V - Encontro

Ainda surpreso com o fato de Heron ser um empresário bem sucedido apesar daquela aparência, Chris o acompanhava até sua empresa, enquanto o ruivo falava um pouco sobre seu passado.

De frente ao prédio, o jovem de Pallet podia confirmar que não era uma brincadeira, vendo a importância que as pessoas davam ao homem. Ser introduzido com tanta formalidade ao homem que os aguardava do lado de fora do elevador, deixava o garoto um pouco desconfortável, tendo em vista a vida simples que ele levava com sua família em Pallet.

Heron "liberava" Chris de ter que participar de uma chata reunião de negócios. Enquanto Jarbas, o funcionário de Heron, o levava para fazer uma refeição. O menino lembrava-se que ainda não havia comido nada aquele dia, e que a oferta feita por Heron era muito tentadora, então despediu-se do monotreinador e empresário e partiu com Jarbas para a copa, onde encontrou-se maravilhado com tanta opção de comida gostosa:

-Ah, me chame só de Chris, por favor - ele dizia, quase se engasgando com um pedaço de sanduíche maior do que o que realmente poderia colocar na boca, e continuando após engolir a comida e tomar um longo gole de refrigerante: - E então, essa é uma empresa de que, afinal?

Embora a primeira vista Jarbas parecesse ser bem fiel a Heron, não demorou para que ele demonstrasse uma perceptível inveja do chefe. O que era compreensível.

-Bem, eu acho que nunca é tarde pra se fazer o que se gosta - Chris dizia tentando amenizar a situação -Problemas em Cinnabar? O que houve? Sabe, nunca saí de Pallet, não tenho muita noção de mundo HAHAHAHAHA.

Antes de Jarbas poder falar alguma coisa, eis que surge um outro homem, aparentemente ele seria o responsável pela batalha de Chris que Heron havia prometido. Esse, ao contrário de Jarbas, parecia respeitar muito o chefe, e que de fato parecia sim, apesar da sua aparência, um executivo bem sucedido.

-Me chame de Chris, por favor - ele respondia ao ouvir novamente o "senhor" antes do seu nome, mas mudando completamente quando ouvia sobre a batalha - muito prazer Luis, vamos batalhar!

Enquanto caminhavam, Chris pôde perceber que Luís era muito simpático. A caminhada dava em uma bela arena de batalha. E o desafiante logo anunciava que ele e Chris teriam uma batalha completa.

-Batalha completa? Interessante. Nunca tive essa experiência antes. Eu topo!

Enquanto os desafiantes se dirigiam aos seus respectivos lados do campo, Chris ouvia sobre o acontecido de Cinnabar, e embora não conhecesse a ilha, não pôde deixar de sentir um pesar pelos habitantes da região, não tinha algo melhor para falar e praticamente sussurrou um "sinto muito", ao que Luis respondeu soltando seu Furret, e apresentando-se como um monotreinador do tipo normal. Chris, em tréplica, pegou a quinta pokébola do seu cinto e a jogou para cima. O Butterfree saía feliz da pokébola e dava duas voltas ao redor da cabeça do treinador, assumindo seu lugar no campo.

-Silker, você começa! Bem, já que você não vai me dar colher de chá, eu também não pretendo. Então, começamos! Enrole os pés do Furret e em seguida erga-o com o Confusion e jogue-o contra o chão!

Realmente, Luis não parecia estar a fim de pegar leve, já começando com tudo pra cima do inseto. O pokémon normal acertava a borboleta com uma boa sequência de ataques.

-Silker, mantenha a distância e voe o mais alto que puder para ter certeza de que ele não pode atingi-lo com golpes físicos. Execute dois Confusions em seguida.

Off: Errei -q corrigido.

A manobra evasiva de Chris surtia efeito e o Furret errava os dois golpes, não alcançando Silker no ar. O jovem comemorava ao ver o normal ser carregado pelo confusion e sofrendo os danos do golpe.

-Vamos manter a estratégia. Fique onde está e utilize mais dois Confusions.