Sincere, Loyal and Royal!

Lysander continuava a observar a pequena piranha nadar no lago em busca de alguma resposta, de algum modo, que pelo menos reagisse de algum modo à suas palavras e não simplesmente o ignorasse. De início, a violenta pokémon continuou a nadar, ignorando-o, mas quando Lysander menos esperava, o corpo da piranha cobriu-se de água, e com isso, saiu da água, como um míssel formado por um vel de água que a cobria, o pokémon avançou contra Lysander, impactando-o bruscamente, forte o suficiente para joga-lo para trás, caindo de costas na grama.

Imediatamente Lysander sentiu dor em suas costas, mas também, embora esta mais intensa, sentiu a pele sendo repuxada onde havia sido esfaqueado na noite anterior, oque o fazia ficar deitado sobre a grama, simplesmente sentindo as dores de seu corpo. Mas! Mesmo com as dores que sentia, era outra coisa que mais assustara Lysander... Carvanha. Por que esta pequena o agredira desta forma? Imaginou que a figura fosse apenas rebelde, mas não que seria agressiva deste modo.

O grupo de amigos de Lysander, humanos e pokémons, logo interrompiam suas atividades para se aproximar do jovem rapaz e de Carvanha que provavelmente não havia caído tão longe do rapaz e agora começava a se debater na grama. Até mesmo Karina arranjara coragem o suficiente para levantar e aproximar-se. Pia mantinha em sua face uma expressão de espanto. - Oque você fez para esse lindo peixinho, Lys?! - Karina até mesmo abriu a boca para sensura-la, mas fechou-a em seguida, optando por ficar calada, afinal, também não havia visto oque realmente acontecera. Alex, que estava próximo de Lysander, havia visto a cena, mas não poderia falar, então o que fez foi simplesmente aproximar-se de Lysander e ajuda-lo a se levantar.

Lysander conseguira se levantar, com a mão direita apoiada sobre o curativo feito onde havia levado a tal facada. Sua expressão era uma mistura de confusão, dor e até mesmo um pouco raiva, encarando a pequena Carvanha se debater no chão, oque o fazia sentir um pouco de pena também. Se esforçando, liberou algumas palavras de sua boca. - Ela me atacou... - Seu tom de voz era um tanto baixo, e, assim, começou a se aproximar da furiosa pokémon que continuava a se debater sobre a grama. O olhar de Lysander parecia furioso também, mas não adiantaria nada deixar o pokémon ali a se debater. O jovem tentaria pegar o pokémon, mesmo que contra sua vontade e devolve-lo ao lago, para depois interroga-lo, e somente iria caso conseguisse devolve-lo ao lago. - Por que?! Por que fez isso!? Por que me atacou?

OFF: Pode editar a box colocando a Mightyena?

Todos continuavam ao redor de Lysander e Carvanha, observando-os sem dizer palavra alguma. Quando o jovem treinador de criaturas noturnas tentou aproximar-se da piranha e pega-la com as mãos, ela começou a se debater, impedindo que conseguisse leva-la ao lago, algo que esta fez por si só quando mais uma vez envolveu seu corpo por água, escapando das mãos de Lysander e "voando" como um foguete de volta ao lago. Por consequencia disso, e graças à suas escamas como lixas, Lysander tinha agora suas mãos também feridas.

Lysander encarou as mãos por alguns instantes até que seus nervos deduzissem que aquilo começara a doer. Então o jovem dá um breve grito e vira-se à piranha. - Qual é o seu problema!? Esquece! Está com raiva? Ótimo, libere ela! - Disse Lysander, posicionando-se melhor sobre a grama como se esperasse por outro movimento da pequena piranha. - Mas, te digo. Não vai adiantar nada! Então pare de agir assim! - Por fim, calou-se enquanto a observava, esperando alguma reação desta, disposto a receber outro movimento se isso a fizesse se sentir melhor.

Off: Não sei como reagir a isso. e.e Vai assim mesmo. kkkkkkkk

Lysander já esperava alguma resposta da Carvanha, principalmente que esta viesse a lhe atacar, e no momento em que observou que o corpo da pokémon aquática começava, novamente, a ser envolto por água e esta começou a avançar para frente, o jovem por impulso levou seus braços até a frente de sua face para protegê-la... Mas a unica coisa que sentira fora água passar perto de si e o vento também... Oque havia acontecido? A pokémon havia interrompido seu ataque? Quando finalmente abaixou as mãos e pode observar melhor a situação, se deparou com algo inusitado.

