiros de sua mãe, dando tchau para Eduardo, assim como sua mãe.

 - Agradeça a Alma, pela acolhida, ok???

- Claro que sim. - Eduardo acompanhou Alma até a parte externa da casa em direção ao quintal.

Quando se aproximaram, Eduardo vislumbrou com maior plenitude o Onix de Alma, analisou-o por completo, pegando cada detalhe possível. Observou Bosly, e depois de alguns segundos em silêncio, perguntou: - E então, o que faremos agora?

Eduardo não tinha certeza dos planos de Alma, não queria se apressar colocando todos os seus parceiros para fora, ou mesmo, arriscar qualquer coisa. Sabia que Alma era uma mulher experiente e talvez guardasse alguma coisa de especial para antes da batalha. Mas isso era apenas um grande achismo de Solariam, muitas coisas ainda podiam acontecer...

 Alma aguardava a resposta de Eduardo e diante do olhar dele para o Rhydon vermelho, ela responde:

- Muito legal. - Eduardo pensou um pouco, itens para evoluir como pedras já ouvira falar, mas aquilo ali parecia mais um equipamento. Contudo acenou com a cabeça, para dizer a si mesmo que aceitava a informação. - Tudo bem, 3x3, espero que façamos uma grande batalha e que eu possa entender mais sobre os pokemon tipo pedra.

Eduardo então se encaminhou para o que parecia ser o local mais adequado para o treinador, escolheu com cuidado a pokeboa bicolor, e então, antes de lança-la sussurrou algumas palavras. - Amigo, confio em você,  lute como se estivéssemos na batalha de ginásio... - Então Solariam esticou o braço e lançou a pokebola dizendo: - Vamos lá, Poliwag.

A pokebola girou no ar e liberou com um brilho escarlate o pokemon girino. - Poli, Poliwag.

Agora Eduardo observava Alma, a espera de sua escolha. Afinal, que pokemons essa treinadora poderia ter? Solariam ficou ainda mais intrigado ao pensar que ela talvez usasse os pokemon de Sinnoh, região que Eduardo acabara de ser apresentado, mas que já demonstrava ser muito interessante.

Uma surpresa, Eduardo reconheceu o pokemon como sendo Lunatone. Era um poderoso pokemon psíquico. Mas Eduardo não temeria o pokemon, lutaria com todas as suas forças. O que ele precisava agora era escolher seus ataques, sem saber exatamente o que poderia vir dela, decidiu começar com o mais simples.

- Poliwag, comece com Water Sport, então se movimente pelo campo para desviar dos golpes de Lunatone, então finalize a rodada com Water Gun! - Eduardo sorria empolgadamente, animando também seu Poliwag.

Não que Solariam estivesse subestimando Alma, longe disso, mas Eduardo queria ver como seria a primeira rodada, para só então começar a preparar suas táticas mirabolantes. Aprendera com Pidgey a arriscar, e agora aplicaria esse aprendizado com seus outros pokemons para ver quais deles responderia melhor. Eduardo confiava muito em Poliwag, tinha um carinho especial por ele, e agora estava demonstrando isso, ao colocá-lo em campo, ao incentivá-lo na batalha.

Nem tudo naquela batalha girava em torno da Gym Battle, muitas coisas estavam sendo postas a prova, e a confiança de Eduardo em seus pokemons seria uma delas.

 Alma deixa sua rocha psíquica levitando ao lado de Venussaur e entra em casa para ver o que seria a luz que saia da mochila de Solariam.

 Eduardo parecia meio paralisado, não estava esperando que seu Pansage fosse nascer agora, nesse momento. Por sorte tinha uma pessoa experiente em nascimentos por perto.

Eduardo forçou seus pés a se mexerem, mas pareciam presos ao solo. Aquilo era possível, fazia tanto tempo que o egg estava com ele, que as vezes até esquecia. Como é a vida, naquele instante em que uma incrível batalha estava para se iniciar, ele nasceu. Seria este uma mensagem de divina, sobre o potencial de batalha daquele pokemon.

Então, depois dos gritos de Alma, Eduardo se mexeu e correu até sua mochila. Retirou da mochila o envolucro que mantinha o ovo protegido. O brilho intenso quase o cegou, retirando a cúpula de vidro, Eduardo esperou pacientemente enquanto ovo rachava e seu novo companheiro nascia. Que emocionante era aquela imagem, queria saber logo quem seria seu novo parceiro de viagem, Eduardo estava eufórico, finalmente ele nascera, finalmente ele chegara.

E ele era um...

 As crianças no quintal olhavam curiosas para a cozinha. Eduardo trocava olhares com o pequeno - seus olhos negros eram tímidos e ele parecia curioso com o local que estava, talvez cansado com o esforço de nascer.

 Alma observava a cena e não conseguia esconder a emoção diante da situação.