O Nome do Vento
O lugar era sujo. O chão era sujo. As mesas eram sujas. As pessoas que o frequentavam mais sujas ainda. O local apropriado para encontrar uma pessoa suja. Nas contas de Nicholas aquele fora o décimo bar - e nesse caso também funcionava uma pousada no andar de cima-, que visitou no dia e nem chegava a ser o mais imundo deles. Perquiria informações sobre a ruiva dos peitões que havia roubado todo seu dinheiro no dia anterior, ulterior a toda uma manhã de indagação descobriu que ela era uma vigarista, fato que ele já havia percebido, de outra região que aparecia na cidade raramente. Em outras palavras ele só a veria em sua próxima reencarnação.
Lastimava sua ingênua burrice em um grande copo emporcalhado cheio de cerveja aguada e dessaborada. No tempo em que tentava engolir o conteúdo de sua caneca concentrava-se nas conversas das outras pessoas que estavam no salão. Aquele era o bar mais próximo do porto, logo era frequentado por marinheiros barbudos e demasiados barulhentos. Na mesa a sua direita um marinheiro gordo aparentemente falava sobre comida para seus companheiros. – Não, nada de ensopado! O melhor é você fritar o Magikarp até que ele fique dourado como se fosse um Shiny. – Já a sua direita o assunto era outro, um homem barbudo e robusto falava. – Foi nessa hora que ela começou a gemer e gritar bem alto, então eu... – Mas o assunto que mais lhe chamava atenção era o proferido por um homem franzino. – Foi o terceiro barco nessa semana e o oitavo que afundou só nesse mês! Alguns dizem que são as tempestades em alto mar que estão fortes, outros que são os Gyarados furiosos ou um Tentacruel gigante. E o mais estranho é que os sobreviventes não conseguem dizer o próprio nome. E por causo disso está muito difícil encontrar marinheiros, muitos estão com medo...
O Rocket sorriu, nunca havia conhecido marinheiros e pescadores, contudo agora via que eles faziam por merecer a fama de mentirosos. No entanto aquilo lhe deu uma ideia, sempre sonhou em navegar pelo mar, agora estava em uma cidade portuária e com pouco dinheiro no bolso. Talvez encontrasse um emprego temporário como ajudante em algum barco de pesca ou qualquer outra coisa. Se não aproveitaria o resto do dia pescando na praia, sua equipe ainda necessitava de um Pokémon aquático, quase morrera em um incêndio por falta de um.
O ruivo bebeu o resto da cerveja em um único gole, levantou-se e saiu do bar. Agora que tinha planejado o que fazer no resto do dia seu primeiro objetivo era ir ao porto de Vermilion.
Off: Rota reservada para a criatura de outra dimensão denominada Meme Estrela Saltitante, quer dizer, Elegante.