Um outro monstro, que até a pouco não estava presente na cena, estava sobre a piranha. Seu corpo era parte azulado, parte esbranquiçado e em partes dele haviam algumas formas amareladas como estrelas. Ao mesmo tempo que parecia com um tubarão sem cauda, também se assemelhava a torpedos e aviões. Lysander ainda não conhecia aquela especie, apesar de ser na verdade a evolução do pokémon abaixo de si. Então, outra coisa lhe chamou a atenção, uma voz feminina, diferente de Karina e Pia, surgia, perguntando se estava tudo bem com Lys.

A garota era consideravelmente bela, com vestimentas um tanto particular, uma cultura diferente? Bem, isso não importava. Lysander encarou a figura por alguns instantes e finalmente disse. - Obrigado... Eu não sei oque aconteceu com Carvanha... Esta é a primeira vez que a libero, e então ela começou a me atacar... Alias... Sou Lysander, e este é o seu... Hum... Pokémon, certo? - Continuava a observa-la, imaginando oque a jovem estaria fazendo ali.

A moça apresentou-se como Clair, e seu pokémon, Sharpedo, revelou ser a evolução de Carvanha, informando que um dia Lys também teria uma. Logo em seguida, começou a aproximar-se de Carvanha, seus pingentes chocavam-se uns aos outros enquanto caminhavam, liberado um sonido um tanto tranquilizante, oque deixava Lysander intrigado, oque ela iria fazer?

Lysander observava a jovem treinadora "conversar" com sua piranha por um tempo... Conversar? Como conseguia ela ser capaz de manter conversa com a pequena? Na verdade não era exatamente uma conversa, ela simplesmente parecia ser capaz de ler os atos de Carvanha, como linguagem corporal. O jovem estava surpreso, com uma expressão de curiosidade tentou se aproximar da garota, e após ela perguntar algo sobre o momento de captura da pequena, Lysander parou para pensar por um tempo, até que finalmente deixou que algumas palavras deslizassem por seus lábios:

- Na captura dela? Bem... Estava tendo um conflito entre Carvanhas e Tangelas em uma ilha... Na confusão, ela foi nocauteada, e... Eu a capturei. - Pela primeira vez Lysander reparou que aquilo talvez não fosse uma forma tão digna de ter capturado-a, e então voltou-se novamente à jovem e disse. - Acha que é por isso que ela não me aceita? - E agora seu tom de voz parecia ainda mais preocupada. - Como eu poderia ajeitar isso?

Enquanto Lysander e todos os outros ao seu redor observavam a cena, a mulher passava mais algumas informações, basicamente dizendo que capturar um pokémon orgulhoso desta forma poderia vir a causar uma grande dificuldade na relação entre este e seu treinador. Logo em seguida abaixou-se, fazendo mais algumas perguntas à monstrinha que com seu corpo a respondia. Ao final, levantou-se, com suas pulseiras e pingentes tintilando e liberando mais uma vez aquele tranquilo som que ecoava em seus ouvidos e mente.

Uma vez encarando Lysander, que continuava com uma expressão de curiosidade para saber como ela conseguia se comunicar com o pokémon, aconselhou Lysander a dizer à pequena como se sentira quando a capturou e por que o fez daquela forma. O jovem parecia um tanto abobado tentando se aproximar da Carvanha, temendo qualquer reação dela, mas também, embora acabasse de a conhecer, confiava na garota e seu Sharpedo. Com sua voz o mais branda que conseguiu disse então. - Me desculpe... Eu não deveria ter te capturado daquele modo... Mas... Sempre mantive grande fascínio por criaturas selvagens, noturnas, num geral, e naquele dia... Com toda aquela confusão entre seu bando e os Tangelas eu te vi... Uma guerreira... Caída pela guerra em meus pés... Tão próxima de mim... E assim eu te capturei... Confesso, foi egoismo de minha parte, e mais uma vez peço perdão por isso... - Então, aproximando-se um pouco mais da criatura, Lysander disse, ainda com sua voz embargada. - Sei que talvez não irá me desculpar tão facilmente... Mas acha que um dia... Um dia. Poderá?